A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do Ministério da Ciência e Tecnologia, está investindo R$ 12 milhões na capacitação de uma rede de 32 laboratórios que vão atestar a qualidade do biodiesel produzido no País. Os recursos serão utilizados para a compra dos equipamentos necessários à realização dos ensaios e testes do novo produto. Hoje, um dos entraves para a disseminação do uso do biocombustível é a inexistência no Brasil de uma rede de instituições capacitadas a emitir essa certificação, que deverá ser feita de acordo com os parâmetros estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O programa do governo incentiva a produção do biodiesel a partir de diversas espécies de oleaginosas fornecidas por agricultores familiares de todas as regiões. Com isso, as usinas passarão a utilizar, no processo de obtenção do biocombustível, óleos com características físico-químicas diferenciadas, o que exigirá um controle maior da qualidade do produto final.
“A idéia é que em um ano muitos desses laboratórios já estejam em condições de fazer os primeiros testes”, afirma o analista da FINEP, Laércio de Sequeira. Ele adianta, no entanto, que algumas instituições vão precisar de um tempo maior para se preparar. “Os equipamentos são importados e para operá-los será necessário treinamento”, explica.
Das instituições que receberam apoio da FINEP, a maioria fica em universidades públicas e já trabalha no controle de qualidade dos combustíveis de origem fósseis, caso da gasolina e do diesel. As regiões Nordeste e Sudeste têm o maior número de laboratórios. Serão 10 e oito, respectivamente. O Sul e o Norte foram contemplados com cinco laboratórios cada e a Região Centro-Oeste com quatro.
Fonte: Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)
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