terça-feira, 25 de setembro de 2007

Diesel verde está em “banho-maria”

O setor privado está fazendo reuniões constantes com o governo federal na tentativa de sanar as dificuldades atuais. “Estamos em um momento crítico. Do jeito que está, coloca em risco o início do programa, em 8 de janeiro”, declarou.

Segundo Ferrés, os canais de distribuição não funcionaram bem neste ano e por isso o governo federal diminuiu o ritmo dos leilões para aquisição do biodiesel. No ano passado, cerca de 880 milhões de litros foram conprados, contra apenas 50 milhões neste ano.

O diretor do departamento de combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, Francisco Dornelles, diz que o mercado de biodiesel está se comportando bem. “As distribuidoras estão se preparando, algumas usinas estão sendo concluídas e mantemos reuniões para monitorar o andamento do programa e fazer esclarecimentos”, afirmou. Segundo ele, o cronograma do projeto está mantido.

Segundo Dornelles, o governo está investindo em pesquisa para aprimorar os conhecimentos agronômicos de outras culturas que podem ser utilizadas na produção do biodiesel, como girassol e nabo forrageiro. O Tecpar, que inaugurou uma usina em julho, está fazendo testes com biodiesel a base de girassol. “Estamos em um processo irreversível. Temos de atacar o problema todos juntos e trabalhar intensivamente com pesquisa”, disse o diretor-técnico do Tecpar, Bill Jorge Costa.

Fonte:

terça-feira, 18 de setembro de 2007

O DF terá Biodiesel

Com 20 mil metros quadrados, a sede da usina será no setor de indústrias de Ceilândia. O óleo de cozinha usado em restaurantes, hotéis, indústrias e residências que é jogado fora na rede de esgoto do Distrito Federal ganhará um novo destino. Daqui a quatro meses, a primeira usina de biodiesel a partir do óleo vegetal começará a funcionar. O terreno para sediar o empreendimento da empresa brasiliense Eco Brasília Diesel, a Ecobrás, foi cedido pelo governo do Distrito Federal. Com 20 mil metros quadrados, a sede da usina será no Setor de Indústrias de Ceilândia.O investimento para a construção da usina e compra de equipamentos, todos vindos da Alemanha, foi em torno de R$ 7 milhões. A expectativa é criar 250 empregos diretos a partir da usina, e 10 mil indiretos. A meta inicial dos empreendedores é produzir 50 mil litros de B-100, a forma mais pura do combustível, por dia. E em breve aumentar a produção para 300 mil litros diários.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, vice-governador Paulo Octávio, a iniciativa da empresa Ecobrás é uma oportunidade de desenvolvimento para o DF.

“A usina de biodiesel vai gerar empregos e renda, além de aproveitar o que hoje causa danos ao meio ambiente. O DF tem tudo para ser um exemplo de desenvolvimento sustentável”, disse Paulo Octávio.

O projeto da produção de biodiesel a partir do óleo vegetal já começou. De acordo com o presidente da Ecobrás, Paulo Roberto Miranda, o processo de coleta de óleo já recolhe cerca de 3.500 litros por dia. Enquanto a usina não começa a funcionar na Ceilândia, o óleo está sendo vendido para outras indústrias no Brasil.

Dos 10 mil restaurantes existentes no DF, 1.280 já estão credenciados para doar óleo de cozinha à usina. Depois de usar o óleo vegetal, moradores do DF também podem fazer doações. A Ecobrás leva o recipiente até a residência de quem quer participar do projeto e recolhe em seguida. A coleta do óleo será feita por catadores organizados em cooperativas. Segundo Miranda, trata-se de uma forma de gerar renda para milhares de famílias e de aproveitar a experiência de coleta de papéis que Brasília tem por meio de cooperativas.

“No início, nossa usina será movida a óleo vegetal. Depois partiremos também para outras matérias-primas, como grãos, que é a forma mais tradicional de se elaborar o biodiesel”, afirmou Miranda.

O projeto da usina foi anunciado ontem durante apresentação do Fórum de Energias Alternativas, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Para o coordenador do Fórum, Emerson Freddi, um dos objetivos da secretaria é levar usinas de biodiesel de pequeno porte para a área rural do Distrito Federal e do Entorno. Lá, a capacidade de produção do combustível será de até 800 litros por dia.

“Podemos ter repercussão na região do Entorno, alterando a matriz produtiva da região para produção das matérias-primas usadas na produção do biodiesel como soja, girassol e mamona”, argumentou Freddi.

De acordo com o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, do governo federal, o biodiesel pode substituir total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo. Trata-se de um combustível renovável que permite a economia com a importação de petróleo e óleo diesel e também reduz a poluição ambiental. Além de gerar alternativas de empregos em áreas geográficas menos atraentes para outras atividades econômicas e, assim, promover a inclusão social.

Fonte: Ecopress / Gazeta Mercantil.

Biodiesel já está sendo comercializado no Acre

Extraído de gordura animal e vegetal, o biodieesel já pode ser encontrado para comercialização em alguns postos distribuidores de combustíveis em Rio Branco.

Aos poucos, os acreanos vão se adaptando em abastecer o carro com um combustível economicamente correto. Nos postos, o biodiesel pode ser encontrado por até dois reais e R$ 18, o preço pode ter algumas diferenças nos distribuidores.

A partir de 2008, os veículos movidos a dieesel deverão ter 2% de biodiesel adicionado na composição. A determinação e da Agência Nacional de Petróleo.

No Acre, ainda não existem produções em grande escala, mas tem empresário produzindo biodiesel para consumo próprio. Para comercializar é preciso ter autorização e certificação da Petrobrás.

Para a fundação de tecnologia do Acre, o estado tem potencial para instalar grandes empreendimentos para produção em grande escala de biodiesel, falta apenas o setor privado apostar no negócio.


Fonte:

domingo, 16 de setembro de 2007

O Brasil já conta com 167 plantas de produção de Biodiesel

O Brasil conta hoje com 167 plantas de produção de biodiesel, sendo que 41 delas já foram autorizadas pela ANP a funcionarem e, 38 outras já estão com processo para funcionamento junto à ANP .

O Restante se divide em plantas que estão em diversos niveis da cadeia de produção, algumas já estão construidas e aguardam autorização de funcionamento da ANP, outras estão em construção ou mesmo em planejamento. Não podemos deixar de citar, ainda, as plantas pilotos que também precisam da autorização da ANP para funcionamento, porém não estão computadas entre as 41 aqui citadas.

Aqui você pode obter todas as informações

Sobre as usinas autorizadas pela ANP no País

O Mapa do Biodiesel no Brasil dividido por Região e Estado, com todas as Usinas do Brasil

Usinas em Ordem Alfabética


Do Autor do Blog

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Lula espera tarifa zero para etanol na Europa

Depois de assinar um memorando de entendimento na área de biocombustíveis com o governo da Suécia, o presidente Lula espera que a União Européia (UE) adote tarifa zero para o etanol. Lula fez a afirmação logo após o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, anunciar que o seu país pretende eliminar, até janeiro de 2009, o adicional cobrado dos consumidores sobre o etanol importado. “A decisão da Suécia é extremamente gratificante para o Brasil e torço para que seja seguida pela União Européia”, disse Lula.

Há na Suécia 43 mil carros flex, movidos a gasolina e a etanol. O país já anunciou a meta de ficar livre do petróleo como matriz energética até 2020. Atualmente, 80% do etanol consumido na Suécia é brasileiro. A produção sueca é feita a partir de trigo e cevada, e não de cana-de-açúcar. “Trata-se de um passo importante para pressionar a União Européia a baixar as tarifas sobre esse combustível”, assinalou Reinfeldt. O acordo assinado ontem também prevê o auxílio a países em desenvolvimento para a criação de um marco regulatório, com o objetivo de promover as energias renováveis.

Fonte:

Ações da Brasil Ecodiesel são incluídas no IBrX e estão entre as 100 mais negociadas da bovespa

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) divulgou a nova composição dos índices de ações para o período de setembro a dezembro de 2007.

As ações da Brasil Ecodiesel Indústria e Comércio de Biocombustíveis e Óleos Vegetais S.A. (Bovespa: ECOD3) foram incluídas no IBrX, o Índice Brasil, que é composto pelas 100 ações mais líquidas da Bovespa, de acordo com seu índice de negociabilidade.

O IBrX é o índice que mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 ações selecionadas entre as mais negociadas, em termos de número de negócios e volume financeiro. Para mensuração do índice, as ações são ponderadas pelo seu respectivo número de ações disponíveis à negociação no mercado. De acordo com a carteira divulgada pela Bovespa, as ações da Brasil Ecodiesel, negociadas sob o código ECOD3, terão participação de 5,8% na composição do índice.

Fundada em 2003, a Brasil Ecodiesel é uma empresa de capital aberto, com ações no Novo Mercado da Bovespa. Líder na produção e comercialização de biodiesel no Brasil, a companhia desenvolveu um modelo inovador de originação de matérias-primas, que busca a garantia de suprimento a preços competitivos e estáveis. Foi pioneira no estabelecimento de parcerias com a agricultura familiar para a produção de biodiesel e busca a diversificação das fontes de suprimento através do estabelecimento de novas cadeias agrícolas no país. Atualmente, conta com seis usinas operacionais, com capacidade instalada para produção de 640 mil m3 de biodiesel por ano.

Do:

Scania apresenta ônibus urbano movido a etanol

Estocolmo (Suécia) - Depois de andar de carruagem, na chegada a Estocolmo, o presidente Luiz Inacio Lula da Silva conheceu hoje o ônibus produzido pela Scania, movido a etanol importado do Brasil. O trajeto pelas ruas da capital, acompanhado por batedores da polícia, durou cerca de 10 minutos.
Ao desembarcar em frente ao Instituto Real de Tecnología, o presidente brincou com os jornalistas: “Quero ver vocês colocarem aí na matéria: 600 ônibus como esse circulam na Suécia”, disse, apontando para o painel frontal do veículo que trazia no letreiro a frase “etanol brasileiro”.
O órgão gestor do transporte publico de Estocolmo planeja substituir a frota que ainda opera com diesel por veículos a etanol ate 2020. Segundo a Scania, são 2.000 ônibus no total.

“No momento em que a comunidade internacional discute saídas para a degradação ambiental, os altos preços do petróleo e o agravamento da miséria em países do sul, a Suécia e o Brasil podem promover soluções inovadoras no campo dos biocombustíveis”.
Lula aproveitou a oportunidade para reivindicar um tratamento mais justo da União Européia, no que se refere às negociações do biodiesel. “A imposição européia de tarifas que oneram em ate 55% o etanol brasileiro é um exemplo dessa distorção”.O Instituto Real de Tecnologia da Suécia é um centro de excelência e tem em seus quadros cerca de 1.500 pesquisadores suecos e 1.500 estrangeiros de 100 nacionalidades.

Fonte:

terça-feira, 11 de setembro de 2007

ANP retifica dados sobre produção de biodiesel de 2007

A última planilha sobre dados de produção de biodiesel no Brasil publicada pela ANP traz uma surpresa. Os totais de todos os meses de 2007 foram retificados. Na prática, isso significa um aumento da produção de 5,5 milhões de litros. A mudança foi causada pela inclusão dos dados de produção da Barrálcool e pela atualização do volume de produção da Agropalma.

A Barrálcool, unidade de Barra do Bugres (MT) inaugurada com pompa e circnstância pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final do ano passado, responde quase sozinha pela diferença. A produção da empresa no primeiro semestre somou 5,2 milhões de litros. Isso a coloca na quarta posição no ranking de produtores.

Já os dados da Agropalma referentes a julho só foram publicados na atualização de junho. Em maio a empresa processou 281 mil litros de biodiesel. O último dado liberado, por sua vez traz em branco a produção de junho.

Fonte:

Bioenergia pode chegar a 15% da matriz energetica brasileira

O potencial de geração de bioeletricidade nas usinas produtoras de açúcar e álcool do País pode representar em 2020 até 15% da matriz energética brasileira, ante os atuais 3% de participação.

A previsão é da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que requereu, junto ao presidente Lula, na semana passada, melhor remuneração pela energia proveniente da biomassa da cana-de-açúcar.

"O setor precisa de políticas que incentivem aos empresários - que não são tradicionalmente produtores de energia - a investir no negócio e aproveitar o potencial das usinas", afirma o consultor da Unica na área de bioeletricidade, Onório Kitayama.

No último leilão de energia, o preço pago pela bioeletricidade proveniente da cana foi de R$ 142 por megawatt/hora.

O valor desestimula os investimentos das empresas, como a Crystalsev, que representa cerca de 8% da produção nacional de cana, e produz 320 MW de energia a partir da biomassa da cana. Desse total, 150 MW são comercializados.

Mas a capacidade total do grupo é de produzir 1 mil MW. "Para que a co-geração alcance esse nível, são necessários pesados investimentos e para isso precisamos de preços remuneradores para cobrir os custos", afirma Celso Zanatto, gerente de comercialização de energia da Crystalsev.

Segundo Zanatto, se o preço pago fosse em torno de R$ 220 por megawatt, seria possível investir no processo de co-geração a partir da palha da cana, que permitiria dobrar o volume de energia gerado.

Hoje menos de 50% das usinas vendem excedente para a rede de distribuição.

A luta dos empresários por melhores preços para a bioeletricidade conta com apoio das bancadas ruralistas, cooperativistas e, principalmente, ambientalista no Congresso, segundo o deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame.

"O uso da palha da cana para produção de energia garantirá um incremento brutal na produção nacional e permitirá o fim das queimadas nos canaviais", afirma Thame.

Segundo o deputado, o governo precisa investir em fontes limpas de geração de energia e não discutir a produção de fontes residuais, como a nuclear.

Estimativas da Unica apontam que a capacidade de produção de energia proveniente da biomassa da cana na safra 2012/13 seja equivalente à potência da Usina Hidroelétrica de Itaipu, ou seja, superior a 9,5 mil MW. Mas o cálculo leva em conta o uso da palha com o bagaço da cana.

Mas o potencial pode ser ainda maior com a otimização dos processos industriais, como tem ocorrido nas usinas, cuja média de geração era de 40 MW e hoje gira em torno de 150 MW.

Custos

O fator preço - considerado principal incentivo para a produção de energia de biomassa - é um entrave, principalmente para as usinas já existentes, segundo Carlos Roberto Silvestrin, vice-presidente executivo da Associação Paulista de Cogeração de Energia (Cogen/SP).

"Os investimentos destinados à construção de novas usinas já prevêem os gastos com a área de co-geração, portanto, fica mais fácil de absorver os custos", afirma Silvestrin.

O custo do investimento em uma caldeira de alta pressão - que viabiliza a produção excedente de energia - é de entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões.

Já um equipamento com capacidade inferior - suficiente para o autoconsumo da usina - custa menos da metade.

Com isso, segundo levantamento da Cogen, 95% das novas usinas que serão instaladas no País nos próximos cinco anos estão sendo construídas com caldeiras de alta pressão.

"O foco de atuação das novas usinas é a produção de etanol e bioeletricidade", afirma.

Dessa forma, a participação da venda do excedente de energia no faturamento das usinas pode saltar dos atuais 5% para até 20%, prevê Kitayama.

No caso de usinas já existentes, os investimentos precisam ser absorvidos pela receita obtida com a venda de energia, o que no momento não acontece, segundo o representante da Unica.

Kitayama informa que, além da troca de caldeiras, as usinas também precisam investir em outros equipamentos, cujos preços estão inflacionados.

Há cinco anos, segundo o consultor, uma caldeira de alta pressão custava cerca de R$ 8 milhões, e hoje chega a R$ 50 milhões, e ainda há demora na entrega por conta da demanda na indústria de base.

Convênio

Um convênio para o lançamento do Programa Paulista de Co-Geração de Energia será assinado hoje entre a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Governo do Estado.

A programação inclui o workshop "Geração de Eletricidade a partir da Biomassa e Biogás", que discutirá os estudos desenvolvidos na área pela Comissão Especial de Bioenergia do Estado de São Paulo, coordenada pelo físico José Goldemberg.


05/09/2007
Fonte: DCI - Comércio, Indústria e Serviços

Agência UDOP de Notícias

O Brasil será o primeiro a produzir etanol celulósico

O Brasil deverá ser o primeiro país do mundo a produzir comercialmente álcool de segunda geração, o chamado etanol celulósico. Isso pode até dobrar a capacidade de produção de etanol do país sem a necessidade de plantar novas áreas de cana-de-açúcar. A previsão é de Steen Riisgaard, presidente e CEO da Novozymes, empresa dinamarquesa líder mundial do setor de enzimas.

Enzimas são substâncias, normalmente proteínas, que catalizam uma reação química, permitindo que ela ocorra em condições diferentes das normais (mais rapidamente ou em temperatura mais baixa). Isso permite economizar tempo, energia ou uso de outros produtos químicos. As enzimas são usadas em muitos setores, como produtos de limpeza e alimentos (pão e cerveja, por exemplo).

A Novozymes é líder na produção de enzimas, com 45% do mercado global, segundo dados da empresa, que deve faturar cerca de US$ 1 bilhão este ano. Ela é um exemplo do modelo empresarial que vem se desenvolvendo nos países nórdicos: companhias de nicho em setores de tecnologia, que usam de mão-de-obra altamente especializada. A segunda maior empresa de enzimas, a Danisco, com 25% da fatia mundial, também é dinamarquesa.

O maior foco de pesquisa da Novozymes é o desenvolvimento de enzimas para produção de etanol de segunda geração. Isto é, que pode ser produzido a partir de qualquer planta ou resíduo vegetal, não apenas de cana ou milho.

No processo de segunda geração, a celulose da planta é transformada, por meio de enzimas, em outros açúcares, que podem ser fermentados para a produção de etanol. "O bagaço da cana tem muita celulose. Nós convertemos essa celulose em açúcar. Com isso, podemos dobrar a produção de etanol sem aumentar a área plantada", diz Riisgaard.

Esse processo de hidrólise enzimática já é conhecido e vem sendo muito pesquisado em todo o mundo, inclusive no Brasil. Mas, por enquanto, é muito caro. Segundo Riisgaard, para se produzir um galão de etanol gasta-se US$ 1,2 só em enzimas, o que torna o custo proibitivo. "O fator-chave é reduzir o custo das enzimas."

No entanto, esse custo era três vezes maior alguns anos atrás. Segundo Riisgaard, o objetivo é reduzi-lo a um sexto, o que tornaria o processo rentável. "Ainda há quatro anos de pesquisa pela frente antes que a tecnologia seja comercialmente viável." O início da produção de etanol em escala comercial deve demorar ainda mais.

Mas essa é a grande aposta da Novozymes, pois o mercado potencial é gigantesco. "É o maior projeto de pesquisa para nós", diz Riisgaard. "Acho que nenhuma outra empresa tem uma capacidade tão ampla no setor de enzimas, o que facilita a nossa pesquisa."

Ele estima que, para transformar todo o bagaço do milho nos EUA em etanol de segunda geração, seria necessário multiplicar por cinco ou dez vezes toda a capacidade de produção mundial da Novozymes. "Essa oportunidade com o etanol de segunda geração é a maior em 20 anos."

Mas por que o Brasil sairia à frente na produção, se países como Estados Unidos e China estão investindo muito em pesquisa, até em parceria com a Novozymes? "A China está muita ativa, assim como os EUA, mas o Brasil tem vantagens", afirma Riisgaard. Essa vantagem está justamente na cana. Em primeiro lugar, o processo de extração de açúcar a partir de celulose do bagaço da cana é um pouco mais simples do que com o bagaço do milho. Em segundo lugar, o bagaço da cana já está na usina, enquanto o do milho precisa ser recolhido, o que implica custo adicional.

A Novozymes já atua no Brasil. Tem um fábrica em Curitiba, que produz enzimas para várias finalidades, como panificação, rações animais e indústria têxtil, e que centraliza as operações da empresa na América Latina.

Riisgaard afirma que as enzimas para o etanol de segunda geração no Brasil seriam provavelmente produzidas no país, "ou na fábrica de Curitiba ou em pequenas unidades próximas das usinas de etanol. Isso vai depender do custo de transporte".

Para ampliar sua presença no setor de etanol, a Novozymes deve assinar esta semana, durante a visita do presidente Lula à Dinamarca, um acordo de pesquisa com o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), de Piracicaba (SP), "com o objetivo de desenvolver o etanol de segunda geração". Isso deve implicar algum novo investimento da empresa no país. A Novozymes espera ainda assinar um acordo de cooperação com a Petrobras, cujos detalhes ainda estavam em negociação na semana passada.

Questionado sobre se essa pesquisa no Brasil precisaria de apoio do governo, como já ocorre nos EUA e na China, Riisgaard deixou a porta aberta. "Vamos começar a trabalhar com o CTC e depois veremos do que precisamos. Após testes em pequena escala, precisaremos testar em grande escala, o que é caro." Segundo ele, instalações de demonstração já estão sendo construídas nos EUA, ao custo de US$ 100 milhões.


10/09/2007
Fonte: Ecopress com informações do Valor Econômico

ONG ECOPRESS - A PRIMEIRA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS AMBIENTAIS DO BRASIL

Embrapa avaliará impacto ambiental de biocombustível

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) anuncia, em setembro, a criação do primeiro mecanismo para avaliar impactos ambientais dos biocombustíveis e a instituição de um sistema global de certificação da produção que deve resultar na fundação de um selo internacional de qualidade ambiental.

Acusados de induzir o desmatamento e de desrespeitar direitos trabalhistas básicos, os combustíveis à base de produtos agrícolas passarão a ter um sistema de indicadores de sustentabilidade específicos para gestão ambiental e certificação da produção. Matéria-prima para o biodiesel, o dendê será o primeiro a obter a chamada "eco-certificação", uma parceria da Embrapa Labex Europa com o francês Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica (Cirad), sediados em Montpellier, na França. Uma agência européia de fomento à pesquisa já ofereceu 260 mil euros para financiar a execução das primeiras ações.

Autor do projeto, o pesquisador Geraldo Stachetti Rodrigues informa que o dendê será o primeiro a ter estudos de certificação porque a Embrapa domina o processo de produção da oleaginosa e por ser mais cultivado na Amazônia, região vista como essencial pelo governo para a conservação e integração agroflorestal. Além disso, o dendê envolve diversas unidades da Embrapa dedicadas à agroenergia.

As avaliações de impacto incluirão indicadores como distribuição de renda, qualidade do emprego, segurança e saúde no trabalho, além de acesso à educação, serviços básicos, esporte e lazer. A análise será estendida a padrões de consumo, conservação dos habitats e do patrimônio histórico e artístico, entre outros. São verificados 62 itens integrados em cinco dimensões, como ecologia (reserva legal), qualidade ambiental (atmosfera, água e solo), valores sociais, culturais e econômicos, além de gestão e administração. "São mudanças nesses indicadores que afetam o desenvolvimento local e a qualidade de vida nas comunidades. Com eles, podemos estabelecer a conexão entre avaliação de impacto e gestão sustentável, passível de certificação", afirma.

Para o pesquisador, a certificação ambiental ajudará o setor privado na qualificação e no desempenho produtivo, como o acesso a mercados exigentes da Europa, Japão e EUA. Também auxiliará o setor público a efetuar ações para reparar impactos, promover o desenvolvimento local sustentável e acompanhar os requisitos de certificação.

No Uruguai, o sistema já está em uso. Foi adaptado como instrumento de política pública em um projeto de pecuária extensiva e horticultura dentro do programa de desenvolvimento tecnológico do Cone Sul (Procisur), financiado pelo Banco Mundial e o Global Environmental Facility (GEF).

Por Mauro Zanatta


Fonte: Power Energética/ Valor Econômico

Petrobrás pára de produzir H-Bio

Disparada dos preços da soja faz estatal interromper fabricação do novo tipo de diesel, que é 10% vegetal

A alta do preço do óleo de soja levou a Petrobrás a suspender a produção do H-Bio, um novo tipo de diesel apresentado com grande destaque pela estatal, em maio do ano passado, como uma evolução na tecnologia de produção de derivados de petróleo. O produto, de menor impacto ao meio ambiente, leva óleos vegetais em sua mistura e, segundo a empresa, não vale a pena, neste momento, vendê-lo ao mesmo preço do diesel derivado de petróleo.

As altas cotações dos óleos vegetais são motivo de preocupação também para as distribuidoras de combustíveis, que começam a negociar contratos de fornecimento de biodiesel para o ano que vem. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea), a cotação do óleo de soja bateu recorde na Bolsa de Chicago em julho, atingindo os US$ 832,26 por tonelada.

Em São Paulo, o produto fechou o mês com um preço médio de R$ 1.703,36 por tonelada, valor 36,2% superior ao registrado em julho do ano passado. Pesquisadores da entidade apontam como causa o aquecimento do mercado interno, que vem reduzindo os estoques em mãos dos produtores.

'Hoje não compensa produzir o H-Bio', afirmou, na quarta-feira, o diretor de abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. A empresa começou a produzir o combustível este ano, com a adição de óleos vegetais ao processo de refino do diesel, que formou um produto híbrido, 10% vegetal e 90% derivado de petróleo. Apesar do cenário atual, a companhia tem como meta produzir 425 milhões de litros de H-Bio em 2008, volume que deve saltar para 1,6 bilhão de litros em 2012, após investimentos de US$ 60 milhões, previstos no planejamento estratégico divulgado no início do mês.

Executivos do setor de combustíveis dizem que um outro problema começa a surgir com a disparada do preço do óleo de soja: o risco de que empresas vencedoras dos leilões de biodiesel da Agência Nacional do Petróleo (ANP) não entreguem os produtos. 'Tem gente que ganhou cotas em leilões no ano passado e deixou para comprar os insumos agora', explica uma fonte, que acredita que algumas empresas deixarão de cumprir os contratos.

Na época do primeiro leilão, em novembro de 2005, o óleo de soja em São Paulo custava R$ 1,1 mil por tonelada. O preço de venda do biodiesel ficou em cerca de R$ 1,80 por litro. De lá para cá, o insumo cresceu mais de 50%, mas o preço de venda será o mesmo. A Petrobrás foi a única compradora dos leilões e se comprometeu a passar o produto às distribuidoras pelo mesmo preço do diesel de petróleo, que hoje custa, nas refinarias (sem ICMS), R$ 1,362 por litro.

Nos leilões, produtores de biodiesel se comprometeram a entregar um total de 840 milhões de litros, volume suficiente para garantir, já este ano, a mistura B2 em todo o mercado, caso os contratos sejam cumpridos. Grande parte das distribuidoras de combustíveis, porém, ainda não tem estrutura para movimentar biodiesel em todas as suas bases de tancagem.

Há grande preocupação com o risco de fraudes na venda do produto, que passa a ser obrigatório no início do ano que vem. O biodiesel é uma mistura formada por 20% de diesel vegetal com 80% de diesel derivado do petróleo, batizada de B2. Para executivos do setor, há grandes chances de empresas fraudadoras não adicionarem o diesel vegetal, mais caro, ao produto vendido nas bombas. A preços de hoje, a fraude garantiria um ganho de 25% na margem de lucro, calculam executivos.

Por Nicola Pamplona

Fonte: Boletim Power Energéticas/ O Estado de S.Paulo

Uso do B2 reduz poluição em 20%

Primeira empresa de transportes do Estado do Rio a usar biodiesel, a Auto Viação 1001 constatou que os benefícios para o meio ambiente são mais do que proporcionais e apresentam ganhos bem superiores à porcentagem usada de combustível renovável. Assim, para apenas 2% de biodiesel adicionado ao combustível usado em toda a sua frota de 700 ônibus, há uma redução de 20% nas emissões de enxofre, 9,8% de anidrido carbônico, 14,2% de hidrocarbonetos não queimados, 26,8% de material particulado e 4,6% de óxido de nitrogênio.

O biocombustível pode ser utilizado puro (B100) ou em misturas de 2% (B2), 5% (B5) e 20% (B20). A 1001 já se prepara para a implantação da mistura B5. A Vale do Rio Doce usa a mistura B20 em suas locomotivas e a Viação Itaim Paulista, de São Paulo, já abastece mais de 2 mil ônibus com B30, mais 8% de álcool, proporcionando uma queima ainda mais limpa.

Fonte: Terra - Mercado Carbono

Programa de Biodiesel em crise

Rubens Barbosa *

O Marquês de Pombal, importante homem público português, primeiro-ministro com atuação decisiva na reconstrução de Lisboa, semidestruída por um terremoto devastador em 1755, ensinava que, em qualquer decisão, o governante deve observar a prudência na deliberação, destreza na preparação e perseverança para concluir sua obra.

Lembrei-me desse pensamento ao debruçar-me sobre o que está ocorrendo hoje no Brasil com os biocombustíveis.

O governo não perdeu tempo em estabelecer rígida regulamentação para assegurar o suprimento interno, com prioridade sobre a eventual exportação, e metas para a implementação de políticas apresentadas como redentoras de produtores rurais.

No que se refere ao biodiesel, o governo misturou o interesse político de dar sustentabilidade ao Programa Nacional de Agricultura Familiar no Nordeste, pelo fornecimento da matéria-prima (mamona e palma), com a prioridade econômica de ampliação do mercado nacional e internacional para o combustível. Na prática, em vez da mamona, as empresas preferem a soja como matéria-prima, aumentando seu preço e a competição com outros setores da economia. Por outro lado, foi dada preferência ao caminho metílico para a produção de biodiesel, o que implica pesada importação de matéria-prima (metanol) não produzida no Brasil. O setor produtivo de biodiesel se carteliza rapidamente e a Petrobrás, que está investindo forte nessa área, vai ser dominante, a exemplo do que ocorre na infra-estrutura de transporte (dutos), não dando espaço para o pequeno produtor e para o setor privado.

Nos programas oficiais de produção de biodiesel, com interferência nem sempre coordenada de cinco Ministérios, ficamos longe das recomendações de prudência, destreza e perseverança feitas por Pombal e mais próximos do surrealismo de Salvador Dali.

Qual a expectativa do governo em relação ao biodiesel?

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) projetou um consumo interno de 620 milhões de litros em 2007, levando em conta a legislação mandatória, determinando que, a partir de janeiro de 2008, a adição voluntária de 2% de biodiesel (B2) ao óleo diesel de petróleo seja obrigatória. Em 2013, a mistura subirá a 5% (B5), havendo interesse do governo em antecipar essa meta para 2010.

O Ministério das Minas e Energia, baseado apenas no número de plantas autorizadas a produzi-lo, estima otimisticamente que o Brasil já tem a capacidade de produzir mais que o dobro da quantidade de biodiesel necessária para atingir a cota de 2%, que corresponde a 840 milhões de litros - 40 usinas já estariam em produção e mais 38 unidades produtivas estariam em processo de autorização pela ANP. Essas usinas produziriam 3,141 bilhões de litros, que poderiam ser acrescidos de mais 508 milhões de litros a serem produzidos por mais seis usinas. A realidade, contudo, é bastante diferente.

Qual a situação real do biodiesel?

O Programa de Biodiesel enfrenta sérias dificuldades. Segundo a ANP, entre janeiro e junho de 2007 foram produzidos no Brasil 122 milhões de litros de biodiesel, equivalentes a um aumento de 80% em relação ao total em 2006. Apesar desta expansão, o volume é 30% inferior ao que deveria ser entregue até junho de 2007, de acordo com os contratos firmados no segundo leilão de biodiesel realizado pela ANP em março de 2006.

Até dezembro de 2007 se esgota o prazo de entrega dos volumes negociados no terceiro, no quarto e no quinto leilões de biodiesel, que totalizam mais 645 milhões de litros. Para que os contratos sejam cumpridos em sua totalidade a produção de biodiesel teria de atingir 723 milhões de litros entre junho e dezembro de 2007, ou seja, um aumento de seis vezes sobre os 122 milhões de litros obtidos entre janeiro a junho.

De acordo com informações no blog de Adriano Pires, ex-superintendente da ANP e hoje um dos principais analistas de energia do Brasil, as distribuidoras de combustíveis, como a BR e a Ipiranga, encontram dificuldades para cumprir suas metas este ano. Dentre as empresas produtoras de biodiesel, a Brasil Ecodiesel, responsável pela entrega, até dezembro de 2007, de 56% de todo o volume negociado entre o primeiro e o quinto leilão, está com sua produção abaixo do que foi comprometido. Por outro lado, a BSBios, a Caramuru, a Ponte di Ferro e a Fiagril, que juntas representam 20% de todo o volume de biodiesel negociado nos leilões, não apresentaram produção até maio de 2007, segundo os dados da ANP.

Além do atraso nas entregas do produto, outro problema corrente é a sua devolução, por parte daquelas distribuidoras, por não apresentarem a qualidade estabelecida pela ANP. Por outro lado, a indefinição quanto às especificações dos combustíveis, conforme previsto na legislação em vigor, atrasa a redução do enxofre no diesel e poderá causar prejuízos ao fornecimento, ao meio ambiente e à saúde pública.

Caso esta situação não se reverta, o porcentual mínimo obrigatório de 2% do óleo diesel comercializado ao consumidor final em volume de biodiesel puro estabelecido para janeiro de 2008 não deverá ser alcançado.

Se isso ocorrer, o governo terá como alternativas prorrogar o referido prazo, reduzir o porcentual da mistura de biodiesel ou realizar novos leilões de que só deveriam participar empresas que já estejam efetivamente produzindo o combustível, é o que conclui Adriano Pires.

Ao que tudo indica, não teremos condições de cumprir o que o próprio governo decidiu, aprioristicamente, estabelecer. Pior situação ainda seria a entrada em vigor do B5 em 2010, pois não parece haver nenhuma condição realista de atender à demanda que fosse criada.

Nesta paisagem surrealista, seria mais um exemplo de voluntarismo descolado do mundo real.

* Rubens Barbosa, consultor de negócios, presidente do Conselho de Comércio Exterior da Fiesp, foi embaixador em Londres e em Washington

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MT terá mais uma Usina de Biodiesel

O Governo de Mato Grosso vai assinar em instantes um protocolo de intenções com o Grupo Bertin, para a construção de complexo industrial em Diamantino (208 km a Médio-Norte de Cuiabá), totalizando um investimento no valor de R$ 230 milhões e mais de 3,6 mil empregos diretos. Esse será o terceiro investimento do grupo no Estado.

O protocolo prevê, primeiramente, a construção do um frigorífico de abate de bovinos no município. Até o final do processo de instalação, o Grupo Bertin, com apoio do Governo, terá instalado mais duas indústrias no município: de beneficiamento de couros wet-blue, semi-acabado e acabado e de biodiesel.

A primeira etapa de construção será o frigorífico, que prevê um investimento de R$ 130 milhões, gerando três mil empregos diretos e terá a capacidade de abate de três mil cabeças ao dia, quando estiver operando na totalidade. Segundo informações do próprio grupo, a indústria será equipada com a mais moderna tecnologia existente para atender os mercados interno e externo.

Na indústria para beneficiamento de couros wet-blue, semi-acabado e acabado, o Grupo Bertin pretende investir cerca de R$ 50 milhões, gerando 600 empregos diretos. A indústria terá capacidade de produção de 936 mil peças anuais. As peças atenderão os segmentos moveleiro, automobilístico e calçadista.

Para a instalação da indústria de biodiesel, que também deve abrir novas ofertas de emprego, a empresa vai investir R$ 50 milhões e produzirá 99 mil metros cúbicos anuais de combustível, utilizando como matéria-prima principal o sebo bovino.

No Estado do Mato Grosso, o Grupo Bertin possui uma unidade de alimentos em Água Boa (730 km ao leste de Cuiabá), com capacidade de abate de 500 bovinos e 300 funcionários e uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) em Brasnorte (579 km a noroeste de Cuiabá), com potência de 30 mW e capaz de abastecer uma cidade de 80 mil habitantes.

GRUPO BERTIN - O grupo é uma holding, de capital 100% nacional, presente nos setores de agroindústria - Agropecuária, Alimentos, Couros, Equipamentos de Proteção Individual, Higiene e Beleza, Produtos Pet e Sistemas de Higienização -, infra-estrutura - Construção Civil e concessões de Rodovias e Saneamento Básico - e energia - Pequenas Centrais Hidrelétricas e Usinas de Biodiesel e Álcool. Com 30 anos de atuação, possui 30 unidades, que geram 30 mil empregos diretos. Suas atividades estão voltadas ao mercado interno e a mais de 80 países nos cinco continentes.

INVESTIMENTOS - Os novos investimentos do Grupo Bertin em Mato Grosso são resultados da política de atração de investimentos privados, adotada pelo Governo do Estado. Recentemente dois novos empreendimentos do Grupo Perdigão foram anunciados, totalizando R$ 380 milhões, além da criação até o final do ano de 2,5 mil novos empregos diretos e cerca de 9,3 mil indiretos.

Os investimentos estão sendo feitos com a aquisição e ampliação de um abatedouro de aves no município de Nova Mutum, no Médio Norte, e um frigorífico em Mirassol D'Oeste, na região Oeste.

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Usinas Autorizadas pela ANP

Mapa do Biodiesel no Brasil (Todas as plantas/Por Região)

Usinas em Ordem Alfabética

Brasil já tem 145 usinas de biodiesel, entre produzindo e em construção


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segunda-feira, 10 de setembro de 2007

MT tem o maior numero de autuações da ANP em plantas clandestinas de biodiesel

Conforme matéria veiculada pela Gazeta Mercantil, a Superintendência de Fiscalização da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já autuou 14 fábricas em Mato Grosso que utilizam plantas clandestinas de biodiesel. Número representa 73,68% das 19 autuações feitas pela Agência desde 2006.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), Fernando Chaparro, afirma que o Sindicato tem denunciado a venda ilegal de biocombustível tanto a ANP quanto para a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT) e agradece a atuação dos órgãos de fiscalização.

Para Fernando, a clandestinidade do biodiesel é um dos fatores que impulsionou o fechamento de mais de 40 postos de estrada nos últimos quatro anos. “Alta carga tributária, venda ilegal do diesel por Pontos de Abastecimentos (PA’s) e o biodiesel clandestino fizeram com que Mato Grosso reduzisse em apenas dois anos mais de 540 milhões o volume comercializado de diesel”, afirmou Chaparro.

Os dados da ANP mostram que em 2004, foram comercializados mais de 2.0006.859 bilhões litros/ano. Já em 2005 esse volume caiu para 1.706.815 bilhões litro/ano. Em 2006, o menor valor registrado nos últimos seis anos: 1.464.106 bilhões de litro/ano.
Outros dados da ANP informam que desde março de 2005 foram emitidas autorizações para 40 plantas de biodiesel em todo o Brasil, sendo que 10 são de fábricas instaladas no estado de Mato Grosso. “Percebemos com esse número que o assunto é muito sério, já que existem mais plantas clandestinas do que autorizadas em Mato Grosso”, alertou Chaparro.

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Usinas Autorizadas pela ANP

Mapa do Biodiesel no Brasil (Por Região)

Brasil já tem 145 usinas de biodiesel, entre produzindo e em construção

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Programa de biodiesel ignora uso do babaçu

O babaçu tem usos tão variados, como já escreviam os livros de geografia, que foram inventar dois novos só para acabar com o sono das quebradeiras do coco. Um deles ainda é um projeto, o biodiesel, cujo programa optou por outras matérias-primas nessa primeira fase. O outro é a queima do produto para virar carvão vegetal, aquele que arde nos gigantes fornos das usinas siderúrgicas da Amazônia Oriental para transformar minério em ferro-gusa. Ambos com potencial para tirar o ganha-pão de mais de 300 mil mulheres que vivem de uma atividade que parou no tempo.

As mulheres extrativistas são a favor do biodiesel. Passaram a acreditar nele quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva virou um de seus defensores em discursos no Brasil e mundo afora. Até o tradutor oficial da República já se viu em apuros para explicar aos estrangeiros o que são "quebradeiras de coco babaçu". Ficaram frustradas quando mamona, dendê e soja foram as escolhas iniciais. Querem saber se a amêndoa que tanto se esforçam para separar, na base da cunha e do machete, será aproveitada também. Segundo a Embrapa Agroenergia, vai. Mas só daqui a 5 ou 10 anos.

"As palmáceas vão ajudar a consolidar o programa biodiesel, mas antes precisam sair da fase do extrativismo para a de sistemas produtivos sustentáveis", explica Frederico Durães, chefe da Embrapa Agronergia, um dos órgãos responsáveis pelas pesquisas sobre o futuro do combustível alternativo. O babaçu enquadra-se hoje na categoria de cultura potencial, pois sabe-se que de suas amêndoas sai um óleo de grande valor energético. O problema é que sua extração mantém-se artesanal.

De outubro a março, mulheres do Maranhão, Piauí, de Tocantins e Goiás saem à cata do fruto. Percorrem quilômetros. Agora, na entressafra, são mais quilômetros. Longe de serem bem-vindas, entram em fazendas particulares para coletar e extrair as amêndoas. Quebram o coco ali mesmo, na sombra das palmeiras. As menos experientes extraem cinco quilos, menos da metade do que quem leva mais jeito para o trabalho.

ALTOS FORNOS

Nos últimos tempos, as mulheres passaram a ter companhia masculina. Mas, para elas, são predadores. Mesmo que alguns sejam vizinhos, amigos, maridos. Eles recolhem sacas do coco e não quebram nada. Só vendem o produto para pequenos comércios da comunidade, que revendem a mercadoria para atravessadores e destes para as carvoarias.

O babaçu (Orbignya phalerata) tem 64 usos catalogados. Uma dezena deles poderia ser economicamente viável, mas não é. Faltam escala e estrutura produtiva. De um coquinho, retiram-se quatro pequenas amêndoas, 7% da massa. Podem se transformar em óleos, sabão, glicerina, torta e farelo. Do mesocarpo, outros 23%, dá para fabricar amido, fibras, fertilizante e etanol. Dos 11% do epicarpo se faz carvão ativado. E é nos 59% restantes, o endocarpo que recobre as amêndoas, que reside a ameaça às quebradeiras: o uso como carvão.

Não faltam defensores do potencial do coque do babaçu. Seu carvão vegetal apresenta 80% de carbono. O eucalipto carbonizado tem 70%. Uma floresta nativa, 64%. Transportar madeira sem autorização hoje é ilegal; o babaçu, não. "O coco babaçu virou ouro", adverte Cynthia Carvalho Martins, da Universidade Estadual do Maranhão.

Há menos de um mês, a antropóloga retornou de uma incursão ao Bico do Papagaio, visitando carvoarias do Maranhão e do Pará. Descobriu fornos móveis que produzem carvão com o fruto inteiro, com amêndoas e tudo. "O carvão é mais predatório. A quantidade de minério de ferro em Carajás, dizem, dá para 350 anos. Não há coque suficiente para tudo isso." O Instituto Cidadão Carvão não quis se pronunciar sobre essa ação. Criado para moralizar as carvoarias, envolvidas com trabalho escravo e desmatamento, a organização tenta convencer as guseiras a só comprar o carvão vegetal de origem legal.

Uma luta do Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu é evitar que babaçuais sejam derrubados, como alerta a coordenadora-geral Maria Adelina de Souza Chagas. "Toda vez que vem os grandes projetos com nome de desenvolvimento sustentável só se fala em reflorestar, sempre com o plantio do eucalipto. Nunca em preservar", afirma, preocupada com a futura criação do Distrito Florestal de Carajás.

Estimativas do movimento avaliam que 2,4 milhões de hectares de babaçuais já foram devastados. No Brasil, a palmeira já ocupou 18 milhões de hectares.


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Biodiesel de Girassol

A necessidade de estimular pequenos e médios produtores rurais a cultivarem plantas com concentrado teor de óleo vegetal tem levado os técnicos da Secretaria da Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural de Quixadá a pesquisarem alternativas de adaptação ao solo e clima sertanejo. Essas experiências preliminares resultaram no contraste da vegetação típica com uma espécie de oleaginosa que decora jardins por todo o mundo, o girassol. Confiantes nos cálculos dos profissionais do campo, os produtores acreditam que, em poucos anos, milhares de hectares poderão transformar a paisagem do Sertão Central num exótico jardim rural.
Os técnicos da Secretaria de Agricultura explicam que implantaram unidades demonstrativas em 27 comunidades rurais. Realizaram estudos, ainda em fase de conclusão, mas já constataram que no último período chuvoso, dentre o grupo de oleaginosas adequadas ao cultivo no semi-árido, embora pouco conhecido na região, o girassol mostrou-se tolerante aos períodos secos.
Também perceberam a viabilidade de consórcio da planta com a apicultura, chegando a produção de 20 a 30kg de mel/colméia de excelente qualidade, ampliando o rendimento dessa cultura em 30%. Além dessas vantagens, o vegetal pode ser armazenado para os períodos de estiagem, sob a forma de silagem.
Apesar do baixo índice pluviométrico e da irregularidade temporal das chuvas registrado na última quadra chuvosa (março - junho) na região, cerca de 28% abaixo da média histórica — segundo dados do Ipece chega a 838mm/ano — a produção de girassol foi considerada razoável. Em algumas áreas, onde ocorreu adubação orgânica, chegou a mais de 900kg/ha de grãos. São vantagens consideráveis, que, aliadas à beleza ornamental de sua floração, capaz de encantar qualquer um, está atraindo dezenas de pequenos e médios produtores a confiarem nessa alternativa apresentada pela Secretaria de Agricultura do Município de Quixadá.
Os agricultores José de Queiroz Ferreira e Josafá Rodrigues da Silva confessam que ficaram surpresos com os resultados. Na próxima estação chuvosa, os dois afirmam que pretendem triplicar o cultivo da oleaginosa. A planta tem sua origem numa extensa faixa de terra que segue do Peru ao México, entre os continentes americanos do Sul e do Norte.
Eles afirmam que se os resultados agradarem novamente ampliarão ainda mais suas áreas de cultivo do girassol. O primeiro mora no Cipó dos Anjos; o segundo, na Várzea da Onça. Aproximadamente 25km separam as duas comunidades. Acreditam que “do jeito que as coisas vão”, em breve um extenso campo de girassóis unirá as duas localidades.
A meta para a próxima quadra chuvosa no município é chegar a 5 mil hectares cultivados com o vegetal que, como a mamona e o pinhão-manso, também é considerado como espécie ideal para extração do principal insumo destinado à produção do bioenergético líquido. Muitos agricultores familiares apostam que “se a chuva ajudar” as estimativas dos técnicos serão facilmente superadas. Justificam que o girassol não é tóxico como a mamona e agrada mais que o pinhão-manso, servindo de alimento para as animais e as abelhas.Esperam também que os incentivos de crédito assegurados pelos governos federal, estadual e municipal sejam cumpridos. O programa governamental do biodiesel prevê a inclusão social do pequeno produtor no sertão.

MERCADO
Com o início das obras de construção da usina de biodiesel em Quixadá, no começo do ano, representantes da Petrobras estiveram neste município e asseguram a compra de toda a produção de grãos das oleaginosas cultivadas na região. O preço pelo quilo do produto foi estipulado em R$ 0,56.
Em seguida foi a vez do governo do Estado expor sua parcela de incentivos, R$ 0,14 de complemento ao preço mínimo estipulado pelo governo federal, chegando a R$ 0,70/kg e R$ 150, por cada hectare cultivado com mamona, consorciada com feijão ou milho.
A Prefeitura de Quixadá também aderiu à política de incentivos. Recentemente, na realização de um seminário socioambiental que contou com a participação de centenas de agricultores, o prefeito Ilário Marques anunciou mais uma vantagem para os que investirem na cultura de oleaginosas em seu município. Cada produtor receberá cinco horas de trator para gradagem da terra. O suficiente para preparar os três hectares que receberão subsídios econômicos do governo estadual por cada um deles que for cultivado.
Percebendo a necessidade de despertar o interesse de produtores dos outros municípios da região na empreitada bioenergética, a Associação dos Municípios do Sertão Central (Amusc) articula uma excursão ao canteiro de obras da unidade produtora da Petrobras. Com a iniciativa, o presidente da Amusc e prefeito de Madalena, Wilson de Pinho, pretende levar dezenas de produtores à unidade de produção e superar o clima de desconfiança que ainda persiste na região. Com a visita, quem ainda resiste à alternativa econômica rural poderá observar que o projeto é real e viável para todos.

Quem nasce e vive no sertão está acostumado a enfrentar desafios. Encontrar alternativas para superar as dificuldades no campo é a nossa tarefa. Associar os costumes de nossa gente às políticas econômicas e ecológicas do nosso País, ao mesmo tempo assegurando-lhes o desenvolvimento social, se tornou uma interessante meta. Essas condições estão surgindo com a implantação da unidade de biocombustíveis da Petrobras em nosso município e os resultados alcançados nos nossos experimentos. O girassol surgiu como uma das três possibilidades para produção do energético vegetal. Alcançou resultados extraordinários. Ainda é cedo para avaliarmos o tamanho desse potencial alternativo consorciado com os interesses de nossos produtores e da natureza, mas nordestino é assim mesmo, faz festa para qualquer notícia boa que surja. Com os resultados alcançados e um bom inverno, a “Terra dos monólitos” também se transformará na “Terra dos girassóis”.
Fonte:

Portugal Biodiesel não pagará imposto em Portugal

O governo português exigirá que as empresas produtoras de biocombustíveis incorporem 50% da matéria-prima local para usufruirem da isenção do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), disse o ministro luso da Agricultura, Jaime Silva, em entrevista à Agência Lusa.A portaria, fixando o valor da isenção do ISP e as quantidades de biocombustíveis a serem isentas para o período de 2008/2010, será publicada na próxima semana. "Esta portaria favorece claramente as produções endógenas", afirmou o ministro.Jaime Silva não quis adiantar o valor e a quantidade da isenção, mas ela vai abranger todos os produtos, incluindo os resíduos agroindustriais.

A isenção de ISP é válida a partir de 2008 para o biodiesel, já que há unidades de produção prontas para funcionar. E, a partir de 2009, para o álcool combustível, uma vez que ainda não existe qualquer fábrica em funcionamento no país europeu.

A atribuição de isenção de ISP às unidades produtoras passará pela realização de uma seleção, tal como já havia acontecido na primeira fase que ocorreu este ano e, na qual o governo atribuiu isenção a seis produtoras em um total de 205 mil toneladas de biocombustível. Em 2007, o governo definiu a isenção de ISP entre um limite mínimo de 280 euros e um máximo de 300 euros, por cada 1.000 litros de biocombustível, estabelecendo 100 mil toneladas como quantidade máxima por empresa.Nesta primeira fase, Lisboa privilegiou como critérios de elegibilidade a armazenagem de matérias-primas ou de biocombustíveis em território luso, a apresentação de um sistema de controle de qualidade, destinação exclusiva ao consumo e, em caso de produção em território nacional, a licença de atividade.

Para a segunda fase, o objetivo do governo é potencializar a contribuição das matérias-primas resultantes da produção agrícola nacional de biocombustíveis em Portugal.A isenção de ISP sobre os biocombustíveis destina-se a fomentar a utilização dos mesmos nos transportes, para reduzir a dependência energética portuguesa e cumprir a diretiva da União Européia que visa proceder, até 2020, a substituição de 20% dos combustíveis convencionais usados nos transportes por produtos alternativos.O governo português estabeleceu a incorporação 10% de biocombustíveis na gasolina e no óleo diesel até 2010, uma meta que é quase o dobro dos 5,75% definidos pela União Européia (UE).

Fonte: Lusa

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Brasil já tem 145 usinas de biodiesel, entre produzindo e em construção

O Brasil conta hoje com 145 plantas de produção de biodiesel, sendo que 40 delas já foram autorizadas pela ANP a funcionarem.

O Restante se divide em plantas que estão em diversos niveis da cadeia de produção, algumas já estão construidas e aguardam autorização de funcionamento da ANP, outras estão em construção ou mesmo em planejamento. Não podemos deixar de citar, ainda, as plantas pilotos que também precisam da autorização da ANP para funcionamento, porém não estão computadas entre as 40 aqui citadas.

Estamos num esforço muito grande para podermos disponibilizar o maior numero de informações sobre biodiesel, e por isso defendo a liberdade de informações, deixo aqui o meu repudio àqueles Blogs que se dizem os maiorais, mas que sonegam informações, só as liberando mediante o pagamento.

Num país onde estamos acustumados a pagar por tudo, infomações na internet deveriam ser gratuitas.

Desculpem o desabafo e obrigado!

Aqui você pode obter todas as informações

Sobre as usinas autorizadas pela ANP no País

O Mapa do Biodiesel no Brasil dividido por Região e Estado, com todas as Usinas do Brasil

Usinas em Ordem Alfabética