quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Lula diz que irá incentivar etanol e biodiesel se reeleito

Ribeirão Preto 29 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu hoje continuar como "garoto propaganda" do etanol brasileiro no exterior e ampliar a política de incentivo à produção do biodiesel caso seja reeleito.

Segundo fontes que participaram do encontro com empresários, pela manhã em São Paulo, Lula evitou falar em reeleição, deixou escapar que ainda é cedo para cantar vitória, mas já apresentou linhas gerais para o setor sucroalcooleiro. Entre as estratégias, além do discurso de incentivo aos combustíveis renováveis, Lula quer ampliar parcerias com os usineiros, principalmente no setor logístico, como as que a Petrobras já faz na construção de alcooldutos para o escoamento do combustível para o porto de São Sebastião (SP).

Lula chama biocombustível de "passaporte para o desenvolvimento"

Brasília, 30 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), que o Brasil vive um grande momento de transformação, que encontrou sua vocação e que ingressou em um círculo virtuoso. Como indicadores dessa avaliação, mencionou o crescimento econômico, a estabilização da moeda, o salto das exportações, o fortalecimento das instituições, a redução dos desequilíbrios sociais e a expansão do mercado de trabalho.

Governo não antecipará meta do biodiesel sem garantia de abastecimento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que o governo não vai antecipar metas do programa de biodiesel, se o setor não tiver condições de abastecer o mercado.

Senai apresenta fábrica piloto para produção de biodiesel

Uma planta piloto de fábrica de biodiesel, desenvolvida pela unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (SENAI-SP), de Jacareí, está exposta hoje (30/08) na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
A fábrica, com capacidade para produzir 50 litros de biodiesel por dia, é economicamente viável para produtores de soja, que poderiam fabricar o combustível para uso em máquinas agrícolas. "A nova tecnologia separa o biodiesel da glicerina em apenas 15 minutos, enquanto a tecnologia usada atualmente pelas usinas leva de uma hora e meia a seis horas", compara o diretor da escola do SENAI de Jacareí, Domingos Gonçalves da Costa.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Empresas preparam grandes aportes para a produção de biodiesel no país

As empresas do setor começam a investir pesado em novas usinas de biodiesel, antecipando-se a eventual anúncio do governo para antecipar a resolução de adicionar 5% do combustível ao biodiesel, prevista inicialmente para 2013.

Segundo a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), a compra de bens de capital, máquinas, equipamentos, peças e componentes para a instalação de usinas alcançará R$ 4 bilhões nos próximos 3 anos, caso se concretizem os projetos para a produção de 2,4 bilhões de litros de biodiesel ao ano.

José Alencar analisa conjuntura econômica nacional e defende nova gestão de Lula com foco na redução de juros

O vice-presidente da República, José Alencar (PL), em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira no Littoral Hotel, comentou o panorama da economia nacional, destacando os investimentos para a produção de biodíesel. Em uma eventual reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice destacou que a principal bandeira para o crescimento econômico está na redução dos juros.

Vidigal quer desenvolver o biodiesel no Maranhão

As propriedades rurais que foram desapropriadas e entregues aos pequenos agricultores serão incentivadas a plantar lavouras de cana-de-açúcar destinadas à produção do álcool combustível. Já as plantações de mamona e babaçu servirão para alavancar o biodiesel, um combustível menos poluente. Os espaços das igrejas católicas e evangélicas servirão para a implantação do projeto de alfabetização em massa da população maranhense.

Posto Trevão já comercializa Biodiesel Petróbras

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Aportes em biodiesel devem chegar a R$ 4 bi

Os investimentos em novas usinas de biodiesel avançam a passos largos, embora o governo federal ainda não tenha decidido se adiantará a adição de 5% ao diesel, por enquanto prevista para 2013.

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) calcula que a compra de bens de capital, máquinas, equipamentos, peças e componentes para a instalação de usinas alcançará R$ 4 bilhões nos próximos três anos, se os projetos anunciados para a produção de 2,4 bilhões de litros ao ano forem concretizados. "Existem grupos que já investem pensando em misturas superiores a 2%", afirma Rubens Dias de Morais, diretor de assuntos agrícolas da Abimaq.

Biodiesel chega à bolsa de valores

O mercado de capitais brasileiro deverá ter a primeira empresa de biodiesel listada em bolsa de valores. A Brasil Ecodiesel, que tem como presidente do conselho de administração o executivo Jório Dauster, deu entrada ontem na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com um pedido de registro inicial de companhia aberta e simultaneamente colocou em análise duas ofertas públicas iniciais de ações. Uma delas será primária e vai captar recursos para o desenvolvimento da companhia e a outra será secundária, com a venda de participações de acionistas.

Biodiesel de algodão desponta na BA


São Paulo, 24 de Agosto de 2006 - Oeste do estado atrai investimentos por grande oferta de matéria-prima e mercado consumidor. A americana Crow West Company pretende instalar usina de biodiesel de óleo de algodão em Luís Eduardo Magalhães (BA), com previsão de início de funcionamento em agosto de 2007.

Governo vai lançar programa do Biodiesel

O governador Luis Abílio lança na próxima segunda–feira, às 9 horas, no auditório do Palácio República dos Palmares, o programa do Biodiesel (Probiodiesel/AL). A solenidade contará com a presença do secretário executivo de Planejamento e Orçamento, Márcio Pinto, entre outras autoridades.

Biodiesel é discutido em Congresso

SÃO PAULO, 24 de agosto de 2006 - O Programa Brasileiro de Biodiesel (B2), que tem pouco mais de dois anos e já representa grande potencial na matriz energética brasileira, está atraindo a atenção de investidores de vários países.
Para discutir temas relacionados ao desenvolvimento, produção, investimentos e comercialização, investidores e produtores rurais de vários Estados brasileiros, além da França, EUA, Alemanha, Índia e África do Sul, estiveram reunidos no 2º Congresso de Biodiesel.

Deputado reivindica escritório da Embrapa em MT

O deputado Clóvis Roberto (PPS) cobrou, da tribuna da Assembléia Legislativa, a implantação de um escritório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Mato Grosso. O parlamentar ressalta que a ausência deste escritório impede que o Estado desenvolva pesquisas importantes, como com leguminosas, o que poderia permitir maior rentabilidade para a questão do biodiesel, em amplo desenvolvimento.

Pró-Cuiabá incentiva indústrias de biodiesel

Conforme orientação do prefeito Wilson Santos, a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo vem buscando incentivar as empresas de biodiesel e auto-tecnologia a investir no município. Já está em análise na Secretaria, conforme informação do secretário João Vieira, o primeiro processo que vai atrair para Cuiabá a Biobrasil Indústria e Comércio Ltda.

Novos parceiros apoiam a usina biodiesel

Novos parceiros irão apoiar o projeto Biodiesel Guariba, de iniciativa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com Eletronorte. Em reunião, nesta terça-feira (22), na pró-reitoria de Pesquisa, uma força-tarefa integrada por ministérios e órgãos de pesquisas estaduais e federais foi criada para viabilizar a segunda etapa do trabalho.

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Ouvidor geral agrário faz vistoria

O ouvidor agrário nacional, desembargador Gersino José da Silva, chega hoje à Mato Grosso para vistoriar o projeto Biodiesel, em Colniza (1,1 mil quilômetros de Cuiabá), financiado pela Eletronorte e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Projeto de César Borges apressa mistura de diesel com biodiesel

O senador César Borges (PFL-BA) quer alterar a Lei do Biodiesel (lei 11.097/05) a fim de promover a antecipação imediata de adição do percentual de 2% de biodiesel no óleo diesel. A legislação em vigor autoriza o acréscimo de 2% a partir de 2008 e de 5%, a partir de 2013. O projeto (PLS 121/06) aguarda decisão na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), onde será votado em decisão terminativa.

AGRONEGÓCIO: Fiagril investe para produzir biodiesel no MT

SÃO PAULO, 22 de agosto de 2006 - A Fiagril, empresa nacional que em 2005 faturou R$ 500 milhões, está investindo R$ 31 milhões na construção de uma usina de biodiesel em Lucas do Rio Verde (MT). A empresa participou do quarto leilão da Petrobras e deverá fornecer à estatal 17,5 milhões de litros do biocombustível a partir de 2007.SÃO PAULO, 22 de agosto de 2006 - A Fiagril, empresa nacional que em 2005 faturou R$ 500 milhões, está investindo R$ 31 milhões na construção de uma usina de biodiesel em Lucas do Rio Verde (MT).
Segundo Miguel Vaz Ribeiro, metade do volume é vendido no mercado interno e o restante exportado.

Grupo deve investir R$ 20 milhões em fábrica de biodiesel em Sinop

Sinop deve ganhar uma usina de biodiesel a partir do ano que vem. Um grupo de empresários paulista esteve ontem em Sinop e definiu o município como o ponto mais estratégico para instalação da indústria que terá um investimento inicial de R$5 milhões.

Mato Grosso terá Centro de Excelência em pesquisa de biocombustíveis

Mato Grosso terá um Centro Internacional de Excelência em Biocombustíveis (CIEB), responsável pelo desenvolvimento de pesquisas destinadas a subsidiar o setor produtivo, tanto na formação de recursos humanos para toda a cadeia produtiva do biodiesel e do etanol, como no aprimoramento da tecnologia.

Projeto Biodiesel Guariba amplia parcerias

O pró reitor de Pesquisas da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, Paulo Teixeira de Sousa Jr. participa de uma reunião com o secretário de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) Onaur Ruano, representantes do Ministro da Agricultura e da Empresa Mato-grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural- Empaer. O objetivo é discutir novas parcerias com esses órgãos para segunda fase do Projeto Biodiesel Guariba, que trata da criação do círculo agrícola. Está programada também uma visita à Guariba, localizada na divisa com Rondônia e Amazonas, a 150 km de Colniza e 1,57 mil km de Cuiabá.

GAZETA: Biodiesel, um dos bons frutos em energia

22 de agosto de 2006 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemora o fim do risco de racionamento até 2010, a auto-suficiência no segmento de petróleo e o desenvolvimento do biodiesel. Oposição e iniciativa privada, por outro lado, questionam os resultados do governo atual no setor energético.E os contratos de concessão de sete usinas hidrelétricas sob as novas regras do setor só foram assinados neste mês, depois de uma longa etapa de planejamento.
Marco regulatório
O presidente da EPE do Ministério de Minas e Energia diz que o governo Luiz Inácio Lula da Silva implementou um marco regulatório que trouxe segurança a investidores e consumidores.

Dourados realiza ShowAgri em setembro

A Associação do Agronegócio da Grande Dourados (AAGD) e a Cooagri realizarão o ShowAgri 2006, um evento voltado ao agronegócio, nos dias 4 e 5 de setembro, no Teatro Municipal, com palestras de especialistas abordando temas da atualidade como gestão no campo, biodiesel e mercado agrícola. A presença do ministro da Agricultura, Luiz Carlos Guedes Pinto, ainda depende de confirmação.

Indústria de biodiesel investe R$ 31 milhões em Lucas R. Verde

A partir de abril de 2007 mais uma grande empresa entra em fucionamento no Nortão. Uma indústria de biodiesel, com capacidade de produção de 50 milhões de litros ao ano, está se instalando em Lucas do Rio Verde. Serão R$ 31 milhões em investimentos no município, que deve fomentar ainda mais a geração de emprego e renda na região. A indústria vai utilizar óleo de soja degomado e sebo bovino, que existem em grande escala no Nortão, para produzir o biodiesel.

Biodiesel tem produtividade e distribuição como desafios, diz Diretor de Combustíveis do MME

Para que o programa do biodiesel atinja as suas metas, dois de seus principais desafios precisam ser superados, disse o diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles. O primeiro deles é a capacitação e a organização da rede de produção do novo combustível e o segundo, refere-se aos índices de produtividade.

Secretário do MCT conhece bases do CIEB em MT

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Luiz Antonio Rodrigues Elias, está em Cuiabá para o lançamento das bases de criação do Centro Internacional de Excelência em Biocombustíveis (CIEB), às 10h30 na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Às 14h ele se reúne com o governador do Estado Blairo Maggi e com representantes do setor produtivo, quando conhecerá o projeto de implantação do CIEB.

Usina de biodiesel será construída no município - 19/08/2006

Campo Verde (121 km de Rondonópolis) receberá a primeira usina para produção de biodiesel a partir de óleos vegetais e gordura animal. O empreendimento da Biocamp Indústria e Comércio de Biodiesel Limitida, será inaugurado no início de 2007 e terá capacidade de produzir no primeiro ano de funcionamento 50 milhões de litros de biodiesel.

O arranque notável do biodiesel

O diesel (consumo anual de mais de 40 bilhões de litros no Brasil) é uma fração de petróleo de composição multivariada em hidrocarbonetos. Ali se encontram hidrocarbonetos nobres como o hexadecano ou cetano (C16H34) com combustão limpa mas também contém uma família de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), de difícil combustão e que acumula na emissão veicular como matéria particulada ou “fumaça negra”. Um exemplo temível é o benzo-alfa-pireno, implicado na geração de tumores em ensaios com animais de laboratório. Contém ainda o diesel duas fontes de compostos sulfurados: enxofre orgânico e inorgânico. Na combustão são oxidados até dióxido de enxofre (SO2), o que gera a chuva ácida (ácido sulfúrico ou H2SO4). Genericamente, no diesel predomina uma mistura de hidrocarbonetos de C10 até C19 (ca. 42% de hidrocarbonetos parafínicos lineares e ramificados + 32% de cicloparafinas + 25% de hidrocarbonetos aromáticos).

Os novos negócios do biodiesel na região

Nos últimos tempos, os projetos de biodiesel vêm ganhando corpo no Brasil como fonte alternativa de energia quase tão importante quanto foi o Pró Álcool nos anos 70: uma fonte de energia renovável, menos poluente e na qual o País possa desenvolver e exportar tecnologia. No Sul de Santa Catarina, além de pequenos projetos de produção de combustível, uma empresa está apostando na fabricação de equipamentos para pequenas usinas de biodiesel.

PRODUÇÃO DE BIODIESEL É INCENTIVADA

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) está selecionando projetos de pesquisa e difusão tecnológica que contribuam para a modernização e solução de gargalos específicos da cadeia produtiva do biodiesel. O prazo para recebimento das propostas vai até 11 de setembro.
Para essa iniciativa a instituição vai disponibilizar R$ 800 mil, não-reembolsáveis, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci), administrado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do BNB. O valor individual das propostas de projeto não pode superar R$ 100 mil.
Pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior, institutos e centros de pesquisa e desenvolvimento públicos ou privados, todos sem fins lucrativos, poderão apresentar propostas, desde que instalados na área de atuação do banco (nordeste e norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo). A divulgação do resultado da pré-seleção está prevista para 29 de setembro.

ANP DEVE REALIZAR LEILÃO DE COMPRA DE BIODIESEL ATÉ INÍCIO DE 2007

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) deve realizar um novo leilão de compra de biodiesel no fim deste ano ou no início do ano que vem. De acordo com o superintendente de Abastecimento da ANP, Roberto Ardenghy, o volume de compra deve ser de 150 milhões de litros de biodiesel, para entrega em 2007, a fim de garantir o suficiente para a mistura de 2% no óleo diesel. Esse porcentual de mistura se tornará obrigatório a partir de 2008, aumentando para 5% a partir de 2013.

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Biodiesel na região de Ribeirão

A Aspen, distribuidora de combustíveis de Paulínia, na região de Campinas, anunciou ontem, no JP Hotel, a comercialização de biodiesel na região de Ribeirão Preto. O produto será vendido em cerca de 200 postos de bandeira branca misturado ao diesel na proporção de 2% e pelo mesmo preço do litro do diesel (R$ 1,90).

Feira de Inovação e Pesquisa recebe público acima do esperado

O diretor da Biobrás (empresa credenciada para a produção de biodiesel no estado de Mato Grosso) José Luiz Cerboni de Toledo, elogiou o estande do biodiesel. "A necessidade de que os produtores de grãos se percebam também como produtores do combustível do futuro, é um momento histórico este que estamos atravessando", salienta Toledo. "Temos aqui toda a tecnologia suficiente para desenvolver um produto de excelente qualidade", completou.

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

ANP deve realizar leilão de compra de biodiesel até início de 2007

Rio, 16 - A Agência Nacional de Petróleo (ANP) deve realizar um novo leilão de compra de biodiesel no fim deste ano ou no início do ano que vem. De acordo com o superintendente de Abastecimento da ANP, Roberto Ardenghy, o volume de compra deve ser de 150 milhões de litros de biodiesel, para entrega em 2007, a fim de garantir o suficiente para a mistura de 2% no óleo diesel. Esse porcentual de mistura se tornará obrigatório a partir de 2008, aumentando para 5% a partir de 2013.

Petrobras inicia em setembro testes com H-Bio na refinaria do Rio Grande do Sul

Recife - O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse hoje (16) que a partir da primeira quinzena de setembro serão realizados testes com o H-Bio (óleo diesel com menos teor de enxofre na sua composição) na refinaria do Rio Grande do Sul e, depois, na refinaria Gabriel Passos, em Minas Gerais.

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Europa quer seguir modelo brasileiro de biocombustíveis

O modelo brasileiro de agroenergia e biocombustíveis será o tema da Feira Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis - ENERBIO/2006, que acontecerá em novembro. O evento reunirá expositores que atuam como parceiros e fornecedores dos produtores de agroenergia (cana, soja, amendoim, mamona, palma, girassol, etc) e de biocombustíveis (etanol, biodiesel e células combustível a hidrogênio).

Missão vai à África do Sul incentivar a produção de álcool e Biodiesel

Na busca por novos mercados, o MME, ANP, a Anfavea e membros do Itamaraty vão à África do Sul no fim deste mês para o início das negociações de um acordo bilateral. A novidade dessa missão é a presença de representantes de toda a cadeia do álcool, além dos fabricantes de veículos e de autopeças. "Vamos mostrar o modelo brasileiro do etanol e também do biodiesel", disse o presidente da Anfavea, Rogelio Golfarb.

Ameaçado pelo narcotráfico, juiz federal vive confinado em fórum

Trabalhando há um ano em Ponta Porã (MS), na fronteira com Paraguai, Odilon de Oliveira já condenou 114 traficantes
Odilon de Oliveira, de 56 anos, estende o colchonete no piso frio da sala, puxa o edredom e prepara-se para dormir ali mesmo, no chão, sob a vigilância de sete agentes federais fortemente armados. Oliveira é juiz federal em Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul na fronteira com o Paraguai e, jurado de morte pelo crime organizado, está morando no fórum da cidade. Só sai quando extremamente necessário, sob forte escolta.

Empresários vão definir local para produção de biodiesel

A Biodiesel Triângulo deve definir até setembro o local de instalação de uma unidade de produção de biodiesel na região de Rio Preto. A empresa, formada por um grupo de empresários alemães, italianos, japoneses e franceses, vai investir R$ 80 milhões no empreendimento, com recursos próprios.

Vale e Petrobras puxam queda do Ibovespa

O enfraquecimento do mercado acionário americano reforçou a pressão gerada pela queda das ações da Petrobras e da Vale do Rio Doce ontem. Em meio à expectativa por números de inflação e atividade nos Estados Unidos ao longo da semana, o tom foi mais conservador. O Ibovespa caiu 1,05%, aos 36.556 pontos. O giro foi de R$ 1,79 bilhão.

CARTA ABERTA AO BRADESCO

Senhores Diretores do Bradesco,
Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina de sua rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da feira, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.
Funcionaria assim: todo mês os senhores, e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, feira, mecânico, costureira, farmácia etc). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao pagante. Existente apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade.
Por qualquer produto adquirido (um pãozinho, um remédio, uns litros de combustível etc) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até um pouquinho acima.
Que tal?
Pois, ontem saí de seu Banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade.
Minha certeza deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a seguinte cena: eu vou à padaria para comprar um pãozinho. O padeiro me atende muito gentilmente. Vende o pãozinho. Cobra o embrulhar do pão, assim como, todo e qualquer serviço. Além disso, me impõe taxas. Uma "taxa de acesso ao pãozinho", outra "taxa por guardar pão quentinho" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.
Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo em seu Banco.
Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto de seu negócio. Os senhores me cobraram preços de mercado. Assim como o padeiro me cobra o preço de mercado pelo pãozinho.
Entretanto, diferentemente do padeiro, os senhores não se satisfazem me cobrando apenas pelo produto que adquiri.
Para ter acesso ao produto de seu negócio, os senhores me cobraram uma "taxa de abertura de crédito" - equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pãozinho", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.
Não satisfeitos, para ter acesso ao pãozinho, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente em seu Banco. Para que isso fosse possível, os senhores me cobraram uma "taxa de abertura de conta".
Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro depois de abrir a padaria.
Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para liberar o "papagaio", alguns gerentes inescrupulosos cobravam um "por fora", que era devidamente embolsado. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu se antecipar aos gerentes inescrupulosos. Agora ao invés de um "por fora" temos muitos "por dentro".
- Tirei um extrato de minha conta - um único extrato no mês - os senhores me cobraram uma taxa de R$ 5,00.
- Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 "para a manutenção da conta", semelhante àquela "taxa pela existência da padaria na esquina da rua".
- A surpresa não acabou: descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros (preços) mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quentinho".
- Mas, os senhores são insaciáveis. A gentil funcionária que me atendeu, me entregou um caderninho onde sou informado que me cobrarão taxas por toda e qualquer movimentação que eu fizer.
Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores esqueceram de me cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de seu Banco.
Por favor, me esclareçam uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?
Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que sua responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências governamentais, que os riscos do negócio são muito elevados etc e tal. E, ademais, tudo o que estão cobrando está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco Central.
Sei disso.
Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem seu negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.
Sei que são legais.
Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam garantidas em lei, tais taxas são uma imoralidade.Brasilia, 30 de maio de 2006.
Delman Ferreira

Granol recebe Selo Combustível Social para a produção de biodiesel

Várzea Grande, 15/08/2006 - 22:45
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) informa que concedeu o Selo Combustível Social à empresa beneficiadora de soja Granol, considerada a quinta maior do País no setor de soja, na última semana. A empresa teve arrematados em leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) um volume de 20,1 milhões de litros de biodiesel a ser produzido em sua unidade de beneficiamento de Campinas (SP) e um volume de 36 milhões de litros para fabricação em Anápolis (GO).

Empresários vão definir local para produção de biodiesel

A Biodiesel Triângulo deve definir até setembro o local de instalação de uma unidade de produção de biodiesel na região de Rio Preto. A empresa, formada por um grupo de empresários alemães, italianos, japoneses e franceses, vai investir R$ 80 milhões no empreendimento, com recursos próprios.

Alagoas deve receber missão da França em setembro

09/08/2006 - 19:15
Até o fim de setembro, Alagoas deve receber a visita da primeira missão da região de D’Aquitaine, na França. Pelo menos foi o que ficou decidido na manhã desta quarta-feira, em reunião de trabalho realizado pelo governador Luis Abílio e o vice-presidente daquela região, Jean Guerard, encarregado das Relações Internacionais Européias. A primeira missão deve trazer técnicos para discutir a possibilidade de instalação de um parque natural em Alagoas, em uma fazenda localizada no município de Santana do Ipanema, bem como estudar a possibilidade de firmar parcerias no campo das alternativas energéticas.

terça-feira, 15 de agosto de 2006

1º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel

1º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel
14/08/2006 Agência FAPESP - A primeira edição do Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel será realizada nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, em Brasília, promovidos pela Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti) e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
O evento reunirá pesquisadores, estudantes e técnicos dos setores público e privado, atuantes nas entidades e empresas envolvidas com pesquisa, desenvolvimento e inovação na cadeia de produção e uso do biodiesel.
Serão abordadas as cinco áreas temáticas que dão conformidade à Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel: agricultura, armazenamento, caracterização e controle da qualidade, co-produtos e produção.

Plantação de mamona pode ser uma alternativa para a geração de renda dos produtores rurais de Santa Maria

NOTÍCIAS - RÁDIO CDN
Segunda-Feira - 14/08/2006

Plantação de mamona pode ser uma alternativa para a geração de renda dos produtores rurais de Santa Maria
Tiago Guedes
Coordenadores técnicos da empresa Brasil EcoDiesel discutiram com os produtores rurais de Santa Maria uma alternativa para a geração de trabalho e renda. Os empresários apresentaram um contrato para o cultivo da mamona para a produção de biodiesel. O incentivo faz parte do Programa Nacional de Biodiesel, do Governo Federal, que tem o objetivo de produzir 2% do combustível até 2008 e 5% até 2013.

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Europeus querem recuperar tempo perdido em bioetanol

Enquanto Brasil e EUA investiram na produção de biocombustíveis com programas abrangentes, a Europa deixou a chance passar. Agora, a líder européia no mercado açucareiro quer investir 500 milhões de euros no setor.

Monika Lohmüller (rr) www.DW-Word.de - DEUTSCHE WELLE - Economia - 02.08.2006

Alemanha passa a taxar biodiesel

A isenção de impostos sobre biodiesel acaba exatamente quando o combustível se torna mais popular entre os alemães, e os fazendeiros expandem a produção para atender à crescente demanda.

Uma nova legislação tributária entrou em vigor na terça-feira (01/08), eliminando a isenção concedida aos combustíveis alternativos. Em conseqüência, o preço do litro do biodiesel vai aumentar nove centavos de euro. Posteriormente, aumentos de seis centavos por ano a partir de 2008 vão fazer com que os preços do biodiesel e do diesel convencional estejam equiparados em 2012.
Taxação do biodiesel vai arrecadar 1,6 bilhão de euros.

www.DW-Word.de - DEUTSCHE WELLE - Sean Sinico (bt)

Venezuela importará tecnologia brasileira do biodiesel

Segundo a estatal do petróleo daquele país, a PDVSA, a empresa já importa etanol desde o ano passado
Adriana Chiarini

RIO - A estatal do petróleo da Venezuela, PDVSA, pretende passar a produzir etanol a partir do ano que vem e importar tecnologia de biodiesel do Brasil. A afirmação foi feita nesta quarta-feira pelo diretor de refino da empresa, Igor Martinez. A empresa importa etanol da Petrobras desde o ano passado. Usa o álcool como componente da mistura de gasolina, com 3% de participação.
Em relação ao biodiesel, ainda não há um cronograma oficial. "Penso que em dois ou três anos estaremos produzindo", arriscou Martinez, em entrevista na Hart World Refining & Fuels Conference no Rio. Na palestra que deu, em substituição ao vice-presidente de refino da empresa, Alejandro Granado, Martinez lembrou que a PDVSA até está em processo de certificação de reservas da faixa do Orinoco que, se confirmadas, transformarão o país no campeão de reservas do óleo.
Lembrou também que o Mercosul, já com a nova sócia Venezuela, tem mais de 50% da capacidade de refino da América Latina já que o Brasil tem 26%, a Venezuela, 17% e Argentina 8%.
Biodiesel

No mesmo local, o diretor de Operações da Ipiranga, José Luiz Orlandi, afirmou que a empresa pretende vender biodiesel nos seus postos ainda este ano, possivelmente a partir de setembro ou outubro. A empresa encomendou sete milhões de litros do combustível à BR Distribuidora para receber de setembro até o ano que vem.
Segundo Orlandi, a Ipiranga quer se antecipar à obrigatoriedade de vender biodiesel a partir de 2008 e tem muito interesse no novo combustível, mas não tem planos de produzi-lo. O biodiesel está sendo introduzido no Brasil como componente do óleo diesel entrando com 2% na mistura do diesel.
Orlandi observou que na Alemanha há venda de 100% do produto para abastecimento de automóveis, mas considera que isso ainda é muito caro, mesmo em relação ao atual preço do petróleo. Um dos fatores de sucesso do álcool combustível foi a elevação dos preços do petróleo, observou.
Venda

Respondendo a jornalistas, o diretor negou que a Ipiranga esteja sendo vendida. "É a empresa que mais está crescendo no setor e segunda no mercado", disse. A refinaria da Ipiranga está parada "há uns dois meses", de acordo com ele. "A Ipiranga está fazendo todo esforço para preservar sua estrutura. Tomara que a gente descubra uma saída (para a refinaria)", disse.
De acordo com ele, a empresa está aberta a investidores estrangeiros "mas não para comprar (a Ipiranga), mas para se associar, fazer joint venture", disse.
www.estadao.com.br - Economia- 02 de agosto de 2006 - 14:34

Ipiranga oferecerá biodiesel nos postos ainda neste ano

A Ipiranga fará, entre setembro e outubro, a estréia do biodiesel em seus postos, quase dois anos antes de a mistura se tornar obrigatória. A empresa segue a trilha de concorrentes como BR Distribuidora, AleSat e Shell.
Segundo o diretor de operações da companhia, José Luis Orlandi, a Ipiranga comprou 7 milhões de litros de biodiesel da Petrobrás para fornecer a seus clientes até o primeiro semestre de 2007. A mistura de 2% de biodiesel ao diesel passa a ser compulsória em 2008.

Maracuju News (www.maracaju.news.com.br) - Quinta-feira, 03 de Agosto de 2006 14:24

Petrobras deve monopolizar produção de biodiesel no país

A Petrobras prevê produzir 855 mil metros cúbicos/ano de Biodiesel até 2011. Tal volume corresponde a 85% do necessário para atender a mistura de 2% ao diesel (1 milhão de metros cúbicos/ano), obrigatória a partir de 2008.
Até 2011, cinco refinarias produzirão o H-Bio, cujo processo reduz custos de transporte, armazenagem e operação, já que todas as etapas são feitas num único local. Nesse caso, a mistura com óleo vegetal é viável até 18%. A previsão é produzir 425 mil m3/ano de H-Bio em 2011. Considerando a produção de biodiesel convencional e H-Bio, a Petrobras atenderá à mistura de 2% e terá ainda excedente a ser destinado à exportação ou à antecipação da meta de mistura de 5% prevista originalmente para 2013.
Eduardo Maia.
Diario de Natal
Natal, sexta-feira, 4 de Agosto de 2006

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Biodiesel

Combustível biodegradável derivado de fontes renováveis como de biomassa[1] , ou resíduos industriais e esgoto sanitário[2], para uso em motores a combustão interna com ignição por compressão[3] sem necessidade de modificação ou, conforme regulamentação, para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil, atendendo as especificações da ANP, nos motores de ciclo diesel automotivos (caminhões, tratores, automóveis, etc...) ou estacionários (geradores de eletricidade, calor, etc...).

Sendo perfeitamente miscível e físico quimicamente semelhante ao óleo diesel mineral, pode ser usado puro ou em quaisquer concentrações de mistura com o diesel, sem a necessidade de significantes ou onerosas adaptações dos motores. E, por ser biodegradável, não tóxico e essencialmente livre de compostos sulfurados e aromáticos, produz uma “queima limpa”, o que resulta, quando comparado com a queima do diesel mineral, numa redução substancial de monóxido de carbono e de hidrocarbonetos não queimados.

É um combustível composto de mono-alquilésteres de ácidos graxos de cadeia longa, obtido por diferentes processos de reação química de óleos vegetais ou de gorduras (Trigídios[4]) animais com o álcool comum (etanol) ou o metanol, estimuladas por um catalisador[5], tais como o craqueamento[6], a esterificação ou pela transesterificação[7]. Não contém petróleo.

A produção de Biodiesel segue especificações industriais restritas, a nível internacional tem-se a ASTM D6751. Nos EUA, é o único combustível alternativo a obter completa aprovação no Clean Air Act de 1990 e autorizado pela Agência Ambiental Americana (EPA) para venda e distribuição. Os óleos vegetais puros não estão autorizados a serem utilizados como óleo combustível.

A nomenclatura adotada a nível mundial para a identificação da concentração do Biodiesel na mistura, é a seguinte: BXX, onde B significa Biodiesel e o XX representa a percentagem em volume do Biodiesel à mistura. Por exemplo, o B2, B5, B20 e B100 são combustíveis com uma concentração de 2%, 5%, 20% e 100% (puro) de Biodiesel, respectivamente.

A utilização do Biodiesel no mercado mundial de combustíveis, baseadas em experiências bem sucedidas, tem se dado em quatro níveis de concentração em relação ao volume total no óleo diesel de petróleo:


  • Puro (B100)
  • Misturas (B20 – B30)
  • Aditivo (B5)
  • Aditivo de lubricidade (B2)
As misturas em proporções volumétricas entre 5% e 20% são as mais usuais, sendo que para a mistura até B5, não tem sido apresentada nenhuma necessidade de adaptação dos motores.

As informações de toda a cadeia (extração, produção, comercialização) do petróleo, seus derivados e do gás natural; e produção e comercialização do álcool combustível são passadas à ANP através de um código e nome do produto cadastrado na Agência. A SQP é responsável pela classificação dos produtos, respeitando a Portaria 54/01, disponível na página da ANP.

Atualmente existem cerca de 1.000 produtos cadastrados. Os agentes solicitam à ANP a inserção de novos produtos que são avaliados e classificados, respeitando a legislação de produtos especificados, combustíveis ou não, evitando a duplicação de produtos com a mesma finalidade na indústria do petróleo, do gás natural e do álcool combustível.

Também os óleos lubrificantes, graxas lubrificantes e aditivos em frasco para óleos lubrificantes de aplicação automotiva comercializados no País são obrigados a ter registro prévio da Agência Nacional do Petróleo. Os produtores ou importadores encaminham o pedido de registro à ANP. O Laboratório de Referência da ANP, em Brasília, avalia a solicitação, que após análise autoriza ou não a sua comercialização do produto de origem mineral, vegetal ou sintética, em todo o território nacional (Portaria 131/99).


[1] Óleos vegetais de dezenas de espécies vegetais no Brasil, tais como amendoim, babaçu, dendê (palma), girassol, mamona, pinhão manso, soja e demais oleaginosas, gorduras animais (aves, suínos, bovinos, ovinos, entre outros), resíduos industriais e esgoto sanitário.
[2] Alguns destes insumos são triglicerídeos e outros são ácidos graxos.
[3] Motores a diesel.
[4] A molécula de óleo vegetal e animal é formada por três ésteres ligados a uma molécula de glicerina, o que faz dele um triglicídio.
[5] Pode ser o hidróxido de sódio ou hidróxido de potássio.
[6] Quebra as moléculas do óleo formando uma mistura semelhante ao diesel de petróleo.
[7] Combina o óleo vegetal com álcool para a remoção da glicerina do óleo, deixando o óleo mais fino e reduzindo a sua viscosidade. O processo gera dois produtos, ésteres (o nome químico do biodiesel) e glicerina. A glicerina (produto valorizado no mercado de sabões) extraída pode ser utilizada na fabricação de sabonetes e diversos outros cosméticos, com também, na composição do material utilizado como lubrificante nas pontas das perfuratrizes de petróleo. Cerca de 20% de uma molécula de óleo vegetal é formada por glicerina. A glicerina torna o óleo mais denso e viscoso.



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H-Bio

A Petrobrás apresentou o H-BIO, processo para obtenção de óleo diesel que utiliza biomassa (óleo Refinado) como matéria-prima em unidades de hidrotratamento, onde se promove a hidrogenação da mistura de uma parte de diesel mineral (derivado de petróleo) com óleo vegetal refinado, que, segundo ela, dando origem a um tipo de óleo diesel de melhor qualidade, com um teor menor de enxofre e um aumento no nível de cetano. Porém, não altera a emissão de monóxido de carbono Este produto, então, é enviado para as distribuidoras para adicionar o Biodiesel (B2). Tendo como finalidade complementar o programa de utilização de fontes alternativas de energia, com benefícios ambientais.
O processo de HDT (Hydrotreating ou Hidrotratamento) de Diesel (H-Bio), consiste fundamentalmente em uma reação catalítica entre o hidrogênio (produzido nas refinarias nas unidades de reforma à vapor) e frações de diesel geradas nas colunas de destilação, no coqueamento retardado e no craqueamento catalítico do gasóleo. Estas frações de diesel contêm em sua estrutura teores excessivos de enxofre, nitrogênio, oxigênio e aromáticos. Esses elementos são removidos no processo de H.
ü O processo de remoção de enxofre é chamado de HDS (Hydrodesulfurization).
ü O processo de remoção de nitrogênio é chamado de HDN (Hydrodenitrogenation).
ü O processo de remoção de aromáticos é chamado de HDA (Hydrodearomatization).
ü O processo de remoção de oxigênio é chamado de HDO (Hydrodeoxygenation).
O novo combustível H-BIO é gerado num processo de HDO.
Os óleos vegetais não possuem nitrogênio, enxofre, nem aromáticos. Todavia possuem 6 átomos de oxigênio em cada molécula. A alimentação dos óleos vegetais em contato com hidrogênio na presença de um catalisador em um reator com pressão de 70 atm e temperatura superior a 300ºC “arranca” os átomos e oxigênio sob a forma de água, gerando hidrocarbonetos na faixa do diesel (hexadecano e octadecano) além de propano gerado a partir da glicerina dos óleos vegetais. Para cada tonelada de óleo vegetal, obtém-se no máximo, 850 kg de H-BIO (rendimento de 85%). Para cada tonelada de H-BIO consome-se cerca de 27 kg de Hidrogênio. (Preço do Hidrogênio: US$ 2.500/tonelada).
A Petrobrás inaugurou sua primeira unidade de HDT em 1998, na Refinaria Presidente Bernardes, Cubatão-SP. Atualmente, existem unidades de HDT na REDUC-RJ, REPLAN-SP, REVAP-SP, REPAR-PR, REFAP-RS e REGAP-MG. A atual capacidade instalada de HDT no Brasil corresponde a 36% do diesel consumido no Brasil, ou seja, cerca de 64% do diesel produzido no Brasil não passa pelo processo de HDT. Como o HDT é extremamente eficiente, um produto de HDT bastante puro é misturado com diesel que não passa pelo HDT. Desse modo, gera-se o diesel que se consome hoje no país.
Obviamente, não se processa todo o diesel no HDT por uma questão econômica (investimento e custos operacionais). Mesmo nos EUA não se processa todo o diesel no HDT (73% processados por HDT). Uma unidade completa de HDT custa entre US$ 200 e 250 milhões produzindo entre 3 e 5 milhões de litros de diesel/dia. Algumas unidades de HDT desse porte são oferecidas a US$ 100 milhões. Porém, trata-se de preço ISBL (Inside Battery Limits), ou seja, sem utilidades, estrutura, unidades de apoio, geração de hidrogênio, etc.
A tecnologia implica acrescentar, em princípio, 10%, podendo chegar até 18%, do produto verde ao material fóssil para a obtenção de um combustível com as mesmas especificações do diesel comercializado hoje.
A empresa apresentou um organograma de criação dividido em duas etapas:
I. Curto prazo (2007): Uso de 10% de óleo vegetal em duas refinarias, o que equivalente a 256 mil metros cúbicos por ano (9,4% do óleo de soja exportado); a chegada do produto de origem vegetal possibilitará a redução de 15% do diesel importado pela Petrobrás, trazendo uma economia de US$ 145 milhões por ano aos cofres da companhia.
II. Médio prazo (2008/2009): uso de 5% de óleo vegetal em cinco refinarias, o equivalente a 425 mil metros cúbicos por ano (15,5% do óleo de soja exportado) óleo diesel, segundo cálculos.
Pontos Positivos:
· Pouca influência da qualidade e procedência do óleo vegetal no processo;
· Não geração de resíduos a serem descartados;
· Melhoria na qualidade do óleo diesel;
· Complementa o programa de utilização de biomassa gerando benefícios ambientais e de inclusão social;
· Perspectiva de minimização de testes veiculares, sem impacto na carga laboratorial;
· Requisitos normais de manuseio e estocagem;
· Flexibilidade na composição da carga do HDT e otimização do pool de diesel;
· Melhora a qualidade do diesel com a redução de poluentes dos veículos a diesel;
· Reduz a dependência energética externa do País;
· Tem um custo de produção menor, por não utilizar diesel importado, hoje cotado a US$ 90 o barril;
· Permite o óleo vegetal de diversas origens;
· Cria empregos no campo e na indústria de oleaginosas (O Estado de S.Paulo, 20/5/06).

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H-Bio X Biodiesel

O processo do H-Bio acrescenta óleo vegetal na fase de refino para a produção de diesel, obtendo um combustível com as mesmas características moleculares do diesel convencional, mas com menor teor de enxofre e uma melhor capacidade de queima e que na área técnica ficou conhecido como "diesel de boutique". A composição molecular do H-Bio já está presente no diesel mineral.
Em termos ambientais, apesar da utilização de fontes renováveis (óleo vegetal), o H-BIO não é capaz de reduzir as emissões de monóxido de carbono (CO) e material particulado. Esses compostos constituem a chamada “fumaça negra” dos veículos diesel. O biodiesel promove a redução dessas emissões por conter oxigênio em sua estrutura (éster). Esse oxigênio intramolecular promove a combustão completa. Tanto CO quanto os particulados são gerados por combustão incompleta (falta de oxigênio). Isso não ocorre com o H-BIO que não possui oxigênio na estrutura (hidrocarboneto), não podendo assim promover uma combustão mais completa.
Do ponto de vista mecânico, os átomos de oxigênio do biodiesel promovem um aumento de lubricidade, e conseqüentemente da vida útil de peças do motor diesel. Dados dos fabricantes de auto peças atestam que 2% de biodiesel adicionados ao diesel aumentam em cerca de 50% a lubricidade do combustível. Já o H-BIO não possui enxofre (como o biodiesel) nem oxigênio. Esse déficit dos elementos enxofre + oxigênio faz com que o H-BIO tenha lubricidade menor que o diesel.
Como conclusão, podemos dizer que o H-BIO só é viável para grandes refinarias de petróleo que já possuem unidades de HDT com capacidade ociosa e que processem óleos e gorduras mais baratas que o petróleo. Para produtores de óleos vegetais é inviável a instalação de plantas de HDT para produção de H-BIO.
Apesar de, no modelo de negócio do H-BIO, o produtor de grãos e óleos vegetais limitar-se a ser apenas um fornecedor de matéria-prima, sem possibilidades de agregar valor a seu produto. No agronegócio, a tecnologia cria um novo mercado para a soja. Embora outras oleaginosas como girassol, dendê e mamona possam ser utilizadas no H-Bio. Porém, o processo demanda uma escala que, por enquanto, só a soja atende à demanda inicial da Petrobrás de 256 mil metros cúbicos de óleo vegetal, representando um consumo de cerca de 2% da área plantada de soja do Brasil para viabilizar o H-Bio. Hoje, o País exporta mais da metade da produção nacional, na casa dos 53 milhões de toneladas, de acordo com a última estimativa da Conab. Logo, a expectativa é que essa nova demanda interna acabe por desviar uma parcela do grão que seria exportado para ser consumido em forma de óleo. Tornando-se uma opção local para fortalecer a industrialização de soja, melhorando a renda do produtor agrícola.
Já no caso do biodiesel a proposta é o “upgrade” dos óleos e gorduras para a indústria oleoquímica através de um metil éster (biodiesel, propriamente dito) com valor de mercado de US$ 850/t, produto que, opcionalmente, é precursor de vários outros compostos como o metil éster sulfonado (US$ 1.500/t), álcoois graxos (US$ 2.500/t), entre outros produtos com valor de mercado bem superior ao óleo vegetal.
A Ministra Dilma Rousseff, em palestra proferida no auditório da Fecomércio no bairro do Flamengo no Rio de Janeiro, o H-Bio não fará concorrência com o programa do Biodiesel: “H-bio vai transformar a escala do biodiesel em um horizonte muito curto de tempo, na medida em que o pólo biocombustível vai ter um reforço bastante grande no uso do óleo vegetal. O H-bio será complementar ao biodiesel. O H-bio diminui o teor de enxofre. Aumenta o nível de catano. Porém, não altera a emissão de monóxido de carbono. Assim sendo a necessidade da mistura de H-bio com biodiesel, do ponto de vista ecológico, de controle de emissão de gases, permanece".
José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás, em entrevista na revista DINHEIRO RURAL Edição nº 21: “A tecnologia do H-Bio, complementar ao biodiesel, permite um avanço na independência energética do País”.O fato é que com o H-Bio a Petrobrás adota de vez a bioenergia em sua matriz energética. “Agora, o Brasil terá duas rotas tecnológicas. E, quanto mais produzirmos H-Bio e biodiesel, menor será a importação do combustível derivado de petróleo”, diz Gabrielli. Pelas contas do presidente da Petrobrás, somando a produção de H-Bio e a adição obrigatória de 5% de biodiesel ao combustível tradicional a partir de 2013, o Brasil deverá reduzir em 50% as importações de diesel estrangeiro. “Esse não é um número nada desprezível”, diz Gabrielli. Ainda restam algumas pendências jurídicas em relação à novidade. A estatal vai discutir com a Agência Nacional de Petróleo se há a necessidade de o H-Bio receber o acréscimo compulsório de biodiesel – porcentagem que inicialmente será de 2% a partir de 2008 e só cinco anos depois chegará a 5%. Embora tecnicamente viável (a mistura de biodiesel e H-Bio seria feita na distribuidora), a medida se tornaria redundante. “Não faz sentido trazer biodiesel do Nordeste, juntar com o H-Bio e devolver o combustível para o Nordeste”, diz Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento. Na prática, as duas rotas tecnológicas vão acabar dividindo o País da agroenergia. No Norte e Nordeste, haverá o biodiesel da agricultura familiar. No Sul e Sudeste, haverá o H-Bio do agronegócio. Graças à Petrobrás.”