quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Para a pureza do Biodiesel

Com a produção em alta, o biodiesel tem nos sistemas filtrantes um grande auxiliar para chegar ao padrão de pureza e qualidade

A pesquisa em torno do biodiesel vem desde o início do século passado. De lá pra cá, foram muitos estudos para engendrar esta que é a opção de combustível biodegradável, derivado especialmente de fontes renováveis. Porém, o mercado de biodiesel começou a ser estruturado no Brasil somente em 2005, logo depois do lançamento do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. Por esse motivo, alguns processos ainda estão em fase de adaptação e testes, seja na questão do abastecimento do veículo ou até mesmo no know-how de produção - como a utilização e o aumento da demanda dos filtros para obter o produto final puro e com qualidade.

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O aumento da produção de biodiesel pode reduzir exportações de óleo de soja

SAFRAS (29) - O rápido crescimento da produção de biodiesel no Brasil poderá reduzir as exportações de óleo de soja do país, abrindo espaço assim para as importações de óleo de palma, conforme avaliação da publicação Oil World. A partir de julho, a produção de biodiesel cresceu com um ritmo maior que o esperado, devido à decisão do governo de aumentar a mistura obrigatória ao diesel, para um índice de 3%.

Entre janeiro e agosto, a produção de biodiesel cresceu mais de três vezes na comparação anual, atingindo 580 mil toneladas, e deverá provavelmente atingir entre 950 mil a 980 mil toneladas no acumulado do ano, ante as 353 mil toneladas de 2007, de acordo com a Oil World. A publicação destacou ainda que o Brasil está avaliando aumentar para 4% a adição obrigatória de biodiesel ao diesel a partir de 2009.

As informações partem da Real News

Fonte:

Veja tambem:

Relação entre os mercados de biodiesel e da soja

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tomba uma carreta que transportava 61 mil litros de biodisel

Uma carreta com placas de Maringá (PR) carregada de biodiesel tombou no km 211 da RSC 470, após colidir com um veículo Corsa, na tarde de sexta-feira. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, o caminhão bateu no carro antes de tombar para fora da pista. Cerca de 20 mil litros de combustível vazaram na pista e nas margens da rodovia.

Técnicos da Fundação de Proteção Ambiental (Fepam) se dirigiram ao local para avaliar os prejuízos ambientais do acidente. O químico da transportada Matsuda responsável pela carga, Orion de Vargas Flores, confirmou que motorista tentou uma manobra arriscada de ultrapassagem. Os passageiros do veículo Corsa, IJS 5020 de Bento Gonçalves foram encaminhados ao hospital Tacchini com ferimentos leves.

Conforme o sargento do PRE, Luís Carlos de Souza Martins a carreta transportava 61 mil litros de biodiesel, sendo que o volume máximo permitido seria de 57 mil litros. Os responsáveis pela carga serão multados por excesso de carga, segundo o sargento.

Fonte: Gazeta

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Biodiesel atrai investimentos estrangeiros para agregar valor à produção

Empresários italianos visitaram o Brasil para negociar instalação de uma fábrica na região metropolitana de Curitiba e a venda de tecnologia para usinas de biocombustíveis refinarem a glicerina, subproduto do biodiesel

Quando assunto é bioenergia, o Brasil é referência internacional. Não apenas pelo potencial agrícola de gerar matéria-prima para produzir biodiesel, mas pelos subprodutos dele, ainda pouco explorados comercialmente. É o caso da glicerina, que na forma bruta, vale, em média, R$ 0,60 o quilo e com um processo de refino pode ampliar o valor em até seis vezes.

Esse tratamento dá à glicerina novas formas de utilização, como na indústria farmacêutica, alimentícia e na fabricação de resinas. No entanto, apesar do excedente de glicerina bruta no país, muitas empresas precisam importar a versão refinada pela ausência de investimento em tecnologias que permitam a destilagem do produto.

Em busca desse mercado, a empresa italiana Gianazza, com cem anos de mercado, está ampliando as atividades para o Brasil. O Grupo financia até 60% da instalação da planta industrial para que o refino da glicerina seja feito. As unidades podem ser montadas anexadas a fábricas de biodiesel ou isoladamente, trazendo a matéria-prima das usinas.

Segundo o engenheiro químico Celso Paloma, a demanda nacional pela glicerina farmacêutica é alta e o mercado externo também procura o produto com possibilidades de compra em grande escala. “O mercado é tão grande que os empresários que se atentarem para esse nicho podem alcançar uma rentabilidade ainda maior que a do próprio biodiesel”, avalia o engenheiro.

Celso Paloma é proprietário da fábrica de tintas Reverti, em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba. Ele próprio utiliza a glicerina para a fabricação de resinas. Com a tecnologia da Gianazza, desenvolveu um projeto para ampliação da unidade para produzir ali mesmo a glicerina que consome. “Além disso, venderíamos o excedente para outras fábricas do setor e de outros segmentos”, planeja o engenheiro químico.

Para negociar a instalação, o diretor técnico da Gianazza, Carlo Castaldi, e o executivo do Grupo, Hermes Magnani, visitaram as instalações da Reverti. E confirmaram as vantagens da instalação da fábrica de glicerina farmacêutica no local. “Além da proximidade com os compradores do produto final, a localização representa uma vantagem: à beira da rodovia e perto do Porto de Paranaguá, que seria um canal de exportação”, afirma o executivo.

Novas parcerias – Além da instalação da planta piloto em Quatro Barras, a Gianazza negocia no Paraná a venda da tecnologia de refino de glicerina para fábricas de biodiesel em instalação no Estado. “A maioria dos compradores internacionais de biocombustíveis já tem interesse na glicerina, o que pode gerar uma venda casada para o empresário, com uma maior margem de lucro”, analisa o diretor comercial da JBrasil Biodiesel, João Custódio, que representa a Gianazza no país.

O diretor técnico da Gianazza, Carlo Castaldi, complementa que todo esse processo tem um acompanhamento e garantia da empresa, que tem tecnologia própria. “Para os projetos desenvolvidos no Paraná, oferecemos a possibilidade de instalação de uma unidade de suporte técnico e comercial em Curitiba”, afirma.

A comitiva também se reuniu na capital paranaense com o secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho. “O anúncio da instalação de usinas de biodiesel no Paraná tem atraído novos investimentos e parcerias comerciais, aumentando a rede de geração de empregos no setor”, avalia o secretário.

Fonte:

=== Todas as fontes citadas na reportagem estão à disposição para entrevistas que podem ser agendadas por meio da assessoria de imprensa.

ATENDIMENTO À IMPRENSA
Alessandra Lemos: 41 8478-3448

Governo do RN vai reformular programa de produção de biodiesel


A transformação do Rio Grande do no Norte em um produtor de matéria-prima para biodiesel será alvo de uma nova tentativa por parte do Governo Estadual e da Petrobras. Ontem, foi anunciada uma reformulação no Programa Estadual de Agroenergia (Proage), cujo alvo principal será garantir o insumo para que o estado possa requerer à Petrobras a ampliação das fábricas do óleo. A meta é ousada: ter 50 mil hectares de girassol plantados, 12 vezes mais do que existe hoje. Para chegar a esse volume, além da agricultura familiar, pequenos e médios produtores também participarão do grupo que vai fornecer o material à Petrobras.

De acordo com o secretário estadual de Energia e Assuntos Internacionais, Jean-Paul Prates, o objetivo é que haja uma produção anual média de 60 mil toneladas de sementes em 2009 e 2010. Um volume muito maior do que o atualmente usado nas duas plantas de fabricação de biodiesel mantidas pela Petrobras no RN, ambas experimentais. Hoje apenas 30% do consumido por elas vêm de solo potiguar. Jean-Paul Prates explicou que, até que o estado tenha uma fábrica do combustível - para usar toda essa matéria-prima e produzir em escala industrial – a mercadoria será enviada ao Ceará, Bahia e Minas Gerais, onde a companhia já tem usinas comerciais do óleo.

“O próximo passo é transformar essas duas plantas experimentais em uma industrial”, disse Jean-Paul. Isso porque a garantia da matéria-prima é um argumento fundamental que o RN precisa ter para convencer a Petrobras – o que vem sendo tentado há três sem sucesso. Embora ainda fale em negociação nos próximos três meses, o secretário diz que está “tudo certo” para que a Petrobras faça esse investimento.

Funcionamento

A força de trabalho para o plantio de girassol será acrescida de produtores individuais. “Não se consegue esse resultado só com agricultura familiar”, disse Jean-Paul, assegurando que a nova estruturação não prejudicará os agricultores familiares. O cultivo do girassol – por enquanto será só ele, mas estuda-se usar coco - se dará em seis chamados “pólos de biodiesel”: Agreste, Mato Grande, Assu, Apodi, Alto Oeste e Mossoró. A Petrobras vai assegurar a compra da produção por cinco anos, provendo as sementes, enquanto o governo estadual fornece a assistência técnica. Os investimentos para o andamento do projeto ainda não estão definidos, mas estimados em R$ 10 milhões, com recursos dos cofres públicos federais, estaduais e da Petrobras.

Segundo o coordenador da Petrobras Bioenergia para o Nordeste, Ulisses Soares, o novo modelo potiguar surgiu de projetos pilotos nas regiões de Apodi e Mato Grande e, dando certo, será replicado nos demais estados do Nordeste.

Produção de oleaginosas teve tentativas frustradas

Esta é a terceira tentativa de dar corpo à produção de oleaginosas do RN para a fabricação de biodiesel. A primeira foi com a mamona, que, segundo IBGE, teve queda de produção de 83% em 2007, movimento decadente desde 2004. Depois, veio o girassol, que só rendeu 20% do esperado até agora.

Os motivos do insucesso das tentativas anteriores são diversos. No caso da mamona - cuja expectativa de analistas é que praticamente desapareça do RN - os produtores estão desestimulados, devido a problemas na comercialização da oleaginosa a partir de 2004, quando a produção começou visando o consumo da Petrobras. Além da baixa produtividade devido à pouca qualidade técnica do plantio, houve problemas de documentação com as cooperativas que venderiam a mamona e depois o preço pago não foi o esperado.

Coordenador da Petrobras Bioenergia para o Nordeste, Ulisses Soares conta que, com o girassol, cujo cultivo começou no fim de 2006, as bases dos obstáculos também variaram. Um deles foi a falta de tradição no cultivo do girassol. Houve até ansiedade dos produtores, que colhiam antes da data em que a Petrobras recolhia a produção de todos os agricultores.

Segundo uma fontes ligadas à área, houve ainda problemas técnicos internos entre a Emparn e a Petrobras. Ainda de acordo com essas fontes, a desconfiança em relação à plantação de matéria-prima para biodiesel foi outro motivo da pouca participação no caso do girassol. Deste modo, um dos desafios do novo modelo do programa é conquistar a confiança do produtor.

Fonte:

Deslancha o biodiesel

Fato auspicioso, a merecer registro, é o início da produção industrial da Usina de Biodiesel em Quixadá. Integrada ao complexo inicial de três usinas instaladas pelo País, a unidade do Sertão Central do Ceará faz parte do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, que abre as duas alternativas de absorção de produção: a advinda da agricultura familiar e a originada no agronegócio.

O programa do biodiesel garante ao pequeno lavrador a compra de toda sua produção de oleaginosas. Paralelamente, por meio de um convênio celebrado com o Estado do Ceará, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce) se encarrega das tarefas de sensibilização dos produtores, prestação de assistência técnica e distribuição de sementes selecionadas aos interessados.

A entrega do primeiro carregamento de 73 mil litros de biodiesel, extraídos em Quixadá, é meramente simbólica, pois a unidade foi planejada para alcançar, quando em plena carga, produção de 57 milhões de litros de biodiesel por ano. O ritmo de produção está atrelado à estratégia comercial da Petrobras Biocombustíveis. A distribuição far-se-á nos mercados em que a demanda se apresentar mais aquecida.

O emprego de oleaginosas na produção de biocombustíveis tende a promover transformações significativas no padrão tradicional da agricultura de subsistência predominante no Nordeste. Essa revolução silenciosa levará algum tempo para ocorrer, vencida a descrença do próprio lavrador, desconfiado de tantas promessas não cumpridas em épocas passadas.

Desta vez, tudo se comporta diferente. Primeiro, porque a Petrobras, em meio às justas incertezas das populações rurais, implantou no Ceará, na Bahia e no Triângulo Mineiro, as unidades de produção de biodiesel, estimulando a instalação de plantas industriais menores destinadas ao primeiro estágio de extração do óleo. Evidentemente, os maciços investimentos reclamam a necessidade de matérias-primas para fechar o ciclo de produção.

Nesse convencimento com as próprias instalações industriais, o segundo ponto está na garantia de compra da produção de oleaginosas, fixando-se preço justo. Em conseqüência, a empresa já adquire a mamona produzida em 160 municípios cearenses. Esse fato serve como demonstração de uma realidade palpável.

Por suas metas voltadas para o futuro, a Usina de Quixadá está processando oleaginosas procedentes de vários Estados nordestinos. Em face das necessidades de atendimento da sua elevada capacidade industrial, estão sendo aproveitados, como matéria-prima para a produção de biodiesel, o algodão, soja, mamona e girassol. Todos esses vegetais se prestam para a obtenção do combustível verde, uns mais rentáveis, outros menos.

Como existe apoio suficiente para a agricultura familiar, é dado estímulo, também, ao agronegócio, cuja a produção em larga escala, com alta produtividade e utilização de vegetais economicamente mais lucrativos, poderá inaugurar um mercado promissor no futuro próximo.

Fonte:

Governo realizará dois novos leilões de biodiesel em novembro

Brasília, 23 - O governo realizará em novembro dois novos leilões de biodiesel. A data exata ainda será definida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Ao todo, serão vendidos 330 milhões de litros para serem entregues entre 1º de janeiro e 31 de março de 2009.

No primeiro leilão, serão oferecidos 264 milhões de litros, produzidos apenas por empresas que tiverem o chamado "selo social". Esse selo atesta que o fabricante adquire suas matérias-primas da agricultura familiar. No segundo leilão, sem a exigência do selo, serão vendidos 66 milhões de litros. (Leonardo Goy)

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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Relação entre os mercados de biodiesel e da soja

Para quem se aventurou no mercado de biodiesel no início deste ano, o cenário é até promissor.

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Tecnologia inovadora melhora a qualidade do biodiesel

A GEA Westfalia Separator Brasil está disponibilizando no país uma planta industrial com um novo processo para cisão de borra (sabão), efluente indesejáveis do pré–tratamento de óleos vegetais para produção de biodiesel. No novo método ocorre a cisão contínua de borras, aumentando o rendimento final deste processo. “E ainda, a água ácida, que poderia afetar a qualidade do produto, é decantada em tanques cobertos e percorre um fluxo especial, onde efluentes são neutralizados. Tudo isso antes de ser enviada para o tratamento convencional”, destaca Renato Dorsa, gerente de engenharia da GEA Westfalia Separator Brasil.

O processo de cisão de borra tem por finalidade transformar os sabões - formados durante o processo de neutralização - em ácidos graxos. “Esta tecnologia permite dar um fim mais nobre ao óleo arrastado na borra nos processos de pré-tratamento de óleos vegetais”, afirma Dorsa. Plantas com esse sistema da Westfalia já estão em funcionamento na Europa e Ásia. No Brasil, as plantas com sistemas tradicionais possuem tanques abertos, o que resulta em um processo mais perigoso e poluente. “O processo com centrífugas fechadas e compactas da Westfalia substitui os antigos métodos e é mais ecológico”, diz Dorsa.

Segundo Roseli Ferrari, pesquisadora científica do Centro de Ciência e Qualidade de Alimentos do ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos) de Campinas-SP, além do biodiesel extra que pode ser gerado com esse processo de eliminação total da borra - resíduo que é prejudicial ao meio ambiente -, evita-se os odores desagradáveis que ocorrem nos métodos tradicionais, o que permite que esse tipo de planta possa ser instalada mesmo dentro das cidades.

O ITAL tem investido em pesquisas com o biodiesel, preocupando-se com a satisfação do consumidor final. Todas as plantas do Brasil devem seguir os padrões observados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biombustíveis), cujo objetivo é proporcionar um biodiesel de qualidade. “Como o país tem diversidade de clima e de matérias-primas, as especificações internas são diferentes, mas devemos nos adaptar cada vez mais para atender a uma demanda de exportação”, ressalta Roseli.

A pesquisadora destaca aspectos importantes na qualidade do biodiesel, como, por exemplo, o fato de os motores diesel serem capazes de usar biodiesel sem adaptações. “Também o teor residual de álcool, glicerina e óleos deve ser o mais baixo possível. O biodiesel é biodegradável e sua estabilidade à oxidação deve ser assegurada. Enfim, todos os agentes, do produtor até as usinas, são responsáveis pela qualidade do biodiesel antes dele chegar ao motor do veículo”, reforça Roseli.

Do:

Rapidas

Usina da Petrobras no Ceará faz primeira entrega de biodiesel

A Usina de Biodiesel de Quixadá, no Ceará (foto), entregou ontem sua primeira produção de 73 mil litros. Inaugurada em agosto, a unidade tem capacidade para produzir 57 milhões de litros de biodiesel por ano.

Alíquotas

A importação e comercialização do biodiesel teve as alíquotas de PIS, Pasep e Cofins reduzidas. O DECRETO Nº 6.606, DE 21 DE OUTUBRO DE 2008 saiu no Diário Oficial da União do dia 22.
De acordo com o Decreto, o coeficiente fica em 0,7357. Com isso, as alíquotas do PIS, Pasep e da Cofins incidentes sobre a importação e receita bruta obtida com a venda de biodiesel no mercado interno ficam reduzidas, respectivamente, para R$ 31,75 e R$ 146,20.

Fonte: Fontes Diversas

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Grupo americano adquire a Bionorte

A Bionorte Indústria e Comércio de Biodiesel Ltda, empresa instalada em São Miguel do Araguaia, foi adquirida pelo grupo norte-americano Verde Bio Fuels Inc, cuja holding no Brasil, a Verde Brasil, está em processo de formação. A companhia, da Carolina do Sul, pretende aportar cerca de US$ 50 milhões (mais de R$ 100 milhões) para dar início ao processo de fabricação de biocombustível da Bionorte a partir de soja, algodão e sebo de boi, além de etanol. A capacidade inicial de produção da fábrica é de 30 mil toneladas/ano.

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Fonte:

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Maior indústria de biodiesel do mundo será instalada no PR

O Paraná terá maior indústria integrada de biodiesel do mundo. O anúncio é da Companhia Brasileira de Energias Alternativas e Renováveis (CBEAR). Com investimentos da ordem de 300 milhões de euros num município a ser definido da região Centro-Sul do Estado, a empresa terá capacidade de produção de 600 mil toneladas de biodiesel por ano.

Para a diretora-executiva da empresa, Christianne Fullin, com uma produção similar registrada só na Espanha, a CBEAR do Paraná será a maior do planeta por reunir toda a cadeia produtiva do setor.

“O governador Roberto Requião foi atuante e tem plena convicção da viabilidade e grandeza desta indústria. Serão gerados cerca de 500 empregos diretos e milhares de indiretos com a inclusão de famílias residentes no meio rural”, destaca a executiva.

Apresentada durante a reunião da Escola de Governo nesta terça-feira (14) pelo secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, a CBEAR é o mais novo empreendimento industrial que escolhe o Paraná como sede.

“Pela logística, política de ações públicas voltadas ao empresariado, energia, portos, ferrovias e aeroportos, o Paraná mais uma vez segue na liderança na captação de grandes investimentos geradores de emprego e renda”, disse o secretário.

Com data de funcionamento prevista para fevereiro de 2010, a produção de biodiesel será feita a partir de oleaginosas como a canola e o girassol – culturas cultiváveis em período de entressafra nas propriedades rurais -, e também do tungue, oleagionosa de cultura perene e que pode ser implementada em locais onde não existe aproveitamento do solo para cultivos tradicionais.

“Ao promover uma rotatividade maior de culturas como o milho e a soja, o agricultor terá uma importante e nova fonte de renda”, explica a diretora da empresa Christianne Fullin. A produção será voltada ao mercado externo e deve atender ao mercado interno caso exista demanda.

Governo – A empresa deverá firmar convênios com diversos órgãos governamentais do Estado, como a Secretarias da Indústria e Comércio, Agricultura e Abastecimento, Ciência e Tecnologia, Fazenda, Meio Ambiente, além da Emater, IAP, Iapar, Ferroeste, Tecpar e Lactec.

Desde a pesquisa e escolha da melhor variedade de oleagionosa, até a logística para o transporte das matérias-primas, desenvolvimento tecnológico e ambiental, o Governo do Estado foi parceiro para viabilizar economicamente o projeto.

Outro ponto destacado é a instalação da empresa numa região carente de investimentos privados e de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “Conceitos ambientais e de sustentabilidade, além da mínima agressão ao solo e do uso de alta tecnologia serão objetivos aplicados pela empresa”, acrescentou Christianne Fullin.

Fonte: Iguaçu Notícias

Brasil produzirá diesel de cana-de-açúcar a partir de 2010

Tecnologia, criada por empresa americana, será usada pela primeira vez em usina paulista.

O mesmo caldo de cana que serve como matéria-prima para a produção de açúcar e álcool servirá em breve, também, para a produção de diesel. A nova tecnologia, desenvolvida pela empresa Amyris, da Califórnia, vai ser colocada em prática no interior paulista em 2010, em sociedade com a Votorantim Novos Negócios e a Usina Santa Elisa, de Sertãozinho. A meta é produzir 400 milhões de litros no primeiro ano e 1 bilhão de litros, em 2012.

O processo é muito parecido com o da produção de álcool combustível, que utiliza leveduras - um tipo de fungo microscópico - para fermentar os açúcares presentes na cana e secretar etanol. A diferença crucial - que foi a grande inovação produzida pela Amyris - está no DNA da levedura, que foi geneticamente modificada para secretar diesel no lugar de álcool.

"Não é biodiesel. É diesel mesmo", diz o biólogo Fernando Reinach, diretor-executivo da Votorantim Novos Negócios (VNN), fundo de investimento de risco do Grupo Votorantim, que financiou parte da pesquisa. O resultado da fermentação é uma molécula chamada farneceno, com 12 átomos de carbono, que tem todas as propriedades essenciais do diesel de petróleo, mas nenhuma da indesejadas, como a mistura de enxofre - um poluente altamente prejudicial à saúde.

Enquanto o diesel de petróleo - e mesmo o biodiesel de óleos vegetais - contém uma mistura de várias moléculas combustíveis, o diesel de cana tem apenas o farneceno, que pode ser usado diretamente no motor. "É um combustível super puro", disse o diretor-executivo da Amyris, o português John Melo, que esteve em São Paulo ontem para anunciar o projeto.

O diesel de cana-de-açúcar - além de ser livre de enxofre, o que reduz o impacto sobre a poluição urbana - é renovável em relação ao carbono que emite para a atmosfera, o que reduz o impacto sobre o aquecimento global. A exemplo do que já ocorre com o etanol, o CO2 que sai do escapamento é reabsorvido, via fotossíntese, pela nova cana que está brotando no campo. Quando a cana é colhida, o carbono é convertido novamente em combustível, reemitido, reabsorvido e assim por diante.

A cana não tem óleo, ela apenas fornece o açúcar necessário para alimentar as leveduras que vão produzir o combustível. É um processo completamente diferente do usado para produção de biodiesel, que é um combustível refinado de óleos vegetais, como de soja e mamona.

Segundo Reinach, foram necessários mais de 15 genes para transformar a levedura em uma "fábrica biológica" de diesel. A espécie usada no processo é a mesma da fermentação do álcool (Saccharomyces cerevisiae), mas a origem dos novos genes é mantida em segredo até que as patentes sejam publicadas.

A idéia, a princípio, é que o diesel de cana entre no mercado como um adicional ao diesel de petróleo, e não como um concorrente, já que a produção inicial será muito pequena. O Brasil consome cerca de 45 bilhões de litros de diesel, dos quais 5 bilhões precisam ser importados. "Se acabarmos com a importação já será um enorme sucesso", avalia Melo, que antes de assumir a Amyris foi presidente nos Estados Unidos da BP Fuels.

A tecnologia foi desenvolvida nos laboratórios da Amyris na Califórnia. Mas o desenvolvimento do produto final será feito no Brasil, com a participação de cientistas brasileiros contratados pela empresa. A Amyris já tem um laboratório em Campinas - acoplado a uma usina-piloto - e planeja construir uma planta industrial junto à usina Santa Elisa, onde será feita a produção de diesel em larga escala.

O interesse da empresa em trazer a tecnologia para o Brasil é simples: "Nossa matéria-prima é o carbono, e o carbono mais barato do mundo é o carbono de cana do Brasil", explica Melo. "É igual à cadeia do petróleo. As empresas vão onde está o óleo. Nesse caso, elas virão para onde está o carbono vegetal", completa Reinach. A idéia é que a produção aumente e ganhe mercado gradativamente, com um custo igual ou inferior ao do diesel de petróleo. O custo inicial previsto é de US$ 60 o barril, já bastante competitivo.

As adaptações necessárias nas usinas para produzir diesel em vez de etanol são mínimas. De certo modo, basta trocar a levedura no fermentador. Dentro de alguns anos, prevê Reinach, os usineiros poderão optar por produzir o que for mais vantajoso - álcool, diesel ou açúcar -, com grande flexibilidade.

O diesel de cana surge como mais uma opção no menu de energias renováveis que o mundo procura para substituir os combustíveis fósseis (derivados de petróleo, carvão e gás), que são os principais responsáveis pelo aquecimento global. A cana já oferece duas dessas opções: o álcool combustível e o bagaço, que é queimado para produção de energia elétrica. Agora serão três (etanol, diesel e biomassa), com potencial para chegar a quatro, cinco, ou até seis. Segundo Reinach, com as mesmas técnicas de engenharia molecular, é possível "ensinar" a levedura a produzir quase qualquer tipo de molécula.

A Amyris já está desenvolvendo combustível de aviação para a Força Aérea Americana e, depois do diesel, tem planos de produzir gasolina - tudo a partir da fermentação de açúcar da cana. Para o projeto do diesel, a empresa recebeu US$ 100 milhões de vários fundos de capital de risco nos últimos 12 meses. A Votorantim Novos Negócios não revela de quanto é sua participação.

ENXOFRE

Após intensas discussões com a área ambiental do governo, a Petrobrás decidiu iniciar as importações em 2009 de diesel com 50 partes por milhão (ppm) de enxofre. A empresa, no entanto, alega que o produto chegará ao País com um preço maior do que o nacional.

Fonte:

FAO pede revisão de políticas para biocombustíveis, exceto no caso do Brasil

Rio de Janeiro, 15 out (EFE).- O diretor da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), Jacques Diouf, pediu que, devido ao impacto nos preços dos alimentos, as políticas sobre biocombustíveis sejam revistas, exceto no caso do Brasil, pioneiro nesta fonte energética.

Segundo o relatório anual da FAO publicado nove dias antes do Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, os biocombustíveis contribuem para a alta do preço dos alimentos, sem que melhore a segurança energética dos países e nem se conheça se o seu uso traz benefícios para o meio ambiente.

Assim, a polêmica sobre os combustíveis extraídos de vegetais como uma alternativa barata e limpa aos derivados do petróleo continua viva, apesar da crise financeira mundial e da divisão de opiniões nos países da América Latina.

Há 30 anos, o Brasil usa maciçamente o etanol da cana-de-açúcar para movimentar sua frota de veículos comerciais. Além disso, o país conta com uma indústria da agroenergia com forte peso econômico.

Este ano, o Brasil produzirá 25,5 bilhões de litros de álcool combustível e exportará outros 4,2 bilhões. Mas, em oito anos, a previsão é que a demanda interna cresça 150%.

Tanto o Governo quanto empresários negam que o uso maciço da cana-de-açúcar para produzir etanol influa nos preços dos alimentos.

Assim, o país prevê expandir sua produção no médio prazo com investimentos de aproximadamente US$ 24 bilhões.

No entanto, para Diouf, não há dúvidas de que os biocombustíveis gerados a partir de sementes de cereais "contribuíram para a recente alta dos preços dos alimentos", que, conseqüentemente, fez o número dos que passam fome no mundo aumentar de 848 milhões para 923 milhões de pessoas.

A Colômbia, segundo produtor de biocombustíveis da América Latina, com 365 milhões de litros de etanol de cana por ano e 73 milhões de litros de biodiesel, é o mais entusiata da produção de "combustíveis verdes".

No sudoeste do país, há cinco usinas de etanol de cana, além de vários projetos para a produção de álcool a partir de beterraba, batata e mandioca.

No caso do México, a crise dos alimentos atingiu a população quando os Estados Unidos começaram a usar milho para produzir etanol, o que encareceu uma série de alimentos, das carnes e ovos às típicas tortilhas.

Talvez por isso, a produção de biocombustíveis no país seja pequena e o Governo, que é contra colocar "em risco a segurança e a soberania alimentar", proíbe o uso de qualquer tipo de grão de consumo humano ou animal para produzi-los.

Por outro lado, o Peru apostou forte na produção de biocombustíveis, embora ainda lhe faltem campos para cultivar 200 mil hectares de canola, matéria-prima do biodiesel, ou os cerca de 100 mil hectares necessários para atender à demanda nacional por etanol.

Na Argentina, que em 2007 exportou quase 320 mil toneladas de biodiesel, a maior parte para os EUA, a Secretaria de Agricultura tem um programa que estuda o cultivo para fins energéticos de pinhão e coco em áreas não ocupadas pela produção agrícola habitual.

Sem comprometer o fornecimento de comida, o país produz outras oleaginosas destinadas ao biodiesel, como a colza e o cártamo, embora as principais sejam alimentos como a soja e o milho.

Na região, o ex-presidente cubano Fidel Castro é a principal "voz" contra os biocombustíveis, cuja produção, segundo ele, "causará um aumento na demanda, uma alta colossal dos preços destas matérias-primas alimentícias e uma crise humanitária de conseqüências trágicas".

No entanto, Cuba não está fora da corrida pelos biocombustíveis e iniciou com a Venezuela um programa para a extração de álcool da cana-de-açúcar.

Em fevereiro de 2007, ambos os países oficializaram um acordo para instalar 11 usinas de etanol e desenvolver a produção de cana com esses fins na Venezuela, país rico em petróleo.

Outro contrário aos biocombustíveis é o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que acha "um crime" produzir etanol derivado do milho, pois isso atenta contra a alimentação de seus compatriotas.

Porém, uma empresa nicaragüense exporta o produto para a Europa.

Na Bolívia, o Governo se opõe ao uso de produtos agrícolas na produção de biocombustíveis, pois vê estes como um risco à segurança alimentar.

Uma das estratégias do Brasil em relação aos biocombustíveis é fomentar um mercado internacional para que o etanol seja comercializado como uma commodity. Para isso, o Governo procura acordos com países com disponibilidade de terras, água e mercados.

Até as pequenas economias da América Central estão em seus planos, porque têm acordos de livre-comércio com os EUA, o que permitiria ao etanol brasileiro burlar as altos tarifas americanas.

Enquanto isso, na Costa Rica começou este ano o programa de produção de biocombustíveis, e, em 2009, começará o uso de etanol e biodiesel nos automóveis.

Fonte:

Ver Também:

FAO pede fim de subsídios ao biocombustível

Leilão de biodiesel

16/10/08 - O leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) de compra de biodiesel, que ocorreria ontem, permanece sem nova data. A Brasil Ecodiesel foi punida pela ANP e perdeu o direito de vender 63,6 milhões de litros, que seriam repostos pelo novo leilão, mas obteve liminar em contrário.

Fonte:

Produção Brasileira de biodiesel pode ser insuficiente

16/10/08 - A produção de biodiesel poderá ficar abaixo da necessidade do mercado, sobretudo para o setor de transporte rodoviário. Essa é a conclusão de um estudo da NTC&Logística, publicado recentemente. A pesquisa estima um consumo do biocombustível para 2008 de 1,160 bilhões de litros, considerando o início da adição de 3% ao diesel mineral. A produção até agosto deste ano, contudo, foi de 662 milhões de l, 57% da demanda prevista. “Se o ritmo de produção persistir, não haverá produto suficiente para suprir a demanda”, afirma a pesquisa.

A análise se baseou nos números divulgados pela ANP. Segundo o estudo, o consumo poderá ser ainda maior, pois espera-se incremento do PIB e da venda de caminhões. A pesquisa critica ainda os leilões para o abastecimento promovidos pela agência entre dezembro de 2007 e agosto de 2008. Nas cinco concorrências, foram arrematados 736 milhões de l, o que representa 63% da demanda prevista.

O Brasil possui capacidade instalada de produção de 3 nilhões de l por ano, mas utiliza apenas 25% dessa produção. O trabalho sugere a revisão das estimativas de demanda do biocombustível para 2008 e 2009, a fim de garantir o abastecimento dos setores dependentes.

Procurada pelo Energia Hoje, a ANP garantiu que a oferta será compatível com a demanda, podendo até ocorrer uma sobra de biodiesel. Segundo dados da agência, a produção desse ano já ultrapassou em 64% a do ano passado. Até agosto deste ano, já foram produzidos 662 milhões de l de biodiesel, ante 402 milhões de l no total do ano passado.

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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Leilões da ANP de biodiesel em outubro

A ANP deve realizar em outubro dois leilões de biodiesel para repor os volumes vendidos pela Brasil Ecodiesel e pela Rnobrás (biobrás) nos últimos dois leilões, realizados nos dias 14 e 15 de agosto e anulados pela agência por inadimplência na entrega do produto. A agência não confirma oficialmente a informação.

Nas duas disputas, as empresas haviam contratado o fornecimento de 64,8 milhões de l, 19,64% (Brasil Ecodiesel 19,27% e Biobrás 0,37%) do total leiloado que seriam produzidos pelas usinas de São Luís, Iraquara e Rosário do Sul da Brasil Ecodiesel e da Renobrás no MT. A decisão não afetou os 6,4 milhões de litros contratados das usinas da Brasil Ecodiesel de Porto Nacional e Cratéus.

A Brasil Ecodiesel não havia cumprido com os prazos de entrega do oitavo leilão, realizado em abril, quando a produtora arrematou o fornecimento de 63 milhões de litros. A empresa informou por meio de comunicado que está estudando medidas cabíveis e que foi surpreendida pela decisão. Agentes de mercado afirmaram que a empresa se reuniu com a ANP na semana passada para tentar reverter a decisão.

Segundo a entidade representante dos produtores, a manutenção das entregas é condição essencial para o sucesso do programa. "O governo precisava dar uma resposta para manter a assiduidade das entregas, mas isso não significa que a Brasil Ecodiesel não possa se recuperar e voltar a participar dos leilões a partir de janeiro. A punição se limita ao leilão subseqüente àquele cuja entrega não foi realizada" afirmou o diretor executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), Sérgio Beltrão.

Segundo a resolução ANP n°21 de 10/07/2008, a Brasil Ecodiesel poderá ficar impedida de participar do leilão de reposição de estoque, caso tenha apresentado média de entrega inferior a 85% do volume programado.

Fonte: Energia Hoje