segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tecpar e UFPR desenvolvem novo método para controle de mistura em combustíveis

Um método que permite verificar qual a percentagem da mistura de biodiesel em óleo diesel, desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e dois professores do Departamento de Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), está em processo de reconhecimento de patente nacional e internacional e poderá ser referência para o controle do combustível.

A principal vantagem desse método, que basicamente consiste na análise das variações decorrentes da emissão de radiação infravermelha no combustível, é que ele é bastante simples e pode ser utilizado em equipamentos portáteis, facilitando o trabalho de fiscalização nos postos de combustíveis. A partir do momento em que a pesquisa foi publicada no exterior, posteriormente aos pedidos de patente no Brasil e nos Estados Unidos, o método ganhou visibilidade internacional.

O processo da patente WO/2009/009843, publicada pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Wipo, na sigla em inglês) no início de 2009, ainda não foi concluído. No Brasil há um pedido de prioridade para agilizar o trâmite.

Essa tecnologia, desenvolvida pelo pesquisador do Tecpar Bill Jorge Costa e pelo colaborador Marcelo Aliske, com os professores da UFPR Wanderley Veiga e Cyro Ketzer Saul, ganha cada vez mais relevância no Brasil – especialmente a partir da aprovação da lei federal 11.097, que obriga a adição de 5% de biodiesel no óleo diesel puro até 2013. O físico Marcelo Aliske foi aluno do curso de especialização em sensores do Departamento de Física da UFPR, realizado com apoio do Tecpar, entre 2005 e 2006, período do desenvolvimento da pesquisa.

O trabalho foi apresentado ao diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, em uma reunião que contou com a participação dos pesquisadores das duas instituições que desenvolveram o método, além do diretor técnico do instituto, Guilherme Zemke, e assessores. Felix manifestou satisfação em ter mais uma tecnologia do Tecpar como referência. “É um método comprovadamente eficaz que pode simplificar e unificar o trabalho de identificação do percentual de mistura do biodiesel no Brasil”, afirmou ele.

Também foi discutida a possibilidade de ser desenvolvido um equipamento portátil de medição de mistura de biodiesel utilizando esse método, e o projeto foi apresentado para a Incubadora Tecnológica de Curitiba (Intec), que é vinculada ao Tecpar.

Fonte: Agência de Noticias

Pinhão-manso na alimentação animal

A Embrapa Agroenergia de Brasília identifica variedade de Pinhão-manso (Jatropha curcas) atóxica que pode ser utilizada na alimentação animal.

A pesquisa com os testes da variedade de pinhão-manso começa no campo experimental, passa pelo laboratório e termina na fazenda da Universidade de Brasília.

A torta produzida a partir da variedade atóxica foi usada na preparação de rações em substituição ao farelo de soja e os animais apresentaram ganhos de peso e qualidade de carcaça.

Os projetos da Embrapa Agroenergia seguem duas linhas para viabilizar o uso da torta de pinhão-manso: encontrar materiais genéticos em que a toxina não esteja presente e usar processos industriais na destoxificação da torta.

O pinhão-manso é uma espécie bastante pesquisada em todo o mundo pelo que apresenta como alternativa na produção de biodiesel.

A torta, que é o resíduo da extração do óleo (62% do peso ), não podia ser usada na alimentação de animais devido à presença de substancia tóxicas. Com este novo processo industrial a torta dessa oleaginosa pode ser utilizada em rações, o que aumenta o potencial da cultura. Para a cadeia do biodiesel ser sustentável é preciso utilizar todas as partes da planta, tanto o óleo quanto os subprodutos gerados.

Segundo o diretor da Nòvabra Energia, Pedro C. Burnier, com a destoxificação da torta a empresa poderá no futuro próximo aumentar significativamente o preço do grão pago ao produtor uma vez que este subproduto passa a ter um grande valor agregado. O processo de destoxificacao esta em fase de finalização .

Vale destacar que aqui no Espírito Santo, 480 produtores participam de programa de fomento do pinhão-manso e a meta da empresa é que esse número chegue a 5.000 participantes em 25 municípios da região norte e noroeste do Espírito Santo além do Leste de Minas.

Além disso, no Polo do Pinhão-manso, localizado em Colatina, onde será construída a indústria de extração do óleo da semente do pinhão, a indústrira terá capacidade de produzir 50 mil toneladas de óleo por ano, processando 150 mil toneladas de grãos de pinhão.

Fonte: Aqui

Veja ainda:


  1. Materias-Primas para a fabricação de Biodiesel, no Brasil e no Mundo


  2. Outras Potenciais Matérias-Primas

Biodiesel de Camelina sativa nas alturas

Cargueiro faz primeiro voo transatlântico com biocombustível de óleo de Camelina sativa. A Aeronave é uma das estrelas do Salão da Aeronáutica Le Bourget, que começou nesta segunda-feira com negociações bilionárias.


Em tempos de subida do preço do petróleo, as atenções viram-se para os combustíveis alternativos, no Paris Air Show 2011.

A Boeing afirmou nesta segunda-feira (20) que seu cargueiro 747-8 fez o primeiro voo transatlântico de uma aeronave comercial de grande porte com biocombustível. O avião, na viagem entre Seattle e Le Bourget, teve suas quatro turbinas movidas por uma mistura de 15% de óleo feito a base de Camelina (Camelina sativa) e 85% de querosene para aviação.

De acordo com a fabricante, este óleo pode ser usado como um substituto para o querosene para aviação, sem que sejam necessárias modificações do motor. Nenhuma modificação foi feita nas turbinas para a viagem com biocombustível. O cargueiro chegou ao aeroporto de Le Bourget às 17h35 (horário local), nas proximidades de Paris, onde participa de uma feira de aviação junto a outros modelos da marca e de outros gigantes da aviação mundial.

Outros combustíveis alternativos utilizam algas e até mesmo resíduos industrais, como explica Robert Sturtz, representante das companhias aéreas americanas. “A beleza dos combustíveis renováveis é que é uma oportunidade para usar resíduos, até mesmo os industriais. O dióxido de carbono emitido por um grande número de fábricas siderúrgicas pode muito bem ser uma fonte de combustível para aviões”.

A versão de carga do 747-8 é o quarto de cinco modelos comerciais da Boeing que ficarão no evento para visitação. Na quarta-feira, o avião voará para a sede da Cardolux, em Luxemburgo. A empresa receberá o primeiro modelo do tipo no segundo semestre.

O avião “Solar Impulse” chegou a Paris apenas com energia solar. O aparelho de Bertrand Piccard e André Borschberg está a preparar-se para dar a volta ao mundo em 2014.

Mas será que está destinado a ficar na lista das grandes experiências ou será que a tecnologia vai mesmo ser utilizada no setor dos transportes? “Penso que todas as tecnologias usadas no “Solar Impulse” poderão ser rapidamente utilizadas nas viaturas, nas casas, nos aquecedores, nas iluminações, se houver uma vontade política de o fazer. Será necessário mais tempo para que isso possa permitir aos aviões transportar passageiros”, responde Piccard.

Portugal apresentou uma proposta para o futuro da aviação executiva, numa simbiose entre natureza e tecnologia. No interior do aparelho são usados a cortiça e o couro, uma iluminação intuitiva, fibras óticas e LED, ecrãs táteis e um conceito de tecnologia invisível.

Fonte: Fontes Diversas