quarta-feira, 18 de maio de 2011

Unidades produtivas de biodiesel recebem Selo Combustível Social

O Selo Combustível Social é atribuído a empresas de biocombustíveis que promovem a inclusão social da agricultura familiar na cadeia produtiva.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), através da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), concede o Selo Combustível Social à Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais de Feliz Natal (Cooperfeliz), do município de Feliz Natal (MT), e à Empresa Bio Óleo Indústria e Comércio de Biocombustíveis Ltda, da cidade de Cuiabá (MT). A concessão foi publicada no Diário Oficial da União, nesta segunda, dia 16.

Com isso, já são 36 indústrias que possuem o Selo, concedido pelo Ministério às empresas de biocombustíveis que promovem a inclusão social da agricultura familiar na cadeia produtiva do biodiesel. Somente neste ano, o MDA já concedeu o Selo Combustível Social a cinco novas empresas.

Para o coordenador de biocombustíveis da SAF/MDA, Marco Antônio Leite, o Selo garante a participação dos representantes da agricultura familiar em todas as negociações de preços, condições de entrega, assistência técnica, bonificações, entre outras. Segundo o coordenador, o selo cria melhores condições de comercialização e, por consequência, de renda para os agricultores familiares.

Perfil

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a unidade industrial da Cooperfeliz possui uma capacidade de produção de 2,4 milhões de litros de biodiesel por ano e a empresa Bio Óleo possui uma capacidade de produção de 3,6 milhões. As principais fontes de matéria prima para a produção de biodiesel são o óleo de soja, o óleo de algodão e a gordura animal (sebo bovino).

A Cooperfeliz e a Bio Óleo estabeleceram arranjos produtivos com agricultores familiares, nos municípios mato-grossenses de Vera e Feliz Natal. Além disso, as duas garantiram assistência técnica aos agricultores inseridos em seus arranjos produtivos.

Fonte:

Empresas Detentoras do Selo Combustível Social

Brasil aposta na produção de biocombustíveis através de cana de açúcar

Depois da soja, mamona e amendoim, o Brasil aposta agora na produção de biodiesel através de cana de açúcar. Testes realizados pela Universidade de São Paulo concluíram que a cana-de-açúcar pode alcançar uma produtividade de 4 000 litros de biodiesel por hectare, um número exponencialmente maior do que os 300 litros por hectares conseguidos através da soja, por exemplo.

A cana-de-açúcar é plantada em vários estados brasileiros, estimando-se em 5,5 milhões de hectares a área colhida em 2004 . São Paulo é o maior produtor nacional, com cerca de 60 por cento do total.

Durante quase meio século, o Brasil desenvolveu pesquisas sobre biocombustível, promoveu iniciativas para usos em testes e foi um dos pioneiros ao registar a primeira patente sobre o processo de produção de combustível, em 1980.

Em 2004, o Presidente Lula da Silva lançou oficialmente o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), que veio organizar a cadeia produtiva, definir as linhas de financiamento, estruturar a base tecnológica e criar a regulação.

Para estimular o processo, o executivo lançou o Selo Combustível Social, um conjunto de medidas cujo objectivo é estimular a inclusão social da agricultura na cadeia produtiva , através do acesso a melhores condições de financiamento.

Só em 2004/2005 foram gastos 16 milhões de reais (cerca de 7 milhões de euros) dos fundos sectoriais geridos pelo Ministério de Ciência e Tecnologia no desenvolvimento de pesquisas na área do biocombustível e os processo de produção industrial. Deste esforço nasceu a Rede
Brasileira de Tecnologia de Biodiesel , constituída por 23 universidades do País, instituições como o Centro de Pesquisas da Petrobras, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e o Pólo Nacional de Biocombustíveis.

Fonte: