quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Biocombustível em alta no mercado

27/11/08 - Irati, a 150 quilômetros de Curitiba (Paraná), recebeu uma boa notícia na semana passada. A cidade foi premiada pela logística privilegiada - visto que está próxima do Porto de Paranaguá, assim como da zona produtiva do estado - com um investimento de 300 milhões de euros. A Companhia Brasileira de Energias Alternativas e Renováveis (Cbear) - empresa de capital nacional - é a responsável pela boa notícia tanto para agricultores como para empresários da região. Portanto, estão enganados aqueles que acreditam que, com a baixa do petróleo, as energias renováveis voltam para o segundo plano. "A queda do preço do petróleo não prejudica os investimentos em fontes alternativas. O mundo está mudando a matriz energética no longo prazo e investindo em energia limpa", comenta Christianne Fullin, diretora executiva da Cbear.

O montante será utilizado na implantação de uma unidade de processamento de biocombustível que produzirá 50 mil toneladas por mês, ou 600 mil toneladas de biodiesel ao ano - destinados ao comércio exterior. Além disso, o município paranaense ganhará infra-estrutura de ramal ferroviário para escoar a produção até Paranaguá e laboratórios de tecnologia de extração. "É um projeto grande. Vamos transportar muito volume e não queremos prejudicar o estado, por isso estamos criando vias sustentáveis para a viabilização", conta Christianne. O primeiro embarque está agendado para fevereiro de 2010.

A unidade fará todo o processo de extração do grão até o processamento do biocombustível. Para isso, a empresa contará com a parceria de produtores locais de girassol e canola. No primeiro ciclo, entretanto, a soja será a principal matéria-prima. "Não queremos que os agricultores saiam desesperados plantando novas culturas. Estamos fazendo um trabalho de assessoria para que eles façam parte de um programa seguro e monitorado de plantio e qualidade. Dessa forma, ninguém terá prejuízo", conta Christianne. Ela ainda afirma que, uma vez bem aconselhados, os produtores poderão ter uma renda extra, além de vantagens de melhoria do solo, devido à rotação das culturas.


Fernanda Arechavaleta - 26/11/2008
Fonte: Revista Amanhã

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Biodiesel a partir de microrganismos

Com o aumento no preço do barril de petróleo e o decréscimo das suas reservas, o interesse em biocombustíveis, em particular em combustíveis renováveis vêm aumentando nos últimos anos.

Para a produção de biodiesel, diversas fontes de lipídios são consideradas, incluindo óleos vegetais, gorduras animais e óleos usados.

Entretanto, os óleos vegetais e gorduras usados são obtidos de fontes vegetais e animais. Assim, as plantas oleaginosas usadas devem ser plantas e colhidas, o que demanda energia, bem como áreas agriculturáveis consideráveis. Já os animais, devem ser alimentados, o que novamente demanda energia.

Caso seja usado óleo vegetal, o custo desta matéria prima usada para a produção de biodiesel está estimado em cerca de 70-85% do custo total de produção.

Assim, a redução do custo de produção torna-se um imperativo para o sucesso da produção de biodiesel.

O uso de microrganismos oleaginosos foi apresentado como uma fonte de óleos e gorduras de baixo custo.

Os microrganismos oleaginosos são definidos como aqueles que apresentam um conteúdo lipídico acima de 20%. Existem diversas variedades, tais como microalgas, bacilos, fungos e leveduras.

Os teores de lipídios variam entre 16 a 77% para microalgas, 18 até valores superiores a 40% para bactérias, entre 50 a 70% para leveduras e 50 a 85% para bolores.

As microalgas fornecem uma biomassa rica em ácidos ômega 3 e 6, ricos em C16 e C18, com instaturações D9, D12 e D15, comparáveis a óleos vegetais ricos em ácidos palmítico, linoléico, oléico e esteárico. Apresentam um crescimento extremamente rápido, dobrando a sua biomassa a cada 24 horas.

As bactérias, embora apresentem teores lipídicos menores que as microalgas, têm taxas de crescimento maiores e são cultivadas com mais facilidade.

Fungos e bolores também são produtores de lipídios, com teores de ácidos graxos saturados em torno de 44%, valor comparável a diversos óleos de origem vegetal.

Assim, a busca por microrganismos com altos teores de lipídios, em particular de ácidos graxos saturados, torna-se um caminho promissor para a diminuição dos custos de produção do biodiesel.



Fonte: MENG, X.; YANG, J.; Xu, X.; ZHANG, L.; Nie, Q.; XIAN, M. Biodiesel production from oleaginous microorganisms. Renewable Energy, 34, 1-5, 2009.



Usina produtora de biodiesel de microalga


Fonte: Blog do Carlos

Alto Araguaia torce para que fábrica da Agrenco desencante

Localizada no sudeste de Mato Grosso, bem na divisa com Goiás, a cidade foi uma das três escolhidas pela companhia para a construção das unidades de beneficiamento de grãos e produção de biodiesel, que foram tocadas simultaneamente. A de Mato Grosso foi a única a ser inaugurada - as outras, inacabadas, ficam em Caarapó (MS) e Marialva (PR).

800 convidados para a inauguração da unidade da Agrenco, em março deste ano.Poucos dias depois da solenidade começaram a espocar os burburinhos sobre dificuldades enfrentadas pela empresa. Atrasos em pagamentos por lotes de soja, por material usado na construção da fábrica, pela prestação de serviços. A apreensão tornou-se lamento quando as fofocas se confirmaram. Em questão de menos de dois anos, a companhia passou de rumor de investimento, a investimento, a receio e a, por fim, interrupção da produção. Nos tempos em que era investimento, a empresa chegou a ser chamada por alguns de "Santa Agrenco", beatificada como em uma frase de Robin no antigo seriado de televisão.

A crise da Agrenco ocorreu poucos meses depois de sua oferta pública inicial de ações. Boa parte dos R$ 666 milhões obtidos na operação foi usada para pagar empréstimo com o Crédit Suisse, banco que coordenou a oferta, e para capital de giro. De acordo com os dados de seu último balanço publicado, referente ao primeiro trimestre, a dívida líquida da companhia era de R$ 1,2 bilhão, quase tudo para vencer em 12 meses. No caixa havia apenas R$ 52, 5 milhões.

O calvário mostrou-se ainda mais íngreme. Antonio Iafelice, Antônio Augusto Pires Júnior e Francisco Ramos, então três dos principais executivos da companhia, foram presos em junho na Operação Influenza, da Polícia Federal, sob suspeitas de crimes que iam de sonegação fiscal a fraude de balanço. Parte das provas foi considerada nula pela Justiça três meses depois.

Alto Araguaia, distante 1.141 quilômetros do prédio da Bovespa, no centro de São Paulo, e 1.468 quilômetros de Itajaí (SC), epicentro das investigações da Operação Influenza, franzia a testa. O município calculava que, a partir de 2010, a receita gerada pela Agrenco, sozinha, seria de R$ 300 mil por mês - não está na conta a receita adicional esperada para o maior movimento no comércio e nos serviços. Para uma cidade com orçamento de pouco mais de R$ 35 milhões anuais, seria uma adição, de uma hora para outra, superior a 10%.

Jerônimo Samita Maia Neto (PR), o prefeito da cidade, fazia planos de, com a receita extra, criar uma faculdade municipal ou, ao menos, um curso técnico voltado às atividades rurais. Não que ele tenha perdido a esperança de que o projeto da Agrenco no município volte a andar. "Continuamos na expectativa", diz ele.

Menos mal que, em Alto Araguaia, cidade de cerca de 15 mil habitantes, faculdades há. Se as operações da Agrenco estivessem em pleno curso neste momento, como se esperava, ela estaria entre as estrelas da economia alto-araguaiense, mas não fulguraria sozinha. A esmagadora de soja da Louis Dreyfus fica logo depois da cerca. ABC, Bunge, ALL, Galvani, Cargill, Mosaic, todas têm atuação na cidade.

Mesmo com a interrupção do patrocínio, o Araguaia Atlético Clube foi campeão. Aeroporto novo ainda não há, mas os aviões, bem ou mal, têm uma pista para seus pousos. Multinacionais e grandes grupos nacionais estão lá. E, ainda que momentaneamente desprovida da receita extra esperada para uma faculdade municipal, a cidade tem opções de cursos universitários para seus vestibulandos.

As ressalvas podem fazer crer que a Agrenco seria apenas mais uma empresa na cidade. O sentimento no município, no entanto, não é esse. A unidade da companhia com a aura de um respirador que daria fôlego novo para a agricultura da cidade.

Com o aumento da demanda, aluguéis de casas de dois, três quartos, que saíam por R$ 400 mensais, passaram a ser fechados por até R$ 800. A planta funcionaria com 150 funcionários. Alguns pediram seu desligamento ao longo da crise, mas ao menos 120 permanecem em atividades de manutenção, segundo a empresa. "Uma coisa diferente da Agrenco em relação a outras empresas é que ela deu preferência à contratação de pessoas da cidade", diz Paulo Serafim, presidente do Sindicato Rural da cidade.

A empresa tornou possível o aproveitamento de vastas áreas de pastagens degradadas de Alto Araguaia, fator tido como um dos mais cruciais de sua presença no município. Foram arrendados quase 14 mi hectares para o plantio principalmente de braquiária. Reunida em fardos de 450 quilos e, depois de picada, queimada, a gramínea serviria para a produção de energia a partir da biomassa. Como a necessidade de energia para a operação da fábrica é inferior à capacidade total de geração, boa parte da energia seria vendida à Centrais Elétricas Mato-Grossenses (Cemat).

Uma subestação está pronta para fazer a distribuição externa, mas dentro da fábrica nem toda a estrutura pôde ser concluída. Com isso, no intervalo em que o beneficiamento de soja pôde ser feito, a unidade funcionou abastecida por óleo diesel. Faltou pouca coisa para a conclusão da caldeira para a queima de braquiária e para a instalação do picador que seria usado nos fardos da gramínea.

Por conta disso, milhares de toneladas de fardos de braquiária acumulam-se nas plantações e também na área de estocagem da fábrica. No total, são ao menos 50 mil toneladas, volume com o qual daria para tocar a fábrica por dois meses, segundo Marco Antonio de Modesti, executivo que passou a acumular as funções de diretor-presidente e de finanças e relações com investidores.

No campo, o maquinário (próprio, arrendado e terceirizado) usado para o enfardamento e também para a seleção de sementes de braquiária aguarda a hora de voltar a funcionar. O desolamento das máquinas paradas não chama a atenção sozinho. Vastos campos verdes, nos quais o plantio chegou a ser realizado, contrastam com ordinárias terras de pastagens. A despeito de estar do ladinho de Alto Taquari, cidade mato-grossense de boa terra argilosa, Alto Araguaia tem sob si uma terra arenosa, pouco convidativa ao plantio.

Em diálogos a esmo, não é raro ouvir na cidade "janeiro", a senha de que há algo bom por vir logo ali depois dos fogos de artifício. De oficial, contudo, nada existe. A empresa está em recuperação judicial desde setembro, anunciou a abertura de negociações para ser comprada por Louis Dreyfus, Glencore ou Noble. A Justiça receberá na quarta-feira a proposta elaborada pela companhia para sua própria retomada, mas ainda há ritos e assembléias a serem seguidos com os credores.

Fonte:

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Avião a biodiesel

13/11/08 - Líder na área de biodiesel nos EUA, a Lake Erie Biocombustíveis fez história com o patrocínio ao primeiro vôo transcontinental em um jato movido 100% a biodiesel. O avião, chamado BioJet I, cruzou os Estados Unidos de costa a costa.

A iniciativa foi organizada pela Green Flight International, fundada em 2006, para promover e incentivar o uso combustíveis que não agridam o meio ambiente na aviação. A avaliação da organização é que esse vôo representa um momento histórico na indústria do transporte de massas e mostra que o biocombustível é uma opção confiável para o futuro.


Carlos Gutierrez
Fonte: Globo Rural

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Agricultura familiar na cadeia produtiva do biodiesel

Agricultores de Conceição da Barra de Minas e de Claro das Poções (MG) comemoram as primeiras vendas do cultivo de mamona. Os produtores de Claro das Poções comercializaram 11 mil quilos de mamona com a Petrobras. Em Conceição da Barra de Minas, a produção de 5 toneladas foi vendida para Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Os agricultores de Claro das Poções obtiveram renda de R$9680 reais com a venda da mamona em coco (sem beneficiamento) para a estatal. O quilo do produto foi vendido a R$0,88. A safra de Conceição da Barra foi comercializada, como forma de incentivo, a R$1,01 para a UFLA, que utilizará a mamona em testes de laboratório.

Nas duas cidades o cultivo da oleaginosa é feito em conjunto com o plantio de alimentos. Em Claro das Poções a produção consorciada de arroz, feijão, abóbora, quiabo, amendoim e pimenta é voltada para a alimentação das famílias dos agricultores.

No município de Conceição da Barra de Minas, o projeto começou em 2007, quando 20 mulheres beneficiadas pelo projeto Bolsa Família foram selecionadas para plantar feijão e mamona em área de pasto degradado, cedida por produtores rurais do município.

Elas participaram de capacitações técnicas promovidas pela UFLA e do curso Cultura da Cooperação do Sebrae. Por meio da Cultura da Cooperação, as agricultoras criaram uma associação própria e estabeleceram critérios para o rateio da renda obtida com a produção.

O analista do Sebrae-MG, Leonardo Ivo informa que a intenção para 2009 é dobrar a área de cultivo e aplicar a metodologia em outras comunidades do Estado.

"Pretendemos implantar o conceito de indústria escola nas comunidades apoiadas. Nelas, transformaremos os grãos em óleo para agregar valor e vender para a indústria. Assim podemos incentivar a participação da agricultura familiar na cadeia produtiva do biodiesel e gerar trabalho e renda", comenta Leonardo Ivo.

Os dois grupos de agricultores são apoiados pelo projeto de produção de biodiesel do Sebrae-MG. Os objetivos são a inclusão de pequenos agricultores na cadeia produtiva do biodiesel e o incentivo do plantio consorciado de alimentos e bioenergia.

A iniciativa conta com a parceria da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), UFLA e Ministério de Desenvolvimento Agrário, que convidou os produtores mineiros para participar da V Feira de Agricultura Familiar, de 26 a 30 de novembro, no Rio de Janeiro

Do:

Grupo norte-americano compra indústria goiana de Biodiesel

22/10/08 - A grupo norte-americano Verde Bio Fuels Inc adquiriu a Bionorte Indústria e Comércio de Biodiesel Ltda , instalada em São Miguel do Araguaia/GO. A companhia pretende aportar mais de R$ 100 milhões para dar início ao processo de fabricação de biocombustível da Bionorte a partir de soja, algodão e sebo de boi, além de etanol. A capacidade inicial de produção da fábrica é de 30 mil toneladas por ano.

O secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento, Oton Nascimento Júnior, explica que o grupo, cuja holding no Brasil (Verde Brasil) está em processo de formação, manifestou interesse em mais investimentos na região e em Mato Grosso. "Solicitaram equipes técnicas para viabilizar produção de etanol e alimentos."

Segundo Oton, a aquisição faz parte do processo de globalização do Estado, cujo salto será ainda maior com a Ferrovia Norte-Sul e o alcoolduto em operação. "Os americanos estão felizes de chegar neste momento em Goiás, pois vão precisar de frete barato daqui a dois anos. E teremos condições de oferecer logística competitiva."

Para o prefeito de São Miguel do Araguaia, Ademir Cardoso, o projeto da Bionorte representa o início da industrialização do município. Será a segunda planta industrial a entrar em funcionamento, depois do Frigorífico São Miguel do Araguaia.

Empregos

A entrada em operação da fábrica deve criar cerca de 60 empregos para trabalhadores de alta especialização, como engenheiros e técnicos. Diretor Industrial e de Operações da Bionorte, Flávio Nascimento diz que parte da produção de biocombustível será vendida para a Petrobras. Em segundo momento, a outra parte será destinada ao mercado global.

Comunicado foi feito durante reunião ontem com os empresários norte-americanos Sam Bel, da Verde Bio Fuels Inc, e Coyt M. Karrinker, da Bio-System Internactional. Presentes o secretário estadual da Indústria e Comércio, Luiz Medeiros, diretores da XES, empresa de Bauru (SP) que pertence à holding, e Wagner Calicchio de Campos, ex-proprietário da Bionorte, agora sócio minoritário dos norte-americanos. Além do empreendimento no interior paulista, o grupo tem empresa na Índia, a Chena. A intenção é integrar os negócios de bioenergia do Brasil, Índia e Estados Unidos.

De acordo com Sam Bell, a crise financeira internacional não afeta os planos da holding. A Bionorte está pronta para operar. De início serão usados como matéria-prima óleo de algodão e sebo bovino.

Fonte: Diário da Manhã - Goiânia/GO

Governo reduz tributo na importação de biodiesel

23/10/08 - O governo reduziu por meio de decreto alíquotas de tributos incidentes sobre a importação de biodiesel. De acordo com a assessoria do Ministério de Minas e Energia, a decisão nada tem a ver com um possível incentivo à compra do combustível, mas apenas para adequar o setor à legislação, já que houve uma redução na carga tributária incidente sobre o diesel e, pela lei, não pode haver diferença entre os dois.

O País vai seguir sem importar um litro sequer de biodiesel. A produção local é suficiente para atender à mistura de 3% ao diesel (o chamado B3) e o governo deve mesmo antecipar a adoção do B5, especialmente porque a Petrobrás vem investindo pesado e criou uma subsidiária somente para biocombustíveis. Além da usina de biodiesel de Candeias (BA), Quixadá (CE) e Montes Claros (MG), com capacidade total de produção de 170 milhões de litros por ano, a meta da empresa é produzir 940 milhões de litros de biodiesel em 2012, o que daria 75% da necessidade do País com o B3 e quase 50%, quando for adotado o B5, inicialmente previsto para 2013. A usina de Quixadá, por sinal, entregou nestq quarta-feira sua primeira produção. O carregamento saiu com 73 mil litros de biodiesel da unidade.

O Decreto nº 6.606 reduziu as alíquotas do PIS, Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para a importação e comercialização de biodiesel. O coeficiente fica em 0,7357. Com isso as alíquotas dos três encargos incidentes sobre a importação e receita bruta obtida com a venda de biodiesel no mercado interno ficam reduzidas, respectivamente, para R$ 31,75 e R$ 146,20.


Fonte: Mercado Carbono - Terra

Biodiesel-Duto em teste nos EUA

A norte-americana Kinder Morgan Energy (KMP) realiza testes para avaliar o transporte comercial de biodiesel por dutos nos EUA. A expectativa é que o o resultado do trabalho seja conhecido até o final do ano. A experiência envolve o B-5 em um trecho do sistema Plantation Pipe Line, que leva gasolina e diesel do estado do Mississipi à Carolina do Sul. A companhia também analisa o transporte em Oregon.

A partir de novembro, a KMP pretende começar outro empreendimento: o escoamento de etanol através de uma tubulação de 40 cm entre Tampa e Orlando, na Flórida. O ramal também levará gasolina. Os testes das adaptações do tubo duraram 18 meses e foram concluídos recentemente. Cerca de 5 mil barris do álcool passaram pelo equipamento no início de outubro.

Até agora, o transporte de biocombustíveis nos Estados Unidos ocorria apenas por caminhões-tanque, vagões de trem e embarcações. A companhia já investiu mais de US$ 60 milhões em projetos ligados ao serviço de condução do álcool, que incluem alteração em tanques e expansão do serviço em vários terminais.

Fonte: EnergiaHoje

Pesquisa avalia adição de glicerol, subproduto de biodiesel, na alimentação de suínos

11/11/08 - A produção de biodiesel é um tema recorrente. O emprego desta fonte alternativa de energia tem dominado discursos políticos e aquecido o debate sobre o posicionamento do país diante da cena energética global. Mas em paralelo às discussões de caráter geopolítico, há a preocupação presente em todo processo industrial: o que fazer com o subproduto?

Se a produção de biocombustíveis atingir a escala industrial, os setores econômicos que absorvem o glicerol que sobra da reação entre óleos vegetais e gorduras animais com álcool, podem não comportar um volume tão amplo e a necessidade de encontrar novos destinos para este subproduto de forte impacto ambiental será uma questão urgente.

Uma das alternativas de destino para o glicerol em excesso pode ser o emprego deste na alimentação animal. Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ ESALQ), uma pesquisa avaliou a utilização de glicerol na dieta de suínos em crescimento e terminação. Realizada no Laboratório de Não Ruminantes, do departamento de Zootecnia (LZT), o trabalho observou o impacto da adição de até 9% de glicerol na dieta de suínos em crescimento e terminação considerando as características de carcaça e da qualidade da carne.

Bernardo Berenchtein, autor do estudo, explica que foram utilizados 64 animais de linhagem industrial com peso médio inicial de 33 kg. Os animais foram distribuídos em 32 baias de acordo com o sexo e peso inicial, recebendo, respectivamente, níveis de 0, 3, 6 e 9% de glicerol na ração. Em cada uma das três fases, crescimento I (33 a 65,00 kg), crescimento II (65 a 85 kg) e terminação (85 a 99,97 kg), os animais receberam rações balanceadas e água à vontade.

Ao atingirem cerca de 100 kg, os animais foram abatidos e as carcaças avaliadas quanto ao comprimento, espessura de toicinho e área do lombo. Segundo o pesquisador, a qualidade da carne não foi comprometida. “De modo geral, o glicerol pode ser utilizado como ingrediente energético de rações de suínos em crescimento e terminação até o nível de 9%, sem afetar sensivelmente o desempenho e a qualidade. Amostras do músculo do lombo foram enviadas ao Laboratório de Qualidade e Processamento de Carnes do departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN) da ESALQ para medição do pH, cor e perda de água e os resultados mostram que o glicerol não interfere de fato o produto final.

De acordo com Valdomiro Shigueru Miyada, docente do departamento de Zootecnia (LZT) que orientou a pesquisa, os resultados são importantes na medida que fornece indícios positivos ao destino de um subproduto. “Para os animais não é necessário o nível de pureza exigida ao consumo dos seres humanos, ficando claro que o glicerol pode ser adicionado de maneira satisfatória na alimentação animal sem a necessidade de um processamento tão rigoroso, já que não compromete a qualidade da carne suína”, enfatiza.

O barateamento do processo se mostra possível já que fora empregado porções de glicerol semi purificado proveniente de sebo bovino. Além disso, incluir o glicerol implica na diminuição da dependência do milho, o que permite baixar o custo de produção, considerando que a alimentação representa cerca de 75% do custo total.


Fonte: Esalq

Projeto pioneiro no País inicia operação em Cuiabá

Primeira usina do País construída por produtores rurais e a maior planta a utilizar tecnologia totalmente nacional, começou a operar ontem, no Distrito Industrial de Cuiabá, a Cooperbio. Com capacidade total de produção de 400 mil litros/dia - 12 milhões de litros/mês – a planta está concebida para atender às necessidade dos produtores de algodão e soja, que têm como meta reduzir os custos com os combustíveis nas lavouras. A produção será comercializada via leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O projeto demandou investimento de R$ 30 milhões, sendo R$ 24 milhões do Fundo de Apoio à Cultura do Algodão (Facual) e R$ 6 milhões custeados pelos 400 grupos de produtores associados ao projeto.

De acordo com o presidente da Cooperativa, João Luiz Pessa, ao contrário de outras usinas que utilizam o álcool de petróleo como reagente, a Cooperbio trabalha com o álcool de cana-de-açúcar e pode utilizar não apenas a soja e o algodão como matéria-prima. “Podemos operar com qualquer gordura animal ou vegetal e até mesmo com a gordura utilizada e depois desprezada pelos restaurantes”, diz. Segundo ele, já há um programa junto aos proprietários de restaurantes para a compra da chamada gordura suja.

A meta inicial da usina era direcionar a produção para o atendimento aos produtores em suas próprias lavouras, com o objetivo de reduzir o custo com o combustível que hoje abocanha 12% de todo o investimento feito a cada safra. No entanto, uma análise mais profunda do mercado fez mudar o destino final da produção. O biodiesel da usina será comercializado nos leilões da ANP. Os recursos arrecadados serão aplicados na compra do diesel usado nas lavouras. “O custo para a venda do biodiesel é maior, então é mais vantajoso vender o nosso produto para comprar o diesel”, revela o presidente da cooperativa.

Apesar da turbulência econômica, Pessa tem boas perspectivas para 2009. “Temos um mercado garantido, e para nós quanto mais baixar a matéria-prima melhor fica a viabilização do nosso produto”, afirma.


Tania Nara Melo
Fonte:

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Valtra deve anunciar resultados dos testes com biodiesel 100% (B100) até o fim do ano

Pioneira em pesquisa e desenvolvimento do uso de biodiesel em tratores, a Valtra pretende anunciar os resultados dos testes com B100 até o fim do ano. Os testes a campo, na Usina Barralcool, em Barra do Bugres (MT), superaram as 4.000 horas de trabalho previstas. “No próximo mês, os motores serão abertos para avaliação de consumo, desempenho e desgaste de componentes”, conta o coordenador de Marketing de Produto da Valtra, Rogério Zanotto.

“Pretendemos completar este ano a última fase de avaliação dos testes com B-100 e liberar o uso deste combustível em 2009”, informa. “Tudo indica que o B-100 funcione normalmente no motor diesel normal, com pequenas modificações.” O executivo acrescenta que qualquer modelo que tenha motor Sisu Diesel, fabricado pela Valtra, poderá ser abastecido com B-100, depois de aprovada a sua liberação de uso, desde que o biodiesel seja especificado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), segundo a norma 42/2004.

Em 2001 a Valtra saiu na frente e firmou parcerias para a pesquisa e o desenvolvimento do uso de biodiesel em seus tratores. Quatro anos depois, iniciou os testes de campo para avaliar as vantagens e eventuais riscos do uso de biodiesel como combustível em tratores. Inicialmente, foi testado o sistema de injeção dos tratores, e avaliado os desgastes dos componentes e a longevidade do motor com misturas de 5% e 20% de biodiesel ao diesel.

Em maio do ano passado, após 18 meses de testes de campo na Usina Catanduva, em São Paulo, a Valtra liberou oficialmente o uso de B-20 (20% de biodiesel e 80% de diesel) em seus tratores, com garantia de fábrica. E, em março deste ano, a empresa iniciou os testes a campo na Barralcool. Na usina, dois tratores Valtra BH 180 participaram dos trabalhos nos canaviais para testar seu desempenho com os combustíveis B-50 (50% de biodiesel e 50% de diesel) e B-100 (100% biodiesel). Um terceiro Valtra BH 180, abastecido com 100% de diesel, serve como referência para o projeto.

Segundo Zanotto, o Projeto Biodiesel Valtra foi resultado de uma parceria entre a empresa e entidades e instituições do setor agrícola. “A Valtra sempre esteve à frente no desenvolvimento de projetos que incentivam o uso de fontes de energias limpas e renováveis, para comprovar a viabilidade do uso de biocombustíveis como uma alternativa permanente para preservação ao meio ambiente.”


Em dezembro, começa a avaliação dos motores para determinar consumo, desempenho e desgaste de componentes

Linha do tempo Projeto Biodiesel

2001 - Tese de mestrado, iniciada 2001, na Faculdade de Agronomia e Veterinária de Jaboticabal com trator Valtra BM100 avalia diversos níveis e tipos de biodiesel transesterificado para determinação de consumo e desempenho.

2005 - Início dos testes com B-20 em seus tratores BH 180.

2007 - Em maio, depois de 18 meses de testes de campo, a Valtra liberou oficialmente o uso do B-20 (20% de biodiesel e 80% de diesel) em seus tratores, com garantia de fábrica, sendo a primeira do Brasil a ser autorizada a trabalhar com essa mistura.

2007 - Início dos trabalhos em diversas operações agrícolas com tratores Valtra na Usina Barralcool, em Barra do Bugres /MT, avaliando dois níveis (B-50 e B-100) e tipos de biodiesel transertificado (soja e sebo animal).

2008 - Em novembro, terminam os testes a campo com B-50 e B-100 e, em dezembro, começa a avaliação dos motores para determinar consumo, desempenho e desgaste de componentes.

Perfil da Valtra - A linha de produtos Valtra inclui tratores de 50 a 210 cavalos, colheitadeiras e plantadeiras. A empresa é líder no segmento canavieiro, está no Brasil desde 1960 e conta hoje com uma rede de 70 concessionárias no País e cerca de 170 pontos de venda, além de 56 distribuidores nos demais países da América Latina. Exporta para mais de 60 países. A Valtra é umas das marcas pertencentes à AGCO Corporation.

Perfil da AGCO - Fundada em 1990, a AGCO Corporation (NYSE: AG) (www.agcocorp.com) é uma fabricante mundial de equipamentos agrícolas e peças de reposição relacionadas. A AGCO oferece uma linha completa de produtos, incluindo tratores, colheitadeiras, equipamentos para fenação e forragem, equipamentos de preparo do solo e implementos, que são distribuídos através de mais de 3.000 concessionárias e distribuidores independentes em mais de 140 países. Os produtos AGCO são vendidos através das marcas principais da AGCO: Challenger®, Fendt®, Massey Ferguson® e Valtra®. A AGCO oferece financiamento através do AGCO Finance. A Empresa fica sediada em Duluth, Geórgia e em 2007 teve uma receita líquida de vendas de $6,8 bilhões.


Fonte:

Da Agência

Binatural duplica unidade de biodiesel

O Grupo União está investindo cerca de R$ 15 milhões para duplicar a capacidade de produção de sua planta de biodiesel, a Binatural, instalada em Formosa (GO). "A partir de dezembro a unidade vai passar a produzir 150 metros cúbicos de biodiesel por dia [ante 80 metros cúbicos], o que garantirá uma capacidade de 50 milhões de litros por ano", afirmou Francisco Lavor, presidente do grupo.

Inaugurada em 2007, a planta produz biodiesel a partir de óleo de algodão, soja e também de sebo. "Vamos participar no início de 2009 dos leilões da ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis] para a venda do produto", adiantou Lavor.

Desde 2001, quando entrou no mercado de energia, ao criar a subsidiária União Energia, o grupo está diversificando seus negócios. Também no ano passado o Grupo União tornou-se sócio da Destilaria Alda, instalada em Goiás, e controlada pelo empresário Alberto Koury Júnior, marcando a entrada da companhia na produção de álcool. "Vamos dobrar a moagem de cana nesta safra para cerca de 800 mil toneladas. A expectativa é de que em 2010 a planta processe 1,5 milhão de toneladas de cana".

Assim como boa parte das usinas do setor, os planos de expansão na destilaria estão com o freio de mão puxado devido à conjuntura adversa. "Fizemos investimentos no ano passado na parte agrícola", disse Lavor.

Ainda neste segmento, o grupo realizará no início de dezembro leilão no mercado livre para a venda de energia a partir da biomassa, em parceria com a BBM (Bolsa Brasileira de Mercadorias). Em 2009, o grupo pretende ofertar energia de suas PCHs (Pequena Central Hidrelétrica) no mercado.

Neste ano, a companhia comemora 25 anos. Fundado originalmente como uma corretora de commodities, o Grupo União também atua em operações de fusões e aquisições. "Há muitos mandatos de vendas de usina, mas o mercado está parado."


Mônica Scaramuzzo
Fonte:
Da Agência

Queda no preço dos insumos impulsiona setor de biodiesel

07/11/08 - Na contramão da crise que atinge quase todos os setores do agronegócio o segmento de biodiesel reverte a tendência de paralisação nos investimentos e vive momento de expansão. A queda dos preços dos insumos no mercado internacional aliada a uma demanda interna firme está garantindo lucro às indústrias do setor que continuam com o preço de venda do produto fixado pelos leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

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Maior usina de biodiesel do MT entra em operação

A maior usina de biodiesel do Mato Grosso, em volume de produção, e a maior da América Latina, em tecnologia empregada, a Cooperativa de Biocombustivel (Cooperbio) entrou em operação em caráter experimental nesta segunda-feira (10), em Cuiabá.

A fábrica foi instalada no Distrito Industrial da cidade, com um investimento de R$ 30 milhões, sendo R$ 6 milhões dos produtores da Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (AMPA) e da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT) e R$ 24 milhões do Fundo de Apoio a Cultura do Algodão.

Durante o teste de operação, a usina estará produzindo diariamente 100 mil litros de biodiesel, mas quando estiver operando com capacidade total deverá fabricar 350 mil litros por dia, o que representa uma produção mensal de 10,5 milhões de litros e anual de 126 milhões de litros.

Segundo o presidente da Cooperbio, João Luiz Pessa, inicialmente a usina funcionará produzindo o biodiesel a partir do algodão e da soja, em razão da grande produção mato-grossense das duas culturas, mas a planta tem capacidade para processar o biocombustível a partir de qualquer sub-produto animal e de outros vegetais, como o girassol e o pinhão manso, por exemplo.

Instrumento da cooperativa

O destino da produção da usina será definido, conforme o presidente da Cooperativa, pelos mais de 400 grupos de associados.

“Se eles entenderem que o preço do biodiesel está bom no mercado, então vamos produzir mais. Se eles acharem que o preço do biocombustível está baixo e o do diesel que eles usam em suas máquinas está muito alto, então vamos destinar a produção para eles. Se eles acharem que compensa mais vender o caroço do algodão e o farelo da soja, do que produzir o biodiesel, então vamos diminuir a produção. A usina é um instrumento deles”, frisa.

Tecnologia nacional

A usina foi construída utilizando tecnologia nacional, desenvolvida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“Quando abrimos o edital para a construção da usina recebemos várias propostas, inclusive de algumas instituições do exterior, mas optamos pelo pacote oferecido pela Unicamp porque nos garantia o uso de um catalisador nacional; que o biodiesel não seria lavado, ou seja, que não teríamos efluentes e nem risco ao meio ambiente e que no processo poderia ser utilizado tanto o álcool metílico, obtido do petróleo, quanto o álcool etílico, que é o da cana-de-açúcar, o que nós dá a opção em caso de alta de um ou de outro”, explica.

Licença

Pessa diz que os técnicos da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vistoriaram a unidade e que dentro de no máximo uma semana o órgão deve conceder a licença de comercialização, possibilitando a venda do biodiesel produzido.

Fonte:

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Rio terá biodiesel de esgoto

03/11/08 - A companhia de saneamento do Rio, Cedae, pretende iniciar no ano que vem a produção de biodiesel a partir de esgoto. O projeto, ainda em fase piloto, vai consumir investimentos de US$ 3 milhões para a produção de até 20 mil litros do combustível por mês. Com adição obrigatória de 3% de biodiesel para cada litro de diesel de petróleo vendido nos postos brasileiros, há uma demanda anual de 1,2 bilhão de litros do combustível orgânico. O potencial para produção desse tipo de biodiesel chega a 1,5 milhão de litros por ano, caso 100% do esgoto do País fosse tratado. Atualmente, pode-se projetar 40% desse total.

Segundo o presidente da Cedae, Wagner Victer, a idéia é atrair parceiros para a produção em escala comercial no futuro. “Não tenho dúvida de que este tipo de aproveitamento de resíduos orgânicos vai ganhar importância na produção de energéticos”, disse Victer, lembrando que tais matérias-primas não competem com a produção de alimentos, uma das principais críticas à produção do biodiesel a partir de oleaginosas.

A usina-piloto será instalada na unidade de tratamento de esgoto Fazenda Alegria, no Caju, zona portuária do Rio. Para o presidente da Cedae, a proximidade com o mercado consumidor será uma grande vantagem competitiva do biodiesel a partir do esgoto. “A produção tradicional é muito espalhada. Produzir dentro da região metropolitana representa um ganho logístico enorme”. A tecnologia empregada na usina vem da Alemanha, disse Victer. No Brasil, o potencial para produção de biodiesel a partir do esgoto chegaria a 1,5 milhão de litros por ano, caso 100% do esgoto do País fosse tratado. Atualmente, pode-se projetar um potencial de 40% desse total.

Com a adição obrigatória de 3% de biodiesel a cada litro de diesel de petróleo vendido nos postos brasileiros, vigente a partir de junho, há uma demanda anual por 1,2 bilhão de litros do combustível de origem orgânica. Atualmente, a maior parte da produção é feita a partir do óleo de soja, com alguma participação de outras oleaginosas, como a mamona.


Fonte:

CMPA obtém o 1º lugar na Feira de Ciências do IME com Biodiesel

Com o Projeto Biodiesel, o CMPA obteve o primeiro lugar na Feira de Ciências do Instituto Militar de Engenharia (IME), realizada de 20 a 24 de outubro. O IME, além de ser a mais antiga escola de engenharia brasileira, é uma das mais conceituadas universidades do País, sendo referência no campo da engenharia.

O projeto vitorioso permite a reutilização e a transformação do resíduo da fritura produzida no CMPA, utilizando-a como fonte de um combustível limpo e renovável chamado de Biodiesel.

Participaram do evento, os Colégios Militares do Rio de Janeiro, Juiz de Fora, Curitiba, Santa Maria e Porto Alegre, além da Fundação Osório, somando ao todo 12 trabalhos, previamente selecionados pela Diretoria de Ensino Preparatório e Assistencial (DEPA).

Os alunos componentes da equipe são: João Augusto da Silveira Aguiar e Amanda de Mello Hüther, do 2º Ano, Fernanda Luíza Butha, do 1º Ano, e Caroline Radiccione, do 9º Ano. A orientadora é a professora de Química Doutora Maria Inês Soares Melecchi e o acompanhamento administrativo foi realizado pela professora de Biologia 2º Tenente Léa Aparecida Bendik Rech.

A Feira de Ciências e Tecnologia foi visitada pelo Gen Div Marco Antônio de Farias, Dir etor de Ensino Preparatório e Assistencial, pelo Gen Bda Emílio Carlos Acocella, comandante do IME, pelo Gen Ex R/1 Ney da Silva Oliveira, presidente da Fundação Osório, e por oficiais, professores, alunos e praças do IME.

Fonte: Colegio Militar de Porto Alegre Por Cel Araujo
28 / 10 / 2008

domingo, 2 de novembro de 2008

Deu no Diario Oficial: Como fazer caipirinha

Após abrir campanha nacional contra o álcool nas estradas, o governo brasileiro resolve ensinar como prepara uma autêntica caipirinha.

Às vésperas do fim de semana, o Ministério da Agricultura resolveu ensinar aos apreciadores de bebidas alcoólicas a preparar uma autêntica caipirinha, bebida feita à base de cachaça, limão e açúcar, e que é capaz de alegrar até os mais preocupados com os rumos da economia brasileira em tempos de crise mundial. Para o Ministério, não basta misturar os três ingredientes aleatoriamente. É preciso ter critérios, como deixa claro o artigo 4º da Instrução Normativa (IN) 55, publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União e assinada pelo ministro Reinhold Stephanes.

Para o ministério, só será definida como caipirinha "a bebida preparada por meio de processo tecnológico adequado que assegure a sua apresentação e conservação até o momento do consumo". Também foram detalhadas as características de cada um dos ingredientes. "O açúcar aqui permitido é a sacarose - açúcar cristal ou refinado -, que poderá ser substituída total ou parcialmente por açúcar invertido e glicose, em quantidade não superior a cento e cinqüenta gramas por litro e não inferior a dez gramas por litro, não podendo ser substituída por edulcorantes sintéticos ou naturais", ensina o governo.

O limão utilizado poderá ser adicionado na forma desidratada e deverá estar presente na proporção mínima de um por cento de suco de limão, lembra a IN. Mas não vale qualquer limão: "com no mínimo cinco por cento de acidez titulável em ácido cítrico, expressa em gramas por cem gramas". Para aqueles que não têm o hábito de consumir caipirinha, o governo abre a brecha para um refresco. "Ingrediente opcional - água". Ainda segundo o ministério, a bebida alcoólica e não alcoólica utilizada na elaboração da batida deverá atender ao seu respectivo padrão de identidade e qualidade definido na legislação vigente.

Para quem não gosta de caipirinha, o ministério oferece dicas sobre outros tipos de bebidas alcoólicas, inclusive para aqueles que não sentiram os efeitos da crise financeira. "Poderá ser denominado de licor de ouro o licor que contiver lâminas de ouro puro". A IN também traz informações sobre a produção de bebida alcoólica mista aromatizada gaseificada, que também é conhecida como "cocktail".

Erro

Apesar do sucesso garantido da IN em plena sexta-feira, a área técnica do ministério informou que o texto foi publicado erroneamente no Diário Oficial, explicando que o governo está revisando os padrões de bebidas e que a IN faz parte desse processo. "Não é um texto definitivo. A idéia era colocá-lo em consulta pública, mas houve erro e a instrução normativa foi publicada hoje (ontem)", contou, de forma acanhada, um técnico da pasta.

O governo pretende ouvir a opinião de especialistas e da sociedade sobre o tema por um período de 30 dias, possivelmente a partir da semana que vem. É o momento que as pessoas poderão dizer se concordam ou não com o que foi definido pelo governo.


Resta agora saber como fica a questão do bafômetro, quem seguir a IN à risca poderá beber e dirigir dentro da Lei.

Isso é Brasil

sábado, 1 de novembro de 2008

Produtor rural pode produzir Biodiesel para consumo próprio

A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (29), o projeto de lei 3.336/08, de autoria do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), que autoriza os agricultores a produzirem biodiesel para consumo próprio.

A proposta que modifica a lei 11.116/05, permite ainda que as associações e cooperativas agropecuárias transformem grãos em biodiesel para uso de seus associados sem a obrigatoriedade do Registro Especial na Receita Federal. Heinze observa que a medida proporcionará redução dos custos de produção com reflexos positivos na renda do produtor e no preço dos alimentos e das matérias-primas oriundas do meio rural.

"É fundamental que se busque reduzir as despesas. Fato que é importante não apenas para os produtores rurais, mas para toda a sociedade. Com um custo menor os produtores poderão gerar mais renda, empregos e ainda aumentar a produção agrícola", explica o parlamentar.

Luis Carlos Heinze lembra que o consumo de óleo diesel pelo setor agropecuário chega a 5,6 bilhões de litros por ano. Segundo ele, esse combustível foi responsável por 56,7% da energia consumida pelo setor em 2006.

"O grande volume de óleo utilizado na produção agrícola, absolutamente necessário, gera grandes quantidades de gases que agravam o efeito estufa, o que provoca o aquecimento do planeta", afirma o parlamentar.

Para Heinze, a substituição do combustível fóssil por um biocombustível produzido a partir de biomassa renovável "proporcionará grandes benefícios ambientais".

No mesmo PL, Heinze também propõe a não incidência da contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins sobre o volume de biodiesel produzido para o consumo próprio ou do grupo de produtores associados. "Com isso os produtores rurais terão maior autonomia, isoladamente ou organizados em sociedades, para produzirem parte do combustível utilizado em suas atividades, evitando, ainda, o trânsito desnecessário do óleo das áreas rurais para as refinarias e destas, de volta para o campo", argumenta Heinze.

O projeto que tramita em caráter conclusivo - não precisa ser apreciado em plenário - será encaminhado agora para as comissões de Minas e Energia; Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Com informações da Imprensa Parlamentar. (AB)

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