terça-feira, 4 de novembro de 2008

Rio terá biodiesel de esgoto

03/11/08 - A companhia de saneamento do Rio, Cedae, pretende iniciar no ano que vem a produção de biodiesel a partir de esgoto. O projeto, ainda em fase piloto, vai consumir investimentos de US$ 3 milhões para a produção de até 20 mil litros do combustível por mês. Com adição obrigatória de 3% de biodiesel para cada litro de diesel de petróleo vendido nos postos brasileiros, há uma demanda anual de 1,2 bilhão de litros do combustível orgânico. O potencial para produção desse tipo de biodiesel chega a 1,5 milhão de litros por ano, caso 100% do esgoto do País fosse tratado. Atualmente, pode-se projetar 40% desse total.

Segundo o presidente da Cedae, Wagner Victer, a idéia é atrair parceiros para a produção em escala comercial no futuro. “Não tenho dúvida de que este tipo de aproveitamento de resíduos orgânicos vai ganhar importância na produção de energéticos”, disse Victer, lembrando que tais matérias-primas não competem com a produção de alimentos, uma das principais críticas à produção do biodiesel a partir de oleaginosas.

A usina-piloto será instalada na unidade de tratamento de esgoto Fazenda Alegria, no Caju, zona portuária do Rio. Para o presidente da Cedae, a proximidade com o mercado consumidor será uma grande vantagem competitiva do biodiesel a partir do esgoto. “A produção tradicional é muito espalhada. Produzir dentro da região metropolitana representa um ganho logístico enorme”. A tecnologia empregada na usina vem da Alemanha, disse Victer. No Brasil, o potencial para produção de biodiesel a partir do esgoto chegaria a 1,5 milhão de litros por ano, caso 100% do esgoto do País fosse tratado. Atualmente, pode-se projetar um potencial de 40% desse total.

Com a adição obrigatória de 3% de biodiesel a cada litro de diesel de petróleo vendido nos postos brasileiros, vigente a partir de junho, há uma demanda anual por 1,2 bilhão de litros do combustível de origem orgânica. Atualmente, a maior parte da produção é feita a partir do óleo de soja, com alguma participação de outras oleaginosas, como a mamona.


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