quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Biodiesel não é determinate para aumento no peço do Diesel

O aumento do preço do biodiesel tem sido apontado como provocador da alta dos preços do diesel, que neste mês está, no mínimo, 2% mais caro para os consumidores.

A elevação, contudo, não deve continuar, segundo avalia o presidente da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes), Paulo Soares. “Os preços do óleo devem ficar estáveis este ano”, afirma. Embora o aumento da mistura de 4% para 5% de biodiesel no diesel contribua para esse aumento, ele não é determinante.

Ou seja, apesar de apontado como o fator decisivo, o aumento do preço do biocombustível, não pode ser apontado como unico fator para esse aumento, diga-se de passagem, exagerado.

A elevação, para Soares, não deveria ser repassada. Isso porque, no primeiro leilão de biodiesel da ANP (Agência Nacional de Petróleo), ocorrido em janeiro do ano passado, o combustível foi vendido a R$ 2,32 o litro. No leilão de agosto, houve queda no preço, para R$ 1,70. “Quando o preço caiu, o correto seria as distribuidoras repassarem essa queda aos postos, mas elas absorveram essa redução”, afirma Soares.

No último leilão da ANP do ano passado, contudo, o preço do litro do biodiesel voltou a R$ 2,30. Quando as distribuidoras recebem o combustível, elas misturam ao diesel, na proporção de 5%. Dessa vez, porém, elas repassaram o aumento aos postos, que agora vendem diesel aos consumidores ao menos 2% mais caro.

Vemos, portanto, que o aumento do preço do Diesel esta muito mais relacionado a margem de lucro das distribuidoras do que propiamente pelo aumento do preço do biocombustivel
Preços

Dados da ANP mostram que, da semana encerrada no dia 25 de dezembro até a semana terminada no último dia 15, o preço do litro do diesel registrou um aumento de 0,4%, ao passar de R$ 1,983 para R$ 1,991, em média, no País. Esses valores devem registrar maiores aumentos nas próximas semanas.

Considerando os estados, no período, a maior alta ficou com o Rio Grande do Norte, cujo litro do diesel passou de R$ 1,960 para R$ 1,977 – uma elevação de 0,86%. Em São Paulo, os consumidores encontraram, até a última semana, o valor do litro ficou 0,85% mais caro, em média, de R$ 1,999, contra R$ 1,982. No Rio de Janeiro, a alta foi de 0,76%, com o litro do diesel passando de R$ 1,982 para R$ 1,997.

Sergipe, por outro lado, registrou a maior queda no período, de 0,9%. O preço do combustível passou de R$ 1,999 para R$ 1,981. Além dele, apenas outros quatro estados, dos 25 estados analisados, mais o Distrito Federal, apresentaram queda: Ceará (-0,15%), Paraíba (-0,1%), Pernambuco (-0,2%) e Santa Catarina (-0,1%). Outros seis estados registraram estabilidade.

Projeto Biodiesel Osasco chega a 100 mil litros de óleo coletado

Implantado em 2008 pela Secretaria de Meio Ambiente de Osasco, sob a coordenação do secretário Carlos Marx Alves, o projeto Biodiesel Osasco acaba de bater a marca de coleta de 100 mil litros de óleo de cozinha usados, impedindo, assim, a contaminação de rios, córregos e do aterro sanitário por meio do descarte incorreto do fluido em pias, sacolas e vasos sanitários. (clique na imagem)

Captados em mais de 800 pontos de coleta na cidade, os 100 mil litros de óleo de cozinha foram encaminhados para a produção de biodiesel na usina da Cooperativa Remodela, localizada em Campinas.

Por meio do projeto Biodiesel Osasco, o óleo de cozinha coletado é transformado em biodiesel, deixando de poluir o meio ambiente, além de contribuir com o desenvolvimento do Brasil no que se refere à produção de biocombustíveis, um combustível mais limpo ambientalmente, com menor emissão de poluentes.

De acordo com o secretário Carlos Marx Alves, o objetivo do projeto é disseminar a responsabilidade de cada cidadão, de modo que todos entendam a importância de suas ações individuais para reverter o processo de degradação ambiental. “Aos poucos estamos chegando a grandes resultados e temos a convicção de que este projeto, somado a todas as ações globais a favor do meio ambiente, trará impactos positivos ao planeta”, afirma.

Desde a implantação do projeto, a cidade de Osasco conta com uma equipe de palestrantes, coletores e gestores que se uniram com o objetivo de conscientizar a população sobre a degradação ambiental causada pelas ações sem planejamento do homem, como a grande poluição dos recursos hídricos, solo e ar, e também sobre as formas de se combater esse problema, incluindo o projeto Biodiesel.

Para estimular a participação da sociedade na campanha, a secretaria também oferece 10 litros de água sanitária ou de detergente, ou ainda 5 litros de óleo de cozinha novo, a cada doação de 50 litros de óleo de cozinha usado.

Dentre os 813 pontos de coleta na cidade estão os instalados em empresas parcerias, como o Osasco Plaza Shopping, Indústrias Anhambi, Hotel Vollare, Belgo Bekaaert e Supermercado Sena.

Em 2010, alunos de escolas municipais, estaduais e particulares também contribuíram com o projeto por meio da “GinKana Interescolar do Projeto Biodiesel”. Entre o 1º e 2º semestre, período em que foram realizadas as gincanas, foram coletados mais de 11 mil litros de óleo. Atualmente, a média mensal, considerando todos os pontos de coleta (escolas, restaurantes, empresas privadas etc) é de aproximadamente 5 mil litros.

Voluntários interessados em participar do projeto, estudantes e a sociedade em geral podem obter informações pelo telefone 3652 9041, pelo e-mail sema@osasco.sp.gov.br, ou ainda pelo site www.osasco.sp.gov.br/bio.

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Biodiesel na Argentina

A demanda por biodiesel da Argentina deve superar a oferta ao fim deste ano, com a adoção do B10 no segundo semestre e uso em geração de energia. A estimativa é que haja uma demanda de 3,25 milhões de t e oferta de 3,071 milhões de t. O déficit de 179 mil t de biodiesel terá de ser importado. As informações são de relatório da Câmara Argentina de Energias Renováveis.

A capacidade instalada deve fecha RO ano em 3,084 milhões de t, crescimento de 24% quando comparado com 2010.

Duas companhias serão as responsáveis pelo aumento da capacidade do país vizinho. A companhia americana Cargill anunciou recentemente que pretende construir uma planta de biodiesel na província de Santa Fé com capacidade de produzir 240mil t/ano do biocombustível. A Unec Bio pretende instalar, também na província de Santa Fé, uma planta com capacidade de produzir 220 mil t/ano.

Em julho do ano passado, a Argentina aumentou a concentração de biodiesel presente no diesel mineral para 7% (B7). A adoção do B7 consumiu 1,073 milhão de t de biodiesel em 2010, 43% na produção do país. Mais da metade da produção (51%) foi destinada à exportação, enquanto a cogeração de energia consumiu 150 mil t (8%).

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