sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Falta investimento em pesquisa para viabilizar o biodiesel

04/09/08 - Criado há mais de 30 anos, o Pró-álcool, depois de muita instabilidade, transformou-se em uma das alternativas mais viáveis de produção de energia do mundo. O desenvolvimento tecnológico e a alta produtividade das lavouras de cana-de-açúcar têm garantido ao etanol espaço de destaque nas discussões sobre energias limpas. Da mesma forma, o produto já foi acusado de provocar a crise de alimentos no mundo todo, já que em alguns países o etanol é produzido a partir do milho. Para combater esse preconceito, governo e produtores têm investido na exportação de tecnologia e equipamentos, demonstrando que o etanol de cana-de-açúcar é um combustível que poderá, em algum momento, substituir os derivados de petróleo.

Na esteira desse movimento, está o programa de biodiesel, mas com várias ressalvas. A principal delas é a falta de investimento em pesquisas para se determinar a matéria-prima ideal para produzir o biodiesel. Segundo o presidente executivo da União dos Produtores de Bioenergia, Antonio Cesar Salibe, o governo federal precisa centralizar esses estudos a fim de dar ao biodiesel as mesmas oportunidades que foram dadas ao etanol, tornando-o um produto apto à economia de mercado.

Para falar sobre o tema, Salibe concedeu entrevista ao programa Panorama do Brasil, apresentado por Roberto Müller e que irá ao ar hoje pela TVB. Participam também da entrevista, a diretora de redação do DCI, Márcia Raposo, e Milton Paes, da rádio Nova Brasil FM.

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Fonte: - Laelya Longo e Julia Aronchi - 25/08

Da Agência

Autarquias portuguesas terão isenção fiscal no biocombustível

O Governo aprovou, esta quinta-feira em Conselho de Ministros, um diploma que permite às autarquias e empresas produzir biocombustível nos transportes.

Este pode ter origem no aproveitamento de matérias residuais, nomeadamente óleos alimentares usados no sector doméstico.

«As autarquias locais poderão, a partir de agora, não apenas passar a produzir biocombustível, mas também a beneficiar do regime de isenção fiscal em vigor aplicável aos pequenos produtores dedicados deste tipo de biocarburante», revela em comunicado.

«O biocombustível produzido será destinado exclusivamente à colocação em frota própria ou, a título não oneroso, em frotas de entidades sem finalidades lucrativas».

Fonte:

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Governo destina R$ 22 milhões para pesquisa de biodiesel

O governo federal criou mais um incentivo para o desenvolvimento da cadeia produtiva do biodiesel no Brasil. Por meio de quatro editais lançados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério de Ciência e Teconologia (MCT), o governo vai repassar R$ 22 milhões a pesquisas relacionadas à produção de biodiesel. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), por meio do Fundo Setorial de Agronegócios (CT-Agro) e do Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA).

Voltado para apoiar o cultivo de plantas, com ciclo curto de desenvolvimento, que resultem na produção de matéria-prima para o biodiesel, o edital nº 28/2008 vai investir R$ 4,5 milhões em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. As propostas devem abordar estudos sobre o potencial produtivo de oleaginosas de ciclo curto cultivadas preferencialmente com culturas de inverno ou safrinha, para a produção de matéria-prima graxa para produção do biodiesel, ou sobre pós-colheita de grãos das espécies oleaginosas de ciclo curto.

O segundo edital, com recursos de R$ 5 milhões do FNDCT, vai apoiar projetos, que contemplem o uso de co-produtos associados à cadeia produtiva de biodiesel. Os temas que serão contemplados nesta ação incluem desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação de produtos para uso na alimentação animal, remediação ambiental, produção de energia elétrica e aplicação na química e biotecnologia, além do desenvolvimento de novos materiais para atender exigências de mercado, e na avaliação de impactos ambientais e na saúde.

Lançado na primeira semana de setembro, o edital nº 46/2008 é um investimento de R$ 8 milhões, do FNDCT, em atividades de pesquisa que desenvolvam processos de obtenção de biodiesel via rota etílica. As propostas deverão abordar os temas de desenvolvimento desses sistemas, seja pela rota de esterificação de ácidos graxos ou pela transesterificação de óleos e gorduras, e o desenvolvimento de protótipos de bancada para a produção de biodiesel em regime contínuo.

Descentralização - Na busca da descentralização regional com a distribuição de recursos mais justa aos pesquisadores de todo País, o CNPq destinará uma parcela mínima de 30% dos valores totais dos editais lançados para projetos coordenados por pesquisadores vinculados a instituições sediadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Incluindo também as respectivas áreas de abrangências das Agências de Desenvolvimento Regional.

O edital nº 26/2008 é uma parceria entre o MCT, o CNPq e o Ministério da Pesca e Aqüicultura, que investirá R$ 4,5 milhões para a produção de biodiesel a partir de microalgas. Os projetos deverão ter o valor máximo de R$ 500 mil e abordarem temas como o desenvolvimento de técnicas de cultivo de microalgas que apresentem baixo custo e visem à maximização da produtividade em óleo como matéria-prima para a produção do biodiesel.

Também serão apoiados projetos que avaliem a viabilidade econômica do processo global do cultiva até a obtenção de biodiesel, projetos que proponham processos mais econômicos e eficientes que os convencionalmente usados para coleta de microalgas e extração de óleo, e propostas de desenvolvimento de fotobioreatores contínuos para a produção de microalgas voltadas pra a produção do biodiesel, ou desenvolvimento de tecnologias de baixo custo para o aproveitamento de biomassa residual de microalgas para extração de óleo, entre outros temas.

Fonte:

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Biodiesel é oportunidade para o Brasil

A onda dos combustíveis renováveis está sendo encarada como uma nova oportunidade ao Brasil gerando rentabilidade aos produtores e inclusão para a agricultura familiar. Isso porque os biocombustíveis mexeram com os preços das commodities agrícolas e com toda a cadeia dos óleos. ""Os combustíveis renováveis estão sendo encarados como uma oportunidade e não como um problema"", afirmou Roberto Terra, consultor para Pólos de Biodiesel da Região Centro-Sul do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Esta avaliação, segundo ele, é feita porque o Brasil tem superávit na produção de grãos (arroz, milho, soja e trigo). Desde 2005, quando foram iniciados os programas de biocombustíveis, o País produziu 26,3 milhões de toneladas destes grãos, enquanto o déficit para o período ficou em 21 milhões de toneladas. Para desenvolver este mercado, o governo lançou um programa de produção e uso de biodiesel, inclusive com a criação de um selo combustível social. Atualmente, cerca de 100 mil produtores familiares fazem parte da cadeia do biodiesel sendo responsáveis por 20% da fabricação do produto.

A adiação de biodiesel ao óleo diesel, determinada pela comissão que criou o programa, elevou a demanda por óleo vegetal para 1,3 bilhão de litros neste ano. No entanto, o estímulo ao plantio de oleaginosas está sendo feito conforme o perfil de cada região. De acordo com o consultor do MDA, estão em estudo cerca de 500 variedades de oleaginosas e 200 de palmáceas.

Por enquanto, o desenvolvimento do biodiesel não tem trazido retorno no mercado externo, uma vez que há muita dificuldade para exportar o produto. O País já tem a maior capacidade industrial instalada do mundo, suficiente para produzir cerca de 4 bilhões de litros a partir do próximo ano. Mais da metade desta capacidade ainda está ociosa - o consumo interno está estimado em 1,3 bilhão de litros para este ano. Em dois anos, a projeção é que a demanda salte para 2,5 bilhões de litros. Apesar disso, o mercado da bioenergia conseguiu mexer com os preços.

É o caso do complexo soja cujos preços dos grãos, do óleo e do farelo dispararam. Apesar disso, a avaliação é de que os combustíveis renováveis são uma energia transitória entre o petróleo e outras fontes que deve durar de 30 a 40 anos.

Roberto Terra não minimiza a importância dos biocombustíveis uma vez que 58% da energia combustível usada é de óleo diesel. O combustível fóssil ainda é usado em larga escala por indústrias e até como energia elétrica, principalmente, na Região Norte do País.

Fonte:

do Jornal Parlamento

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Petrobras quer sócios para novas usinas de biodiesel

São Paulo - A Petrobras deve buscar parcerias para as novas usinas de biodiesel que pretende levantar. As três primeiras unidades de produção de biodiesel construídas pela companhia foram construídas integralmente pela estatal. Mas, para chegar à meta de produção de 938 milhões de litros por ano, até 2012, a estatal aposta em parcerias, segundo o gerente de Novos Negócios da Petrobras Biocombustíveis, Marcos Vinicius Guimarães. "A idéia é que as unidades não sejam 100% Petrobras, mas sim que sejam construídas em conjunto com parceiros", afirmou ele, durante o Biodiesel Congress, que terminou hoje, em São Paulo.

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Fonte: - (Tatiana Freitas)

Alta da soja compromete entrega de biodiesel

29/08/08 - O comportamento do preço da soja continua contribuindo para o baixo índice de entrega do biodiesel contratado nos leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Com o aumento das cotações da oleaginosa, principal matéria-prima para a produção do biodiesel, alguns produtores não conseguem honrar os seus contratos. Segundo o superintendente de Abastecimento da ANP, Edson Silva, dos 193,38 milhões de litros vendidos no leilão da mistura B3, realizado em abril, apenas 132 milhões foram entregues até 24 de agosto, o equivalente a um índice de performance de 68,3%. Ainda baixo, esse porcentual já representa uma melhora em relação ao índice de entrega do leilão de B2, de 60%.

Segundo ele, sete empresas já foram notificadas pela ANP pelo não cumprimento mínimo dos contratos e duas delas, punidas: BioCamp e Binatural. Após participar do Biodiesel Congress, que terminou ontem em São Paulo, Silva explicou que os contratos previstos no edital prevêem penalidade caso a parte vendedora não entregue, em um período de quatro semanas, 50% ou menos do total contratado. Isso significa que, se o produtor entregar 51% do previsto, não há qualquer tipo de punição. ´´Mas há quem entregue 130%´´, disse, o que seria possível pela antecipação da entrega do total contratado.

Mesmo com o baixo índice de performance, Silva afirmou que há estoque suficiente para abastecer o mercado interno. Ele recusou-se, no entanto, a detalhar qual é o nível desses estoques, afirmando que trata-se de uma ´´informação estratégica´´. Segundo ele, o fato de a Petrobras não ter comprado o total de 100 milhões de litros para recompor estoques, no leilão estratégico realizado em julho, evidencia a tranquilidade em termos de abastecimento. A estatal comprou 53 milhões de litros na ocasião. ´´Ela tem mais 47 milhões de litros para comprar se houver necessidade´´, afirmou.

Quanto ao impasse entre a Brasil Ecodiesel e a Petrobras, Silva disse que cabe à ANP aguardar uma definição por parte das duas empresas. ´´O contrato é um instrumento comercial entre as partes. Não cabe à ANP rescindi-lo´´, afirmou. Em julho, a Brasil Ecodiesel entrou na Justiça pedindo a cobrança de multas contra a Petrobras pelo não recolhimento de volumes de biodiesel vendidos em dois leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo a Brasil Ecodiesel, a estatal deixou de recolher os volumes contratados nos leilões realizados no fim de 2007. Na ocasião, a empresa disse também que a Petrobras não recolheu os volumes de fevereiro e março de 2008.

Fonte: - Paraná

Da Agência