sábado, 23 de dezembro de 2006

Mercado de biodiesel passa por ``dores do crescimento''

Criado para reduzir gastos com importações de diesel e emissões de poluentes ao mesmo tempo em que geraria 120 mil empregos em regiões carentes, segundo o governo, o programa de biodiesel vem esbarrando em problemas considerados graves aos olhos dos produtores, mas contornáveis na avaliação oficial.

Falta de planejamento e escassez de matérias-primas são obstáculos a que o país chegue em 2008 com combustível necessário para atender à obrigatoriedade de mistura de 2 por cento ao diesel, economizando divisas de 160 milhões de dólares anuais.
Para atingir a meta, o país precisa ter disponíveis nos postos 800 milhões de litros de biodiesel em 2008, compromisso que vem sendo assumido por muitas empresas nos leilões da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)- em quatro leilões já foram comercializados os 800 milhões de litros para entrega futura.

Mas se os leilões são considerados um sucesso do ponto de vista de venda, na prática, algumas empresas não estão conseguindo honrar os contratos.

Na avaliação do diretor de combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, o fato de algumas empresas não entregarem o biodiesel faz parte do estágio inicial do programa, e não indica falha do processo.

``Em 2007 será consolidada a base produtiva, que vai dar tranquilidade ao governo para poder antecipar o aumento de mistura no diesel'', disse Dornelles, referindo-se à antecipação da mistura de 5 por cento de biodiesel, originalmente prevista para 2013.

Ele informou que, do primeiro leilão, realizado em novembro de 2005, apenas uma empresa não honrou a entrega, e no segundo, das oito participantes, quatro deram garantia de cumprir o prometido e mais uma ou duas devem entregar o biodiesel.
``O que não for entregue deverá ser colocado nos próximos leilões da ANP, para completar a cota'', informou Dornelles, que prevê mais dois leilões em 2007 para ajustar a oferta. Segundo ele, 700 milhões de litros já estariam garantidos.
Na ANP, a avaliação do superintendente da área de abastecimento, Roberto Ardenghy, é de que algumas empresas foram ``muito afoitas'' nos primeiros leilões, mas que até 2008 tudo estará resolvido.

Ele culpou a utilização da soja pelo fracasso de alguns contratos, ``cujo óleo ficou mais caro no mercado internacional, desviando a commodity da produção de biodiesel''. Ardenghy aposta em oleaginosas menos nobres para garantir o sucesso do programa.

``Hoje temos 18 unidades produtoras, a maioria de soja, mas nos últimos seis meses aprovamos 11 unidades que já mostram diversificação para mamona, pinhão manso, algodão'', informou.

Ele prevê que em 2007 o país tenha entre 25 e 30 fábricas de biodiesel a partir de fontes variadas espalhadas por todo o país.

A Petrobras já anunciou a construção de três plantas para produzir 150 milhões de litros a partir do fim de 2007. Para o gerente-executivo de desenvolvimento energético da companhia, Mozart Schmitt de Queiroz, as reclamações sobre falta de insumos são pontuais e devem acabar com a entrada em massa de outras fontes.

OBSTÁCULOS

Mas a produção em larga escala de outros produtos que não a soja ainda esbarra em problemas. A mamona, uma das matérias-primas vedetes do programa federal, teve um salto de produção de 2003, quando foi lançado o programa, a 2005, alimentado pela expectativa de que teria um mercado comprador.

Mas as compras não ocorreram na hora esperada, e a ''superoferta'' fez os preços caírem de 1,10 real por quilo para cerca de 30 centavos. Com isso, a área plantada voltou a encolher, passando de 210 mil hectares em 2005 para 149 mil hectares este ano, segundo dados da Conab.

``Com a oferta de óleo da mamona deste ano, não tem nem o cheiro para a produção de biodiesel'', afirmou Napoleão Beltrão, chefe-adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Para ele, há uma ''dessincronia'' entre produção e consumo.

``Enquanto o BNDES está com quase 1 bilhão (de reais) de financiamento para a indústria de biodiesel... a produção (agrícola), principalmente aqui no Nordeste, está desregulada'', disse ele, que defende um maior planejamento, além de preço mínimo e garantia do mercado aos produtores.

Segundo a Embrapa, o Nordeste tem disponíveis atualmente 5 milhões de hectares para plantio de mamona, área suficiente para produzir 1 bilhão de litros.

Com a falta de matérias-primas, há fábricas de biodiesel da região que estão tendo que buscar soja e algodão em outros Estados, como os do Centro-Oeste, Maranhão e Bahia, o que acaba tirando a competitividade do produto, disse Beltrão.

Para a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o programa é restritivo, ao incentivar a produção a partir de mamona e palma, que juntos representam não mais que 3,6 por cento da produção nacional de óleos vegetais, localizada principalmente no Norte e Nordeste.

``A idéia de se desenvolver um programa com cunho social é louvável, agora, que isso seja a solução, pode esquecer. Fatalmente, ela passa pela soja'', afirmou Carlo Lovatelli, presidente da entidade, que defende tratamento isonômico entre os insumos.

Lovatelli diz que o programa federal nasceu com problemas, mas admite que o sucesso do biodiesel no Brasil é apenas uma questão de tempo diante da demanda mundial por combustíveis alternativos e a disponibilidade de terras no país.

``Estamos numa fase de dores do crescimento. Algumas regras não são claras, algumas estão erradas'', afirmou.
Fonte: O Globo On Line

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Mercedes Benz Trucks: motores homologados para uso de Biodiesel

Um documento oficial de Mercedes Benz onde estão descritos os motores homologados para uso de biocombustiveis. É um documento muito completo de 8 páginas e com explicação ponto a ponto, muito bem detalha.
Desta forma, esta marca abre uma vantagem frente às outras marcas e que, querendo ou não, os biocombustiveis estão sendo apoiados pelas instituições Europeas. A quem compra um vehículo cuja marca não autoriza o uso destes combustíveis, recomenda-se a observação de que amanhã, o cenario mais provavel, todos os postos terão combustíveis com percentagens obrigatória de biocombustíveis.
Por hora temos as seguintes autorizações na Espanha:
· Mercedes Benz Trucks: motores homologados para uso de Biodiesel
· Same Deutz-Fahr: Biodiesel hasta el 100%
· Dpto. Scania Camiones: 100% Biodiesel en motores Scania
· PSA Peugeot Citroën a favor de una política de biocombustibles
· Renault-Trucks: Uso de Biodiesel en los vehículos Renault Trucks
Fonte: BiodieselSpain

Empresas podem não cumprir entrega de biodiesel à Petrobras

Algumas empresas que participaram do primeiro leilão de biodiesel da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 2005, não vão conseguir entregar à Petrobras os 20 por cento do volume total que tem como data-limite a sexta-feira, informou à Reuters o superintendente da área de abastecimento da ANP, Roberto Ardenghy.

Segundo ele, as empresas alegam desde problemas com licenças ambientais a atrasos administrativos, e poderão ser punidas, após processo de investigação, com o fim do contrato com a Petrobras e proibição de participar da disputa em outros leilões.

"A notícia que nós temos é que algumas empresas não estão conseguindo fazer a entrega do biodiesel... significa que algumas entraram muito afoitas no leilão", explicou o executivo.

Ele não quis divulgar os nomes das empresas nem o volume que deixará de ser entregue, já que o prazo vai até 18h de sexta-feira.

Ele considerou no entanto "aceitável" o não cumprimento do acordo com a Petrobras, "já que o programa estava no começo". Para ele, o mesmo problema não vai se repitir nos três leilões realizados posteriormente.

Por conta desses atrasos, a ANP decidiu adiar para entre fim de janeiro e início de fevereiro o quinto leilão de biodiesel, que seria realizado no fim deste ano.

"Vamos incluir o que não foi entregue no primeiro leilão no próximo leilão", informou.

No primeiro leilão de biodiesel da ANP, realizado no fim de 2005, a Petrobras adquiriu quase a totalidade dos 70 milhões de litros do combustível ofertados por quatro empresas: Agropalma, Soyminas, Granol e Brasil Biodiesel.
Fonte: Reuters
da Agência de Notícia UDOP

China quer limitar o uso de milho e trigo em biocombustíveis

A China pretende proteger sua oferta de alimentos, restringindo o uso de milho e trigo na produção de biocombustíveis, segundo autoridades do governo, que ainda não estabeleceram um limite.

O governo chinês está preocupado com o fato de que o uso de grãos na produção de combustíveis possa intensificar a recente alta nos preços desses produtos e reduzir os estoques de alimentos do país.

Qualquer expansão irregular ou produção e vendas não autorizadas não receberão ajuda financeira de Pequim, segundo a comissão.

A China oferece subsídio de 1.373 iuans (cerca de US$ 175) por tonelada para produtores patrocinados pelo governo. O plano do governo chinês também prevê o subsídio aos produtores de biocombustível no futuro.

Fonte:
da Agência de Notícia UDOP

Aprosoja aposta no crescimento do biodiesel no MT

A reação do mercado internacional para os preços da soja nos últimos meses de 2006, demonstra uma perspectiva de melhora para o setor. Segundo o presidente da Aprosoja, no último trimestre do ano houve um aumento de cerca de U$3,00 por saca de soja. Para Prado o crescente interesse mundial pelo biodiesel reforça as projeções otimistas. "A inauguração da primeira usina integrada de álcool e biodiesel confirma a expectativa mundial de que os biocombustíveis irão se consolidar como importante fonte de energia. O atrelamento da soja ao mercado energético vai valorizar ainda mais essa commodity já considerada tão importante para o mundo", finaliza.

Fonte: Ascom Aprosoja

Siram Energia estuda parcerias

O grupo Siram SGPS acaba de criar a Siram Energy, Water and Environment, apurou o jornal Água&Ambiente. A nova empresa está vocacionada para o desenvolvimento e implementação de projectos no âmbito da utilização racional dos recursos naturais, com especial ênfase para a dessalinização, energia eólica, biomassa, biodiesel e eficiência energética.

A empresa pretende posicionar-se no mercado sobretudo através de parcerias com operadores que estejam a trabalhar nestas áreas, estando já a empreender vários contactos nesse sentido.

A biomassa é o segmento em que as negociações estão mais avançadas. A Siram EWE está já em parceria com a Paínhas a concorrer à central de biomassa em Viana de Castelo. Nas restantes áreas só no início de 2007 são esperadas novidades. O montante disponível para investir nestas áreas está dependente do tipo de projectos que forem surgindo, segundo avançou ao Água&Ambiente Paulina Martins, administradora executiva da empresa.
Fonte: Ambiente On Line

Martifer instala fábrica de biodiesel no Brasil

A Martifer, de Aveiro, vai construir, no Brasil, mais uma fábrica de Biodiesel. O projecto a desenvolver no estado do Maranhão irá criar 1500 postos de trabalho.

Uma outra fábrica será construída no Porto de Aveiro. A primeira pedra da fábrica para produção de biodiesel, foi colocada a 17 de Julho último.

A fábrica terá uma capacidade para produzir 100 mil toneladas de biodiesel a partir da transformação de oleaginosas e a refinaria deverá entrar em funcionamento em Março de 2007 e criar 40 postos de trabalho.

O projeto tem em vista o mercado ibérico e deverá gerar uma facturação anual na ordem dos 70 milhões de euros. Ocupando uma área na ordem dos oito mil metros quadrados, a fábrica ficará instalada junto de duas outras fábricas, uma de pás e uma de aerogeradores para torres eólicas, que a Martifer - através da Repower Portugal - está a desenvolver no Porto de Aveiro, num investimento de 25 milhões de euros.

O Brasil foi escolhido como o maior fornecedor da futura refinaria, que irá trabalhar predominantemente com soja, mamona e dênde.
Em Portugal, a Martifer pretende adquirir óleos de girassol, enquanto a colza será importada da Roménia, onde se encontra em construção aquela que será a primeira refinaria de biodiesel do país, num investimento que ronda igualmente os 16 milhões de euros.
Fonte: On Line News

Biodiesel abre nova frente de disputa entre distribuidoras

A um ano do cumprimento da legislação que torna obrigatória no país a mistura de 2% de biodiesel no óleo diesel, as distribuidoras de combustíveis reforçam investimentos - os anunciados até agora somam R$ 216 milhões - e acirram a disputa para ganhar mercado. A BR Distribuidora, controlada pela Petrobras, foi a primeira a iniciar a venda do B2 (mistura de 2% de biodiesel no diesel), e assim já começa a lucrar com a sua aposta.

Arnoldo Campos, coordenador do Programa de Biodiesel pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, observa que as 16 usinas já autorizadas a produzir biodiesel têm capacidade para oferecer 532 milhões de litros do biocombustível e, até o início de 2007, com a entrada de mais quatro unidades em operação, a capacidade vai crescer para 800 milhões de litros - o volume que era previsto para 2008. "A oferta existe, mas as distribuidoras ainda estão atuando de forma tímida. E terão que se adequar para atender a essa demanda", avalia.

Ele observa que a maioria dessas empresas só começou a apostar de fato no biodiesel no último quadrimestre do ano. A Shell iniciou a venda do B2 em setembro, para 100 grandes clientes e em 135 postos de sua rede.

A AleSat, que mantém uma rede de 1,1 mil postos no país, decidiu ir além da distribuição. A empresa investirá R$ 130 milhões na construção de uma usina de biodiesel no Centro-Oeste, com capacidade para produzir 114 milhões de litros por ano. Conforme informou a companhia ao Valor, a decisão foi tomada após o grupo elevar as vendas totais de combustíveis em 6,5%, graças ao marketing bem sucedido com o biodiesel.

Em dezembro, a Ipiranga também iniciou a venda do B2 em Goiânia (GO) e para 100 clientes corporativos. O grupo planeja estender a distribuição a outras capitais em 2007. "A expectativa é vender 250 milhões de litros do B2 [5 milhões de litros do biodiesel puro] em 2007", diz Luiz Athayde Kauer, gerente de suprimentos e transportes da Ipiranga. A empresa investiu R$ 5 milhões neste ano em armazenagem e aportará outros R$ 20 milhões em 2007. A Manguinhos também anunciou investimento de US$ 10 milhões para iniciar a venda do B2 neste mês.
Fonte:

Renault apresenta em Janeiro dois veículos ligeiros compatíveis com biodiesel

A partir de Janeiro, a Renault vai pôr no mercado dois veículos comerciais ligeiros compatíveis com o biodiesel, o Trafic 2.0 dCi B30 e Master 2.5 dCi B30. A empresa quer que em 2009 todos os motores a diesel à venda na Europa possam funcionar com 30 por cento de biodiesel.

Ambos os modelos podem funcionar com gasóleo ou com uma mistura contendo até 30 por cento de biodiesel (B30), informa o fabricante de automóveis em comunicado.

Estes veículos dirigem-se, particularmente, aos “clientes de frotas interessados em ver reduzidas as emissões de dióxido de carbono dos seus veículos”.

O Trafic 2.0 dCi B30 e o Master 2.5 dCi B30 são as primeiras implementações no âmbito do plano Renault Contrato 2009 para os biocombustíveis.

Segundo a Renault, “a redução de dióxido de carbono de um motor que utilize uma taxa de 30 por cento de biodiesel, comparativamente a um motor a diesel, pode chegar a cerca de 20 por cento, conforme a fonte vegetal utilizada”.

O plano da Renault prevê ainda a comercialização, a partir de 2008, de um milhão de veículos com emissões inferiores a 140 g/km de dióxido de carbono, dos quais um terço com emissões inferiores a 120 g/km.

O biodiesel obtém-se a partir de plantas oleaginosas - principalmente a colza e o girassol, na Europa, e ainda a soja ou a palma, nas outras regiões do mundo – e da reacção com o metanol.

No âmbito de uma parceria com a Nissan, a empresa está a estudar “uma solução de mobilidade baseada na energia eléctrica” e a “desenvolver um trabalho que visa chegar ao aperfeiçoamento de uma pilha de combustível” e de veículos híbridos.
Fonte: Público.PT

Os falsos créditos do carbono no biodiesel de Jatrofa no sul de África

De acordo com as regras internacionais, nenhum dos gases com efeito de estufa ligados à produção de biocombustíveis será atribuído ao sector dos transportes. As emissões decorrentes da produção do biocombustível serão levadas à conta das emissões da agricultura e indústria e/ou sector energético. Do mesmo modo, todas as emissões provenientes do cultivo e refinação nos países do Terceiro Mundo, serão levadas à conta das emissões desses países, portanto um país, como o Reino Unido, que importe o biocombustível pode utilizá-lo para melhorar a sua quota de gases com efeitos de estufa. Isto permite que as nações importadoras ricas possam reduzir parte das suas emissões e reclamar os louros por fazê-lo ao abrigo do Acordo de Quioto [33]. Foi assim que surgiram as plantações de árvores Jatrofa no Malawi e na Zâmbia.

A Jatrofa é uma planta resistente à seca que exige pouca ou nenhuma utilização de pesticidas ou fertilizantes. As sementes de Jatrofa podem ser colhidas três vezes por ano, e os subprodutos podem ser utilizados para fabricar sabão e até medicamentos. A refinação é feita na África do Sul. Muitos agricultores mudaram do tabaco para a Jatrofa, o que se considera ser uma coisa boa, visto que o tabaco é uma cultura muito agressiva para o ambiente. Até agora, há 200 000 hectares de Jatrofa no Malawi e 15 000 hectares na Zâmbia, quase todos sob um arrendamento formal ou acordos com a companhia D1-Oils, com sede no Reino Unido.

O sul da África é uma das regiões mais vulneráveis do mundo à mudança climatérica. Todos os modelos climatéricos prevêem que a região (não incluindo a maior parte da África do Sul, o Lesoto e a Suazilândia) virá a ser muito mais quente e mais seca, com secas mais frequentes e mais rigorosas, intercaladas por inundações mais graves. Isto pode provocar enormes perdas de colheitas e o colapso da produção alimentar.

Cerca de 80 por cento da população da Zâmbia depende da biomassa para todas ou para a maioria das suas necessidades energéticas, e só 12 por cento têm acesso à electricidade. No Malawi, 90 por cento da produção básica de energia provêm da biomassa, ou seja, da lenha e do carvão. A maioria dos rurais dependem da queima da lenha, muitas vezes em fogões pouco eficientes, que provocam grande poluição e são uma das principais causas de doenças e mortes. As mulheres e as raparigas são as mais afectadas.

As plantações de Jatrofa podem ter graves impactos na protecção dos alimentos e da energia da região, principalmente se se expandirem. Até agora, ainda não se fez qualquer análise do ciclo de vida nem qualquer estudo de sustentabilidade do biocombustível da Jatrofa.

Necessidade agora de uma auditoria transparente do ciclo de vida, da avaliação do impacto ambiental e de um esquema de certificação obrigatória.

É bastante óbvio que os biocombustíveis actualmente têm origem em formas muito diferentes, em que a maioria não é neutra em carbono. Há a necessidade agora de um estudo transparente do ciclo de vida de energia e de emissões de carbono e de outros critérios de sustentabilidade que englobem os impactos sobre a saúde, o ambiente e o bem-estar social. Muita gente reclama um esquema de certificação obrigatória baseado em critérios claros de sustentabilidade que salvaguardem os ecossistemas florestais mais sensíveis assim como a fertilidade a longo prazo das nossas terras e do nosso solo. Estes critérios também deviam garantir a soberania alimentar (o direito à segurança no abastecimento dos alimentos preferidos pela população) e os correspondentes direitos à terra e ao trabalho para todos.

Temos muitas alternativas renováveis e sustentáveis aos actuais biocombustíveis como se descreve no Relatório Energético do ISIS [34] ( Which Energy? ). Propusemos reunir estas opções numa 'Quinta de Sonho 2' [35] sem desperdícios de alimentos nem de energia ( Dream Farm 2 - Story So Far , SiS 31). Uma das tecnologias nucleares utilizada é a digestão anaeróbica, que transforma os desperdícios (e poluentes ambientais) em nutrientes de culturas e pastagens e em energia sob a forma de biogás, composto em 60 por cento ou mais por metano, que pode ser utilizado tanto para alimentar carros como para produzir electricidade.

Estimei que se todos os desperdícios biológicos e do gado na Grã-Bretanha fossem tratados com digestores anaeróbicos obter-se-ia mais de metade do combustível de transporte do país [36] ( How to be Fuel and Food Rich under Climate Change , SiS 31). É verdade que os veículos precisam de um motor diferente, mas já existem carros desses no mercado, e os carros alimentados a biogás de metano têm descargas tão limpas que foram eleitos como os carros ambientais do ano em 2005.

O mais significativo de tudo é que a 'Quinta de Sonho 2' funciona totalmente sem combustíveis fósseis. Conforme diz Robert Ulanowicz, professor de teoria da ecologia, "Aposto que as pessoas ficarão surpreendidas com a rapidez com que podem baixar os níveis de dióxido de carbono na atmosfera se deixássemos de queimar combustíveis fósseis".

Por Mae-Wan Ho [*]
O original encontra-se em http://www.i-sis.org.uk/BiofuelsBiodevastationHunger.php Tradução de Margarida Ferreira.
Fonte: Aamuta
Integra da Matéria

Equilíbrio de energia e poupança de carbono desfavoráveis no seu conjunto

Os biocombustíveis são classificados, quanto à energia e ao carbono, de formas muito diversas e que não são inteiramente transparentes. Vou usar como definição de balanço energético as unidades de energia de biocombustível produzidas por cada unidade de energia consumida à partida; e como definição de poupança de carbono, a percentagem de emissões de gases com efeito de estufa poupadas por se produzir e utilizar o biocombustível em vez de produzir e utilizar a mesma quantidade de energia de combustível fóssil.

Os biocombustíveis apresentam geralmente um balanço energético pequeno ou negativo numa análise sobre um ciclo de vida, na verdade, quase sempre um balanço negativo se se fizerem as contas bem feitas [1], o que significa que a energia do biocombustível é menor do que o total da energia gasta em produzi-lo. É provável que a poupança de carbono seja igualmente desfavorável se se incluírem todos os custos.

Actualmente, a maior parte dos estudos energéticos que apresentam um equilíbrio de energia positivo inclui o conteúdo da energia dos subprodutos, tais como o resíduo de sêmea que sobra depois de ser extraído o óleo, e que pode ser utilizado para alimentação dos animais (embora, regra geral, nunca seja utilizado como tal) [7], mas esquece-se de incluir os investimentos em infra-estruturas, tais como os custos em energia e em carbono das instalações de refinaria, e as estradas e armazéns necessários para transporte e distribuição e, evidentemente, os custos de exportação para outro país. Nenhum desses estudos inclui os impactos ambientais [6]. No único caso analisado por investigadores no Flemish Institute for Technological Research, patrocinado pelo Gabinete Belga de Assuntos Científicos, Técnicos e Culturais e da Comissão Europeia, chegou-se à conclusão que [25] "o biodiesel provoca mais problemas de saúde e ambientais porque cria uma poluição mais pulverizada, liberta mais poluentes que promovem a formação de ozono, geram mais desperdício e provocam maior eutroficação". [3]

No Quadro 1 apresenta-se uma compilação das estimativas de equilíbrio de energia e de poupança em carbono. Calcula-se que o bioetanol da cana-de-açúcar no Brasil tem um equilíbrio de energia de uns incríveis 8,3 em média, e mais de 10,2 nos melhores casos; muito à frente de qualquer outro biodiesel, principalmente dos que são produzidos em regiões temperadas, cujas estimativas vão desde 2,2 até a menos de 1, um equilibro de energia negativo. A poupança de carbono do bioetanol da cana-de-açúcar brasileira entre 85 e 90 por cento, também é de longe maior do que qualquer outro biocombustível, que varia entre apenas 50 por cento a -30 por cento, i.e., a produção e utilização do biocombustível concorre com mais 30 por cento de emissões de gases com efeito de estufa do que a energia equivalente em combustíveis fósseis.

Salvo duas excepções, todas as estimativas incluem a energia nos subprodutos e excluem os custos de infra-estruturas. Nenhuma delas inclui prejuízos ambientais ou esgotamento do solo, ou custos de exportação para outro país. Como se pode ver, com a possível excepção do bioetanol da cana-de-açúcar brasileira, nenhuma das fontes bioenergéticas tem um retorno suficientemente bom para os investimentos em energia e emissões de carbono, mesmo com os melhores disfarces. Quando forem feitas contas realistas, podem todas elas vir a dar um equilíbrio de energia e uma poupança de carbono negativos.

Há características que contribuem para o relativo êxito do bioetanol da cana-de-açúcar. Para além da produtiva taxa de crescimento das culturas no Brasil tropical, a produção envolve um ciclo fechado, em que a energia para a refinaria e processo de destilação provém da queima dos resíduos da cana-de-açúcar; portanto não são necessários combustíveis fósseis. A refinação e a destilação são grandes consumidoras de energia, em especial para o bioetanol. O grande saldo positivo de energia ficaria substancialmente reduzido se fossem incluídos os custos de infra-estruturas e de exportação, embora pudesse continuar a ser positivo.

Mas mesmo com um resultado positivo em energia e carbono, há sérias dúvidas de que o bioetanol da cana-de-açúcar seja sustentável (Biofuels Republic Brazil, nesta série). Entre as principais preocupações estão os impactos ecológicos e sociais, incluindo a segurança alimentar, que são especialmente importantes num país em que os direitos humanos e o direito à terra são muito problemáticos.

Há muitas contas falsas que inflacionam as poupanças de carbono. Por exemplo, não foi tida em consideração a enorme libertação de carbono do solo orgânico provocada pela cultura intensiva da cana-de-açúcar que substitui florestas e terras de pastagem [32] nem o facto de que as florestas naturais, se fossem regeneradas, poupariam mais 7 toneladas de dióxido de carbono por hectare por ano do que o bioetanol poupa num hectare de cana-de-açúcar 33]. E esta não é a única forma de falsear a contabilização.
Por Mae-Wan Ho [*]
O original encontra-se em http://www.i-sis.org.uk/BiofuelsBiodevastationHunger.php Tradução de Margarida Ferreira.
Fonte: Aamuta
Integra da Matéria

Subidas do preço dos alimentos que são desviados para os biocombustíveis

A procura de biocombustíveis transformou as culturas alimentares tradicionais em culturas 'bioenergéticas'. Os alimentos e a energia entram agora em competição pela mesma 'matéria prima', o que se traduz num aumento substancial dos preços dos alimentos, muito acima do preço do petróleo e do gás natural que normalmente entram na produção alimentar. Em 2006, cerca de 60 por cento do total do óleo de colza produzido na UE destinou-se ao fabrico de biodiesel [20]. O preço do óleo de colza subiu 45 por cento em 2005, e depois mais 30 por cento até atingir cerca de 800 dólares por tonelada. O gigante alimentar Unilever prevê outro aumento do preço de cerca de 200 euros por tonelada para o próximo ano devido a uma procura adicional de biodiesel. Calcula-se que o custo adicional total do biodiesel para os fabricantes alimentares venha a aproximar-se dos mil euros em 2007.

Os preços dos cereais dispararam. Os preços do milho americano aumentaram mais de 50 por cento desde Setembro de 2006, e atingiram agora o preço mais alto em 10 anos de 4,77 dólares por bushel [2] . A procura americana do bioetanol fez desviar o milho da exportação, deixando desesperados os compradores de milho da Ásia [21]. Os preços mundiais do trigo também atingiram o preço mais alto em 10 anos, de 300 dólares por tonelada, em Outubro de 2006 [22], por entre os receios de uma crise de abastecimento nos próximos 12 meses se se verificar outro ano decepcionante da produção global [23]. Outra preocupação é que se venha a criar uma procura crescente de biocombustíveis a partir de outras culturas, como o trigo, o milho e a soja.

Outras preocupações ambientais

As culturas energéticas esgotam os minerais do solo e reduzem a fertilidade do solo, especialmente a longo prazo, tornando o solo impróprio para as culturas alimentares. Os desperdícios do processamento de todos os biocombustíveis têm significativos impactos negativos no ambiente, que ainda precisam de ser adequadamente avaliados e tidos em consideração. Embora alguns biodiesels possam ser mais limpos do que o diesel, há outros que não o são (ver abaixo). A queima do bioetanol gera agentes mutagénicos e carcinogénicos e aumenta os níveis de ozono na atmosfera [24] (Ethanol from Cellulose Biomass Not Sustainable nor Environmentally Benign , SIS30).
Por Mae-Wan Ho [*]
O original encontra-se em http://www.i-sis.org.uk/BiofuelsBiodevastationHunger.php Tradução de Margarida Ferreira.
Fonte: Aamuta
Integra da Matéria

Aceleração da desflorestação no Brasil, na Malásia e na Indonésia

As florestas tropicais são os mais ricos armazéns de carbono e os mais eficazes esgotos de carbono do mundo. As estimativas atingem os 418 t C/ha (toneladas de carbono por hectare) para a quantidade de carbono existente, e a 5 a 10 t C/ha cativado por ano, em que quarenta por cento é carbono orgânico no solo [14] . ( Sustainable Food System for Sustainable Development , SIS27). A quantidade de carbono existente nas florestas antigas será sempre maior e, segundo um estudo recente no sudeste da China, só nos 20 centímetros da superfície do solo dessas florestas antigas, o carbono orgânico do solo aumentou em média a um ritmo de 0,62 t C/ha por ano entre 1979 e 2003 [15]. Quando as florestas tropicais são deitadas abaixo a um ritmo de mais de 14 mil hectares por ano, libetam-se umas 5,8 toneladas de carbono para a atmosfera, das quais só uma pequena parte será retida de novo nas plantações.

A pressão adicional sobre o solo por parte das culturas energéticas acarretará uma maior desflorestação e uma maior aceleração do aquecimento global e da extinção de espécies.

Até agora já foram limpas enormes extensões da floresta do Amazonas no Brasil para o cultivo da soja destinada a alimentar a indústria da carne. Se se acrescentar a exigência do biodiesel da soja pode-se provocar a morte de toda a floresta. Simultaneamente, as plantações da cana-de-açúcar que alimentam a enorme indústria do bioetanol do país também estão a invadir o Amazonas, mas incidem sobretudo na floresta atlântica e no Cerrado, um ecossistema de savana de grande variedade, dois terços da qual já estão destruídos ou degradados [16] (Biofuels Republic Brazil, nesta série).

A pressão sobre as florestas na Malásia e na Indonésia ainda é mais devastadora. Um Relatório dos Amigos da Terra, The Oil for Ape Scandal [17] revela que, entre 1985 e 2000, o desenvolvimento das plantações de óleo de palma provocou cerca de 87 por cento de desflorestação na Malásia. Em Sumatra e em Bornéu, desapareceram 4 milhões de hectares de florestas a favor do cultivo da palma; e está prevista a limpeza de mais 6 milhões de hectares na Malásia e 16,5 milhões de hectares na Indonésia.

O óleo de palma é agora chamado o "diesel da desflorestação" [18], porque se prevê um aumento dramático da produção do óleo de palma na Indonésia e na Malásia com a febre dos biocombustíveis. Já se utiliza amplamente na indústria alimentar e cosmética o óleo de palma, que substituiu a soja como primeiro óleo comestível mundial. E como os preços do petróleo e do gás subiram até aos píncaros, o óleo de palma está a ocupar o lugar de principal cultura energética. Com produções de 5 toneladas (ou 6 000 litros) de óleo bruto por hectare por ano, o óleo de palma produz muito mais do que qualquer outra cultura oleaginosa [19]; por exemplo, a soja e o milho geram apenas 446 e 172 litros por hectare por ano.

Prevê-se que a produção actual global de óleo de palma de mais de 28 milhões de toneladas por ano duplique em 2020 [18]. A Malásia, o maior produtor e exportador mundial de óleo de palma, está a tornar obrigatório que, em 2008, o diesel venha a conter cinco por cento de óleo de palma, enquanto que a Indonésia planeia reduzir para metade o seu consumo nacional de petróleo em 2025, através da sua substituição por biocombustíveis. A Malásia e a Indonésia anunciaram um compromisso conjunto de produzirem, cada uma, 6 milhões de toneladas de óleo bruto de palma por ano para alimentar a produção dos biocombustíveis.
Por Mae-Wan Ho [*]
O original encontra-se em http://www.i-sis.org.uk/BiofuelsBiodevastationHunger.php Tradução de Margarida Ferreira.
Fonte: Aamuta
Integra da Matéria

Desflorestação, extinção de espécies e aumento do preço dos alimentos

Os biocombustíveis são más notícias, em especial para os países pobres do Terceiro Mundo. As culturas energéticas ocupam terra valiosa que podia ser utilizada para cultivo de alimentos, e a segurança alimentar está a transformar-se numa questão escaldante. A produção mundial de cereais diminuiu em seis dos últimos sete anos, colocando as reservas ao mais baixo nível de há mais de trinta anos [12] . O esgotamento crónico de aquíferos nos maiores celeiros mundiais, a seca e as temperaturas altas estão a fazer pagar o seu preço e prestes a prejudicar ainda mais a produção alimentar. A pressão sobre o solo feita pelas culturas alimentares e energéticas acelerarão certamente a desflorestação e a extinção das espécies e, simultaneamente, provocarão aumentos nos preços dos alimentos em todo o mundo, atingindo mais fortemente os países mais pobres, com maiores carências alimentares.

Não há terras que cheguem para as culturas energéticas

Os cálculos baseados no melhor dos cenários de produções irrealistas de grandes colheitas e de alto aproveitamento de biocombustíveis, desde o seu processamento até à utilização final, acabam por exigir 121 por cento de toda a terra arável dos Estados Unidos para produzir biomassa suficiente para substituir o consumo anual dos combustíveis fósseis [1].

O próprio relatório técnico da UE publicado em 2004 mostra que a meta de 5,75 por cento de substituição dos combustíveis fósseis por biocombustível exigirá pelo menos 14 a 19 por cento de terra arável para culturas energéticas [8]. Não restará nenhuma terra reservada para proteger a biodiversidade natural, que na UE é de apenas 12 por cento da terra agrícola.

Dados por satélite revelam que 40 por cento do solo do planeta já estão a ser utilizados para a agricultura [13], de cereais ou de pastagens. Não há solo que chegue para o cultivo de alimentos, quanto mais para as culturas energéticas.
Por Mae-Wan Ho [*]
O original encontra-se em http://www.i-sis.org.uk/BiofuelsBiodevastationHunger.php Tradução de Margarida Ferreira.
Fonte: Aamuta
Integra da Matéria

Diretiva de biocombustíveis da União Europeia lidera a indústria nos países do Terceiro Mundo

Em Maio de 2003 a União Europeia adoptou uma Directiva de Biocombustíveis para promover o uso de biocombustíveis nos transportes, com uma previsão de 5,75 por cento de quota de mercado em 2010, a atingir os 8 por cento em 2015 [4]. Não é provável que estas metas sejam alcançadas segundo as actuais projecções. A quota de mercado para a UE dos 25 está em 1,4 por cento; a Áustria vai à frente com 2,5 por cento, enquanto que a quota do Reino Unido é de apenas 0,2 por cento.

A Comissão Europeia vai fazer um relatório da evolução antes do fim de 2006; publicou um documento para consulta pública, consulta que terminou em Julho de 2006. Entre as questões consideradas estava a necessidade de um esquema de certificação dos biocombustíveis com base em padrões de sustentabilidade.

Os países da UE já estão a cultivar plantas para bioenergia, em especial a colza e há incentivos e reduções fiscais para os biocombustíveis em dez ou mais países [5]. É provável que as terras agrícolas 'reservadas' com o fim de proteger e conservar a biodiversidade sejam de novo utilizadas, agora para culturas energéticas [6]. ( Biodiesel Boom in Europe? SIS30).

Um relatório publicado em 2002 pelo grupo CONCAWE - a associação europeia das companhias petrolíferas para o ambiente, saúde e segurança na refinação e na distribuição - avaliou que, se os 5,6 milhões de hectares de reservas na UE dos 15 fossem todos cultivados intensivamente com plantas energéticas, pouparíamos apenas 1,3 a 1,5 por cento das emissões de transportes rodoviários, ou seja, cerca de 0,3 por cento do total de emissões desses 15 países [7]. Estas e outras estimativas igualmente pessimistas [8] estão a alimentar o crescimento das indústrias de biocombustíveis nos países do Terceiro Mundo, onde, dizem-nos agora, há muito solo "livre" para o cultivo da bioenergia. O sol brilha mais durante todo o ano, portanto as colheitas crescem mais depressa. Rendem mais e a mão-de-obra é mais barata.

Mas, no caso dos geneticamente modificados (GM), dizem-nos que não há terras suficientes, e que precisamos de cereais GM para aumentar a produção e alimentar o mundo. Até aqui, a produção das searas de GM ainda não aumentou significativamente, e os GM são esmagadoramente rejeitados em todo o mundo, principalmente nos países africanos para onde os alimentos e as rações GM estão a ser escoados como "ajuda alimentar" [9] As companhias biotécnicas já estão a anunciar as culturas GM como culturas energéticas e esperam assim menos regulamentações e uma maior aceitação pública, visto que não virão a ser usadas como alimentos ou rações. Mas isso faz com que o nosso ecossistema e as culturas alimentares fiquem amplamente expostas à contaminação das culturas GM que estão longe de ser seguras [10] . ( Making the World GM-Free & Sustainable ). O Centro de Investigação de Energia do Reino Unido, que é formado por membros de todos os conselhos de investigação do governo, já incluiu a "percepção pública e utilização de tecnologias GM para a bioenergia" no seu "Short term Research Challenge" (Concurso de Investigação a curto prazo) [11].
O original encontra-se em http://www.i-sis.org.uk/BiofuelsBiodevastationHunger.php Tradução de Margarida Ferreira.
Fonte: Aamuta
Integra da Matéria

Procura crescente dos biocombustíveis

A procura de biocombustíveis tem vindo a aumentar à medida que o mundo começa a ter falta de combustíveis fósseis. Os preços do petróleo e do gás dispararam nos últimos anos, enquanto que a pressão para reduzir as emissões de CO2 a fim de reduzir o aquecimento global [1] aponta cada vez mais para que os biocombustíveis sejam uma das principais soluções. George W. Bush propôs os biocombustíveis para curar a dependência do país em relação ao petróleo [1] . Foi acenada uma "visão de mil milhões de toneladas" [2] para disponibilizar 1,3 mil milhões de toneladas de biomassa seca para a indústria dos biocombustíveis em meados deste século, que fornecerão 30 por cento da utilização de combustíveis dos EUA, se tudo correr bem, como seja um aumento de cinquenta por cento das colheitas. Tony Blair inaugurou no fim de Junho de 2006 [3] a Biofuels Corporation, plc, a primeira instalação de processamento de biocombustível, de 250 000 toneladas, no Reino Unido que vai utilizar óleo de castor e óleo de palma importados assim como óleo de semente de colza de produção interna para fabricar biocombustível. Mas o Reino Unido mantém-se muito atrás de outros países da União Europeia na utilização de biocombustíveis.
Fonte: Aamuta
Integra da Matéria

Os biocombustíveis não são obrigatoriamente neutros em carbono nem sustentáveis

Os biocombustíveis são combustíveis derivados de plantas e incluem a biomassa queimada directamente, principalmente o biodiesel a partir das oleaginosas, e o bioetanol de cereais, seivas, ervas ou madeira fermentados [1] ( Biofuels for Oil Addicts , SIS 30). Os biocombustíveis têm sido propagandeados e considerados erradamente como 'neutros em carbono', não contribuindo para o efeito de estufa da atmosfera; quando são queimados, o dióxido de carbono que as plantas absorvem quando se desenvolvem nos campos é devolvido à atmosfera. Ignoram-se assim os custos das emissões de CO2 e da energia de fertilizantes e pesticidas utilizados para melhorar as colheitas, dos utensílios agrícolas, do processamento e refinação, das refinarias, do transporte e das infra-estruturas para transporte e distribuição. Os custos extra da energia e das emissões de carbono podem ser bastante significativos principalmente se os biocombustíveis forem feitos num país e exportados para outro, ou pior ainda, se as matérias-primas como as oleaginosas, forem produzidas num país e vierem a ser refinadas noutro. O que é muito provável acontecer, se continuarem as tendências actuais.
Fonte: Aamuta
Integra da Matéria

Biocombustíveis: Biodevastação, fome e falsos créditos de carbono

A avidez da Europa pelos biocombustíveis está a provocar a desflorestação e a subida dos preços dos alimentos, exacerbada por um falso sistema de contabilidade que atribui méritos de redução das emissões de CO2 às nações que desperdiçam o CO2. Torna-se necessário um esquema de certificação obrigatória dos biocombustíveis para proteger os ecossistemas florestais mais sensíveis, para estabilizar o clima e para salvaguardar a protecção da nossa alimentação.
A versão totalmente referenciada deste artigo está publicada no sítio web dos membros do ISIS (Institute of Science in Society).
Fonte: Amauta
Integra da Matéria

Roraima terá usina de biocombustível

Uma planta considerada por muitos agricultores como “praga”, por ser invasora de pastagens, poderá ajudar na geração de energia elétrica para comunidades isoladas da Amazônia. Trata-se do inajá, de nome científico Maximiliana maripa (Aublet) Drude, uma palmeira da Amazônia que terá seu óleo aproveitado para operação em uma usina de biocombustível para geração de energia, que será implantada em Roraima em março de 2007.

A usina será implantada como resultado de uma parceria entre a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e o Instituto Militar de Engenharia (IME). A ação faz parte de um projeto piloto do IME para geração de energia com oleaginosas da Amazônia em comunidades isoladas de fronteira, que conta com recursos da Finep e Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Inicialmente a usina vai operar com óleo in natura de inajá, mas é possível que se façam testes com óleos in natura de outras plantas.

A princípio, a produção prevista para a usina de biocombustível em Roraima será de quatro mil litros de óleo refinado, por mês, o suficiente para atender uma comunidade de até quarenta famílias. A usina será instalada no Campo Experimental Serra da Prata, da Embrapa Roraima, em Mucajaí.

A usina é composta por dois módulos. Um serve para extração de óleo e está sendo fabricado em São Paulo. O outro módulo, projetado pelo IME, é para o refino do óleo e virá do Rio de Janeiro. Durante os meses de janeiro e fevereiro serão encaminhadas as providências para transporte e montagem da usina que entra em operação no mês de março, segundo previsão do IME.

Um dos fatores para Roraima ter sido escolhido para o projeto piloto para comunidades de fronteira foi, além da localização geográfica, a atuação da Embrapa na pesquisa com oleaginosas potenciais para biocombustíveis.
Fonte: FolhaWeb

Petrobras no RN terá terceira fabrica de biodiesel

As metas da Petrobras para os próximos cinco anos no Rio Grande do Norte se resumem na palavra crescimento. Embora sem novidades sobre o projeto, o gerente geral da Unidade de Exploração e Produção do RN e Ceará (UN-RNCE), Fernando Lima, reforçou ontem, após reunião com o governo, que o pólo petroquímico com possível produção de PVC e uma terceira fábrica de biodiesel poderão ser implantados no estado como forma de incrementar o ‘‘mix’’ produzido em sólo potiguar. De concreto, a estatal anunciou que vai investir R$ 2,6 bilhões no RN em 2007, R$ 800 milhões a mais que neste ano, principalmente em novos projetos para aumentar a produção de gás e petróleo.

Ao todo serão R$ 3,2 bilhões destinados à unidade que também engloba o Ceará. Por ser o maior produtor, o RN concentrará a maior parte do orçamento.
Fonte: Diário de Natal

Projeto prevê o uso de transgênico para o biodiesl

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) acaba de apresentar o parecer sobre a Medida Provisória 327/06, que permite o cultivo de transgênicos em zonas de amortecimento de unidades de conservação e em áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade. Em seu projeto de lei de conversão, Pimenta autoriza a comercialização de algodão transgênico plantado sem autorização, desde que o caroço seja destruído ou usado para fazer biodiesel. Ele também diminuiu o quorum necessário para as deliberações da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTN-Bio), que passou de 2/3 de seus integrantes para maioria absoluta (8 de seus 14 integrantes).

Fonte: Jornal Umuarama Ilustrado

Agronegócio tem balanço positivo em TO

O governador-eleito do Tocantins, Marcelo Miranda, reuniu a imprensa tocantinense na manhã desta quarta-feira, no auditório do Hotel Rio Sono, na Capital, para um balanço dos seus primeiros quatro anos de governo. De acordo com ele, houve avanços em todos os setores e se algum projeto prometido para esta gestão ficou sem ser realizado, isto se deve a ciscustâncias alheias à sua vontade, "mas que nos próximos quatro anos, nós os resgataremos", disse ele.

Na área de agronegócios, o balanço, ainda de acordo com Miranda, é altamente positivo, não obstante a crise que afetou o setor em todo o Brasil. "Foram mais de 300 mil empregos gerados na agricultura familiar e empresarial".

O Governador relatou ainda que o Tocantins também tem atraído investidores para a produção de biodiesel, tendo como matérias-prima, a mamona, o pinhão-manso, o babaçú, entre outros. Como exemplo, ele citou a empresa Brasil Ecodiesel que está concluindo uma planta industrial no município de Porto Nacional e pequenas usinas de produção de etanol, a partir da batata-doce, fruto de pesquisas desenvolvidas pela Universidade Federal do Tocantins, em parceria com o Instituto Ecológica (ONG tocantinense) e a Secretaria de Agricultura do Estado.
Fonte: A Notícia

Sefaz-MT recupera R$ 160 milhões em 2006 com segmento de combustíveis

O segmento de Combustíveis da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) encerra o ano com diversas inovações na gestão fazendária. As ações fiscais, em sua grande maioria, foram preventivas, a fim de evitar e coibir a sonegação de impostos.

Em 2006, o segmento realizou 74 notificações/autos de infração no valor de R$ 128,7 milhões e 67 Termos de Intimações, no valor de R$ 23,1 milhões, e outros R$ 7,5 milhões foram resgatados junto à Diretoria Executiva de Administração Tributária (DEAT/Combustível/SP), referente a notas fiscais não apresentadas no Sistema Eletrônico de Informações (SCANC), o que somou cerca de R$ 160 milhões.

Com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) o segmento de Combustíveis realizou diversas operações junto aos produtores de Biodiesel, bem como junto aos postos revendedores de combustível, analisando a qualidade dos produtos e zelando pela regularidade fiscal das operações.

A sociedade também foi beneficiada com as ações fiscais, pois em outra operação foram colocados lacres nos encerrantes das bombas de combustíveis para evitar adulterações e compra de produtos sem procedência.
Fonte: Fonte SECOM-TO

Governador do TO quer o estado produzindo 2% do biodiesel nacional

Democratizar os serviços públicos oferecidos a toda população tocantinense. Essa foi uma das principais marcas dos quatro primeiros anos do governo Marcelo Miranda (2003-2006). Com uma visão municipalista, o governo valorizou o ser humano por meio de políticas públicas de grande alcance social e de modo a atender a todos, indistintamente. Conquistas que só foram possíveis graças ao empenho de cada órgão do governo em cumprir com seus objetivos.

Agora o Estado inicia uma nova etapa na economia estadual: a industrialização. O governo ofereceu incentivos fiscais a mais de 150 empresas através dos programas Proindústria e Prosperar.

O Biodíesel é um destaque nesta área. Mais de 300 famílias já produzem mamonas na região de Porto Nacional. Outros 6.800 produtores de todas as regiões do Estado já se cadastraram junto a Seagro, interessados em produzir a oleaginosa.

O início do funcionamento da Brasil Ecodíesel, empresa responsável pela produção do biodiesel, está prevista para julho de 2007, com capacidade de produzir 90 mil litros por dia. Ao todo, o empreendimento deve gerar mais de 40 mil postos de empregos de trabalho. O Tocantins faz parte do Programa Nacional de Biodiesel desde novembro de 2005. Até janeiro de 2008, o Estado deverá produzir 2% do biodiesel nacional.
Fonte: A Notícia

Cadidato a ATM-TO defende incentivo à produção de biodiesel

O prefeito de Alvorada, José George Wached Neto (PMDB), está enviando mala-direta a todos os prefeitos do Estado pedindo apoio para sua candidatura a presidente da Associação Tocantinense dos Municípios (ATM). Assessores de Wached garantem que ele já conta com o apoio de 64% de seus colegas prefeitos.
Como ente representativo de cada município, a ATM atuará de maneira cooperada com o governo do Estado, a fim de colaborar com propostas e participar de debates públicos de temas relevantes, tais como a Ferrovia Norte Sul, a hidrovia Tocantins-Araguaia e incentivo à produção do biodiesel.
Fonte: A Notícia

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Big Mac vira biodiesel

A produtora de biodiesel alemã Petrotec afirmou nesta quinta-feira que assinou um acordo para construir uma fábrica de biodiesel com capacidade anual de 100 mil toneladas utilizando óleo vegetal que sobra das frituras.

Recentemente, a Petrotec ampliou um contrato para importar as sobras de óleo usado nas frituras da rede de Mc Donald's da França.

Em 2006, a empresa importou cerca de 5,8 mil toneladas desse material usado nas operações francesas do Mc Donald's.

Nesta quinta-feira, a Petrotec também declarou que fechou um acordo com uma empresa alemã de fast food não citada nominalmente para coletar óleo usado de frituras de cerca de 260 restaurantes da rede.

A Petrotec informou ainda que assinou um contrato para construir a fábrica no porto de Emden e espera completá-la em 2007 a um custo de aproximadamente 15 milhões de euros.

Atualmente a empresa produz cerca de 85 mil toneladas de biodiesel por ano utilizando óleo vegetal usado de frituras, que, de acordo com regras da União Européia, não pode mais ser destinado à ração animal.

"Logisticamente falando, Emden é uma base ideal para exportar biodiesel para a Grã-Bretanha, para os países da Escandinávia e Estados Unidos", disse a empresa.

"Sobras de óleos importados de mercados estrangeiros podem ser desembarcadas no píer e colocadas diretamente no sistema de produção de biodiesel."
Fonte: Reuters

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Soja tem cenário melhor em 2007

A recuperação dos preços internacionais dos grãos e as condições climáticas favoráveis no Brasil indicam um cenário mais positivo para o mercado de soja em 2007, após dois anos de crise, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Carlo Lovatelli.

Outro fator positivo para o setor é o desenvolvimento do mercado de biodiesel. Segundo a Abiove, pela primeira vez na história, o produto deve impactar o mercado da oleaginosa.

A Abiove estima que o biodiesel provocará uma demanda adicional de pelo menos 250 mil toneladas de óleo de soja na próxima temporada.

Com isso, a demanda pelo produto, que teve crescimento apenas vegetativo nos últimos anos, deve crescer 300 mil toneladas sobre o ano anterior, para 3,5 milhões.

Agricultores do RS se dedicam a produção de biodiesel

Muitos produtores taquarienses estão interessados em culturas de matéria-prima para a produção de biodiesel. Mamona, girassol, soja e canola são alguns dos vegetais que podem ser utilizados na fabricação do combustível natural. Na localidade de Amoras há um hectare de plantação de girassol. A lavoura serve como experiência para verificar se a cultura é viável aos produtores do município. O projeto é uma parceria entre Administração de Taquari, Emater-RS/Ascar, Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e Unisc. O projeto também é desenvolvido em outros 21 municípios da região. Na semana passada, representantes de diferentes localidades, com interesse na cultura da flor, visitaram a plantação em Amoras. Os girassóis foram plantados em 9 de outubro e já estão florescendo. As sementes serão processadas pela Afubra e Unisc, que extrairão o composto usado para a fabricação do biodiesel.
Fonte: RSCOM

UE amplia para novos membros programa de biocombustíveis

Ministros da Agricultura da União Européia (UE) concordaram hoje em ampliar o programa que incentiva a produção de biocombustíveis a fim de incluir os novos membros do bloco. Isso significa que Bulgária, República Tcheca, Estônia, Chipre, Letônia, Lituânia, Hungria, Malta, Polônia, Romênia, Eslováquia e Eslovênia vão receber 45 euros por hectare que for destinado à produção de oleaginosas e beterraba, produtos que são usados na produção de energia renovável.

Boel sublinhou que o aumento da produção de biocombustíveis, como etanol e biodiesel, deve diminuir a dependência da Europa da importação de petróleo, além de reduzir as emissões de gás e proporcionar aos agricultores novas oportunidades de negócio. As informações são da Dow Jones.
Fonte:

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Audi R10 terá motor a biodiesel

A Audi anunciou que, a partir de 2008, seu protótipo R10 usará um novo combustível da Shell, o BTL (Biomass to Liquid). Trata-se de uma versão avançada do biodiesel, fonte renovável obtida a partir de vegetais. Este é adicionado ao diesel convencional, utilizado no protótipo com o qual a Audi disputa a tradicional 24 Horas de Le Mans (França). O BLT reduz as emissões de poluentes provenientes da queima de combustível no motor.

Esta não é a primeira vez que um modelo movido a biodiesel compete na tradicional corrida. O Lola B2K já usou não apenas biodiesel, mas também etanol. Porém, diferente do modelo pioneiro, o R10 tem reais chances de vencer. Segundo a Audi, o protótipo será um laboratório para desenvolvimento de tecnologia que permita incorporação do BLT aos modelos de série da marca. Na 24 Horas de Le Mans de 2007, o R10 ainda será alimentado por diesel convencional.
Fonte: CARSALE

Brasil exporta tecnologia em biodiesel

Brasil em Gana
Representantes do governo de Gana e do consórcio londrinense Orplase e Ciclos Engenharia firmaram na sexta-feira (15-12) protocolo de intenções para a implantação e desenvolvimento do projeto de agroenergia. O plano de negócios apresentado ao país africano prevê a construção, em 10 anos, de até 30 usinas de açúcar e álcool carburante e outras 30 unidades para produção de biodiesel. O orçamento é de US$ 150 milhões por usina construída. A intenção do governo de Gana é reduzir a dependência de petróleo, uma vez que todo o produto consumido é importado

Brasil nos EUA

A Incobrasa, empresa controlada pelo empresário gaúcho Renato Bastos Ribeiro, deverá inaugurar em janeiro uma planta de biodiesel em Illinois, nos Estados Unidos. É primeiro investimento de uma empresa de capital nacional neste segmento no mercado americano. A companhia também foi pioneira - e até agora a única do país - a investir em uma esmagadora de soja nos EUA.

A esmagadora de soja da Incobrasa está em operação em Illinois desde 1997, quando Ribeiro decidiu vender suas operações com soja no Brasil e jogar suas fichas nos Estados Unidos - mercado dominado pelas gigantes ADM, Bunge e Cargill, conhecidas no segmento como "ABC".

O investimento na unidade de biodiesel chega a cerca de US$ 12 milhões, segundo Douglas Santos, gerente de compra e venda da Incobrasa. Baseado nos EUA, o executivo informou que a unidade deverá entrar em operação logo na primeira semana de janeiro.

A planta foi construída anexa à esmagadora de soja, localizada na cidade de Gilman. Esta unidade processa atualmente 2 mil toneladas de soja por dia. Desse total, 60% serão destinados à produção de biodiesel a partir do mês que vem. Nos últimos meses, a planta operou com capacidade ociosa, e foi por isso que Ribeiro optou por diversificar as atividades da indústria, de acordo com Santos.

Do Zoonews

RS pode se tornar auto-suficiente na produção de álcool devido o biodiesel

O Rio Grande do Sul, futuramente, pode se tornar auto-suficiente na produção do álcool. A previsão é do coordenador da Agência Local de Desenvolvimento de São Borja, José Francisco Rangel. Ele ressalta que o Estado ainda importa 20% do que consome, mas que, em função do programa de biodiesel, as áreas pantadas com cana-de-açúcar devem quadriplicar na região. A Fepagro, inclusive, está montando uma unidade de pesquisa no município.

Redação
Fonte: Correio do Povo
Do Zoonews

Falta de investimento faz país ganhar menos com o biodiesel

A lei brasileira de combustíveis determina que todo o óleo diesel consumido no país seja composto por uma mistura de 2% de biodiesel e 98% de diesel de petróleo até 2008. A mesma lei impõe que o percentual da mistura seja de no mínimo 5%, até 2013.

Com o mix, o Brasil deve economizar, com base em números de 2005, ao menos 800 milhões de litros de diesel por ano, o que significa 13% dos cerca de 6 bilhões de litros importados anualmente em média pelo país. Em reais, a economia será de R$ 900 milhões.

Os números, embora positivos, são criticados pelo mercado, pois o índice de biodiesel que poderia ser adicionado ao diesel comum sem causar perda de desempenho é de 20%.

Se aplicado, o percentual geraria economia de 8 bilhões de litros de diesel. Assim, o país poderia alcançar a auto-suficiência na produção e até exportar o produto. Não o faz por deficiências na produção.

“Em termos de viabilidade, no cenário macroeconômico, a disponibilidade de biodiesel no Brasil é insuficiente para saltos maiores”, disse Celso Freitas, engenheiro especialista.

Ele ressalta que, embora a iniciativa seja correta, a velocidade na implementação – e nos investimentos – deveria ser maior. “É um investimento de médio a longo prazo. Poderia ser mais rápido”, afirmou.

Eduardo Schiavoni
Fonte: Bom Dia - Sorocaba
Do Zoonews

Grupo Activos instalará plantas de biodiesel em Portugal, Brasil e Uruguai

A companhia catalã Grupo Activos prevê instalar plantas de biodiesel em Portugal, Brasil e Uruguai, assim como ampliar em 8.000 toneladas anuais a sua capacidade de produção na planta de Almadén (Cidade Real).

Segundo o informe divulgado hoje pelo Grupo Activos, após ter colocado em funcionamento sua primeira planta em Almadén no mês de fevereiro passado, o Grupo decidiu ampliar sua capacidade de produção para até 32.000 toneladas ao ano "depois do êxito e a boa acolhida" que o Biodiesel B 100 Puro tem tido entre os consumidores em estações de serviços, frotas de transportes e distribuidoras de combustíveis.

O diretor geral do Grupo activos, José Enrique Alarcón, afirmou que a companhia chegou a um acordo com seu sócio estratégico austríaco Biodiesel Technologies HmbH para instalar uma unidade de produção adicional na planta de Almadén que abrirá a possibilidade de reforçar o abastecimento em zonas onde o grupo projeta construir mais seis plantas no prazo de ano.

A companhia, integrada por BCN Business Angels, Biodiesel Technologies e um grupo de empresários, fechou acordos para instalar plantas de biodiesel em Portugal, Brasil e Uruguai, com a colaboração de vários sócios estratégicos da indústria alimentícia e petrolífera.
Fonte: Terra - Espanha

Plantio de Dendê para biodiesel na Malasia mata Orangotangos

Pelo menos mil orangotangos foram mortos em incêndios florestais na Indonésia nesta primavera, acelerando a marcha da espécie para a extinção na natureza em uma década.
Ambientalistas dizem que os incêndios -que foram os piores da última década- foram feitos de propósito para "limpar" a floresta para plantações de dendê. Ironicamente, o óleo de dendê é usado para biodiesel.
Fonte:

Biodiesel incentiva vegetarianismo

A soja esgotará a fronteira agrícola e será aplicada ao biodiesel. A ração animal encarecerá. O consumo de carne decairá, um novo vegetarianismo avançará como prática e ideologia. Novos vegetais surgirão do aperfeiçoamento genético. "Foie gras" e caças serão proscritos como o cigarro.

Fonte:

Estudo mostra que Brasil pode ser líder mundial em biocombustíveis

A demanda por fontes de energia alternativas ao petróleo abre amplas possibilidades para o Brasil, que graças a uma conjugação de fatores climáticos e naturais tem potencial para se tornar líder mundial na produção de biocombustíveis.

Essa é a conclusão de um estudo feito pelo grupo de Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A pesquisa foi apresentada ao Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República na última segunda-feira (11) e deve subsidiar as decisões de governo sobre a política energética de longo prazo.

Fonte de energia renovável, o biocombustível é produzido a partir de produtos agrícolas como cana-de-açúcar, plantas oleaginosas (mamona, girassol, milho, soja e amendoim, entre outras), biomassa florestal e outras fontes de matéria orgânica. Pode ser usado isoladamente ou adicionado a combustíveis convencionais, a exemplo do diesel, do etanol, do metanol, do metano e do carvão vegetal.

Para o economista Helder Queiroz Junior, o Brasil reúne vantagens competitivas na produção de álcool graças à experiência acumulada nos últimos 30 anos. E caminha no mesmo sentido em relação ao biodiesel. Além de condições climáticas favoráveis à produção das principais oleaginosas empregadas como matéria-prima, ele diz que o país tem um amplo território cultivável, que pode vir a ser explorado caso a produção se torne economicamente vantajosa.

Embora otimista em relação aos biocombustíveis, Queiroz alerta que o Brasil deve continuar pesquisando outras alternativas, já que o futuro das novas tecnologias ainda é incerto. "Há um leque de opções, umas vão vingar, outras não. No caso brasileiro, o álcool tem uma vantagem muito grande em relação a qualquer alternativa, afinal, temos 30 anos de experiência acumulada. Em relação aos demais, ainda não sabemos o que dará certo", ponderou.

O economista ressalta, ainda, a questão do modelo a ser adotado na produção de biocombustíveis. "Há uma controvérsia sobre a concorrência entre as diferentes oleaginosas e os diferentes modelos de negócios", observa. "Se formos pela agricultura familiar, é um tipo de escolha. Se optarmos pela produção do biodiesel a partir da soja, então vamos pelo agronegócio. São coisas diferentes e que têm algumas dificuldades para conviver".

De acordo com ele, o estudo desenvolvido pelo grupo da UFRJ não tem intenção de indicar qual a melhor opção de negócio, inclusive poruqe ainda há incertezas sobre a produção. "No caso da soja, há a vantagem de partirmos de uma escala já montada e muito grande. Mas as outras oleaginosas também têm potencial. Ainda é preciso fazer mais estudos, inclusive para sabermos até onde podem chegar os ganhos de produtividade de cada opção".
Fonte:
Do Eco Press

Biodiesel de porco

Uma granja de suínos de São Paulo está conseguindo tirar o máximo proveito da criação. Tudo é reaproveitado e uma novidade está chamando a atenção: a produção de biodiesel a partir da banha de porco.

Numa fazenda em Caconde toda a energia usada é produzida no próprio local. O processo começa com a limpeza diária das granjas.

A água suja que antes ia para a nascente agora vai por canos até os biodigestores, onde os dejetos são transformados em gás metano e biofertilizante.

“Dentro do biodigestor tem uma bactéria que digere a matéria sólida e sobra só o líquido e o biofertilizante”, explica o criador João Paulo Muniz.

O biofertilizante é levado para as culturas. Por dia são jogados 12 mil litros de biofertilizante nos 75 hectares de café e 90 de milho. Com isso, a economia de adubo na propriedade chega a 50%.

Já o gás metano segue para a casa de máquinas, onde é sugado pelo compressor e transformado em energia elétrica pelo gerador. O aconchego da maternidade, a iluminação das casas, o aquecimento da comida, tudo com a energia vinda dos porcos.

“No momento estamos produzindo 50% da energia da fazenda”, conta João.

O que sobra do abate, gordura e barrigada, é moído e depois derretido. O resultado é um líquido escuro. A curiosidade de João ganhou força com a técnica do amigo Delvá Poli, químico aposentado. Ele ajudou a desenvolver um novo combustível e explica como ocorre a etapa mais importante do processo:

“Nós vamos colocar álcool e na presença de um catalisador, tipo soda cáustica, esse álcool vai tirar a glicerina da cadeia carbônica do óleo”.

Com a reação química, a glicerina fica no fundo e é retirada. Depois de batida, recebe corante e está pronta para ser usada como sabão.

O líquido que ficou na parte de cima do caldeirão é biodiesel puro e já pode ir direto para o tanque. Faz oito meses que João não precisa ir ao posto de combustível. Os veículos agora só rodam com biodiesel. Por semana são produzidos 400 litros, o suficiente para dar conta de toda a demanda da propriedade.

A tecnologia pioneira fez mudar até a maneira de calcular o consumo.

“Agora se conta a quilometragem por quilo de banha”, comenta o agricultor.

Outra vantagem do biodiesel de porco é que ele causa menos danos ao meio ambiente porque não tem enxofre, que, liberado na atmosfera, ajuda a provocar a chuva ácida e o efeito estufa.

Fonte: Globo Rural - Rede Globo
Agência de Notícia UDOP

Estados da Amazônia Lega querem programa único para biocombustível

Os nove estados que compõem a Amazônia Legal estão articulando entre si a ampliação das relações econômicas e mais especificamente o desenvolvimento de um programa de produção e distribuição de biocombustível na região. A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), que participou ontem de encontro sobre o tema em Manaus, defende que as instituições locais – tanto governamentais quanto privadas – devam elaborar um programa único no sentido de somar esforços em prol do crescimento da agroindústria maranhense.

A agropecuária ocupa 13 milhões de hectares e os principais produtos são soja, milho, arroz, algodão, mandioca e banana. As ações regionais para produção e distribuição de combustível limpo, segundo o debate ocorrido no I Encontro Amazônico do Biocombustível, terão como ponto de partida o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNLP), do Governo Federal.
Fonte: Estado do Maranhão
Da Agência de Notícia UDOP

Biodiesel favorecido com preço atual do petróleo

Manutenção do petróleo entre US$ 40 e US$ 80 é cenário ideal para que o Brasil invista na produção de biocombustíveis, aponta estudo.

Se o preço do petróleo permanecer nos patamares atuais ao longo dos próximos anos, o Brasil terá o cenário ideal para investir na produção de etanol e biodiesel e faturar com a exportação desses combustíveis. A conclusão é de um estudo encomendado pelo NAE (Núcleo de Assuntos Estratégicos, ligado à Presidência da República), que aponta que os biocombustíveis serão economicamente viáveis se o petróleo continuar acima de US$ 40 por barril.

O trabalho, coordenado pelo economista Helder Pinto Júnior, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), será usado pelo governo federal para definir as políticas voltadas à produção de etanol e biodiesel. A pesquisa faz parte de uma série de avaliações feitas pelo NAE através do Projeto Brasil 3 Tempos, que traça perspectivas para o país para 2007, 2015 e 2022.

O estudo do professor da UFRJ analisa a viabilidade econômica dos biocombustíveis a partir de três projeções do preço do barril do petróleo para 2022: abaixo de US$ 40; entre US$ 40 e US$ 80; e acima de US$ 80. “Com recente a alta do petróleo — que aumentou de US$ 23, US$ 24 por barril, em 2003, para US$ 60 —, todos os países perceberam a necessidade de rever suas matrizes energéticas, de implantar uma matriz menos dependente do petróleo. Mas a transição dessa matriz está diretamente relacionada ao custo. Por isso foi usado o preço do petróleo nas projeções”, explica o economista.

No primeiro cenário projetado, com o petróleo abaixo de US$ 40 por barril em 2022, essa transição para uma matriz energética mais limpa seria postergada, de acordo com o estudo. A esse preço, a implantação dos biocombustíveis dependeria de subsídios governamentais, “o que não faz o menor sentido”, afirma o professor. “Não dá para deixar de investir em saúde e educação para aplicar o dinheiro em um recurso que vai beneficiar os 15% da população de maior renda. A não ser que haja restrições ambientais, nesse caso a transição levaria mais tempo”, completa.

A segunda projeção é a melhor para o Brasil, com o preço do barril oscilando entre US$ 40 e US$ 80. Nesse caso, haveria uma tendência de os países usarem o álcool e o biodiesel como alternativas aos derivados de petróleo, inclusive importando esses combustíveis. “Com esse cenário, o Brasil teria uma grande oportunidade para se tornar o líder mundial na produção de biocombustíveis. No álcool, nenhum país tem a experiência brasileira, mais de 30 anos produzindo. A produtividade do interior paulista é imbatível. O Brasil tem vocação para assumir essa liderança”, afirma.

O terceiro cenário, com o preço acima de US$ 80 por barril, também favoreceria o Brasil, mas criaria um risco. O alto custo do petróleo poderia desencadear uma corrida tecnológica nos países pelos chamados biocombustíveis de segunda geração — produzidos a partir de resíduos de celulose, como palha ou bagaço de cana —, o que reduziria o mercado para o álcool e o biodiesel brasileiros.

Mas, independentemente dos rumos do preço do petróleo, o Brasil precisa começar agora a planejar as políticas estratégicas para os biocombustíveis, afirma o economista. “Temos que estar preparados para quando o mercado dos biocombuistíveis explodir. Temos uma janela enorme escancarada e não podemos deixar passar a oportunidade”, destaca.

Fonte: Agência Envolverde
Agência de Notícia UDOP

Agrenco investirá R$ 130 mi em usina de biodiesel no MT

O presidente da Agrenco, Antônio Iafelice, se reuniu nesta terça-feira (12/12) com o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, para anunciar o investimento de 130 milhões de reais para a construção de um complexo industrial no Estado para a produção de energia e biodiesel. O município de Alto Araguaia foi escolhido para receber o projeto, que terá os mesmos incentivos fiscais de outras indústrias, dentro do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial do Estado de Mato Grosso (Prodeic). "Já escolhemos o terreno, fizemos com a ferrovia para passar pela nossa unidade e tivemos a garantia do governador da isonomia tarifária em relação a outras indústrias", disse Iafelice à Agência Estado, ao retornar de Cuiabá.

De acordo com o executivo, a ordem para a fabricação dos equipamentos já foi dada e o complexo iniciará a fase de testes em dezembro de 2007 para atingir a capacidade máxima de produção em 2008. A indústria terá capacidade anual de esmagamento de 900.000 toneladas de soja (gerando farelo, óleo e lecitina), para produzir 165.000 toneladas de biodiesel (usando inicialmente a oleaginosa soja) por ano e gerar 189.000 MW (MegaWatt) de energia elétrica. "Produziremos o biodiesel dentro dos padrões americanos e europeus. Isso significa que nosso produto terá condições de substituir o diesel convencional (terá o mesmo poder energético) e com a vantagem de ser menos poluente. É o chamado B100", afirma Iafelice.
Fonte: Portal EXAME
Do

Agricultura analisa incentivo à produção de biodiesel

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento Desenvolvimento Rural poderá votar na quarta-feira (20) o Projeto de Lei 5690/05, do deputado Betinho Rosado (PFL-RN), que encarrega as regiões Norte e Nordeste da fabricação de 20% da produção mínima de biodiesel exigida no País. O texto determina ainda que a produção do combustível seja feita a partir de matérias-primas geradas pela agricultura familiar.

Apensado a esse projeto está o PL 6220/05, do deputado Rubens Otoni (PT-GO), que apresenta proposição semelhante para beneficiar o Centro-Oeste. Os textos alteram a Lei 11097/05. A legislação em vigor fixa em 5% a porcentagem mínima obrigatória de adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final, em qualquer parte do Brasil.

O deputado Osvaldo Coelho (PFL-PE), relator da proposta, é favorável aos dois projetos, com substitutivo. Ele sugere algumas alterações de redação e também retira do texto a obrigação de que o volume mínimo de biodiesel tratado seja proveniente de produtos da agricultura familiar. A medida, explica o relator, tem o objetivo de flexibilizar a origem do produto.

Em relação ao projeto de Rubens Otoni, Osvaldo Coelho reduz de 25% para 10% o volume mínimo de biodiesel a ser adicionado ao óleo diesel com procedência do Centro-Oeste. "Levo em conta que a realidade econômica e social do Centro-Oeste diverge substancialmente do quadro de carências do Norte e Nordeste", afirma o relator.
Fonte: Paraná On Line

Prodeic garante investimentos no Mato Grosso

Depois de perder grandes empreendimentos para estados vizinhos, como a Kepler Weber para Mato Grosso do Sul e as fábricas da Schincariol e da Perdigão para Goiás, o governo do Estado, em 2003, criou um programa que visa minimizar os impactos negativos da alta carga tributária sobre um Estado com baixo consumo interno – se comparado ao consumo dos grandes centros do Sul e Sudeste brasileiros – e logística desfavorável.

“O Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), foi elaborado para gerar competitividade a Mato Grosso, frente aos outros estados brasileiros, principalmente do Centro-Oeste, como também, para dar competitividade às empresas que optarem por Mato Grosso”, aponta o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan.

A CRISE – Os piores anos para economia estadual, 2005 e 2006, por conta da falta de renda no campo, foram avaliados pelos dois gestores como um período de oportunidades. “Se por um lado empresas ligadas aos implementos agrícolas adiaram seus planos de investimento para Mato Grosso, a cana-de-açúcar, por meio da produção de álcool e açúcar e outras oleaginosas como soja e mamona aumentaram o potencial de diversificação da agroindústria estadual, por meio da produção de biodiesel”, completa Epaminondas. Já Furlan é cético ao afirmar que muitos investimentos ligados ao agronegócio, “foram adiados e não cancelados”.

Em matéria de diversificação, o secretário adjunto de Desenvolvimento observa que somente em 2006 o Estado recebeu investimentos de cerca de R$ 500 milhões na geração de energia.
Fonte: Diário de Cuiabá

Termelétrica no Amazonas usará biodiesel

A termelétrica inaugurada no Amazonas deverá cobrir 10% da necessidade de Manaus e é a quarta de cinco do mesmo porte, sendo que a última deve ser inaugurada em um ano, cada uma com capacidade de gerar 65 megawatts. A termelétrica poderá trabalhar com diesel, biodiesel e o gás que deverá ser trazido para Manaus por meio do Gasoduto Coari-Manaus, com previsão de inauguração para 2008.
Fonte: JC On Line

Da crise nasce o biodiesel caipira

Em 2005 estourou a crise no agronegócio, provocada por uma série de razões. Mas o dólar foi a principal causa e depois dele seguiram-se outras. No começo de 2006 as expectativas eram de absoluta falência da economia mato-grossense.

Porém, aqui entra uma característica extremamente positiva em Mato Grosso: a capacidade de empreender. Os produtores sofreram grandes quebras. Muitos faliram e perderam as suas terras. Outros salvaram-se arranhados. E um pequeno grupo mais preparado acabou ganhando dinheiro.

Do mesmo modo, esperava-se que o plantio de soja e de algodão na safra de 2006/2007 fosse um fiasco. Não foi. Deverá registrar um decréscimo de 1 milhão de hectares, correspondentes a 20 por cento.

Mas o que chama mesmo a atenção não é só a recuperação da crise. É a capacidade inventiva do produtor. O óleo diesel, que custava US$ 0,70 em 2004, pulou para US$ 1 em 2005. Isso refletiu no custo de produção tanto nos fretes que subiram um absurdo, como no plantio e colheita. O custo do diesel para um hectare na safra 2001/02 era de US$ 17,5. Em 2002/03 foi de US$ 25,5, em 2003/04 foi de US$ 30,5 e em 2005/06 chegou a US$ 45.

O produtor inventou o chamado “biodiesel caipira”. Cada um inventou o seu. Todos esmagaram a soja que estava sobrando nos armazéns e misturaram com óleo diesel, outros com álcool e muitos colocaram bruto nos tanques dos tratores. Fizeram as contas e concluíram que o desgaste do motor seria mais barato do que o preço do óleo diesel. Aos poucos foram melhorando as coisas. Uns colocaram álcool e diesel no óleo vegetal.

O fato é que surgiu o biodiesel, que era uma patente muito empírica de um professor cearense que acabou chegando às mãos do governo federal. Hoje o biodiesel já não pertence mais a governos. Os produtores ampliaram as inovações e estão fazendo miséria com as possibilidades de baratear o custo da produção. Já se sabe que podem ser usados óleos vegetais e a baratíssima gordura do sebo de gado bovino ou de aves.

Resultou que existem mais de 100 projetos de produtoras de biodiesel sendo examinados nos órgãos do governo de Mato Grosso. Espera-se que o preço do produto chegue ao produtor na faixa de R$ 1 real ou um pouco mais. Uma encrenca vai surgir logo de cara: os impostos. Na ânsia de arrecadar, o governo vai por sua pata de elefante em cima. Mas vai ser difícil tributar toda a produção, estimada oficialmente em 800 milhões de litros em 2007, suficientes para adicionar 5% e não só os 2% pretendidos pelo governo até 2012.

Isso, sem contar a produção dentro das propriedades e as cooperativas entre produtores que não implicarão em compra e venda de óleo. No máximo pagarão Imposto Sobre Serviços aos municípios. O mais sério é que o maior arrecadador de ICMS em Mato Grosso, são os combustíveis, e neles o diesel predomina. Mas isso é outro problema. O fato é que a crise mudou o rumo da economia e da gestão dos custos.
Fonte: Diário de Cuibá

Ufac recebe dinheiro de emendas de Sibá

O ministério da Educação e Cultura (Mec) liberou ontem m ais R$ 3 milhões para que a Universidade Federal do Acre (Ufac) dê continuidade ao processo de interiorização de seus cursos que já estão chegando a todos os municípios do Acre. Com o dinheiro na conta a instituição já pode dar início ao processo de licitação para a construção ou ampliação dos campus já existentes nos municípios de Brasiléia, Xapuri, Sena Madureira, Manuel Urbano, Tarauacá e Feijó.

Essa era a parte que faltava de uma emenda parlamentar de R$ 3,4 milhões proposta pelo senador Sibá Machado ao Orçamento Geral da União para 2007, mas há ainda uma outra de R$ 2,8 milhões com o mesmo propósito, que ele quer liberar antes do dia 31 de dezembro para atender a outros municípios.

Mais R$ 500 mil, também de emenda parlamentar do senador Sibá, foram liberados para financiar a montagem do laboratório que irá testar os vários tipos de biodiesel que estão sendo desenvolvidos pela Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac). Outros R$ 350 mil destinados pelo senador Tião Viana à construção do arquivo geral da Ufac e outras propostas coletivamente pela bancada acreana garantiram mais R$ 4,1 milhão para a universidade.

“Para se ter uma idéia do quanto isto representa, basta saber que a verba de manutenção da Ufac, para este ano inteiro, foi de R$ 6 milhões. É graças ao interesse de pessoas como os senadores Sibá e Tião Viana que temos conseguido os recursos necessários à criação de cursos de mestrado, além de realizar melhorias como a instalação de novos laboratórios na universidade”, explicou o reitor Jonas Filho.

Jonas explicou que através de parceria com o governo do Estado, a Ufac já está funcionando provisoriamente nos centros de florestania ou escolas em todos os municípios do Acre, mas que os recursos das emendas parlamentares de Siba são fundamentais para que ela possa ter uma estrutura própria e definitiva nessas localidades”.

Reunido com Jonas e seus pró-reitores, Sibá fez questão de destacar que: “A interiorização da Ufac é uma parte importante da contribuição que queremos dar para o desenvolvimento do Acre oferecendo aos jovens oportunidade para que se qualifiquem sem ter de afastar-se de suas família. Por isso temos priorizado a liberação de recursos para esta universidade onde tive a oportunidade de me formar em geografia e agora estou fazendo mestrado”.

Demonstrando preocupação em garantir o acesso de mais jovens brasileiros à universidade pública, o Sibá apresentou ao senado proposta que acaba com a exigência do vestibular. “Algumas figuras da imprensa nacional não gostaram muito da nossa proposta e isso acende um bom debate, por isso desejamos realizar aqui no Acre, em março do ano que vem, um seminário sobre o fim do vestibular, no qual pretendemos ouvir e conhecer quais são as melhores idéias e soluções que estão em discussão para isso em nosso país.”
Fonte: Página 20

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Padrinho do biodiesel propõe substituição do Bolsa-Família por programa de biodiesel no semi-árido

O senador Alberto Silva (PMDB-PI), em discurso em Plenário nesta segunda-feira (18), relatou que, em conversa recente com o ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, propôs a substituição gradual do Programa Bolsa-Família pelo plantio de mamona para biodiesel, financiado pelo Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf). O senador registrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deseja transformar o Bolsa-Família em programa gerador de emprego e renda.

- O Pronaf pode ser a alavanca que o presidente Lula quer. Para o projeto piloto que desejo montar, é necessário rever o zoneamento para plantio da mamona - disse o senador.

De acordo com Alberto Silva, 50 famílias que hoje recebem o Bolsa-Família fundariam uma associação e, com o auxílio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de uma empresa para administrar os recursos financeiros, plantariam mamona e feijão. Pelos cálculos do senador, seria possível construir uma mini-usina de produção de biodiesel, subsidiada pela Petrobras, com preço final na bomba de R$ 1,85.

- No final do mês, seriam R$ 3,5 mil por tonelada de feijão, R$ 2 mil por 450 litros de óleo diesel e mais R$ 4 mil das mil e quinhentas toneladas de casca de feijão e mamona que se transformam em nove toneladas de celulose - explicou o senador.

Segundo seus cálculos, uma família de 12 pessoas receberia em média R$ 600 reais mensais. A novidade, consiste, segundo o senador, no aproveitamento da casca do feijão e da mamona com a transformação da celulose em biofertilizante.
Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Luz no capo com biodiesel

O Presidente do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAB), José Augusto Teixeira de Freitas Picheth, participou da abertura oficial da Conferência Internacional de Agroenergia, que começou em Londrina. O presidente do IAPAR acompanhou o Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Newton Pohl Ribas, que fez parte da mesa oficial do evento. No seu discurso, o Secretário destacou o Programa Paranaense de Bioenergia, criado em 2003, como uma iniciativa pioneira que está pesquisando outras oleaginosas, além da soja, para a produção de biodiesel. Ribas afirmou que o grande diferencial do Paraná é pensar o biocombustível de forma integrada a propriedade, principalmente do pequeno produtor, para que ele seja mais uma fonte de renda, reduza os gastos e ainda preserve o meio ambiente.

Fonte: Bem Paraná

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Agrenco anuncia investimentos de R$ 130 milhões em Mato Grosso

A direção da empresa Agrenco do Brasil anunciou nesta terça-feira (12) ao governador Blairo Maggi investimentos de R$ 130 milhões na instalação de um complexo industrial em Alto Araguaia (415 km ao Sul de Cuiabá). Durante audiência com o governador, o presidente da companhia, Antônio Lafelice, informou que o complexo estará operando em dezembro do próximo ano. A unidade integrará fábrica de óleos especiais de proteínas, produção de biodiesel e co-geração de energia elétrica.
Fonte: Diário de Cuibá

Governo assegura segurança ambiental de Sines

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, garantiu a avaliação do impacto dos novos projectos industriais para o concelho de Sines e prometeu não aprovar novos investimentos em caso de insustentabilidade ambiental.

Segundo o representante do Governo, o impacto ambiental dos novos investimentos industriais em Sines está a ser avaliado tendo em conta a pressão dos poluentes actualmente existentes na região e não se prevêem situações de riscos para o ambiente e a população. Não serão aprovados, contudo, quaisquer projectos que ponham em causa os padrões de sustentabilidade ambiental, como aconteceu com a refinaria Vasco da Gama.

Os novos investimentos para Sines, na zona do Porto, são a construção da central de ciclo combinado da Galpenergia e a ampliação da sua refinaria, as três petroquímicas da YPF Repsol, duas centrais de biodiesel e uma nova refinaria de etileno da russa Gazprom.
Fonte: Regi

Martifer se instalar no Maranhão

A assinatura do protocolo de intenções com a Martifer, indústria portuguesa de biodiesel, que vai se instalar no Maranhão, em meados do mês de janeiro do ano que vem, vai render ao Maranhão 1.500 novos empregos, num investimento de R$ 180 milhões.

O governador José Reinaldo disse que isso é prova de que o Maranhão está crescendo e se tornando alvo de interesses dos empresários internacionais. O empreendimento dará novo impulso à economia do Estado em 2007.

Ele disse ao governador José Reinaldo que as opções oferecidas pelo governo do Estado também são muito atraentes. "O governo nos oferece muitos incentivos e estamos certos que esta foi uma escolha feliz para investirmos", reconheceu.

Considerada uma das maiores empresas da Europa, com sede em Portugal, a Martifer possui linhas de negócio diversificadas como torres e parques eólicos, painéis solares e fábricas de biodiesel. É especialista também em estruturas metálicas incluindo pontes, instalações industriais, arranhas céus e até aeroportos.

O secretário Ronaldo Braga da Indústria e Comércio lembrou que o programa do biodiesel no Maranhão já é uma realidade, e previu com mais esse investimento a consolidação da luta do governador José Reinaldo para viabilizar o projeto no Estado. Explicou que a usina deve estar funcionando até o final de 2008. "Estamos felizes com mais esse investimento que vem reforçar o programa do biodiesel no Estado", afirmou.

O Programa se propõe a gerar nos próximos cinco anos um total estimado de 80.000 novos empregos e mais de 300.000 empregos indiretos, com significativo aumento de arrecadação e de geração de renda para todos os setores da economia do Estado.

Fonte: Jornal Pequeno

NAE divulga estudo sobre alternativas ao petróleo

Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (NAE) apresentou, ontem (11), às 14h30, no auditório do Ministério do Planejamento, um estudo sobre as perspectivas de substituição de derivados de petróleo por fontes de energia como gás natural, biodiesel e etanol.

O objetivo é realizar a substituição seguindo o cronograma do NAE, chamado de Brasil 3 Tempos: 2007, 2015 e 2022. Para o NAE, o Brasil pode assumir a liderança competitiva internacional da produção de biocombustíveis, atuando tanto como exportador de biodiesel e etanol e também de tecnologia e serviços associados à cadeia de produção desses combustíveis.
Fonte:

Setor de biodiesel vai girar US$ 2 bilhões em seis anos

No estudo da Frost & Sullivan, a taxa de crescimento da produção foi calculada em 14%. A empresa apresentou, em novembro, levantamento sobre o mercado de biodiesel, que foi avaliado em US$ 1,8 bilhão em 2012.

O estudo da Frost & Sullivan aponta entre os pontos positivos para o etanol no Brasil o suporte do governo ao setor e as novas usinas que estão sendo instaladas. Como itens que podem atrapalhar o mercado foram alinhadas as dificuldades em conseguir crédito, as altas taxas de juros e a taxa de câmbio pouco favorável.
Quanto aos outros países da América Latina com potencial para desenvolver o etanol, o levantamento lembra a Colômbia, com 267 milhões de litros em 2005, e o México, com 50 milhões. Em biodiesel, foram listadas a Argentina (685 milhões de litros em potencial em 2009) e a Colômbia (330 milhões de litros em 2008).
Fonte:

Conferência de agroenergia aberta em Londrina

Foi aberta ontem em Londrina, norte do Paraná, a primeira Conferência Internacional de Agroenergia (Conae), evento promovido pela Federação de Associações de Engenheiros Agrônomos do Paraná e Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina, com o apoio da Embrapa, Ministério da Agricultura, Ministério do Turismo e Embratur. Mais de 800 pessoas, entre pesquisadores e profissionais ligados à produção de bioenergia e ao aprimoramento do desenvolvimento tecnológico de combustíveis renováveis do país e do exterior, participam de debates sobre as alternativas energéticas para o futuro.

Além de criar alternativas energéticas e desenvolver novas tecnologias, as discussões oportunizam o aproveitamento de bioprodutos derivados das extrações energéticas. “Nesse evento vamos discutir qual o tamanho desse mercado agroenergético e como devemos explorá-lo de forma sustentável e competitiva”, completa. Ainda segundo ele, a energia renovável vai viabilizar novos mercados e novos empregos. As discussões dividem-se em quatro segmentos de pesquisa: álcool combustível, biodiesel (combustível à base de oleaginosas como girassol e soja), biogás e biomassa florestal.

O objetivo do evento é democratizar a informação como forma de conhecimento. As informações retiradas das palestras vão servir de subsídio para uma programação de pesquisa no segmento. “Na conferência haverá ainda gravação das palestras para a produção de um regimento interno que vai subsidiar a programação de pesquisa da Embrapa”, finaliza o pesquisador.

Nos três dias de evento serão realizadas ainda conferências e painéis sobre: Cenários da Matriz Energética Mundial; Perspectivas Energéticas Mundiais; o Mercado do Etanol; o Mercado de Carbono; Biomassa Florestal; o Programa Brasileiro de Biodiesel; a Logística da Produção de Bioenergia; Cana-de-açúcar; Oleaginosas; Ameaças e Oportunidades a Agroenergia; Aproveitamento de Co-produtos; Rede de Pesquisas para a Agroenergia; e Cenários Mundiais para o Mercado de Biodiesel.

Fonte: Paraná-Online

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Empaer de Sinop trabalha com pesquisa de pinhão manso

A Empaer - Empresa matogrossense de pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, vem realizando um trabalho de pesquisa com pinhão manso desde setembro deste ano. De acordo com o agrônomo Marcus Damião Lacerda, que coordena a pesquisa, o experimento, no centro de pesquisas da Empaer de Sinop, é feito com espaçamento de 3 x 3m e doses diferentes de adubação com fórmula 04-20-20 contendo micronutrientes: sendo 0; 100; 200 e 300 g/cova.

"O pinhão foi plantado em setembro em corsórcioi com dendê e feijão Jalo precoce. A espécie é utilizada para fabricação de biodiesel e foi utilizada o nome vulgar de Empaer 2006. É um híbrico que veio do Espírito Santo", destacou ele. As covas foram abertas na dimensão de 30 cm x 30 cm x 30 cm. A pesquisa visa testar doses diferentes de adubo e ver qual é a adaptação deste material para ser utilizado pela agricultura familiar.

"Preciso alertar que os produtores devem ter calma e cautela nesta espécie de oleaginosa para produção de biodiesel, pois não se conhece nada a respeito da cultura aqui no Mato Grosso, tão pouco em outros Estados, com significância da pesquisa em Minas Gerais. O produtor não deve ir com euforia para plantar, pois ainda não há nada definido com relação a comercialização e financiamento", explicou.
Fonte:

Santa Catarina avalia seu potencial para biodiesel

A Eletrosul e Associação Estadual dos Pequenos Agricultores Catarinenses (Aepac) assinam nesta quinta-feira (7), protocolo de intenções com o objetivo de avaliar o potencial energético e viabilidade técnica e econômica da cadeia produtiva de bioóleos, incluindo os subprodutos (torta, farelo e glicerina), para utilização na geração de energia. O ato acontece às 10 horas na sala da presidência da Eletrosul em Florianópolis.

A partir da assinatura, a Associação fará o levantamento dos municípios da região oeste de Santa Catarina participantes do projeto, as pesquisas técnicas e promoverá o incentivo ao uso de princípios agroecológicos pelos agricultores. Para a produção de biodiesel, serão produzidas sementes e mudas de oleaginosas de cana-de-açúcar. O prazo para a entrega do diagnóstico final é de 180 dias.

O biodiesel é uma das alternativas à produção de energia que possibilita implantar sistemas de economia auto-sustentável de produção agrícola e de beneficiamento de óleos obtidos de matérias-primas como o girassol, amendoim e canola, além da cana-de-açúcar.

Em 2005, a Eletrosul e a Fundação de Desenvolvimento, Educação e Pesquisa da Região de Celeiro (Fundep), assinaram um convênio no valor de R$ 1 milhão para pesquisas envolvendo o biodiesel em 63 municípios da região noroeste do Rio Grande do Sul. Esse projeto conta, ainda, com o patrocínio da Petrobras, que em 2007 irá financiar a construção de um usina para a produção de 5 mil litros/dia álcool a partir das plantações de oleaginosas. A pesquisa também prevê a utilização da biomassa (resíduos) produzida pelo biodiesel na geração de energia.

Fonte: O Barriga Verde