sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Empresas podem não cumprir entrega de biodiesel à Petrobras

Algumas empresas que participaram do primeiro leilão de biodiesel da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 2005, não vão conseguir entregar à Petrobras os 20 por cento do volume total que tem como data-limite a sexta-feira, informou à Reuters o superintendente da área de abastecimento da ANP, Roberto Ardenghy.

Segundo ele, as empresas alegam desde problemas com licenças ambientais a atrasos administrativos, e poderão ser punidas, após processo de investigação, com o fim do contrato com a Petrobras e proibição de participar da disputa em outros leilões.

"A notícia que nós temos é que algumas empresas não estão conseguindo fazer a entrega do biodiesel... significa que algumas entraram muito afoitas no leilão", explicou o executivo.

Ele não quis divulgar os nomes das empresas nem o volume que deixará de ser entregue, já que o prazo vai até 18h de sexta-feira.

Ele considerou no entanto "aceitável" o não cumprimento do acordo com a Petrobras, "já que o programa estava no começo". Para ele, o mesmo problema não vai se repitir nos três leilões realizados posteriormente.

Por conta desses atrasos, a ANP decidiu adiar para entre fim de janeiro e início de fevereiro o quinto leilão de biodiesel, que seria realizado no fim deste ano.

"Vamos incluir o que não foi entregue no primeiro leilão no próximo leilão", informou.

No primeiro leilão de biodiesel da ANP, realizado no fim de 2005, a Petrobras adquiriu quase a totalidade dos 70 milhões de litros do combustível ofertados por quatro empresas: Agropalma, Soyminas, Granol e Brasil Biodiesel.
Fonte: Reuters
da Agência de Notícia UDOP

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