sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Roraima terá usina de biocombustível

Uma planta considerada por muitos agricultores como “praga”, por ser invasora de pastagens, poderá ajudar na geração de energia elétrica para comunidades isoladas da Amazônia. Trata-se do inajá, de nome científico Maximiliana maripa (Aublet) Drude, uma palmeira da Amazônia que terá seu óleo aproveitado para operação em uma usina de biocombustível para geração de energia, que será implantada em Roraima em março de 2007.

A usina será implantada como resultado de uma parceria entre a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e o Instituto Militar de Engenharia (IME). A ação faz parte de um projeto piloto do IME para geração de energia com oleaginosas da Amazônia em comunidades isoladas de fronteira, que conta com recursos da Finep e Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Inicialmente a usina vai operar com óleo in natura de inajá, mas é possível que se façam testes com óleos in natura de outras plantas.

A princípio, a produção prevista para a usina de biocombustível em Roraima será de quatro mil litros de óleo refinado, por mês, o suficiente para atender uma comunidade de até quarenta famílias. A usina será instalada no Campo Experimental Serra da Prata, da Embrapa Roraima, em Mucajaí.

A usina é composta por dois módulos. Um serve para extração de óleo e está sendo fabricado em São Paulo. O outro módulo, projetado pelo IME, é para o refino do óleo e virá do Rio de Janeiro. Durante os meses de janeiro e fevereiro serão encaminhadas as providências para transporte e montagem da usina que entra em operação no mês de março, segundo previsão do IME.

Um dos fatores para Roraima ter sido escolhido para o projeto piloto para comunidades de fronteira foi, além da localização geográfica, a atuação da Embrapa na pesquisa com oleaginosas potenciais para biocombustíveis.
Fonte: FolhaWeb

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