segunda-feira, 27 de junho de 2011

Biodiesel de Camelina sativa nas alturas

Cargueiro faz primeiro voo transatlântico com biocombustível de óleo de Camelina sativa. A Aeronave é uma das estrelas do Salão da Aeronáutica Le Bourget, que começou nesta segunda-feira com negociações bilionárias.


Em tempos de subida do preço do petróleo, as atenções viram-se para os combustíveis alternativos, no Paris Air Show 2011.

A Boeing afirmou nesta segunda-feira (20) que seu cargueiro 747-8 fez o primeiro voo transatlântico de uma aeronave comercial de grande porte com biocombustível. O avião, na viagem entre Seattle e Le Bourget, teve suas quatro turbinas movidas por uma mistura de 15% de óleo feito a base de Camelina (Camelina sativa) e 85% de querosene para aviação.

De acordo com a fabricante, este óleo pode ser usado como um substituto para o querosene para aviação, sem que sejam necessárias modificações do motor. Nenhuma modificação foi feita nas turbinas para a viagem com biocombustível. O cargueiro chegou ao aeroporto de Le Bourget às 17h35 (horário local), nas proximidades de Paris, onde participa de uma feira de aviação junto a outros modelos da marca e de outros gigantes da aviação mundial.

Outros combustíveis alternativos utilizam algas e até mesmo resíduos industrais, como explica Robert Sturtz, representante das companhias aéreas americanas. “A beleza dos combustíveis renováveis é que é uma oportunidade para usar resíduos, até mesmo os industriais. O dióxido de carbono emitido por um grande número de fábricas siderúrgicas pode muito bem ser uma fonte de combustível para aviões”.

A versão de carga do 747-8 é o quarto de cinco modelos comerciais da Boeing que ficarão no evento para visitação. Na quarta-feira, o avião voará para a sede da Cardolux, em Luxemburgo. A empresa receberá o primeiro modelo do tipo no segundo semestre.

O avião “Solar Impulse” chegou a Paris apenas com energia solar. O aparelho de Bertrand Piccard e André Borschberg está a preparar-se para dar a volta ao mundo em 2014.

Mas será que está destinado a ficar na lista das grandes experiências ou será que a tecnologia vai mesmo ser utilizada no setor dos transportes? “Penso que todas as tecnologias usadas no “Solar Impulse” poderão ser rapidamente utilizadas nas viaturas, nas casas, nos aquecedores, nas iluminações, se houver uma vontade política de o fazer. Será necessário mais tempo para que isso possa permitir aos aviões transportar passageiros”, responde Piccard.

Portugal apresentou uma proposta para o futuro da aviação executiva, numa simbiose entre natureza e tecnologia. No interior do aparelho são usados a cortiça e o couro, uma iluminação intuitiva, fibras óticas e LED, ecrãs táteis e um conceito de tecnologia invisível.

Fonte: Fontes Diversas

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