A GEA Westfalia Separator Brasil está disponibilizando no país uma planta industrial com um novo processo para cisão de borra (sabão), efluente indesejáveis do pré–tratamento de óleos vegetais para produção de biodiesel. No novo método ocorre a cisão contínua de borras, aumentando o rendimento final deste processo. “E ainda, a água ácida, que poderia afetar a qualidade do produto, é decantada em tanques cobertos e percorre um fluxo especial, onde efluentes são neutralizados. Tudo isso antes de ser enviada para o tratamento convencional”, destaca Renato Dorsa, gerente de engenharia da GEA Westfalia Separator Brasil.
O processo de cisão de borra tem por finalidade transformar os sabões - formados durante o processo de neutralização - em ácidos graxos. “Esta tecnologia permite dar um fim mais nobre ao óleo arrastado na borra nos processos de pré-tratamento de óleos vegetais”, afirma Dorsa. Plantas com esse sistema da Westfalia já estão em funcionamento na Europa e Ásia. No Brasil, as plantas com sistemas tradicionais possuem tanques abertos, o que resulta em um processo mais perigoso e poluente. “O processo com centrífugas fechadas e compactas da Westfalia substitui os antigos métodos e é mais ecológico”, diz Dorsa.
Segundo Roseli Ferrari, pesquisadora científica do Centro de Ciência e Qualidade de Alimentos do ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos) de Campinas-SP, além do biodiesel extra que pode ser gerado com esse processo de eliminação total da borra - resíduo que é prejudicial ao meio ambiente -, evita-se os odores desagradáveis que ocorrem nos métodos tradicionais, o que permite que esse tipo de planta possa ser instalada mesmo dentro das cidades.
O ITAL tem investido em pesquisas com o biodiesel, preocupando-se com a satisfação do consumidor final. Todas as plantas do Brasil devem seguir os padrões observados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biombustíveis), cujo objetivo é proporcionar um biodiesel de qualidade. “Como o país tem diversidade de clima e de matérias-primas, as especificações internas são diferentes, mas devemos nos adaptar cada vez mais para atender a uma demanda de exportação”, ressalta Roseli.
A pesquisadora destaca aspectos importantes na qualidade do biodiesel, como, por exemplo, o fato de os motores diesel serem capazes de usar biodiesel sem adaptações. “Também o teor residual de álcool, glicerina e óleos deve ser o mais baixo possível. O biodiesel é biodegradável e sua estabilidade à oxidação deve ser assegurada. Enfim, todos os agentes, do produtor até as usinas, são responsáveis pela qualidade do biodiesel antes dele chegar ao motor do veículo”, reforça Roseli.
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