segunda-feira, 19 de março de 2007

Biodiesel distante do mercado externo

A falta de planejamento põe em risco os planos do governo de vender biodiesel no mercado mundial. O alerta das indústrias de biodiesel contrasta com a expectativa do governo, que planeja começar a exportar o combustível em 2008, segundo o Ministério de Minas e Energia. Empresários ligados à área temem, no entanto, que falte matéria-prima para dar atender à demanda doméstica, criada com a obrigatoriedade de adicionar 2% do produto ao óleo diesel, a partir do ano que vem.

Indícios de problemas na área começam a aparecer: cinco empresas que negociaram biodiesel na Agência Nacional do Petróleo (ANP) não entregaram o produto dentro do prazo estabelecido. " O governo precisa reavaliar o programa dar estabilidade ao mercado", declarou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Biodiesel, Nivaldo Trama. "A prioridade deve ser dada às oleaginosas que não competem com óleos alimentícios.

A esperança do governo é que o biodiesel tenha a mesma produtividade e escala do etanol. Durante audiência pública no Senado, a chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, destacou a importância dos combustíveis e a priorização deles no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para o diretor de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, as usinas de biodiesel terão produção suficiente para ser exportada.

Para Trama, será preciso que o governo pense em toda a cadeia produtiva a médio e longo prazo, desde o plantio até o esmagamento das sementes e a produção do biocombustível.

Lorenna Rodrigues
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