A decisão dos Estados Unidos, União Européia, Japão e China de reduzir a dependência do petróleo, substituindo o combustível fóssil por uma nova matriz energética, já começa a modificar o perfil da agricultura mundial. É o que afirma o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho.
"Um dos exemplos dessa mudança é o mercado internacional do milho, que vem registrando grandes altas nas cotações do grão em conseqüência da decisão americana de destinar uma grande parte da safra do cereal para a produção de etanol", explicou o presidente da SRB, entidade que representa.
Na opinião de Ramalho, o milho é apenas um de vários exemplos de que a agroenergia está revolucionando o agronegócio mundial:
"A necessidade de obtenção de energia limpa a partir de fontes renováveis, em substituição aos combustíveis fósseis-poluentes - cada dia mais caros e escassos - está promovendo uma busca frenética por matérias-primas alternativas para a geração de energia", afirma o presidente da SRB.
Para Ramalho, o Brasil, por deter tecnologia e altos índices de produtividade na cadeia produtiva dos biocombustíveis - tendo o etanol como carro-chefe -, aos poucos vai assumir o papel de vanguarda da revolução verde do Século 21.
No entender do presidente da SRB, as mudanças no perfil da agricultura mundial em função da agroenergia deve se acelerar ainda mais em função do memorando assinado recentemente pelos presidentes do Brasil e dos EUA - Lula e Bush - na área de cooperação de biocombustíveis. "O acordo vai fazer a pesquisa avançar aumentando o desenvolvimento de tecnologia para a produção de etanol e biodiesel", prevê Cesário Ramalho.
Fonte: Agência Meios
Nenhum comentário:
Postar um comentário