quarta-feira, 14 de março de 2007

Brasil incentiva a expansão do mercado de biocombustíveis

Para incentivar a produção de biocombustíveis e promover a diversificação da matriz energética no Brasil e em outros países, os governos brasileiro e americano firmaram um memorando de cooperação na última sexta-feira. O acordo prevê investimentos no desenvolvimento de tecnologias para a fabricação de biocombustíveis, o estabelecimento de um padrão global na sua produção e a transferência de tecnologia para outros países. A intenção do governo federal é expandir o mercado de fontes de energia baratas e sustentáveis e ainda estimular a geração de riqueza e emprego nas regiões produtoras.

O memorando é, sem dúvida, a nossa resposta ao grande desafio energético do século XXI. O uso crescente de biocombustíveis será uma contribuição inestimável para a geração de riqueza, inclusão social e redução da pobreza em muitos países pobres do mundo, disse o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O Brasil é hoje a nação com a tecnologia mais avançada no mundo na produção de biocombustíveis. No caso do álcool, o País produz 18 bilhões de litros por ano a partir de três milhões de hectares de cana-de-açúcar. Mais de 80% dos carros novos vendidos no Brasil são flex-fuel (que permite o uso de álcool e gasolina). Além disso, o etanol brasileiro é mais barato (cerca de 50%) que o americano, feito a partir de milho. Os dois países juntos possuem mais de 70% de participação no mercado mundial de etanol.

Incentivo

O governo federal desenvolve uma política de incentivo a produção de biocombustíveis no Brasil, como o etanol e o biodiesel. Pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), serão aplicados, nos próximos quatro anos, R$ 17,4 bilhões na infra-estrutura de combustíveis renováveis. Os recursos serão investidos na implantação de 46 usinas de biodiesel e 77 de etanol, além da construção de 1.150 quilômetros de dutos para transporte dos combustíveis.

Há ainda financiamentos específicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltados para o setor. O banco prioriza o acesso ao crédito a toda cadeia produtiva do etanol: usinas, setor de bens de capital, empresas de engenharia, cadeia automotiva, entre outros. O governo também reduziu a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide em carros movidos a álcool ou do tipo Flex.

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