O assunto tem sido destaque nos principais meios de comunicação do País. Com uma visão no futuro, o Brasil vem aumentando a sua capacidade industrial instalada para a produção de biodiesel, devendo superar 1,9 bilhão de litros nos próximos dois anos, somando-se à atual capacidade de produção de 751 milhões de litros, mais as unidades em construção e abrindo importantes oportunidades de negócios também em oferta de serviços e suprimentos.
Atento a esse universo de novas oportunidades que se estende tanto a mega e grandes empresas como a empresas de pequeno porte, a Unidade de Agronegócios e Territórios Específicos do Sebrae Nacional lançou, neste mês de março, a cartilha 'Biodiesel'. Com linguagem simples, a publicação traz informações como a definição e o histórico do biodiesel, o marco regulatório, as matérias-primas utilizadas, capacidades industriais instaladas no País, desafios e perspectivas, além de fontes de pesquisa.
O Sebrae vem adotando linhas de atuação que abrangem as quatro diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Agricultura sobre Agroenergia, para o período de 2006 a 2010, que são: biodiesel; etanol; florestas energéticas (silvicultura com fins de produção de energia); e resíduos de origem vegetal e animal. Atualmente, o que predomina nas unidades estaduais do Sebrae é o investimento em projetos voltados para o biodiesel, etanol e a sivilcultura, com o plantio de árvores para celulose, móveis e carvão vegetal. Ao todo são nove projetos em sete estados.
A analista de Agronegócios Wang Hsiu Ching, do Sebrae Nacional, explica que a Instituição tem tido o papel de 'alimentar' os empresários de micro e pequenos negócios com informações mínimas iniciais, na posição de agente indutor de projetos voltados para a agroenergia.
"Em vez de esperar que tudo aconteça, vamos nos posicionar de forma pró-ativa, levantando informações, uma vez que já reconhecemos que a agroenergia é uma oportunidade para os pequenos negócios. Existe ao longo da cadeia desses quatro eixos uma série de oportunidades de geração de negócios e inclusão dos pequenos negócios", afirma.
Para Wang, o mercado do biodiesel é extremamente promissor. "É interessante que o pequeno empresário ou produtor trabalhe nesse mercado de forma coletiva, em cooperativas ou associações, assim o resultado será mais expressivo. É importante ficar atento para o fato de que o biodiesel não se resume apenas à produção do óleo. A cadeia produtiva de agroenergia envolve uma série de pequenos negócios. Existem várias oportunidades que não podem ser descartadas", ressalta.
Ainda este ano o Sebrae pretende lançar mais quatro cartilhas: uma genérica abordando os quatro eixos; uma sobre etanol; outra sobre florestas energéticas; e uma sobre resíduos de origem vegetal e animal. "O nosso objetivo com a confecção dessa e das demais cartilhas é nivelar informações e dar uma base mínima para suscitar debates e questionamentos entre técnicos, parceiros e produtores".
A cartilha 'Biodiesel' pode ser acessada pelo site do Sebrae, no ambiente da 'Biblioteca On Line'. Os estados que desenvolvem projetos com o biodiesel, que são Ceará, Bahia, Alagoas, Piauí, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo, também receberão exemplares. Os demais interessados podem entrar em contato com a Unidade de Agronegócios e Territórios do Sebrae Nacional.
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