sexta-feira, 16 de março de 2007

Plantio de mamona não está sendo rentável


O plantio de mamona destinado à produção de biodiesel não está sendo rentável para os agricultores familiares nordestinos. É o que admite o assessor do Ministério da Integração nacional, Paulo Brasil Paez. ´Por ter baixa produtividade, a planta não rende em escala necessária. Ou o governo paga a diferença ao produtor, como forma de garantir um preço mínimo, ou se investe em pesquisa para aumentar a produtividade por hectare´, disse.

Há também, segundo Paez, a possibilidade de plantio consorciado de mamona com feijão ou o semi-beneficiamento da oleaginosa, por meio da extração do óleo por agricultores familiares associados e venda do produto para as usinas de biodiesel, como quer o Dnocs. ´Os produtores podem também utilizar a torta da mamona como adubo para restauração dos solos. Se esta torta for desintoxicada, pode virar alimento para o pasto´, comentou.

Em 2006, o Brasil produziu 200 milhões de litros de biodiesel. Em 2012, a meta é de que esta produção atinja 2,4 bilhões de litros. ´A ênfase do programa no semi-árido é a mamona porque é uma cultura tradicional na região. O Nordeste produz 80% da mamona do País, destacando a Bahia´, informou Paez, acrescentando que o objetivo do Ministério da Integração é envolver 200 mil famílias no programa.

Pelo menos 113 usinas de produção de biodiesel estão programadas para entrar em operação no País até 2012. Destas, 23 localizam-se no Nordeste. O abastecimento com a mistura do biocombustível já é uma realidade em quatro mil postos da Petrobras, cuja meta é chegar a 6.800 postos em 1.200 municípios até julho deste ano. ´Isto é um avanço, considerando que o programa só tem dois anos´, comemorou Paez.

PROJETOS

113 é o número de usinas voltadas para a produção de biodiesel programadas para entrar em operação no País até 2012.

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