quarta-feira, 21 de março de 2007

Portugal aposta na segunda geração de biodiesel


O Governo tem uma meta ambiciosa para a incorporação de biocombustíveis no gasóleo e na gasolina.

A curto prazo não há condições para a matéria-prima para o biodiesel ser produzida em Portugal em condições competitivas com os produtos importados. Já em relação ao bietanol, que se pode fazer a partir de milho, por exemplo, a questão é diferente. O milho pode ser produzido em Portugal, mas com alguma ajuda à produção, dizem-me alguns sectores da agricultura. O problema é que se eu der uma ajuda à produção deste cereal para o bietanol deixo o sector da produção animal numa situação péssima. Se hoje produzimos cerca de 400 mil toneladas de milho e importamos um milhão, passamos a importar ainda mais e o preço do milho no mercado internacional tem continuado a subir desde que os Estados Unidos anunciaram que iriam apostar naquele combustível. Assim, a produção não pode ser resolvida com subsídios.

O caminho para Portugal passa por apostar na segunda geração de biodiesel, que pode utilizar biomassa e outro tipo de cereais, e por contratos de longo prazo entre as indústrias e os produtores. Por outro lado, o Governo fomenta a produção com a isenção de ISP (imposto sobre produtos petrolíferos). E essa isenção vai discriminar positivamente o bietanol, porque é onde podemos, para já, envolver, a agricultura portuguesa. A regulamentação para o bioetanol está a ser preparada mas aquele biocombustível terá isenção superior à do biodiesel.

Fonte: Diário de Notícias On Line

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