segunda-feira, 19 de março de 2007

Um caminho a ser seguido pelo Brasil no Biodiesel


Produtores de biodiesel da Europa reclamaram hoje do que eles descrevem como subsídios injustos destinados aos produtores norte-americanos. Em uma carta destinada ao Comissário Europeu do Comércio, Peter Mandelson, o Conselho de Biodiesel da Europa exortou a comissão a impor tarifas sobre as importações dos Estados Unidos.

"Isso deve incluir medidas urgentes como uma tarifa de compensação para equilibrar o prejuízo causado às empresas européias de biodiesel", diz a carta. "A prática do comércio norte-americano está claramente desobedecendo as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e representa uma séria ameaça ao comércio justo de biocombustíveis."

Grandes quantidades de biodiesel dos EUA estão sendo importadas pela União Européia (UE), diz a carta. Em janeiro de 2007, os EUA exportaram 30 mil toneladas de biodiesel por mês para a UE. O Conselho de Biodiesel teme que às taxas atuais de crescimento, mais de 500 mil toneladas de biodiesel norte-americano possam entrar no bloco europeu durante todo o ano.

O governo dos EUA oferece subsídios de US$ 1 por galão de biodiesel produzido. Ainda pior, afirma o grupo, é que os EUA subsidiam o biodiesel quando ele é misturado ao diesel comum. Isso encoraja produtores norte-americanos a importar do Brasil, Malásia e outros grandes produtores de biodiesel.

Quando o combustível chega à Europa, ele se qualifica para subsídios adicionais da UE. No total, o biodiesel misturado dos EUA está sendo vendido na UE por 100 a 150 euros por tonelada a menos do que o biodiesel produzido no bloco.

"Este sistema claramente representa uma medida injusta de comércio que precisa urgentemente ser revista e eliminada", afirma o conselho na carta. "Esta competição é determinante para os preços e está prejudicando as margens dos produtores europeus de biodiesel, tirando do negócio muitos produtores locais."

As informações são da Dow Jones

Nenhum comentário: