Uma unidade com a nova tecnologia, totalmente desenvolvida no Brasil, está sendo instalada em Sinop (MT), e uma segunda deve estar montada até o fim do ano, em Piracicaba. Há outras 15 plantas em negociação, segundo a empresa.
'Nosso custo é mais baixo porque a tecnologia é nossa, não pagamos royalties e o material é mais barato', disse o presidente do grupo, Antônio Martinho Marchiori, a repórteres durante a Feicana, exposição do setor sucroalcooleiro.
Segundo o diretor do departamento de bioenergia, Luiz Barbosa, a empresa foi procurada por vários interessados, inclusive do exterior, que ficaram intrigados com a utilização de fibra de vidro nos reatores em que ocorre a transformação do óleo vegetal em biodiesel.
Ele explicou que o material suporta calor até 99 graus centígrados e que, no processo de fabricação do biodiesel, a temperatura máxima atingida é de 75 graus. Além disso, o produto resiste à pressão e sua instalação é mais simples.
Segundo Marchiori, uma fábrica completa para 30 mil litros/dia de biodiesel a partir do grão (de soja, amendoim, etc) custa 20 milhões de reais. Uma unidade com a mesma capacidade a partir do óleo vegetal sai por cerca de 7 milhões de reais.
A idéia da empresa é vender o projeto principalmente para usinas de açúcar e álcool.
'De 15 a 20 por cento do biodiesel é etanol, e as usinas têm 20 por cento de suas terras renovadas todo ano, que ficam ociosas por 6 a 7 meses e podem ser usadas para o plantio de oleaginosas', afirmou Marchiori.
O mercado externo também está nos planos da companhia, que já negocia contratos de venda da tecnologia com empresas do Canadá, da República Dominicana e do Chile.
A unidade que está sendo instalada em Piracicaba, que pertence ao próprio grupo, terá capacidade para 3 milhões de litros/ano (ou 150 mil litros/dia) de biodiesel.
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