quarta-feira, 7 de março de 2007

Empresa portuguesa produzirá biodiesel com óleos alimentares usados no concelho de Santarém

Protocolo celebrado entre a Oleotorres de portugal e a autarquia abrangerá cantinas de escolas, estabelecimento de restauração, habitações e restantes instalações sob tutela da autarquia

Os óleos alimentares usados em cantinas de escolas, estabelecimentos de restauração e instalações municipais do concelho de Santarém vão começar a ser recolhidos e reaproveitados pela Oleotorres, empresa que celebrou sexta-feira um protocolo com a autarquia escalabitana. A firma com sede em Torres Novas compromete-se a encaminhar os óleos recolhidos no concelho de Santarém para a produção de produtos na área química (graxas, pastas, tintas, detergentes, sabões, lubrificantes) e para a produção de combustíveis. A Oleotorres espera no decorrer deste ano obter a licença para produzir biodiesel a partir dos óleos alimentares usados.

Apesar de estar feita a assinatura do acordo, que vigora por dois anos, as partes ainda vão abordar as instituições que queiram colaborar. Além da defesa ambiental com a recolha dos óleos, André Ferreira recorda que é importante não esquecer que os óleos alimentares deitados pelo lava-loiça e que seguem pelo sistema de saneamento básico vão desaguar nas estações de tratamentos de águas residuais. E causam danos graves no seu funcionamento, ao criarem lamas gordurosas à superfície que prejudicam a reconversão de outros resíduos sólidos.

A Oleotorres fica com a função de recolher os óleos nos estabelecimentos, escolas, cantinas e habitações aderentes, com rotas, percursos e frequências a definir. Fica também responsável por recolher os recipientes com resíduos e deixar outros para serem depositados até à recolha seguinte. A recolha e reciclagem de óleos usados não significam um aproveitamento a 100 por cento da matéria. André Ferreira aponta para 30 a 40 por cento de perda de produto recolhido. “Não se trata de um óleo novo, refinado, que pode ser quase utilizado a 100 por cento”, esclarece.

Por: Ricardo Carreira

Fonte: O Mirante

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