segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Biodiesel ajuda o Brasil atingir a auto-suficiencia em petróleo já em 2006


Ao contrário do previsto pela Petrobras, que havia calculado que a meta da
auto-suficiência na produção de petróleo brasileira seria alcançada apenas em
fevereiro deste ano, o Brasil conseguiu conquistar o feito já em dezembro de
2006. A comprovação pode ser feita a partir de dados da produção nacional
relativos ao mês de dezembro de 2006, divulgados pela Agência Nacional de
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Ao longo do ano passado, foram exportados 134,3 bilhões de barris de petróleo,
contra importações de 131,942 bilhões de barris. O saldo, que configura a
auto-suficiência brasileira, foi de 2,394 bilhões de barris ou cerca de 6,6 mil
barris por dia.
Com exclusividade para O Globo Online, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima,
comemorou a conquista:
- Do ponto de vista do consumo e da produção de petróleo e de derivados, o
Brasil alcançou a auto-suficiência em 2006. O total que nós produzimos é
ligeiramente superior ao que consumimos. Em matéria de divisas, no entanto,
ainda há um pequeno déficit de aproximadamente US$ 700 milhões na balança
comercial do petróleo, o menor que já tivemos. O nosso objetivo sempre foi a
autosuficiência na produção, e essa nós já alcançamos. É um feito histórico -
afirmou.
Para o consultor da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip),
Arlindo Charbel, dois aspectos precisam ser considerados:
- A projeção de consumo de 1,850 milhão de barris era uma suposição, feita com
base no que é processado pelas refinarias. Na verdade, o consumo pode ter ficado
menor que este número, já que o país não cresceu. Além disso, a substituição dos
combustíveis por gás natural e por biodiesel, certamente, afetou as previsões. A
única coisa que você precisa ver é se a quantidade exportada foi menor ou maior
que a importada - diz, após ter feito o cruzamento das informações da ANP.
De acordo com o boletim Focus do Banco Central, no fim de 2006, analistas de
mercado esperavam que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tivesse uma
expansão de 2,74% ano ano, contra uma previsão de alta acima de 3% feita pelo
Ministério da Fazenda.

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