segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Espanha cria mercado de matérias-primas para biodcombustiveis


A Espanha criou uma câmara nacional de biocombustíveis sólidos formada por representantes dos produtores, dos agricultores, da industria de transformação e do Ministério da agricultura para criação acordos firmados por contrato para que se regule os preços de compra e venda, as condições de pagamento, os prazos de entrega e os pagamentos diferenciados pela qualidade dos cultivos destinados à produção de matéria-prima para a produção de biocombustíveis (álcool e biodiesel) já a partir do mês que vem.

Estes contratos serão homologados pelo Ministério da agricultura e serão supervisionados por uma comissão paritária dos seguimentos, onde estarão representadas as industrias transformadoras e as organizações agrárias.

Fontes participantes da negociação apontam que o acordo está centrado por enquanto na colza e no girassol, cujos preços se basearam na evolução dos preços do óleo cru e nos mercados internacionais.

Essas mesmas fontes apontam evolução nas negociações feitas entre representante da industria e das organizações agrárias: "Passamos de um esquema de preços fixos sem referencia no mercado de cereais a um outro em que contempla as variações de preços das diferentes culturas”, dizem.

O principal motivo do acordo é estabelecer condições de negociações de preço garantindo a oferta para industria e do preço para a agricultura de forma a evitar as variações de preço das matérias-primas dentro do país puxadas pelas variações externas. Além de garantir oportunidade de ocupação do solo nos períodos de entre safra.

Garantindo, assim, a industria contra as variações de preço da matéria-prima fora do país responsáveis pela elevação os preços do biodiesel dentro do pais devido à falta das mesma.

Os aumento de preços deve-se a fatores como o observado com a China que, em poucos anos, passou de exportador para importador de alimentos. Os outros fatores tem sido as fortes secas que tem padecido os grandes exportadores como Austrália, Índia e a Argentina além da forte especulação na Bolsa de Futuros de Chicago.

O Brasil deveria aprender com isso e criar mecanismos de preços mínimos através de contratos para evitar acontecer, por exemplo, com a soja e o açúcar, que variam a sua oferta no mercado interno conforme a variação das cotações no mercado externo podendo criar situações insustentáveis para a produção de biocombustíveis (biodiesel e álcool) no Brasil.

Do Autor do blog baseado no sítio BiodieselSpain

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