O município de Caarapó será um dos três no País a receber investimentos em projetos de bioenergia do Grupo Agrenco, sediado na Holanda, que se uniu à japonesa Marubeni Corporation para investir em energia limpa de fontes renováveis no Brasil. No total o investimento do grupo será de US$ 190 milhões em todo o País.
Em Caarapó, a Agrenco Bioenergia construirá uma esmagadora de soja para a extração de óleo voltado ao biodiesel, à produção de farelo para exportação e plantio de capim napier para produção de biomassa, que será queimada para a geração de energia elétrica. A estimativa é de que a usina comece a operar no próximo ano.
Os investidores estrangeiros já adquiriram uma área de 25 hectares para a instalação de todo o complexo, às margens da BR-163, entre Caarapó e o distrito de Nova América. As outras duas usinas serão construídas nas cidades de Alto Araguaia, em Mato Grosso, e em Céu Azul, no Paraná.
No acordo acertado, a Marubeni investirá US$ 40 milhões na Agrenco Bioenergia, que é totalmente dedicada à produção de bioenergia. O grupo japonês terá participação de 33% da Agrenco Bioenergia e o holandês, 67%. As duas empresas deverão subscrever e integralizar o capital de US$ 120 milhões, de um investimento total de US$ 190 milhões em ativo fixo e capital de giro, segundo a Agência Estado.
As duas multinacionais construirão três parques de bioenergia no Brasil, sendo três usinas de biodiesel, duas usinas de co-geração de energia elétrica e duas indústrias de esmagamento de soja. Serão cultivados cerca de 10 mil hectares de napier para produção de biomassa, que será queimada para a geração de energia elétrica. A soja será comprada de agricultores e cooperativas.
"Nosso projeto está totalmente integrado, o que significa que produziremos não apenas biodiesel, mas também energia elétrica para nossas instalações e para venda no mercado à vista", afirmou o CEO do Grupo Agrenco, Antonio Iafelice. Este é o primeiro investimento da Marubeni em bioenergia no mundo.
Os parques de bioenergia deverão produzir B-100, o biodiesel puro que pode ser utilizado em qualquer veículo sem adaptação. "Desde o início, decidimos produzir conforme as regulamentações européias, americanas e japonesas, a fim de atender às necessidades de nossos clientes em potencial", explicou Iafelice.
As indústrias de esmagamento de soja serão responsáveis pela produção, em larga escala, de farelo de soja com maior teor protéico que a média hoje produzida no Brasil, destinado ao mercado de rações, por exemplo, para peixes. Devido a seu alto teor protéico, sua capacidade de digestão é mais alta em relação ao farelo normal.
Fonte: Correio do Estado
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