quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Programa do biodiesel no Ceará dependerá da capacidade do Estado de produzir a mamona


O sucesso do programa do biodiesel no Ceará dependerá da capacidade do Estado de produzir a mamona. ´O único caminho é através da elevação da produtividade para tornar o produto competitivo no mercado´, afirmou o presidente do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Marcos Holanda. Dados do Ipece apontam que a produção de mamona no ano passado alcançou 463 quilos por hectares, gerando uma renda para o agricultor familiar de R$ 361,00 por hectare.

No cenário atual, Marcos Holanda admite que a mamona não vai gerar renda, nem fará o papel de inclusão social que o programa do biodiesel se propõe. Ele é favorável ao governo pagar parte da conta do biodiesel, ´senão a mamona não ocupará o seu espaço no Ceará´.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Ceará, Torres de Melo, também vê com preocupação o programa do biodiesel. Não só pela baixa produtividade da mamona no Ceará, como pela frustração dos produtores com os preços pagos na safra de 2006. ´Os preços prometidos não foram cumpridos e muitos agricultores este ano se negaram a participar do programa´, diz.

Ele considera ´louvável´ a intenção do governo de subsidiar a produção de mamona, com o incentivo de R$ 150,00 para cada novo hectare plantado e mais uma complementação R$ 0,14 no preço mínimo por quilo produzido, que é de R$ 0,56 e deve passar para R$ 0,70. No entanto, faz um alerta ao governo cearense: ´uma nova frustração dos produtores de mamona será fatal para a continuidade do programa´.

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