A viabilidade na produção de dendê e pinhão manso para a produção de biodiesel é um dos objetivos de testes feitos pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em Sinop, com amostras das duas espécies. Segundo o agronômo Marcus Lacerda, as duas oleaginosas são recomendáveis para a fabricação de biodiesel devido seu alto teor de óleo, mas ainda não possuem pesquisas que apontam a sua viabilidade no Estado.
Os testes apontarão se as duas culturas são viáveis para a região e quais os procedimentos necessários para sua sobrevivência e produtividade, como processo de adubação, controle de pragas, irrigação, entre outros. Nesta primeira etapa está sendo avaliado o período de germinação das plantas.
A partir desse processo, as variedades devem ser cultivadas em uma área de dois hectares. O agronômo explica que o ideal é que o plantio seja feito no período chuvoso e que a irrigação continue sendo feito na época de seca, até que a planta chegue a fase adulta.
O dendezeiro é uma palmeira originária da costa oriental da África. Além de sua utilização na fabricação de biodiesel é muito utilizado na culinária. O azeite de dendê é o segundo óleo mais produzido e consumido no mundo, representado 18,49% do consumo mundial.
Já o pinhão manso pode ser considerado uma das mais promissoras oleaginosas da região Centro-Oeste, também Sudeste e Nordeste do Brasil, para substituir o diesel de petróleo. Sua colheita é manual, sendo propicia para agregar renda à agricultura familiar.
Os testes também podem ganhar apoio da Fapemat (Fundação de Apoio a Pesquisa no Mato Grosso). Segundo Lacerda, o projeto está sendo elaborado e deve ser encaminhado para que mais recursos sejam liberados para os experimentos nas duas cultivares.
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