domingo, 11 de fevereiro de 2007

Brasil quer aumentar produção de óleo de palma

O Brasil está procurando impulsionar a produção de óleo de palma para aproveitar a crescente demanda pela commodity, que é vista como uma alternativa saudável a óleos hidrogenados e matéria-prima para biocombustíveis, afirmou um executivo da indústria.

A demanda por óleo de palma por parte da China e da Europa aumentou acentuadamente nos últimos meses e novos clientes como os Estados Unidos estão comprando mais carregamentos para substituir óleos hidrogenados.

E a idéia de utilizar óleo de palma para biodiesel já elevou os preços internacionais do produto em 12 por cento neste ano.

"Vemos um grande futuro para a produção de óleo de palma brasileiro, especialmente quando vemos o aumento da necessidade de óleo de palma por parte da China e dos Estados Unidos", afirmou Marcello Amaral Brito, diretor comercial do Grupo Agropalma, maior empresa brasileira e da América Latina de óleo de palma, que produz anualmente 150 mil toneladas do produto bruto.

Segundo ele, as vendas de óleo de palma da Malásia e da Indonésia para China e Índia continuarão crescendo, o que pode deixar o Brasil livre para negociar o produto com os EUA.

"Do norte do Brasil a Houston ou Nova Orleans leva apenas oito dias, da Malásia aos EUA a duração é de 50 dias", afirmou.

As importações de óleo de palma pelos EUA devem subir para 800 mil toneladas este ano, de 600 mil no ano passado, disse Brito.

QUENTE E ÚMIDO, COMO NA MALÁSIA

O executivo afirmou que partes do Norte do Brasil são adequadas para a produção de óleo de palma, com o clima quente e úmido semelhante ao da Malásia, maior produtor mundial da commodity.

O Brasil tem cerca de 60 mil hectares voltados aos campos de palmeiras, que produzem cerca de 200 mil toneladas de óleo de palma bruto por ano.

"Esperamos ter grandes investimentos nas lavouras de palmeiras, mas é cedo para dizer quão grande eles serão", afirmou Brito em um intervalo de um congresso da indústria de óleo de palma na Malásia.

Ele acredita que as lavouras podem crescer para pelo menos 100 mil hectares nos próximos seis anos.

"A longo prazo, esperamos que o óleo de palma tenha um grande papel na produção brasileira de biodiesel e esperamos que a cada ano a gente tenha mais óleo de palma chegando".

Segundo Brito, a Agropalma, que tem unidades de extração e refino de óleo de palma em municípios do interior do Pará e também na capital Belém, adquiriu mais 11 mil hectares de terra na região, que serão cultivados nos próximos 3 anos.

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