sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Brasil exportara Biodiesel feito de Lixo Orgânico

Porto de Paranaguá poderá exportar biodiesel produzido com lixo e grãos
O Porto de Paranaguá poderá ser o canal de escoamento de uma nova matriz energética produzida no Paraná. A tecnologia, inédita no país, está em estudo para ser aplicada a partir da instalação de uma fábrica de biodiesel na região Centro Sul do Estado e envolverá o terminal portuário diretamente no investimento.

A meta é produzir 300 milhões de litros de biodiesel por ano, fabricado a partir do lixo orgânico e do uso de produtos como soja, girassol e milho, sem produção de resíduos. A exportação ocorrerá principalmente para a Europa, onde é exigido o uso de 5,75% deste tipo de combustível. Vânia Santos explicou que o Porto de Paranaguá oferece vantagens pelo custo de transporte e pela economia de energia pelo uso de vagões ferroviários no lugar de caminhões. “O porto será o braço mais importante deste projeto, porque nos dará suporte logístico e para que o investidor decida se fará ou não o investimento”, declarou.

Na prática, os produtores rurais do interior do Paraná, ligados a esse projeto, ficariam com parte da matriz energética para uso, mediante reestruturação da sua propriedade para atender às necessidades da fábrica. “Este é um projeto ambicioso, que vai gerar uma grande modificação na região. Propriedades no entorno de Prudentópolis num raio de 200 quilômetros estão voltadas ao abastecimento desta empresa e as demais que virão”, revelou a presidente da ONG.

Mais que o aspecto comercial, a fábrica de biodiesel envolve diretamente as questões ambiental e social. “Nossa meta é atuar em três principais frentes, que é a conservação da Floresta da Araucária, a atração de uma produção alternativa aos agricultores, criando um modelo de propriedade auto-sustentável e auto-suficiente com uma matriz energética renovável, sem depender de insumos externos e a conversão dos agricultores que trabalham com a cultura de fumo para atividades como o biodiesel. Em Prudentópolis, por exemplo, há um nível de intoxicação muito alto. De cada 50 agricultores, um caso é notificado no sistema público de saúde”, revelou.

Fonte: AEN

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