quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Potencialidade brasileira para biodiesel


O solo e clima favoráveis fazem do Brasil um destaque mundial quando se trata da produção de biodiesel. Fonte renovável de energia e uma alternativa ao petróleo, o combustível, além de reduzir a emissão de gás carbônico e enxofre que causam o efeito estufa, também reduz a dependência do país quanto à importação de diesel.

O biodiesel pode ser produzido a partir de plantas oleaginosas, como soja, mamona, dendê, babaçu e palma, e da gordura animal. O Brasil se destaca por possuir um imenso potencial para enfrentar a competitividade mundial, já que por aqui existem cerca de 40 variedades dessas plantas, enquanto na Europa existe apenas uma e nos Estados Unidos, três. A Lei nº 11.097/05, fruto do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), prevê que dentro de um ano as empresas se tornem obrigadas a adicionar 2% de biodiesel ao diesel. A partir de 2013, o acréscimo passa a ser de 5%. O objetivo é incentivar a produção do combustível em diversas regiões do país e promover sua inclusão social. Para isso, o governo criou o Selo Combustível Social, que é concedido aos produtores de biodiesel que compram matéria-prima da agricultura familiar.

Quanto a sua utilização, a taxa de 2% não demanda alterações nos motores dos veículos, mas com o aumento gradativo do uso do biodiesel será necessária uma adaptação. As empresas brasileiras que utilizarem a fonte renovável de energia podem obter ganhos financeiros através do Protocolo de Kyoto. Trata-se de um compromisso dos países desenvolvidos quanto à redução das taxas de emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. Empresas que diminuírem a taxa de emissão em países pobres poderão gerar créditos de carbono e vender aos países desenvolvidos. Entrar para esse projeto é algo complexo e que demanda tempo, mas o governo federal já anunciou que investirá R$ 80 milhões para ajudar as empresas que utilizarem o biodiesel a se inserirem no mercado de carbono.

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