sábado, 3 de fevereiro de 2007

Goías quer Biodiesel

No início de 2005 foi criado o Comitê Goiano do Biodiesel, iniciativa do governo estadual que pretende firmar parcerias com o empresariado para a implementação de projetos de desenvolvimento do biodiesel no Estado. O Comitê é formado por representantes de sete secretarias estaduais (Agricultura, Ciência e Tecnologia, Indústria e Comércio, Infra-estrutura, Fazenda, Meio Ambiente e Planejamento), da Companhia Energética de Goiás (Celg), das Federações da Indústria (Fieg) e da Agricultura (Faeg) e do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool (Sifaeg).

O sentido da formação do colegiado advém da inexorável necessidade de se discutir e viabilizar a modificação da matriz energética brasileira com a introdução de novos combustíveis economicamente viáveis e ecologicamente corretos, como o biodiesel.
Os projetos de construção de usinas têm 90% de todas suas etapas (da agrícola à industrial, passando por transporte, logística e armazenamento) financiadas pelo Governo Federal (via BNDES e Banco do Brasil), através do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel e conta com a prioridade dos desembolsos do Fundo Constitucional para o Desenvolvimento do Centro-Oeste e também com o apoio do governo do estado, através da lei n° 15.435 que instituiu o Fundo de Incentivo ao Biodiesel (FUNBIODIESEL), como parte das ações do Comitê Goiano do Biodiesel.

Nesse sentido, o Vale do São Patrício e, sobretudo, o entorno de Goianésia destaca-se por reunir as condições onde pode-se desenvolver mais fortemente a produção de Biodiesel no estado de Goiás.

É uma importante janela de oportunidade no horizonte do agronegócio do meio-norte goiano, com efetivos ganhos empresariais e de dinamização de renda e emprego para as populações locais.

Contamos, em nossa localidade, com importantes e competentes usinas produtoras de álcool etanol, o que viabiliza custos menores uma vez que este é matéria-prima essencial para a produção do biodiesel. A vocação agrícola da região e a futura conclusão da ferrovia Norte-Sul para o ano de 2008 ligando o estado do Maranhão à cidade de Senador Canedo, em Goiás, poderá ser uma nova possibilidade de deslocamento de matérias-primas de outras regiões do país, sobretudo do Norte-Nordeste, a custos reduzidos, além de ser uma importante via para exportação do produto nos portos de Pecém (CE) e Itaqui (MA).

Há, no entanto, a necessidade de decisões empresariais rápidas e pautadas por estudos a respeito dos tipos de oleaginosas mais viáveis para as especificidades locais, e o desenvolvimento de parcerias entre os produtores da região para o fornecimento de matérias-primas.

É uma importante e real possibilidade de inserção econômica de nossa região dentro de um novo cenário de matriz energética nacional que se constrói para os próximos anos baseada em novas diretrizes de preservação ambiental e da expansão de fontes energéticas renováveis, em detrimento dos combustíveis fósseis.

Por Leonardo Calixto

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