A subsidiária Sada Bioenergia, instalada numa área de 16 mil hectares no município de Jaíba, no norte de Minas Gerais, começará a processar cana-de-açúcar para a produção de álcool e pinhão-manso para a fabricação de biodiesel.
Até 2010, o grupo controlado pelo empresário Vittorio Medioli, que também edita o jornal "O Tempo", investirá R$ 120 milhões na construção de uma planta industrial conjugada de álcool e biodiesel e na implantação de 11 mil hectares de cana e de 5 mil de pinhão-manso.
A usina de biodiesel, capaz de moer 240 mil toneladas de pinhão por ano, fabricará 85 mil toneladas de biodiesel a partir do processo etílico - 14 milhões de litros de etanol serão usados na produção de um biodiesel 100% vegetal, sem a utilização de produtos minerais no processo. Na segunda etapa, prevista para 2012, a usina de álcool passará a moer 2,5 milhões de toneladas de cana, produzindo 220 milhões de litros de álcool. No biodiesel, será possível elevar a produção a 1,1 milhão de toneladas a partir de 3 milhões de pinhão.
Operador de uma frota de dois mil caminhões, o grupo Sada usará os combustíveis para atingir a auto-suficiência no abastecimento de seus veículos. Para isso, construirá dois pontos de apoio para alimentar sua frota em Juazeiro (BA) e Itaubim (MG). A produção será transportada em comboios-tanque movidos a biodiesel pelo rio São Francisco até as duas cidades. No Jaíba, um duto de 13 km ligará a usina até o rio. "Nosso objetivo é a auto-suficiência. Mas como somos uma empresa de logística, pensamos na distribuição da produção", explica Vittorio Medioli, que exerceu quatro mandatos de deputado federal.
Para abastecer a usina de biodiesel, já foram plantados 1 mil hectares de pinhão-manso. No próximo ano, a área somará 4 mil hectares. Até 2010, serão incorporados outros 15 mil hectares em parceria com os pequenos produtores dos arredores do Projeto Jaíba. A Sada Bioenergia tem hoje 600 funcionários. No fim da primeira etapa, serão 2,4 mil. Além disso, três mil famílias estarão incluídas no processo de cultivo do pinhão. "Começamos a experiência com mamona em 2001, mas vimos ao longo do tempo que o pinhão era uma alternativa melhor para as famílias da região por suas características menos agressivas à saúde humana", diz Medioli. "Nossos parceiros não terão apenas pinhão. Eles vão usar em consórcio com milho, batata, abóbora, feijão e frutas". Medioli estima que, ao final da implantação da unidade, a empresa terá expandido as parcerias a cerca de 30 mil famílias da região.
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Um comentário:
valeu ...
sucesso !!!!!!
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