quinta-feira, 31 de maio de 2007
B5 chega até 2010
A homologação do uso do combustível misturado com 5% de biodiesel e 95% de diesel destilado de petróleo – conhecido por B5, pela indústria automobilística e pelo governo federal pode ocorrer antes do previsto. No próximo dia 11 de junho, adiantou em entrevista à Gazeta Miguel Dabdoub, professor do departamento de Química da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto e coordenador do projeto Biodiesel Brasil, serão apresentados os resultados de testes com biodiesel ao governo federal. “Muito provavelmente, deverá resultar no adiantamento das metas de uso do B5 que, por lei, estão estabelecidos para janeiro de 2013 e agora, será possível para janeiro de 2010”, acredita.
Pelo projeto Biodiesel Brasil, foram testados 150 caminhões e 20 vans da unidade da Coca-Cola de Ribeirão Preto. Os programas, detalha o professor, referem-se à validação do uso de 5% de biodiesel em caminhões, vans e ônibus pertencentes às frotas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e com fabricantes de motores e filtros.
Outros programas de testes, de acordo com Dabdoub, são com máquinas agrícolas, em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jabotical. O programa foi desenvolvido na usina de álcool Catanduva, com a frota de tratores que utilizou 20% de biodiesel de soja e 5% de mamona. “Um terceiro teste concluído com sucesso foi o de equipamentos de máquinas da Caterpillar, em Paracatu, Minas Gerais.
Há ainda um quarto teste com veículos da Peugeot e Citroën. A primeira fase dos testes foi concluída com sucesso em junho de 2006 e, atualmente, a segunda fase incluí veículos com tecnologia de ponta, como a injeção eletrônica. “Utilizamos 30% de biodiesel de soja nesses veículos e nos outros foram utilizados 30% de dendê. Também utilizamos misturas de soja e mamona. É o programa mais avançado que temos no País e, oficialmente, posso dizer que é o mais avançado que temos no mundo por utilizar misturas de até 30%”, garante..
No campus da USP de Ribeirão Preto, segundo Dabdoub, há o centro de Desenvolvimento da Produção de Biodiesel e de uso dessa tecnologia. Há diversas indústrias parceiras na realização dos programas, que se concentram em uma lista de 25 empresas. “Nosso grupo colabora com assessoramento para incentivar a instalação de usinas de biodiesel”, diz.
Nessa terça-feira (29), 10 norte-americanos, dois deles jornalistas da revista Chemical and Engineering, e os demais membros da Sociedade Americana de Química, liderados pelo professor Miguel Dabdoub, conheceram a fábrica da NG Metalúrgica, a maior exportadora de turbinas de geração de energia do Brasil e produtora de destilarias de álcool, equipamentos e sistemas para diversos segmentos industriais.
Antes da passagem por Piracicaba, a comitiva norte-americana esteve na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de São Carlos e na (Unicamp). Para o professor Miguel Dabdoub, a visita à NG é oportunidade de interação com pesquisadores norte-americanos e de realização de negócios futuros. “A visita faz parte da colaboração bilateral Estados Unidos Brasil. E a NG Metalúrgica é primeira e única indústria a produzir equipamentos para biodiesel e exportado para os Estados Unidos com tecnologia desenvolvida no Brasil”.
Segundo Dorival Augusto Secamilli, do departamento Comercial de Açúcar e Álcool da NG, as destilarias são vendidas em função de capacidades agrícola, moagem, matéria-prima, determinando sua produção para álcool ou açúcar.
Fonte: Gazeta de Ribeirão
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