quarta-feira, 23 de maio de 2007

Biocombustível: meta da UE não prejudicará mercado de alimentos

A União Européia (UE) pode alcançar sua meta de uso de 10% de biocombustível até 2020 sem prejudicar muito os mercados de alimentos, afirmou hoje a Comissária Agrícola do bloco, Mariann Fischer Boel. "A meta de 10% não irá criar fortes tensões nos mercados ou pressionar excessivamente os recursos", declarou ela. "A meta de 10% não foi um salto no escuro", acrescentou.

Na União Européia, o biodiesel é produzido principalmente a partir de óleo de colza, e o etanol a partir de grãos e beterraba. O bloco também está tentando alcançar uma meta de uso de 5,75% de biocombustível até 2010, mas ela pode cair um pouco. Segundo Boel, estudos da Comissão Européia mostram que a meta elevaria os preços de cereais no bloco entre 3% a 6%, e os de oleaginosas entre 5% e 18%. No entanto, ela acrescentou que os preços dos produtos brutos influenciam os preços dos alimentos apenas de forma limitada.

"O custo dos cereais corresponde a apenas cerca de 1% a 5% do preço do pão para o consumidor, o que significa que os preços do pão aumentariam menos de 1%", afirmou a comissária. No entanto, ela afirmou que o aumento dos preços de produtos derivados de oleaginosas seria maior.

Importação
Alguns biocombustíveis precisarão ser importados. Sob as atuais políticas agrícola e de comércio, entre 10% e 30% da oferta de biocombustível até 2020 provavelmente seria importada. O volume de importações dependerá da competitividade das matérias-primas da UE em relação ao mercado mundial. As informações são da Dow Jones.

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