segunda-feira, 28 de maio de 2007

Embrapa Agroenergia completa um ano

Com a necessidade crescente de uso de energias alternativas em escala mundial, a atividade agropecuária se confirmou como uma das mais promissoras fontes de matérias-primas para a produção de energia renovável. Nesse cenário, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária(Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sentiu a necessidade de uma coordenação dos trabalhos e pesquisas de desenvolvimento de soluções para obtenção de energia na atividade agro-industrial. Criou-se, então, a Embrapa Agroenergia, que quinta-feira (24) completou um ano.

"Neste ano já estamos atuando no gerenciamento de metas, na criação do portifólio da Unidade e definindo parcerias", diz Frederico Durães, chefe-geral da Embrapa Agroenergia (na foto). A unidade vem mapeando e articulando os esforços e as competências das diferentes unidades de pesquisa da Embrapa, além de estruturar cinco coordenadorias regionais de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), localizadas em pontos estratégicos do território nacional. É uma unidade que atua no contexto de várias redes de pesquisa, envolvendo também pesquisadores de outras instituições, inclusive do exterior.

É nesse contexto que são desenvolvidas pesquisas para garantir a sustentabilidade e a competitividade às cadeias de agroenergia e que se promove a transferência de tecnologias nessa área. Em consonância com o Plano Nacional de Agroenergia (2006-2011), a Embrapa Agroenergia incluiu em sua missão o desenvolvimento de quatro plataformas de PD&I: etanol, biodiesel, florestas energéticas e resíduos. O trabalho desenvolvido abrange os sistemas de produção, a eficiência dos processos de transformação e a definição das características necessárias dos produtos ou subprodutos.

Etanol
As principais linhas de pesquisa dizem respeito ao desenvolvimento e caracterização de espécies de cana com tolerância aos estresses ambientais, bióticos e abióticos, especialmente a resistência a pragas, ao estresse hídrico e a eficiência do uso de nitrogênio. São realizados estudos de impactos sociais e econômicos do cultivo dessa cultura. Paralelamente, são estudados também outras fontes de obtenção de etanol, como amido e celulose.

Biodiesel
Atualmente as espécies estudadas como matéria-prima para produção de biodiesel são soja, mamona, girassol, dendê e colza, para ampliação do domínio tecnológico e possibilidades de uso. Estão sendo realizados estudos sócio-econômicos e de impactos ambientais, as tecnologia de produção e de uso do biocombustível. São efetuados zoneamentos climáticos e sanitários dessas culturas. Também são estudadas oleaginosas com potencial para produção de biodiesel.

Florestas Energéticas
Os estudos sobre a energia gerada biomassa florestal, que tem como vantagem o fato de produzir um combustível renovável com impacto nulo sobre o efeito estufa, abordam a produção da matéria-prima, os processos agroindustriais, os derivados de alto valor agregado, a eficiência produtiva e as florestas nativas e plantadas.

Resíduos
Diz respeito a co-produtos derivados do processo agroindustrial com possibilidade de ampliação dos usos e embarcada de inovações que agregam valor à produção. As redes já articuladas de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) dizem respeito aos descartes do setor sucro-alcooleiro, madeira, arroz, dejetos animais e lixo.

Fonte:

Nenhum comentário: