quinta-feira, 24 de maio de 2007

Depois do biodiesel ESAC aposta no etanol

Na sequência da aposta bem sucedida no biodiesel, a Escola Superior Agrária de Coimbra prepara-se para ensaiar a unidade piloto de etanol.

Jorge Varejão, docente da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), anunciou, na conferência sobre biocombustíveis organizada pelo Núcleo de Ambiente, com o apoio da Xenax e do Instituto Politécnico de Coimbra, a conclusão da unidade piloto para a produção de etanol. Os testes estão marcados para breve e, segundo o docente, a unidade, com dois mil litros de capacidade, aproveitará os resíduos das cantinas das ESAC, principalmente arroz e batata, e da unidade de produção de queijo. O etanol, que Jorge Varejão considera o biocombustível do futuro, é utilizado nos motores a gasolina, nos motores diesel ou como componente do biodiesel.

Recorde-se que a ESAC possui um projecto inovador nesta área, produzindo este biocombustível a partir dos óleos usados nas cantinas.

Segundo Jorge Varejão, o biodiesel é utilizado com sucesso nas máquinas agrícolas ao serviço da escola e, em breve, entrará nos depósitos de combustível das viaturas de transporte de pessoal da ESAC.

A fase de arranque e teste da unidade de produção de Biodiesel ocorreu entre Julho e Setembro de 2006 e a produção efectiva iniciou-se em Outubro, sendo que nela se poderá converter, em condições óptimas e em funcionamento automático, até um máximo de 600 litros de óleo por dia. Funciona de modo automático ou manual, em ciclos de 6/8 horas, e foi construída unicamente com tecnologia disponível na escola, com o contributo empenhado de funcionários, alunos e docentes.

O aproveitamento do óleo queimado para utilização nos diferentes equipamentos do estabelecimento de ensino e o suporte didáctico a alunos e docentes constituem-se como objectivos principais da unidade, que transforma resíduos até agora considerados de difícil eliminação, em combustível de elevada qualidade.

Paralelamente a este projecto, a ESAC tem desenvolvido o conhecimento na área da biotecnologia pela participação e submissão em projectos de investigação científica; pela aposta na construção e adaptação de equipamentos, e; pela realização de estágios técnico-científicos pelos alunos.

A ESAC reafirma a aposta nesta área com uma proposta de mestrado em biotecnologia, especialização em biocombustíveis, adaptada ao modelo de Bolonha.

Fonte: Diária As Beiras

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