quarta-feira, 23 de maio de 2007

Rota Etílica do Biodiesel

O mercado de biodiesel brasileiro vem se desenvolvendo nos últimos anos baseado principalmente em tecnologias usadas em outros locais do mundo e que somente conseguem aproveitar como matéria-prima, além do óleo vegetal ou o sebo animal, um álcool chamado como metanol.

A maioria das pessoas já deve ter ouvido falar deste álcool, que é produzido em sua maioria a partir de petróleo e que é extremamente tóxico além de ter de ser importado pelo Brasil já que aqui não se produz metanol na quantidade necessária pela industria nacional atual.

Faltava ao Brasil e ao mundo uma tecnologia que pudesse fabricar o biodiesel, combustível em gigantesca expansão no mundo todo, a partir de um outro álcool que fosse menos poluente, menos nocivo e tóxico e que no caso de nosso país, fosse produzido aqui mesmo, economizando assim divisas com importações onerosas além de criar empregos no agronegócio brasileiro.

Esse álcool é o nosso conhecido etanol ou "álcool-de-cana". Muito mais fácil de ser manipulado por humanos do que o metanol.

O grande desafio para as empresas de biodiesel era substituir o metanol pelo etanol em seus processos já que isso acarreta várias complicações técnicas nunca antes resolvidas fazendo com que até a pouco tempo o biodiesel "etílico" fosse apenas uma curiosidade presente em laboratório de química.

O desafio foi vencido e a tecnologia de produção de biodiesel a partir de etanol foi dominada desde 2004 por uma patente que pertence hoje a Petrobio Biodiesel e que foi adquirida da MB do Brasil Biodiesel, empresas de Piracicaba e Ribeirão Preto respectivamente, todas no interior de São Paulo. A patente foi criada completamente por químicos brasileiros e hoje é o único processo que tem condições mundialmente de fabricar biodiesel com etanol de maneira econômica, prática e com boa qualidade e disponível nas linhas industriais "batelada", "semicontínuas" e "contínuas" cobrindo assim todo o universo de potenciais produtores do biocombustível além de aceitar o velho conhecido metanol, tornando "TOTAL FLEX" a fabricação do biodiesel (aceita qualquer álcool).

Hoje existe no Brasil um lobby pelo uso de metanol no programa de biodiesel do governo federal para viabilizar as caras tecnologias re-aproveitadas dos países europeus e dos Estados Unidos. Tentam convencer o governo federal de que importar metanol feito com petróleo é melhor do que plantar nosso próprio combustível aqui.

Várias universidades do Brasil e do mundo estão trabalhando em seus próprios processos químicos para fazer biodiesel etílico, mas esse já está disponível no Brasil, tem baixo custo e não paga royalties para estrangeiros e que por isso, com toda essa tecnologia nacional, faz biodiesel a preços de custo inferiores aos preços de custo do diesel da Petrobrás.

A retórica difundida de que o biodiesel é mais caro que o diesel não é uma realidade, quando em sua fabricação, o biodiesel leva o que existe de melhor em nossa tecnologia nacional.

Fonte: MB do Brasil

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