Mais de dois bilhões de pessoas no mundo não têm nenhum acesso a fontes de energia modernas, sendo que a maioria delas está vivendo em áreas rurais, o que dificulta o desenvolvimento econômico e social de suas populações.
No Brasil, cerca de cinco milhões de domicílios brasileiros - em torno de 11 milhões de habitantes - não têm acesso à energia elétrica1. Somente na Região Amazônica, estima-se que existam 18,45% domicílios não atendidos pelo fornecimento de energia elétrica convencional.
No intuito de eliminar essa exclusão energética no país, o Governo Federal criou em 2004 o Programa “Luz para Todos” que pretende universalizar o acesso à energia elétrica até o final de 2008, atendendo aproximadamente quatro mil municípios e cerca de sete milhões de habitantes que hoje não têm acesso à energia. Entretanto, problemas relacionados aos desequilíbrios sócio-espaciais, como o alto custo da geração, transmissão e distribuição de energia hidrelétrica inviabilizam iniciativas de atendimento às necessidades energéticas de pequena escala, deixando desprovidas de abastecimento populações rurais e/ou extrativistas geograficamente isoladas dos grandes centros urbanos.
Assim, uma possível solução para o problema é o uso de fontes renováveis, tendo em vista a abundância local de recursos como biomassa, energia solar, eólica e hidráulica, que oferecem energia em condições adequadas às realidades locais.
O biodiesel, obtido a partir de óleos vegetais, tem sido usado em projetos experimentais na Amazônia. Entre as espécies utilizadas Silva e Berman (2004) destacam: o dendezeiro (Elaeis guineensis), o buritizeiro (Mauritia flexuosa), a copaibeira (Copaiphera multijuga), o babaçu (Orbignya martiana), a andiroba (Carapa guianensis) e a ucuúba (Virola surinamensis). E ainda, o aproveitamento dos resíduos de madeireiras. Um impacto ambiental do biodiesel é o desmatamento em virtude da crescente necessidade de grandes áreas de cultivo para a produção de biomassa.
Fonte: Corrêa Neto Notícias
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