quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

O Biodiesel no Ceará precisara comprar oleaginosas de fora do Estado

A usina de biodiesel inaugurada hoje em Crateús irá precisar comprar oleaginosas de fora do Estado para atender a demanda. É o que afirma o presidente da Brasil Ecodiesel, Nelson Silveira. "A intenção é que a mamona e o pião manso respondam por 60% da matéria-prima no final do ano. Hoje, respondem por 30%", afirma.

Segundo Silveira, não há mamona suficiente porque os leilões de venda de biodiesel feitos no ano passado e não havia um programa agrícola voltado para essa cultura. "Os contratos só foram assinados em setembro. Você só pode disparar uma programa (de cultivo da mamona) quando há venda certa. Se hoje não há mamona suficiente no Ceará, isso vai acontecer este ano e em 2008, quando o biodiesel será obrigatório", afirma.

Segundo Silveira, para que haja produção suficiente para atender à demanda é preciso haver um trabalho de reestruturação do programa agrícola e oferecer assistência técnica aos agricultores. "Nós mesmos da Brasil Ecodiesel fizemos, em 2006, 250 mil visitas de assistência técnica no Nordeste", diz. Silveira acredita que a entrada em operação da unidade de Crateús irá estimular a produção da mamona. "O cultivo de oleaginosas emprega, no Nordeste, 45 mil famílias. No Ceará são seis mil famílias. Para o ano de 2007, queremos chegar a mais de 100 mil famílias no Nordeste e acredito que tenhamos de 15 mil a 20 mil famílias envolvidas no Ceará", afirma. (MT)

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