quinta-feira, 25 de janeiro de 2007
Americanos reconhecem o efeito estufa
Uma das maiores resistências à perseguição da redução do efeito estufa em todo o mundo começa a ser quebrada com ‘nova posição’ assumida pelo presidente dos Estados Unidos da América, George W. Bush, ao anunciar nesta semana, ante o Congresso dos EUA, a meta de reduzir o consumo de gasolina, naquele país, em 20% nos próximos dez anos, além de indicar que o etanol (álcool etílico) seja responsável por 75% da redução proposta como objetivo.
No plano apresentado pelo presidente norte-americano e chamado de “Vinte em Dez” está especificado que a utilização de combustíveis renováveis deve atingir a cifra de 132,5 bilhões de litros em 2017. Esta determinação expande em 366,55% a atual produção de etanol nos Estados Unidos que devem dispor, em 2007, de 28,4 bilhões de litros de etanol.
A biodiversidade brasileira, uma das maiores do mundo, oferece alternativas variadas de espécimes nativos que podem ser aproveitados para a produção de biodiesel, entre estes podemos citar o girassol, o pinhão manso, a mamona, o amendoim, palma (babaçu, dendê), a soja e o algodão.
A produção de energia limpa tende a ter maior demanda em todo o mundo em função dos efeitos negativos proporcionados pela queima dos combustíveis fósseis em relação às mudanças climáticas que já estão ocorrendo em todo o globo. Neste contexto, como o Brasil detém a maior e mais variada fonte de energia limpa, que seria o biodiesel, no longo prazo poderemos manter o segundo lugar ante os Estados Unidos, ou mesmo ser o primeiro no ranking, se considerarmos tanto a produção de etanol quanto a do biodiesel.
O uso do biodiesel leva o país a se integrar às normas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto a fim de diminuir a emissão dos gases formadores do efeito estufa.
Sem toxicidade e biodegradável, o biodiesel não produz fumaça e é inodoro. Sua produção em alta escala tem ainda o efeito econômico de reduzir a importação de combustíveis fósseis, pois ainda o compramos no exterior apesar da auto-suficiência propalada pelo governo neste setor e que teria sido alcançada pela estatal brasileira de petróleo no ano passado.
Uma outra conseqüência benéfica é o incentivo ao produtor rural para ampliar o plantio de oleaginosas. Neste particular, os ambientalistas enxergam outro problema que seria a ocupação de grandes áreas por monoculturas voltadas para fabricação de combustíveis em prejuízo dos alimentos, algo que já existe hoje e deve se intensificar no futuro até pelas exigências inerentes ao esgotamento das reservas de combustíveis fósseis planeta afora.
Com isto é reforçada a necessidade de produção deste tipo de energia limpa. O Brasil consome cerca de 43 bilhões de litros de óleo diesel por ano, enquanto a produção de biodiesel esbarra em marca inferior a 1 bilhão de litros/ano. Este fato explicita o potencial existente no país para ser explorado.
O Programa Nacional do Biodiesel tem disponível para aplicar em 2007 recursos da ordem de R$ 369 milhões voltados para agricultura familiar e deve beneficiar cerca de 205 mil pequenos produtores cuja produção já está atrelada a contratos com usinas produtoras de energia limpa.
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