segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Biodiesel feito por craqueamento térmico


O craqueamento térmico ou pirólise é a conversão de uma substância em
outra por meio do uso de calor, isto é, pelo aquecimento da substância, na
ausência de ar ou oxigênio, a temperaturas superiores a 450 graus centígrados.
Em algumas situações, esse processo é auxiliado por um catalisador para a
quebra das ligações químicas, de modo a gerar moléculas menores (Weisz et
al., 1979).

Diferentemente de mistura direta, gorduras podem ser objeto de pirólise para
a produção de compostos de menores cadeias. A pirólise de gorduras tem sido
investigada há mais de 100 anos, especialmente em países com pequenas reservas
de petróleo. Catalisadores típicos para serem empregados na pirólise são o óxido
de silício – SiO2 e o óxido de alumínio – Al2O3.

O equipamento para pirólise ou craqueamento térmico é caro. Contudo, os
produtos finais são similares quimicamente ao óleo diesel. A remoção do oxigênio
do processo reduz os benefícios de ser um combustível oxigenado, diminuindo suas vantagens ambientais e geralmente produzindo um combustível mais
próximo da gasolina que do diesel.

Pesquisadores da Universidade de Brasília – UnB estão desenvolvendo uma
unidade de craqueamento térmico que converte o óleo vegetal de dendê, por
exemplo, em um combustível com características semelhantes ao óleo diesel.

O estudo, financiado pela Embrapa, tem com objetivo construir um equipamento
de baixo custo que ofereça ao pequeno agricultor e cooperativas rurais, situados
em regiões afastadas dos centros produtores e distribuidores de combustíveis
derivados do petróleo, a capacidade de gerar seu próprio combustível.

Esclareça-se, contudo, que, pela nomenclatura internacional, o combustível
produzido pelo craqueamento térmico não é considerado biodiesel, apesar de
ser um biocombustível semelhante ao óleo diesel.

Fonte: Biodiesel e Inclusão Social

Nenhum comentário: