Apontado por especialistas como o futuro da produção de combustíveis, o biodiesel enfrenta, no Brasil, um problema estratégico: a forma de produção.
Compromisso de campanha do primeiro governo Lula (PT), a produção familiar dos componentes do biodiesel, em especial no Norte e Nordeste, foi incentivada pelo governo, com reduções que chegam a 100% de encargos como PIS/Pasep para as empresas que comprem matéria-prima da agricultura familiar.
A lei brasileira determina que, até 2008, todo o óleo diesel consumido no país seja composto por uma mistura de 2% de biodiesel e 98% de diesel de petróleo, o que gera um mercado estimado em 800 milhões de litros anuais. Entretanto, a produção familiar não alcança, hoje, os 50 milhões de litros.
“A opção pela agricultura familiar é importante, mas se limita a um complemento. Jamais vai atingir os números necessários para suprir o mercado nacional”, afirma Carlos Freitas, engenheiro especialista no assunto.
Segundo o governo federal, para suprir a demanda, nos atuais moldes, será necessário que 1,5% da área agricultável do país seja dedicada a matérias-primas para o biodiesel, condição que parece difícil de ser preenchida pela agricultura familiar, que ocupa, hoje, apenas 0,25% do total das áreas.
Fonte: Bom Dia Rio Preto
Agência UDOP de Notícias
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