A proposta da Comissão Européia de impor uma meta obrigatória para o uso de biocombustíveis no bloco até 2020 vai pôr em risco a produção de alimentos e gerar alta de preços, afirmaram duas organizações da indústria alimentícia da UE na quarta-feira.
Como parte de uma política mais ampla para combater o aquecimento global, a Comissão Européia propôs uma meta de 10 por cento para o uso de biocombustíveis, produzidos a partir de cana, grãos ou óleos vegetais, até 2020.
"Isso vai prejudicar a indústria alimentícia ao provocar uma séria restrição de matérias-primas e uma alta não-sustentável de preços", afirmaram as entidades em um comunicado conjunto.
O preço do óleo de colza dobrou em cinco anos, e os preços de cereais, amidos e glicose recentemente subiram 20 por cento, segundo o comunicado.
Grandes produtores de alimentos europeus como a Unilever enfrentam concorrência para usar óleo de colza, por exemplo, com a indústria de biodiesel, que recebe incentivos fiscais.
Atualmente, a UE tem uma meta não-obrigatória de 5,75 por cento para biocombustíveis até 2010.
As organizações pediram à UE que abra suas importações para biocombustíveis e aumente sua base de insumos para a produção de biocombustíveis para evitar uma escassez de alimentos.
Fonte: Reuters Brasil
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