quinta-feira, 28 de junho de 2007

Opinião: A hora da regulação dos biocombustiveis

José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil

Chegou a hora de o governo regular o setor sucroalcooleiro e a expansão da cultura de cana- de-açúcar, dirigida para a produção de açúcar e álcool, o etanol. Por todo país, centenas de centrais ou usinas sucroalcooleiras estão sendo construídas. E já se fala em mais 6 milhões de hectares de novas plantações de cana-de-açúcar e de oleaginosas para a produção de biocombustíveis, o biodiesel.

Certamente, vão surgir novos problemas, que vão se somar às velhas mazelas sociais do cultivo da cana-de-açúcar: poluição nas cidades vizinhas aos canaviais que são queimados para corte; péssimas condições de trabalho, de moradia, de alimentação, e baixos salários dos quase 1 milhão de trabalhadores rurais cortadores de cana; ameaça de monocultura e eliminação da produção de alimentos em algumas regiões do país; degradação do meio ambiente; compra de terras por empresas estrangeiras e risco de desnacionalização do setor.

Nada justifica esse cenário. Ainda mais que o aumento da produção de açúcar e álcool, e do biodiesel, amplia as possibilidades desse setor, que já são muito relevantes, seja na geração de emprego, seja na exportação não só de produtos (açúcar e etanol), mas também de tecnologia e serviços. Sem falar nos benefícios ambientais da substituição da gasolina e do diesel, ou seja, do petróleo. Somos um ator internacional importante e não podemos deixar que essa oportunidade seja perdida por falta de regulação e planejamento.

Faz-se necessária, de imediato, uma política nacional de zoneamento agrícola para a cana-de-açúcar e as oleaginosas, para evitarmos a monocultura, a expulsão da produção de alimentos e a degradação de terras. Além do zoneamento, é necessário exigir, dos plantadores de cana e de oleaginosas, a proteção das matas ciliares e um percentual de reflorestamento. A política reguladora deve, ainda, impedir o controle por estrangeiros de terras não apenas nas zonas de fronteira, como já proíbe a Constituição, mas em todo território nacional. Não devemos vacilar em impor limites a essas compras, e proteger a empresa nacional. Trata-se de uma questão de segurança energética nacional que exige uma política nacional e um órgão ou empresa que regule o setor.

Não podemos perder a oportunidade de vincular a produção, por exemplo, de biodiesel, à pequena propriedade familiar e aos assentamentos de reforma agrária, organizando cooperativas e as associando a empresas privadas dentro de uma política nacional. Não se trata de estatizar o setor, que é privado e continuará privado, mas de apoiá-lo com medidas tributárias e de crédito, via BNDES, e com uma grande empresa, como a Petrobras, que poderá colocar toda sua força para dar suporte à produção, comercialização e exportação do etanol e biodiesel.

Com relação à questão social, esperamos que o governo, empresários e sindicatos criem já uma mesa nacional de negociação para estabelecer um piso nacional salarial e condições de moradia, alimentação e segurança dignas para os trabalhadores rurais cortadores de cana, antes chamados de bóias- frias. Que o Ministério do Trabalho exerça seu papel fiscalizador, e lidere esse processo junto com as centrais sindicais, particularmente a Confederação Nacional dos Trabalhadores Agrícolas (Contag), e as entidades empresariais do setor sucroalcooleiro e canavieiro. A mecanização do setor deve ser incentivada ao lado de políticas de capacitação e formação de mão-de-obra, já que, com o crescimento do emprego, esses trabalhadores poderão ser recolocados.

Cabe ao governo e ao Congresso Nacional fazerem um marco regulatório para o setor, para que essa nova oportunidade não se transforme, como outras em nossa história, em degradação do meio ambiente, destruição da pequena propriedade, trabalho servil, concentração de renda e formação de grandes cartéis e monopólios. O Brasil não pode crescer sem melhorar as condições de vida de seu povo. Para isso é que existe o Estado e a regulação.

Fonte:

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Nova tecnologia elimina resíduos indesejáveis na produção de biodiesel

Nova tecnologia que não gera resíduos indesejáveis na produção de biodiesel, desenvolvida e patenteada pela Westfalia Separator da Alemanha, já está em fase de instalação em fábricas no Brasil. A inovação aperfeiçoa o pré-tratamento do óleo vegetal, matéria-prima da produção de biodiesel. O método denominado de Neutralização Alcoólica não gera resíduos como: a borra, que ocasiona redução no rendimento do produto final; e a água de lavagem, que necessita de tratamento especial para não ser poluente. “É, portanto, um método mais amigável ao meio ambiente”, ressalta Osvaldo Bullara, gerente de Óleos e Gorduras da Westfalia Separator do Brasil, que desenvolve projetos e implementa fábricas de biodiesel no país.

De acordo com Bullara, a preocupação com o meio-ambiente criou uma tendência mundial, na qual as empresas engajadas estão adotando as novas plantas industriais com este pré-tratamento. Além disso, a nova tecnologia contribui para um maior rendimento de biodiesel na produção final, já que a economia de insumos e receitas com subprodutos podem chegar a R$ 2.400.000 por ano para uma planta que produz de 120 mil toneladas, o que corresponde a aproximadamente 1,5% do custo de toda a matéria-prima utilizada para a produção de biodiesel neste período. E essas vantagens da tecnologia inovadora da Westfalia podem ser determinantes para a competitividade no setor. “A partir de 2008, as distribuidoras serão obrigadas por lei a agregar 2% de biodiesel ao diesel. Afora isso, o governo deve adquirir o combustível primordialmente das empresas que têm o Selo Combustível Social, uma certificação de que os produtores de biodiesel incluem a agricultura familiar, através da compra de matéria prima deles e a assistência técnica a eles oferecida”, enfatiza Miguel Vaz de Ribeiro, vice-presidente da Fiagril, empresa focada em agronegócios, localizada em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, onde está sendo instalada uma das plantas industriais com novo processo da Westfalia.

Com a implantação da fábrica de biodiesel, o principal objetivo da Fiagril é diversificar as atividades, agregar valor a produção primária da região, criando outras alternativas para a economia local. Já foram criados 200 empregos diretos para a instalação da nova unidade. No total, serão investidos R$ 35 milhões para todo o projeto, sendo que o Programa de Apoio Financeiro a Investimentos em Biodiesel do BNDES financiará 80% desse valor. Ainda no Mato Grosso, centrífugas da Westfalia estão em fase de implementação na fábrica de biodiesel da ADM, uma das maiores processadoras de soja do país.

Outro mercado que começa a ser atendido é o sul do país. No Rio Grande do Sul, uma planta industrial completa da Westfalia está em fase de instalação na Granol, empresa especializada na produção e comercialização de grãos. Segundo Juan Diego Ferrés, diretor industrial da Granol, a produção de biodiesel é uma oportunidade econômica única para o Brasil, que tem potencial agrícola e diversas indústrias de esmagamento espalhadas pelo país. “Os investimentos da Granol em fábricas de biodiesel já somam mais de R$ 80 milhões, prova de que acreditamos no futuro desse combustível verde”, acrescenta Ferrés. A aquisição de uma planta completa com essa inovação tecnológica garante a produção de biodiesel com maior valor agregado e conseqüente vantagem econômica. “A qualidade do produto final é melhor e os custos de produção são menores, o que gera mais lucro para as empresas produtoras”, lembra Bullara.

A Westfalia Separator Brasil oferece, além das centrífugas para o pré-tratamento, projetos completos para toda a linha de produção, soluções que permitem máxima eficiência e operação contínua, o que garante até 300 mil toneladas de biodiesel produzidas por ano, por planta. A empresa também é responsável pela manutenção de seus equipamentos e treinamento contínuo dos profissionais que vão operá-los, assim como pelo planejamento para as novas instalações.

Sobre a Westfalia Separator do Brasil
A empresa pertence ao grupo alemão GEA, líder mundial em equipamentos industriais, cujo faturamento anual gira em torno de 5 bilhões de euros. A Westfalia oferece soluções de engenharia de projetos e processos para o desenvolvimento e implementação de unidades completas para a produção de biodiesel, com capacidade de produção que pode atingir até 300 mil toneladas por ano, por planta. A equipe da Westfalia Separator do Brasil, com 35 anos de experiência no processamento de óleos vegetais, é também responsável pelo desenvolvimento e implementação de plantas de pré-tratamento para a produção de biodiesel, que garantem um processo contínuo e confiável. A empresa é reconhecida pelo mercado pela qualidade e agilidade de seus serviços de pós-venda.

Sobre a Fiagril
Empresa pioneira no agronegócio do norte de Mato Grosso, a maior região produtora de grãos do país, oferece aos seus clientes a mais completa linha de insumos defensivos agrícolas como: fertilizantes, sementes, defensivos e um serviço técnico especializado, além do recebimento, armazenamento e comercialização de grãos em suas modernas unidades em Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop

Sobre a Granol
Empresa dedicada à produção e comercialização de grãos, farelos e óleos vegetais e biodiesel para os mercados interno e externo. São mais de 1.200 funcionários engajados e comprometidos em gerar produtos e serviços de altíssima qualidade, focados nas necessidades da sociedade e no respeito ao meio ambiente. A empresa opera cinco unidades industriais: três em São Paulo (Osvaldo Cruz, Tupã e Bebedouro), uma em Goiás (Anápolis) e uma no Rio Grande do Sul (Cachoeira do Sul).

Contatos para a imprensa: Valence imagem corporativa
Alessandra de Falco – jornalista@valence-br.com.br – 19 3579 5466
Juliana Saad – juliana@valence-br.com.br – 19 8169 9947

Agronegócio

O agronegócio brasileiro é responsável por cerca de 1/3 do produto interno bruto do Brasil, empregando 38% da mão de obra e sendo responsável por 36% das nossas importações. É o setor mais importante da nossa economia.

Com a globalização de mercados, o sucesso de uma empresa, principalmente no agronegócio, depende cada vez mais da inter-relação entre fornecedores, produtores de matéria prima, processadores e distribuidores. A divisão tradicional entre indústria, serviço e agricultura é inadequada. O conceito de agronegócio representa portanto, o enfoque moderno que considera todas as empresas que produzem, processam, e distribuem produtos agropecuários.

Os profissionais que atuam hoje no agronegócio são muito importantes. Entretanto, existe uma demanda crescente e urgente por profissionais que passam a atuar em toda a cadeia industrial, permitindo aumentar a eficiência do mercado de insumos agropecuários, produção agropecuária, processamento industrial e distribuição.

Qualquer empresa ou organização do agronegócio necessita de profissionais capacitados para atuar nas relações entre empresas, equacionar soluções, pensar estratégicamente, introduzir modificações, atuar preventivamente, transferir e gerar conhecimentos, com uma visão ampla de toda a cadeia de produção.

Portanto, a formação dos profissionais do Agronegócio envolve capacitação em economia, mercado, finanças, administração, contabilidade e pesquisa operacional, além de aplicações práticas modernas de gerenciamento e controle do Agronegócio.

Fonte:

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Lei de Energia dos EUA eleva demanda por biocombustíveis para 136 bilhões de litros por ano

O senado dos Estados Unidos aprovou na noite de ontem uma nova Lei de Energia para o país por 65 votos a 27. Para o setor de biocombustíveis, o destaque do texto é o aumento da demanda por renováveis para 136 bilhões de litros por ano. Porém, o novo texto não garante subsídios para a promoção dos biocombustíveis.

Outra mudança importante da “Energy Bill” é a determinação que os carros aumentem o rendimento de 25 milhas por galão (cerca de 10,6 km/l) para 35 milhas por galão (14,86 km/l). Este foi o primeiro grande aumento no rendimento dos automóveis em mais de duas décadas, e representa uma grande derrota para a indústria automobilística.

Embora o texto seja visto como uma vitória para o partido Democrata, nem todas as propostas foram aceitas. Um item que procurava aumentar os impostos sobre a indústria petrolífera em US$ 32 bilhões não entrou no texto final.

Ítegra da reportagem do The New York Times (em inglês) sobre a Energy Bill

Fonte: Blog Biocomb

Cultivo de microalgas reduz a metade preços de combustíveis


Um conjunto de empresas portuguesas, onde se inclui a GreenCyber, que quer construir uma bio-refinaria em Sines, está a explorar o cultivo de microalgas para produzir biocombustíveis a metade do preço.

O projecto envolve um investimento inicial de 2,5 milhões de euros e está a ser desenvolvido pela Alga Fuel, uma subsidiária da Necton, à qual se juntou a Green Cyber e a Espírito Santo Ventures. Tendo em conta a construção da nova refinaria em Sines, em 2009, haverá uma necessidade de grandes volumes de oleaginosas para a produção de biocombustíveis, uma vez que das sementes se extrai em média 80% de farinha e apenas 20% de óleo. Daí, a importância das microalgas que podem ser uma solução duplamente eficaz para a produção de combustíveis.

De acordo com os especialistas, a produção de microalgas numa escala industrial poderá levar à substituição da colza e soja, duas oleaginosas usadas para criar os biocombustíveis, com grandes vantagens: por um lado, as microalgas reproduzem-se rapidamente, e por outro lado, ocupam uma área de cultivo substancialmente menor.

As microalgas têm uma produtividade 200 a 300 vezes superior às restantes oleaginosas e a área ocupada na sua produção é 100 vezes inferior à das culturas tradicionais. Ou seja, são precisos apenas 2.500 hectares para abastecer uma refinaria de 250 mil toneladas – caso da que a GreenCyber pretende construir em Sines – contra a necessidade de 500 mil hectares de soja e de 250 mil hectares de girassol para o mesmo propósito.

Por outro lado, as microalgas têm ainda a vantagem de sequestrar dióxido de carbono (C02) no seu processo de desenvolvimento, contribuído assim para a redução das emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera.

Segundo os peritos, por cada tonelada produzida de microalgas são consumidas duas toneladas de C02, ou seja, dez a vinte vezes mais do que o acontece com as restantes oleaginosas, como a colza, soja, girassol e palma.

À Agência Lusa, Pedro Sampaio Nunes, sócio da GreenCyber, considera que se o projecto da Alga Fuel resultar, será "uma revolução total que põe em causa o negócio tradicional das petrolíferas".

É que, em caso de sucesso, o recurso a microalgas permitirá produzir biodiesel a 20 cêntimos o litro, face aos actuais 40 cêntimos que custa fazê-lo nas refinarias de petróleo.

Fonte: LusoMotores

Ferrari Biodiesel em Le Mans?


A Ferrari está a considerar regressar às corridas de resistência já a partir de 2008, e poderá fazê-lo com um carro movido a biodiesel. De acordo com alguns rumores, o carro poderá chamar-se 250 DTO.

O futuro protótipo da Ferrari deverá ser construído na Inglaterra pela Pilbeam, preparado para a categoria LMP2 e equipado com um motor 2.4 JTDm, oriundo do Alfa Romeo 159, com potência aumentada para 400 cv. Actualmente, motores Diesel não são autorizados em LMP2, mas pode-se participar com motores derivados de série, e o ACO tem interesse na inscrição de carros movidos a combustíveis menos poluentes.

Fonte: AutoSport

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Charges On Line


Esta charge do Glauco foi feita originalmente para a


Charge do Aroeira foi feita para o Jornal

ANP estuda revisão de normas para biodiesel

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombust¡veis (ANP) estuda a possibilidade de revisar a Resolução que trata das especificações do Biodiesel, revelou o diretor da ANP, Victor Martins. O objetivo da medida é adequar a especificação brasileira com as especificações internacionais.

A Superintendente de Qualidade de Produtos, Maria Antonieta Souza, revelou também que a Portaria ANP nº 240, que regula o uso e testes de combust¡veis em frota cativa, já foi revisada e transformada em dois atos regulatórios distintos. Um deles trata, exclusivamente, de misturas diferentes de Biodiesel/Diesel; o outro é destinado a testes de novos combust¡veis não especificados.

Fonte:

Baiano não perde uma oportunidade!

Carne de Cajú

Além de ter inúmeras propriedades, o caju pode, depois de um processo culinário, ser quase equiparado, em sabor, a uma carne. Duvida?

Carne de caju? Sim, ela existe e está em lasanhas, almôndegas e até suflês
Foto: Divulgação/ Elayna Michelli
Já imaginou se carne nascesse em árvore? Pois em Teresina, no Piauí, isso é quase realidade: a partir do bagaço do fruto do cajueiro, muita gente tem feito um produto que tem aparência, gosto e até mais nutrientes que a carne. Batizada de carne de caju, a novidade concentra todas as propriedades do ingrediente, faz com que seu aproveitamento seja total e, ainda, pode entrar no lugar da carne normal em quase toda receita.

A idéia, que parece absurda, mas já foi bem concretizada, surgiu da cabeça de Elayna Michelli Araújo Rocha Moura, uma verdadeira louca por caju. Apaixonada pelo fruto - ou melhor, pseudofruto, já que a castanha é considerada a fruta do cajueiro - ela, há cinco anos, começou uma pesquisa para descobrir um jeito de aproveitar por total esse ingrediente. Dava para fazer suco, usar em doce, comer a castanha, mas o bagaço sempre sobrava , diz ela, que hoje é instrutora e consultora do programa CajuCultura do Sebrae, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, do Piauí.

Veja a íntegra da materia com apresentação de algumas receitas com carne de cajú

Fonte: Yahoo!Guia da Semana

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Cientistas americanos transformam frutose em biocombustível

Uma equipe de cientistas americanos descobriu que a frutose, uma forma simples de açúcar encontrada em frutas e no mel, pode se transformar em um potente biocombustível, segundo a edição de hoje da revista científica britânica "Nature".

Dirigidos por James A. Dumesic, do departamento de Engenharia Química e Biológica da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, os pesquisadores desenvolveram um processo catalítico que transformou a frutose em 2,5-dimetilfurano.

Em comparação com o etanol, obtido do milho e da cana-de-açúcar, a densidade energética do combustível 2,5-dimetilfurano é 40% mais elevada e menos volátil.

Embora o etanol seja atualmente o único combustível renovável potencialmente sustentável, apresenta limitações como a baixa densidade energética, a alta volatilidade e a poluição pela absorção de água da atmosfera.

A estratégia catalítica utilizada pelos cientistas abre um novo caminho para transformar a frutose em um combustível líquido que, preparado para o setor do transporte, também é insolúvel em água, o que facilita a obtenção em sua forma pura.

A frutose pode ser obtida diretamente da biomassa e pode ser extraída e concentrada para a produção de um açúcar alternativo.

Os biocombustíveis despontam como um dos produtos que melhor podem satisfazer as necessidades energéticas do planeta.

Fonte:

Revolução dos biocombustíveis ainda está longe

A propalada revolução dos biocombustíveis, que substituiria com sucesso a atual dependência do petróleo, ainda está longe e "fora da realidade", na avaliação de reportagem publicada nesta quarta-feira pelo diário Financial Times.

"A promessa dos biocombustíveis sempre pareceu muito boa para ser verdade", inicia o texto, observando que "não é uma surpresa que políticos nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia adotaram com entusiasmo" uma tecnologia "que reduziria a dependência de suprimentos de petróleo de países inamistosos, ajudaria a combater o aquecimento global e daria uma desculpa para subsídios generosos a grupos de pressão poderosos".

Porém o jornal diz que "a primeira geração de biocombustíveis, etanol feito a partir de grãos e biodiesel, são caros, muitas vezes têm um mérito ambiental discutível, e não podem substituir mais do que uma fração da demanda mundial por petróleo".

A reportagem observa ainda que "a economia dos biocombustíveis tem sido prejudicada pelos altos aumentos no preço de commodities agrícolas, como o milho" (utilizado nos Estados Unidos como matéria prima para a produção do álcool combustível).

O jornal conclui seu texto afirmando que "mesmo nos cenários mais otimistas, os biocombustíveis seriam uma solução apenas para os transportes". "Para cortar as emissões de gases do efeito estufa em geral, reduções semelhantes teriam que ser encontradas em outros setores", diz a reportagem.

Doce sucesso

Em outro texto que acompanha a reportagem principal, o jornal diz que "o Brasil aproveita o doce sucesso da energia do açúcar", em referência ao etanol fabricado pelo país a partir da cana-de-açúcar.

"O boom do etanol no Brasil está apenas começando. Os otimistas falam do país como uma Arábia Saudita verde, cuja combinação de terra, clima e tecnologia poderia torná-lo o maior produtor de bioetanol eficiente", diz o jornal.

A reportagem observa que o Brasil "produzirá cerca de 4,6 bilhões de galões de etanol usando cerca de metade dos 16 milhões de hectares de terra cultivados com cana-de-açúcar" e que "os Estados Unidos produzem 4,9 bilhões de galões de cerca de 78 milhões de hectares de milho, enquanto a terra é escassa nos Estados Unidos, mas tem um potencial enorme para expansão no Brasil".

O jornal afirma, porém, que "muitas mudanças ainda precisam ocorrer nos mercados desenvolvidos antes de a visão de uma Arábia Saudita verde se tornar realidade", entre eles as definições sobre possíveis cotas na compra de biocombustíveis por mercados em potencial, como o Japão, e as tarifas impostas pelos Estados Unidos para a importação do etanol brasileiro.

Entusiasmo de Lula

Uma terceira reportagem publicada pelo Financial Times sobre o assunto afirma que o entusiasmo de Lula pelos biocombustíveis vem conseguindo convencer outros líderes do continente americano.

"O presidente do Brasil raramente perde uma oportunidade para propagandear o poder da indústria do etanol em seu país em sua busca para conseguir uma maior influência no mundo", diz o jornal.

Segundo a reportagem, "recentemente vários líderes nas Américas começaram a compartilhar seu entusiasmo, argumentando que a cooperação entre o norte sedento por energia e o sul rico em tecnologia poderiam formar a base de uma integração maior e de relações políticas mais saudáveis através do hemisfério".

O texto cita, entre os simpatizantes da causa, o colombiano Luis Alberto Moreno, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o chileno José Miguel Insulza, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e o irmão do presidente americano e ex-governador da Flórida, Jeb Bush, que preside atualmente a Comissão Interamericana do Etanol.

Fonte: BBC Brasil.com

Oleaginosas para Biodiesel

Pinhão manso
- Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste
- Teor de óleo vegetal= 30 a 40%
- Produção de Biodiesel= 1100 a 1700 L/ha
- Pode frutificar por mais de 40 anos
- Planta Perene

Mamona
- Nordeste
- 130 mil hectares plantados
- Teor de óleo vegetal = 45 a 60%
- Produção de óleo = 705 kg/ha
- Produção de biodiesel= 400 a 800 L/ha
- Rendimento Provável= 1500kg/ha
- Ciclo de 100 a 300 dias

Dendê
- Norte
- 33 mil hectares plantados
- Teor de óleo vegetal = 20%
- Produção de óleo = 4000 kg/ha
- Produção de biodiesel= 1300 a 3000 L/ha
- Rendimento Provável= 20.000kg/ha
- 12 meses de colheita

Soja
- Teor de óleo vegetal = 18%
- 20 milhões de hectares plantados
- Pode expandir 100 milhões de hectares
- Produção de óleo = 540 kg/ha
- Rendimento Provável= 3.000 kg/ha
- Razão 'Energia disponibilizada / Energia consumida no processo'= 1,4

Amendoim
- Nordeste e Centro-Oeste
- Teor de óleo vegetal = 13 a 32%
- Produção de óleo = 450 kg/ha
- Produção de biodiesel= 300 a 550 L/ha
- Rendimento Provável= 3.000kg/ha
- Ciclo de 120 a 180 dias

Girassol
- Sul, Sudeste e Centro-Oeste
- Teor de óleo vegetal = 42 a 45%
- Produção de óleo = 630 kg/ha
- Rendimento Provável= 1500kg/ha
- Ciclo de 90 a 140 dias

Fonte:

terça-feira, 19 de junho de 2007

Nordeste terá prioridade em investimentos biodiesel

A região Nordeste será vista como prioritária no País para investimentos em biodiesel e incentivos à sua fabricação, afirmou Maria Helena Castro, coordenadora de Inovação na Gerência de Planejamento e informação da Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene), na última segunda-feira (18/06) na Amcham-Recife.

“A região foi escolhida para receber esses incentivos devido ao grande impacto social que o combustível possui. Ele consegue aumentar em um curto espaço de tempo a renda no campo, o que é uma grande arma para acabar com a pobreza no Nordeste”, explicou Maria Helena, que também é gerente de Projetos de Energia da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), durante reunião do comitê de Economia & Finanças, realizada no auditório do Hotel Best.

Uma dos estímulos já anunciados pelo Ministério de Integração Nacional é a preferência do biodiesel em financiamentos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

Crédito de R$ 5,4 bilhões

Os empréstimos poderão financiar o plantio de oleaginosas, usadas como matéria-prima do biodiesel, e as fábricas que produzirão o combustível. O FNE terá R$ 5,4 bilhões disponíveis para crédito este ano, dos quais R$ 1,1 bilhão já foram concedidos até março.

Segundo Maria Helena, os incentivos são uma forma de o Governo Federal ajudar os fabricantes a cumprirem as metas estabelecidas para 2008. “A partir de janeiro do próximo ano, todos os postos do País terão o dever de oferecer biodiesel. Para ajudar a cumprir a meta, o governo deve lançar outros incentivos.”

Hoje, o combustível da inclusão social, como é mais conhecido o biodiesel na região Nordeste, já ajuda a gerar renda para cerca de 250 famílias de agricultores.

Technopulp procura parceiras para projeto para filtragem de biodiesel

Seguindo a tendência do mercado, a Technopulp procura agora usinas parceiras para dar início a um novo projeto para filtragem de biodiesel, combustível produzido a partir da reação química de óleos vegetais extraídos de diversas matérias-primas.

Íntegra da Matéria

Fonte:

Fala Expedito Parente, inventor do biodiesel

Titular da primeira patente brasileira no tema, de 1983, conta como
chegou à tecnologia; "Governo não enxergou oportunidade", afirma

É do engenheiro químico formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Expedito José de Sá Parente, a primeira patente brasileira em biodiesel, um sucedâneo do óleo diesel mineral, produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras animais. Ele pediu para patentear o biocombustível em agosto de 1980 no Brasil, e a patente foi obtida em 1983. Os estudos começaram em 1978, quando ele era professor do Departamento de Engenharia Química do Centro de Tecnologia da UFC. Hoje, é presidente da Tecbio, empresa que projeta plantas industriais de biodiesel. A inspiração para criar o biodiesel veio de uma planta, o ingá, mas foi nos laboratórios dessa universidade pública, situada em Fortaleza, que nasceu o biocombustível.

O biodiesel é produzido por meio de uma reação química denominada de transesterificação, aplicada ao óleo vegetal ou animal, matérias-primas para o combustível. Trata-se de uma reação química entre um éster, no caso a gordura animal ou o óleo vegetal, e um álcool, que pode ser o metanol ou o etanol. A reação separa a glicerina dos óleos vegetais. O processo inicia-se juntando o óleo vegetal com um álcool simples e catalisadores, usados para acelerar a reação. A glicerina é removida do óleo vegetal por decantação, que separa os compostos sólidos dos líquidos, deixando o óleo mais fino e reduzindo a sua viscosidade. A glicerina é uma substância de alto valor agregado, usada por indústrias farmacêuticas, de cosméticos e de explosivos.

"O processo de transesterificação é conhecido há muitos anos. O que eu patenteei foi a produção de ésteres para o uso como combustível em motores do ciclo diesel, o que é inteiramente diferente do que fez Rodolfo Diesel", esclarece ele, citando o criador dos motores diesel. "Quando Diesel rodou pela primeira vez com seu motor, usou como combustível o óleo de amendoim, mas movido a óleo vegetal in natura", acrescenta. Os motores modernos não poderiam rodar por um tempo prolongado usando um óleo vegetal nas condições testadas por Diesel.

A dedicação de Expedito Parente ao biodiesel começou a render frutos a partir de 2001, com a fundação da Tecbio, hoje com mais de 60 funcionários. Inovação visitou a área técnica da empresa, incubada na UFC. Essa visita será tema de reportagem da nossa próxima edição. Em entrevista concedida dia 12 de janeiro a Janaína Simões, na sede administrativa da Tecbio, no bairro de Aldeota, em Fortaleza, o empresário conta como chegou ao biodiesel, por que o Brasil ficou para trás e só retomou o assunto 26 anos depois, e quais medidas o País deve adotar para se tornar o maior produtor mundial de biodiesel.

Íntegra da Matéria

Fonte:

Empresa lusa vai produzir biodiesel de óleo de girassol


A Prio, empresa portuguesa do grupo europeu Martifer, vai utilizar óleo de girassol para produzir biodiesel, com a intenção de ainda este ano ter um volume de oito mil toneladas por mês, afirmou nesta sexta-feira um dos administradores da empresa, Antônio Martins.

A empresa pretende produzir duas mil toneladas de óleo de girassol através de uma parceria com 350 agricultores portugueses trabalhando em uma área total de 15 mil hectares.

Os planos da Prio são de chegar a oito mil toneladas de biodiesel por mês a partir do terceiro trimestre de 2007 e alcançar 100 mil toneladas por ano já em 2008.

O girassol, de acordo com Martins, é uma "excelente cultura energética que se enquadra em Portugal pelas condições climáticas", além de ser "uma produção de baixo custo, pelo baixo consumo de água, e com um impacto ambiental menor".

Segundo Martins, esta parceria entre a Prio e os 350 agricultores portugueses vai estimular a criação de novos postos de trabalho.

"Esta é mais uma oportunidade dos agricultores fazerem dinheiro e toda esta panóplia dos biocombustíveis é necessária para a agricultura, desde que haja também a postura da parte do governo de apoiar as empresas que trabalhem com produtores nacionais e que estimule a produção nacional para recriar riqueza", disse ainda o administrador da Prio.

"O sector agrícola sempre foi uma grande alavanca deste país e que ultimamente não tem sido", lamentou.

Fonte:

Etanol não é alimento


Uma expressão chinesa, típica em épocas de escassez de alimentos, “ainda não comeu?”, renasce na população devido à alta dos preços de vários produtos básicos, especialmente o porco. Os responsáveis pela economia chinesa não acham nenhuma graça. Preocupados porque a inflação pode causar instabilidade social, os funcionários vacilam em recorrer às reservas estratégicas do Estado de centenas de milhares de porcos vivos criados em fazendas especiais para casos de emergência e com o objetivo de manter os preços estáveis.

Esta é a segunda vez em seis meses que as autoridades tiveram de recorrer a esse estoque regulador para evitar uma disparada nos preços dos alimentos, situação que poderia ter conseqüências políticas perigosas. Em dezembro, Pequim ordenou que fossem rematadas algumas de suas reservas de trigo para frear a alta dos cereais e evitar o pânico entre a população. “Quase todas as crise inflacionárias dos últimos 20 anos começaram com um aumento dos preços dos alimentos”, afirmou Xia Yeliang, professor de economia da Universidade de Pequim.

“Ao longo da história, os alimentos sempre foram produto de primeira necessidade para o povo chinês. Na mente das pessoas de idade média e dos idosos perduram lembranças de escassez”, contou Yeliang. A última grande forme na China, talvez a maior já sofrida pela humanidade, ocorreu no desastroso plano para industrializar o país chamado de “Grande Salto Adiante”, no final dos anos 50, que causou a morte de aproximadamente 30 milhões de pessoas. Desde então, a disponibilidade de alimentos é questão de segurança nacional para as autoridades que devem velar por 1,3 bilhão de pessoas que habitam o vasto território chinês.

A atual alta dos preços dos grãos e do porco é atribuída à indústria do etanol, cujo crescimento explosivo engole uma porção cada vez maior das colheitas tradicionalmente destinadas ao consumo da população e à alimentação de animais. As autoridades temem que ao promoverem durante anos a produção de aditivos limpos para a gasolina o setor tenha crescido em excesso e muito rápido.

Essa situação cria ao governo o desagradável dilema de precisar optar entre a agenda verde do país e a segurança alimentar. Os temores do governo ficaram evidentes no final de maio, quando o primeiro-ministro, Wen Jiabao, visitou um mercado de carne na cidade de Xian para controlar os preços do porco e pediu às autoridades locais que subvencionassem os criadores para aumentarem a produção. Em seguida, procurou tranqüilizar a população assegurando que tudo estava sob controle. Em meados de maio, o preço do porco aumentou 43% em relação ao ano passado, segundo o Ministério da Agricultura.

A alta do preço da carne suína é atribuída, em parte, ao foco de uma doença contagiosa, característica desse animal, que se estendeu por 22 províncias e matou 18 mil animais nos primeiros cinco meses deste ano, afetando o setor alimentar. Entretanto, as autoridades afirmam que a doença não é a raiz do problema. “A principal razão é o grande aumento do custo da alimentação (de porco), que começou a ocorrer em junho do ano passado”, disse em entrevista coletiva o diretor da agência veterinária do Ministério da Agricultura, Jia Youling. Os porcos se nutrem principalmente de milho, cujo preço acompanhou o aumento geral dos cereais.

Os grãos aumentaram 30% desde a segunda metade de 2006, segundo o ministério. Além disso, os produtores ignoraram o teto de produção imposto pelo governo, de três milhões de toneladas de cereais por ano para fabricar etanol, e utilizaram 16 milhões no ano passado, informou o ministério. A China incentiva a produção de biocombustíveis como etanol e biodiesel para cobrir seu voraz apetite por energia e assim reduzir sua crescente dependência do petróleo importado. Os biocombustíveis também são apresentados como a panacéia ambiental para os problemas de contaminação que supõe a queima de combustíveis fósseis como o petróleo.

As autoridades chinesas priorizaram o desenvolvimento de energias limpas no plano econômico qüinqüenal. Um de seus objetivos é que em 2020 as fontes renováveis representem 15% do fornecimento de energia total do país. Apesar de sua tardia chegada ao mercado dos biocombustíveis, a China passou a ser nos últimos dois anos o terceiro produtor mundial, atrás de Brasil e Estado Unidos. A Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, máximo organismo de planejamento, informou que em dezembro a produção de etanol chegou a 10 milhões de toneladas, ou 10 vezes a quantia aprovada para as quatro fabricas que o governo tem nas províncias de Jilin, Heilongjiang, Anhi e Henan.

O excedente procede de um grupo de pequenos produtores sem licença que vendem para refinarias de petróleo ou moinhos aprovados pelo governo. Vários especialistas do setor assinalam que só em Jilin, uma das nove províncias habilitadas a vender etanol, há 400 moinhos, todos utilizando o milho como matéria-prima. Por medo de que o crescimento explosivo da indústria de etanol diminua de forma significativa as reservas de grãos, Pequim suspendeu em dezembro as autorizações para instalar novas usinas. E este mês o governo anunciou que simplesmente proibiria a produção desse biocombustível a partir do milho.

Xiog Bilin, da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, informou que o conselho de Estado, gabinete chinês, decidiu que o etanol deve ser produzido sem utilizar terras cultiváveis ou grandes quantidades de grãos e sem prejudicar o meio ambiente. As autoridades chinesas estão preocupadas com a possibilidade de o rápido retrocesso das terras cultiváveis afetar o fornecimento de grãos num futuro próximo, apesar de terem ocorrido três anos de boas colheitas. As terras cultiváveis diminuíram em oito milhões de hectares entre 1999 e 2005. (IPS/Envolverde)

Fonte:

Para conter o efeito estufa, lona no esterco

A empresa americana que mais queima carvão acha que descobriu uma maneira barata de começar a dar um jeito em seu problema de aquecimento global: esterco de gado. A American Electric Power Co, uma empresa de geração, transmissão e distribuição de energia de Columbus, Ohio, queima tanto carvão que expele 148 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano " mais do que qualquer outra empresa nos Estados Unidos. Isso a deixa bem na mira do Congresso, que está tentando impor um teto às emissões americanas de CO2, um gás que contribui para o efeito estufa.

A AEP está estudando várias maneiras de conter suas emissões de gases do efeito estufa, desde aumentar a eficiência das caldeiras de suas termelétricas até enterrar sua produção de CO2 debaixo da terra. Mas isso vai ser caro e levar anos. Enquanto isso, a AEP tem uma grande esperança no estrume.

Num acordo a ser anunciado hoje, a energética pagará um intermediário para colocar lonas sobre reservatórios em fazendas onde fica o estrume em decomposição. O estrume em decomposição gera metano " um gás do efeito estufa que, tonelada por tonelada, é cerca de 20 vezes mais prejudicial à atmosfera do que o CO2. Os rebanhos respondem por 18% das emissões globais de gases do efeito estufa " mais do que o transporte, de acordo com a Organização das Nações Unidas.

O metano produzido pelo estrume de uma rês de 40 arrobas (600 quilos) se traduz em cerca de cinco toneladas de CO2 por ano. Isso é o mesmo montante de CO2 que é expelido anualmente por um carro americano típico, que faz 8,5 quilômetros por litro e roda 19.000 quilômetros por ano. Normalmente, o metano do estrume sobe até as nuvens, engrossando a camada gasosa que contribui para o efeito estufa.

As lonas da AEP vão capturar o metano e enviá-lo para tochas, onde será queimado e convertido em CO2 menos nocivo, que será liberado na atmosfera.

Na nova matemática do "mercado do carbono", essa redução da emissão mais nociva vai se traduzir numa espécie de moeda chamada "crédito de carbono". A AEP está contando com o uso desses créditos para reduzir a obrigação de limpar suas próprias termelétricas quando o Congresso americano impuser um teto às emissões de gás carbônico nos próximos anos.

Se a AEP vai de fato conseguir usar os créditos, não se saberá até que o Congresso defina os detalhes. Mas é uma aposta barata. No final, para cortar as emissões na quantidade que segundo a maioria dos cientistas seria necessária para conter significativamente o aquecimento global, as energéticas provavelmente terão de construir termelétricas novas.

Elas estão começando a fazer experimentos com tecnologias que vão consumir o carvão de uma maneira que permita que as emissões resultantes de CO2 sejam capturadas " e então enviadas para debaixo da terra, onde ficariam enterradas no longo prazo.

As estimativas do custo dessa tecnologia passam dos US$ 60 por tonelada de CO2. AEP não divulga quanto concordou em pagar por crédito de captação de metano. Mas esses créditos já estão sendo vendidos em outros países como resultado do Protocolo de Kyoto, o tratado mundial sobre efeito estufa que os EUA se recusaram a ratificar. Esses créditos de captura de metano geralmente saem entre US$ 5 e US$ 8 pela chamada tonelada de "CO2 equivalente". A maioria das pessoas espera que os créditos venham a custar US$ 10 no mercado americano.

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Imposto “PUUM”

Fonte: com informações do

Nova Zelândia quer parceira em biodiesel

A vanguarda brasileira na pesquisa de energias alternativas, em especial biodiesel, mais uma vez atrai pesquisadores de outros países dispostos a dialogar e a buscar soluções conjuntas para um tema que dia a dia desperta interesse não apenas de especialistas, mas principalmente dos governos.

A exemplo do que vem ocorrendo nos últimos meses, a Nova Zelândia também está interessada em desenvolver um estudo nas áreas de bioenergia e biocombustíveis em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Por conta desse tema, nesta segunda-feira (18) cientistas da Embrapa estiveram reunidos com o representante do Instituto de Pesquisa Pública da Nova Zelândia (Scion), John Gifford, e com o primeiro secretário da Embaixada neozelandesa, Haike Manning, com a intenção de trocar informações sobre pesquisa e desenvolvimento e quais as possibilidades de um projeto conjunto.

Giofford, que também é do Comitê Executivo da Nova Zelândia na IEA Bioenergy, quer conhecer os principais pólos brasileiros envolvidos com os novos processos à produção de biocombustíveis (inclusive etanol a partir de material celulósico). Atualmente na condução de um programa para identificar as opções em bioenergia daquele país e buscar uma estratégia energética a partir desses resultados, Gifford informa que esse estudo considera o uso da biomassa para geração de energia, eletricidade e de combustíveis para o setor de transporte.

De acordo com Haike Manning, em fevereiro deste ano o governo da Nova Zelândia adotou uma meta compulsória para biocombustíveis, a ser aplicada em 2008. Até 2012, 3,4% de todos os combustíveis usados no transporte (seja diesel ou gasolina) terão que conter biocombustíveis. “Logo, temos interesse em trabalhar com quem tem experiência reconhecida, como a Embrapa”, comenta Manning.

O primeiro secretário também observa que a intenção é obter etanol celulósico. Devido ao clima de lá, a produção de etanol só pode ocorrer a partir de duas fontes: cultura do milho ou florestas energéticas. Embora as florestas nativas da Nova Zelândia estejam 100% protegidas e representem 25% do território, as destinadas a produzir madeira são cultivadas com uma espécie de pinus adequada ao solo e clima daquele país. “As florestas nativas, portanto, não serão usadas para produção de energia”, enfatiza Manning.

Apesar de não definida a forma como se dará a parceria entre a Embrapa e a Nova Zelândia, Haike Manning comentou as duas possibilidades: por meio de um acordo-quadro ou então entre instituições de pesquisa. “O certo é que há interesse, inclusive, de outras instituições se aliarem nesta busca por soluções sustentáveis à geração de energia”, garantiu Heike Manning.

O primeiro secretário também informou que ainda no começo de julho uma nova missão neozelandesa estará na Embrapa. A pauta terá foco na preocupação com a emissão de CO2 e o efeito estufa. Nesse caso, a agenda deverá contar com pesquisadores do Agriresearch, um dos nove institutos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico na área de agricultura e pecuária daquele país.

Fonte: Embrapa

Indústria se antecipa ao governo e estimula corte de emissão de CO2


O setor industrial brasileiro adiantou-se ao governo federal e está prestes a assumir metas de redução da emissão dos gases do efeito estufa. Elas são voluntárias e não estabelecem valores mínimos de corte. Ainda assim, indicam mudanças na política ambiental nacional.

A proposta partiu de São Paulo, da Federação das Indústrias (Fiesp) e do Centro das Indústrias (Ciesp). Ela foi costurada em meses de debate e aprovada na semana passada na 1ª Conferência da Indústria Brasileira para o Meio Ambiente. É parte de um documento amplo, com princípios ambientais a serem incorporados pela indústria nos próximos anos, que segue para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) referendar.

Pelo documento, o setor se compromete a adotar medidas de mitigação de emissões de CO2 e outros gases, a integrar programas de mobilização da sociedade e a investir em pesquisa e inovação tecnológica focada em campos como eficiência energética e fixação de carbono. Também faz parte a busca por incentivos econômicos dentro de mecanismos de desenvolvimento limpo e a elaboração de novos inventários nacionais de emissões - o único feito tem informações coletadas de 1990 a 1994.

Não há metas definidas. Segundo o diretor do Conselho de Meio Ambiente da Fiesp, Nelson Pereira dos Reis, elas devem ser debatidas de acordo com a área de atuação e a região, em um movimento capitaneado pela CNI.

Íntegra da Matéria aqui
Cristina Amorim
Fonte:

Brasil é 3º maior em projetos de energia limpa

O Brasil ocupa a terceira posição em projetos de redução de emissão de poluentes, com estimativa de evitar que 197 milhões de toneladas de dióxido de carbono ou seu equivalente em outros gases cheguem à atmosfera, provocando o aquecimento global. Isso corresponde a 6% do total mundial. Em primeiro lugar está a China, com 1,435 bilhão de t CO2e (44%), seguida da Índia, com 870 milhões de t CO2e (27%). De acordo com o Protocolo de Quioto, esses projetos, chamados de mecanismos de desenvolvimento limpo (MDLs) dá direito a créditos de carbono, podem ser de no máximo 10 anos para projetos de período fixo ou de sete anos para projetos de período renovável (no máximo três períodos de sete anos, totalizando 21 anos). Os créditos são cotados hoje em cerca de 14 euros por tonelada.

Na quantidade de projetos de MDL registrados no Conselho Executivo de cada país, o Brasil sobe para a segunda posição, (com 100). Do total de 656 projetos registrados, a Índia responde por 221 e a China, em terceiro, por 84. Apesar de ter menor quantidade de projetos, os chineses são líderes na capacidade de redução de emissão, porque têm grandes unidades geradoras de poluição, como usinas a carvão.

No Brasil, o dióxido de carbono (CO2) é o que compreende o maior número de projetos, com 65%. Em seguida, vêm o metano (CH4), com 34%, e o óxido nitroso (N2O), com 1%. A maior parte das atividades em MDL está no setor energético (56%), o que justifica a predominância do CO2 na balança de reduções de emissões brasileiras. A suinocultura aparece em segundo lugar (15%) e a captação em aterros sanitários, em terceiro (11%).

Em relação ao número de projetos capazes de reduzir o efeito estufa, geração elétrica e suinocultura representam, no Brasil, 77% (175 projetos). As atividades que mais diminuirão os poluentes no primeiro período de obtenção de créditos são os de aterro sanitário, geração elétrica e redução de N2O, totalizando 163 milhões de t CO2e, ou mais de 70% do total de reduções brasileiras.

Os Estados brasileiros que mais têm projetos de MDL são: São Paulo (25%), Minas Gerais (14%), Mato Grosso e Rio Grande do Sul (9%). Todos os dados são provenientes do Ministério da Ciência e da Tecnologia e foram atualizados no final de maio.


Soraia Abreu Pedrozo
18/06/2007
Fonte: Redação Terra

Presidente do CBA não ve vantagem na produção de biodiesel do caroço de algodão

Norberto de Abreu, presidente do VI Congresso Brasileiro de Algodão (CBA), na vê muita vantagem na produção de biodiesel através do caroço de algodão.

"Na minha opinião, é muito mais viável com a soja", acrescentou durante coquetel de lançamento do evento à imprensa, realizado ontem à noite em São Paulo. O CBA ocorre entre os dias 13 e 16 de agosto, em Uberlândia, Minas Gerais.

Abreu explica que, com 100 quilos de caroço, são extraídos 12 litros de óleo. Por outro lado, contém 92% de energia e 20% de proteína, tornando-se altamente vantajoso quando empregado na ração bovina, frisou. Na alimentação do gado, se torna muito mais rentável ao produtor, sendo um ótimo nicho de mercado, completou.

Para o presidente, nem todos os estados brasileiros deverão ter vantagem na produção de biodiesel, devido ao custo mais elevado do que o diesel comum. Acho que terá maior sucesso naqueles onde a logística é ruim para o transporte de petróleo, como o Mato Grosso, opinou.

CMA
Fonte:

Cresce investimento de pinhão manso no Tocantins


No Tocantins o biodiesel tem campo. A perspectiva para o setor é promissora diante do interesse mundial pela energia alternativa. Estimativas indicam que o Estado tem grande potencial para obter biodiesel à base de várias oleaginosas como é o caso do pinhão manso.

Os Secretários da Indústria e Comércio, Eudoro Pedroza, e da Agricultura e Abastecimento, Roberto Sahium fizeram apresentação sobre este assunto para grandes investidores brasileiros e estrangeiros. O encontro ocorreu no 1º Congresso Internacional de Agroenergia e Biocombustiveis, realizado no Rio Poty Hotel, em Teresina – PI, nos dias 11 a 15 de junho.

Investidores da India, como Marcelo Khair e Sundeep Bhan estavam acompanhando o presidente da Terasol Energy, Sanjay Pingle. Eles estão percorrendo o Brasil para participar de seminários sobre biodisel, e se mostraram entusiasmados com o potencial do Tocantins, demonstrando interesse em conhecer o Estado. A índia é um país que está investindo bilhões em fontes de energia alternativa, entre elas o biodiese, e pretende expandir seus negócios, como explicaram os indianos.

O contato direto com os estrangeiros, realizado pelos secretários, entusiasmou os investidores. Além disso o empresário e produtor de pinhão manso, Obeid Binzagr, que esteve presente no Congresso realizado no Piaui, a convite dos secretários, foi citado como um exemplo de um empreendimento bem-sucedido no Tocantins. “Resolvemos investir no Estado com a cultura de pinhão, devido ao acelerado desenvolvimento logístico, alem das políticas de incentivos fiscais oferecidas pelo governo” explicou Binzagr.

Segundo, Binzagr a reunião com os maiores produtores de pinhão manso do mundo teve suma importância para o Tocantins, porque houve troca de experiências e de informações sobre a produção da matéria prima do biodiesel. Através do investimento no Estado, foi possível mostrar para os indianos que o Tocantins oferece inúmeras vantagens para a implantação dos negócios.

O empresário Obeid Binzagr, com apenas oito meses investindo na plantação de pinhão manso, possui 2 mil hectares de áreas plantadas e financiamento para mais 200 hectares por agricultores familiares. Com a lavoura, foram gerados 70 empregos diretos, e durante a safra de setembro a março de 2008 está prevista a contratação de mais 200 trabalhadores.

A safra tem aquisição garantida pela empresa Biotins. Até o momento. Foram investidos na área agrícola R$ 3 milhões. A projeção é conquistar parcerias com agricultores familiares da região de Alvorada, Paraíso e Araguaína.

Os recursos

O investimento caminha a passos largos para a expansão dos negócios. Até 2010 está previsto investimento de R$ 144 milhões em plantação de pinhão manso, em um uma área de 48 mil hectares: 9 ha pela Saudibras, 30 mil ha por fazendeiros e 9 ha por agricultores familiares. A previsão é gerar 40 mil empregos diretos e de participação de 3000 famílias (agricultores familiares)

Dia de Campo

Com o apoio do Governo do Estado, do Banco da Amazônia e da Empresa Biotins Energia, será realizado um dia de campo na Fazenda Bacaba, no município de Caseara, localizado a 200 quilômetros da capital tocantinense. O objetivo é atrair parceiros e expandir o pinhão manso no Estado. Serão abordadas as vantagens produtivas da cultura. Podem participar produtores rurais e agricultores familiares. O dia de campo ocorre no próximo sábado, 23, ás 8 horas.

Vantagens

O pinhão manso oferece inúmeras vantagens para fabricação do biodiesel. É uma planta perene, que não exige muitos investimetnos em fertilidade do solo. O plantio recupera solos degradados, devido aobaixo índice de ataques de pragas A partir do sexto mês de idade as plantas não são mais atacadas por formigas. Outra vabntagem da cultura é que ela elimina a tiririca, uma invasora resistente Os pássaros não comem suas sementes. É uma planta que exige calor e pouca umidade.

A árvore tem raízes profundas e a irrigação pode ser feita com intervalos entre 20 e 30 dias, por gotejamento. Em média, produz 5.000 quilos de grãos por hectare, alem de 1.650 litros de óleo por hectare. O óleo transformado em biodiesel polui 80% menos que o diesel. Além dessas vantagens, o cultivo dispensa mecanização, tornando-se uma ótima fonte de emprego e renda fixa.

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MDA se reune com representantes da União Brasileira do Biodiesel

Representantes da recém-criada União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio) se reuniram, em Brasília, com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. O presidente da Ubrabio, Odacir Klein, participou do encontro e enfatizou que o objetivo da entidade é trabalhar em sintonia com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

A reunião aconteceu na última quarta-feira (13). Entendemos que é perfeitamente viável haver um programa de agroenergia que, ao mesmo tempo, possa ser promotor de inclusão social, afirmou o presidente da Ubrabio. De acordo com o ministro Cassel, essa questão é a única indiscutível no Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. Dentro dele não se tem questões fechadas, com exceção da idéia de que se trata de um programa com inclusão social, voltado para a agricultura familiar. O resto pode ser conversado, explicou. Para Cassel, a criação da entidade ajuda muito no ambiente de desenvolvimento do programa. Ele exige que todos os atores envolvidos estejam muito sintonizados. O programa está crescendo e, na medida em que isso acontece, surge a necessidade de alguns ajustes. Quanto mais sintonizado a gente estiver, mais fácil será se antecipar aos problemas e corrigi-los.

A Ubrabio representa atualmente 25 empresas, entre produtoras de biodiesel e fornecedoras de equipamentos e matérias-prima. A fundação oficial da entidade deverá acontecer no início de julho. No País, cerca de 55 empresas estão atuando neste ramo. Isso representa mais de 70 instalações produtoras de biodiesel, sendo que a maior parte aguarda autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para iniciar efetivamente as atividades.

Leilões O presidente da Ubrabio, Odacir Klein, juntamente com o diretor e o secretário-executivo, Sérgio Beltrão e Donizete Tokarski, respectivamente, enfatizaram a importância de se manter os leilões da ANP. A retirada dos leilões nesse momento prejudica a busca do Selo Combustível Social e o entusiasmo no sentido de implantação de indústrias produtoras do biodiesel, afirmou. O primeiro leilão de biodiesel do País aconteceu em novembro de 2005. A idéia inicial era o Governo Federal passar a comprar o produto para começar a criar um mercado consumidor e, assim, auxiliar na implantação do novo combustível na matriz energética brasileira.

De acordo com o coordenador-geral de Agregação de Valor e Renda da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA, Arnoldo de Campos, presente no encontro, quase todas as indústrias que estão se filiando à Ubrabio ou tem ou querem ter o Selo Combustível Social, requisito para participar dos leilões. O selo é concedido pelo MDA às empresas produtoras de biodiesel que promovem a inclusão social de agricultores familiares enquadrados nos critérios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Por meio dele, o produtor tem acesso a alíquotas diferenciadas de PIS/Pasep e Cofins e a melhores condições de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a instituições financeiras credenciadas. As informações partem da Assessoria de Imprensa do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

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Cliente tem direito a teste da gasolina



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BNDS apóia o Biodiesel

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 35,6 milhões para a construção de uma usina de extração de óleos vegetais destinada à produção de biodiesel, no município de Nova Mutum, em Mato Grosso.

A estimativa é que o projeto da Tauá Biodiesel, responsável pela operação, gere 147 empregos diretos e 588 postos de trabalho indiretos, após a sua implantação. A capacidade produtiva prevista para a nova usina é de 36 metros cúbicos ao ano.

A Tauá se beneficiará também da disponibilidade de matéria-prima para a produção de biodiesel na região. A usina será construída numa área com grande oferta de soja, girassol e caroço de algodão.

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segunda-feira, 18 de junho de 2007

Betim estimula utilização do biodiesel

A Prefeitura Municipal de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), tem estimulado o uso de biodiesel e já tem como resultado a utilização em 479 ônibus, da Viação Santa Edwiges, empresa de transporte coletivo municipal e intermuniciapal. Conforme o responsável pelo Centro de Referência em Energias Renováveis (Crer), da Prefeitura de Betim, Leonardo Gomes Lara, o biodiesel utilizado pela empresa é fornecido pela Petrobras, que é adquirido pelo mesmo valor do diesel. Mas a intenção é de implantação de uma usina no município.

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Efeito Puum!!


O Sindicato Rural de Ribeirão Preto não se conforma com a conclusão de um estudo da Embrapa Meio Ambiente que fala sobre a poluição causada pelo gado bovino, salientando que ela é mais grave que a poluição provocada por automóveis. E se deve menos à flatulência e muito mais ao arroto dos animais, apresentado como um fator de agressão ambiental muito potente.

“Este estudo da Embrapa Meio Ambiente é contrariado por outro, da Embrapa Gado de Corte”, diz o presidente do Sindicato Rural de Ribeirão, Joaquim Augusto Azevedo Souza, referindo-se a duas facções da Empresa Brasileira de Pecuária, órgão do Ministério da Agricultura. Para ele, o certo seria o estudo considerar que a criação de boi contribui para a preservação do meio ambiente, porque o animal bovino exige campo verde para pastagem e só consome água limpa.

Quatro por um humano

Existindo esta poluição provocada pelos bovinos, ela não seria um problema para o município de Ribeirão Preto, onde a criação de gado quase inexiste. O que há são pecuaristas residentes na cidade e na região que têm criação em outros Estados. Em Goiás, por exemplo, onde Joaquim Azevedo Souza exerce esta atividade, a proporção é de quatro bovinos para cada ser humano. No Brasil todo, a população de bovinos, estimada em 207 milhões de cabeças, supera a população humana.

Estes animais causam poluição devido ao gás proveniente da ruminação, o gás metano. Cada bovino, segundo técnicos da Embrapa Meio Ambiente, emite 57,5 quilos de metano por ano. Este gás seria mais grave que as substâncias tóxicas que saem dos escapamentos dos carros, como o monóxido de carbono, e teria efeito estufa 23 vezes maior que o dióxido de carbono provocado por queimadas.

Preocupação mundial

Face a estas informações e diante do quadro de estudos sobre o aquecimento global, agentes da ciência, em todo mundo, anunciam que estão dando mais atenção ao gás metano, já incluído como um dos gases mencionados no Protocolo de Kyoto, acordo que envolve 120 países e que objetiva limitar a emissão de poluentes que causam o efeito estufa.

A Nova Zelândia se inclui entre os países preocupados, agora diante de uma nova realidade. Há quatro anos, o governo daquele país tentou criar um imposto contra os pecuaristas por causa da flatulência animal, mas mudou o plano, após conhecimento de que a principal fonte de emissão de metano está no arroto, proveniente do retorno da alimentação para mastigação. É nesse momento que o metano é lançado na atmosfera.

Providências ajudam a diminuir a emissão de gás metano

É possível, sim, que os bovinos causem poluição e isto exige que se faça algum tipo de controle. Mas evidentemente não pode ser uma medida radical, sendo necessário considerar que o gado bovino produz alimento para o homem, além da importância econômica da atividade de criação.

Esta é a opinião manifestada pelo professor aposentado da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), José Eduardo Dutra de Oliveira, que também é produtor rural e pequeno criador de gado. Ele diz que “o homem também polui, no simples ato de respirar”.

Já existe o controle

O aspecto relativo ao controle, citado por Dutra de Oliveira, já é uma preocupação das indústrias de ração. Otacílio Ramos Nogueira, zootecnista da Carol, de Orlândia, explica que já vem ocorrendo o uso da substância monensina sódica nas rações e isto garante a redução de 30% na produção de gás metano ruminal.


Carlos Alberto Nonino
Fonte: Jornal A Cidade – Ribeirão Preto/SP

A Era do Óleo Vegetal Combustível

O IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change, ou Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), criado pela ONU, apresentou dados sobre as conseqüências nefastas do aquecimento global aos seres vivos. E os combustíveis fósseis são apontados como os grandes responsáveis pelas tragédias que já vivenciamos: seca, temperaturas altas em alguns pontos do planeta, degelo, ciclones...

No documento "Visão para 2030", a União Européia pretende contar, daqui a 23 anos, com um quarto de seu sistema de transporte circulando com combustíveis não-fósseis. Os 27 países objetivam reduzir em até 20% as suas emissões de gases de efeito estufa, com o auxílio dos biocombustíveis. Inicialmente, estabeleceram uma meta de uso de 5,75% de etanol na frota de veículos até 2010.

A mídia brasileira só fala sobre as benesses do biodiesel. E do etanol, um produto essencialmente brasileiro, produzido aqui com a melhor (e mais barata) tecnologia do mundo. Não se fala em trabalho escravo, em queimadas e em outras ilegalidades praticadas no cultivo da cana.


1. o produtor rural deve ser incentivado a, em sua propriedade:

- plantar oleoginosas,
- extrair o óleo dessa plantação
- e usá-lo como combustível em seus motores. Para isso, bastam apenas algumas adaptações, simples e baratas.

2. a indústria automobilística precisa produzir veículos com motores que utilizem outras energias renováveis como o óleo vegetal e o biogás. O motor Elsbett é um bom exemplo: o modelo alemão funciona com óleo in natura e óleo diesel também. O motor Diesel convencional permite o acréscimo de 20% de óleo vegetal ao óleo diesel sem maiores complicações. E, se adaptado, pode circular com 100% de óleo vegetal. Exatamente igual ao conceito da transformação do motor a gasolina para motor a álcool.

3. o Brasil precisa de um centro de referência - sério - em biomassa. As informações a respeito do potencial do dendê, do pinhão manso, do girassol, da canola, da mamona... ainda são precárias. A energia que uma oleoginosa produz pode gerar até mesmo energia elétrica. Mas poucas pessoas sabem disso ainda.

Integra da Matéria

Fonte:

Martifer investe nas culturas energéticas

O Grupo Martifer, através da sua participada de combustíveis avançados Priofuels, apostou em garantir toda a cadeia de produção de biodiesel pelo que, até 2012, vai investir 100 milhões de euros em culturas energéticas em Portugal, Brasil e Roménia.

Com produção própria na Roménia e no Brasil, a Martifer acredita que deve dar privilégio ao que é nacional, pelo que contratualizou com agricultores portugueses a produção de girassol, que deve dar em 2007 quatro a cinco mil toneladas de óleo.

António Martins, administrador da Prio, disse ao jornal Público que "em Portugal, é possível aproveitar potencial agrícola que estava desaproveitado, não ocupando espaço de culturas alimentares e optando por uma cultura que os agricultores sabem fazer e que dá um óleo com boas características para o biodiesel."

O objectivo de empresa, segundo o programa de produção de culturas energéticas apresentado, é chegar às 50 mil toneladas de semente de produção nacional, o que dá 20 mil toneladas de óleo, adiantou Nuno Dias, director de logística da Prio.

O abastecimento da Martifer passará também pela Roménia, onde já tem um campo de dez mil hectares, a que deverão são acrescentados outros tantos todos os anos até 2012, e no Brasil. Dentro de cinco anos, a empresa pretende estar a explorar 60 mil hectares de solo brasileiro.

Em Portugal, o regime é de contratualização, para o que é usado um fundo de maneio de três a quatro milhões de euros. Os agricultores - que já ascendem a 350 - recebem 300 euros por tonelada.

Com este passo, a Martifer consegue dominar toda a cadeia de produção, da cultura à refinação e incluindo também o abastecimento. Ainda esta semana, foi anunciado que a Prio e a Jerónimo Martins fecharam um acordo para a abertura de 70 postos de abastecimento de biocombustível nas unidades do Pingo Doce e do Feira Nova.

Fonte:

quinta-feira, 14 de junho de 2007

No Japão, lei com especificações, dá garantia de qualidade do Biodiesel

Há dois padrões de qualidade para o biodiesel no Japão: um padrão especificado na “lei no controle de qualidade da gasolina e outros combustíveis” (da “lei da garantia qualidade”) e um padrão industrial japonês voluntário (JIS).

A lei da garantia de qualidade foi emendada para permitir até 5% o ácido Fatty Esters Methyl (FAMA) pela massa (nos EUA e Europa, é pelo volume) e para impedir o uso de óleos vegetais sem procedencia. As exigências passaram a ter efeito a partir de março 2007. As propriedades do diesel especificadas nesta lei são enxofre, temperatura do índice do cetane, do destilação T90 e limites superiores na FAMA e nos triglicerides.

Para o biodiesel, as exigências adicionais incluem limites para o metanol, o número ácido total (TAN), o ponto baixo - ácidos do peso molecular e a estabilidade da oxidação. As misturas biodiesel/diesel têm os limites na FAMA e nos triglicérides, distintos de forma clara entre os dois, para impedir o uso de triglicerides improcedentes. A tabela 1 mostra os limites regulados para o combustível diesel que contem o biodiesel de até 5% na lei da garantia de qualidade.

A tabela 2 mostra o padrão proposto de JIS para o biodiesel. É similar ao padrão europeu do biodiesel sem muitas exceções. O padrão europeu é para o uso como um estoque se misturando para o combustível diesel ou como um combustível B100 puro.
A exigência da estabilidade da oxidação para Japão é ajustada na mistura B5 e não no biodiesel puro como é feito em Europa. A lei da garantia de qualidade coloca também exigências adicionais no número ácido e no ponto baixo - os peso molecular dos ácidos é, também, para o B5, que não é requerido em Europa.

Fonte: Diesel Net

Alíquotas de ICMS do biodiesel por estado

Alguns leitores solicitaram informações sobre a alíquota de ICMS dos biocomsbutíveis. Abaixo estão os valores praticados por cada estado para o biodiesel.
UF - Alíquota
AC 17% GO 17% PI 17% SE 17% RO 17%
AL 17% MA 17% PR 17% SP 18% PB 17%
AM 17% MG 18% RJ 19% TO 17% RS 12%
AP 17% MS 17% RN 17% BA 17%
CE 17% PA 17% RR 17% DF 17%
ES 17% PE 17% SC 17% MT 17%

Fonte: Blog Biocomb

Em Porto Alegre (RS) óleo de cozinha pode ser entregue ao DMLU

A partir de hoje 12/06, os moradores de Porto Alegre poderão se desfazer do óleo de fritura usado em 24 postos oferecidos pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).

Pelo projeto, lançado ontem, a população poderá entregar o óleo guardado em garrafa plástica ou recipiente de vidro em um dos postos. As empresas Celgon Agroindustrial, Faros - Indústria de Farinha e Ossos e Oleoplan encaminharão o material para reciclagem.

Com o óleo reciclado é possível produzir sabão, detergente, resina para tintas, glicerina, biodiesel e ração para animais.

Onde levar

Centro - Avenida Mauá, 158

República - Rua da República, 711

Conceição - Rua Alberto Bins, sob a Elevada da Conceição

Câncio Gomes - Travessa Carmem, 111

Pereira Franco - Rua Pereira Franco, 135

Humaitá - Rua José Aluisio Filho, 780

IAPI - Avenida Assis Brasil, 1715

Silva Só - Rua Silva Só, sob a elevada Tiradentes

Nordeste - Rua Dom Jaime de Barros Câmara, 815

Porto Seco - Avenida Plínio Kroeff, 752

Visconde - Rua Visconde do Herval, 945

Freitas e Castro - Rua Prof. Freitas de Castro, 95

Alpoim - Rua José L. R. Sobral, 958

Norte - Avenida Bernardino Silveira Amorim, esquina com Bernardino Silveira Pastoriza

Lomba do Pinheiro - Estrada Afonso Loureiro Mariante, 4401

Fátima - Rua Alfredo Ferreira Rodrigues, 975

Cavalhada - Av. Otto Niemeyer, 3206

Ipanema - Avenida Guaíba, 2027

Niterói - Rua Niterói, 19

Cruzeiro - Avenida Tronco, 528

Restinga - Rua Rubens Torelli, 50

Belém Novo - Rua Desembargador Melo Guimarães, 12

Lami - Avenida Guaíba, ao lado do DMAE-Lami

Coleta Seletiva - Avenida Wenceslau Escobar, 1980

Fonte: com com informações do jornal Zero Hora

Biodiesel de mamona e girassol segue em alta no Centro-Oeste e Sul

Segundo Alexandre Gabriel, coordenador de Agricultura Intensiva empresarial da Brasil Ecodiesel, a produção inicial é de 640 mil litros para biodiesel da mamona e 120 mil litros do girassol. "As produções são levadas a Porto Nacional, no Tocantins, para processamento do óleo que depois é vendido para a Petrobras".

A projeção da empresa para o Estado de Goiás é de uma produção de mamona superior a 556 mil toneladas este ano, em uma área de cultivo de mais de 708 mil hectares. Para a produção de girassol a estimativa é de 300 mil quilos em 2007, em uma área de cultivo de de mais de 1 mil hectares no estado. "A previsão de ampliar a produção de girassol em mais de 20%, em 2008", revela.

A companhia projeta a construção de 12 unidades esmagadoras de oleaginosas no País, com investimentos individuais de aproximadamente R$ 80 milhões, em cada uma. Os Estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Sul, Paraná e também no Nordeste do País, poderão receber as novas unidades.

Pesquisa
Cerca de 100 produtores rurais de dois assentamentos no Sudoeste goiano, um em Rio Verde e outro em Jataí, devem colher nessa safrinha cerca de 1,5 mil quilos por hectare de girassol e mil quilos por hectare de mamona tipo guarani, oleaginosas destinadas à industrialização de biodiesel.

De acordo com Carlos Eduardo da Silva Lima, superintendente de Agricultura Familiar da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seagro), estes produtores também venderam a produção de soja da safra 2006 para a Caramuru para industrialização do biodiesel. "Este tipo de parceria é fundamental para que consigamos desenvolver projetos na área. O governo do estado já estuda a possibilidade de projeto semelhante para o pinhão-manso, mas todos estes projetos precisam de mais pesquisas para o solo do Centro-oeste", conta. Nos dois municípios, há mais de 60 hectares de terra plantada.

Paraná
O Paraná é foco de atenção de grandes corporações interessadas em investir em biodiesel, pelo potencial de produção de grãos utilizados para o processamento do produto. A Brasil Ecodiesel, por exemplo, estuda a implantação de uma unidade de produção no estado. Em curto prazo a empresa deve iniciar a compra de matéria-prima para a usina que já está instalada no Rio Grande do Sul. Técnicos da empresa estão realizando um levantamento nas regiões mais favoráveis para o cultivo de girassol e mamona. Atualmente 55 mil famílias em todo o País produzem mamona e girassol para a Brasil Ecodiesel, ocupando uma área de quase 50 mil hectares.

O Paraná ainda não tem zoneamento agrícola definido para essas culturas, mas a Secretaria de Estado da Agricultura (Seab) está mobilizada para estimular a produção. O secretário Valter Bianchini afirma que o estado está disposto a trabalhar em parceria com as empresas para garantir o fornecimento da matéria-prima. "Precisamos ter segurança que as duas culturas são viáveis", diz.

A Brasil Ecodiesel oferece garantia de compra com preço pré-fixado no contrato, assistência técnica, máquina de debulha, sacaria e logística para escoamento da produção. Na Região Nordeste, onde os contratos de compra de grãos estão consolidados, a empresa está pagando em torno de R$ 0,60 o quilo do grão.

Outras grandes empresas, como a Cooperativa de Maringá (Cocamar), a Biolix, de Rolândia, e a Brasbiofuel Biodiesel, que tem escritório em Curitiba, também estão interessadas na expansão da produção de biodiesel.

Com previsão de investimentos que podem chegar a R$ 200 milhões, a Brasbiofuel finaliza um levantamento que vai definir a tecnologia a ser empregada na produção da unidade prevista para ser instalada no estado. O diretor de Operações Afonso D"Agostini, comenta que o projeto inclui o tratamento e destinação de todos os co-produtos que poderão ser gerados na operação, desde o óleo de girassol até a casca das sementes, que devem ser utilizadas como fonte para uma usina termoelétrica para abastecimento da unidade. "Tudo será programado para retorno do capital", ressalta.

O projeto tem a parceria de um grupo de investidores italianos da área financeira, e a intenção é exportar a produção do biodiesel para a Itália. O local da unidade será na região de Londrina. O projeto prevê outras três unidades, que devem totalizar uma produção diária de 1,5 milhão de litros de biodiesel.


Fonte:

Para alemão Brasil tem potencial para cultivar pinhão-manso para biodiesel

De acordo com George Francis, o pinhão-manso é uma planta que pode se desenvolver em lugares áridos com solos pobres, ou seja em áreas que não estão aptas para cultivo de alimentos. A planta prospera mesmo em lugares desérticos, por ser uma planta versátil, se adapta facilmente em regiões desérticas com clima de 42° C, além disso o pinhão-manso está disseminado em países tropicais, entre eles, a África, Etiópia e Colômbia, regiões essa onde são encontradas em uma enorme variedade de espécies vegetais. “Até mesmo nas regiões em processo de desertificação no Piauí, ela se desenvolve”, informou o pesquisador.

No que tange ao óleo para produção do biodiesel, o cientista declara que o óleo em pequena escala é produtivo se a planta for desenvolvida em sistema de nicho, mas se são produzidas em longas escalas o preço do biodiesel será bruto, encarecendo. Um experimento foi realizado na Índia, onde um carro movido a diesel utilizou 100% do biodiesel à base de pinhão-manso e constatou-se que havia uma maior intensidade energética do que com o diesel comum.

Para Francis, apesar da planta ser considerada selvagem, tem um potencial muito grande. “Plantas com cinco anos podem produzir mais de cinco quilos de semente, sendo assim, a planta possui frutos que contêm três maturidades diferentes: as secas, as amareladas e as de tonalidades verdes”.

Ele informou que em países cujo custo de trabalho está em 2,5 dólares, o trabalho passa a ser manual, mas países com custo de 2,8 dólares, o apoio precisa ser mecânico na colheita, ou seja, oferecer auxílio na colheita. Com custo de 2,5 dólares, o custo da colheita vai representar 50% do produto bruto da venda de óleo.

Produzido por pequenos agricultores, a composição do óleo extraído do pinhão-manso é bastante eficaz. “Apesar desse óleo ser muito bom, são necessárias mais pesquisas aplicadas, ou seja, produzir mais de uma tonelada de óleo necessário, sem irrigação, mas em regiões chuvosas”, argumenta.

No Brasil, o pesquisador assegura que as condições climáticas e de solo são favoráveis, mas é necessário mais conhecimento sobre a planta e, principalmente, mais investimento no setor. Por ter um ótimo potencial, a Alemanha tem grande interesse no Brasil em relação ao biocombustível. Na Alemanha, estão sendo investidos mais de 2 milhões de toneladas, mas as atenções da Alemanha e do mundo pairam sobre o Brasil, afinal estamos na frente no que tange à potencialidades do biodiesel.

O 1° Congresso Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis é uma realização da Embrapa Meio Norte, Codevasf( Companhia de Desenvolvimento dos Vales de São Francisco), Sebrae( Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas), Banco do Nordeste em parceria com os governos do Maranhão e Tocantins.

Fonte: