quinta-feira, 14 de junho de 2007

Para alemão Brasil tem potencial para cultivar pinhão-manso para biodiesel

De acordo com George Francis, o pinhão-manso é uma planta que pode se desenvolver em lugares áridos com solos pobres, ou seja em áreas que não estão aptas para cultivo de alimentos. A planta prospera mesmo em lugares desérticos, por ser uma planta versátil, se adapta facilmente em regiões desérticas com clima de 42° C, além disso o pinhão-manso está disseminado em países tropicais, entre eles, a África, Etiópia e Colômbia, regiões essa onde são encontradas em uma enorme variedade de espécies vegetais. “Até mesmo nas regiões em processo de desertificação no Piauí, ela se desenvolve”, informou o pesquisador.

No que tange ao óleo para produção do biodiesel, o cientista declara que o óleo em pequena escala é produtivo se a planta for desenvolvida em sistema de nicho, mas se são produzidas em longas escalas o preço do biodiesel será bruto, encarecendo. Um experimento foi realizado na Índia, onde um carro movido a diesel utilizou 100% do biodiesel à base de pinhão-manso e constatou-se que havia uma maior intensidade energética do que com o diesel comum.

Para Francis, apesar da planta ser considerada selvagem, tem um potencial muito grande. “Plantas com cinco anos podem produzir mais de cinco quilos de semente, sendo assim, a planta possui frutos que contêm três maturidades diferentes: as secas, as amareladas e as de tonalidades verdes”.

Ele informou que em países cujo custo de trabalho está em 2,5 dólares, o trabalho passa a ser manual, mas países com custo de 2,8 dólares, o apoio precisa ser mecânico na colheita, ou seja, oferecer auxílio na colheita. Com custo de 2,5 dólares, o custo da colheita vai representar 50% do produto bruto da venda de óleo.

Produzido por pequenos agricultores, a composição do óleo extraído do pinhão-manso é bastante eficaz. “Apesar desse óleo ser muito bom, são necessárias mais pesquisas aplicadas, ou seja, produzir mais de uma tonelada de óleo necessário, sem irrigação, mas em regiões chuvosas”, argumenta.

No Brasil, o pesquisador assegura que as condições climáticas e de solo são favoráveis, mas é necessário mais conhecimento sobre a planta e, principalmente, mais investimento no setor. Por ter um ótimo potencial, a Alemanha tem grande interesse no Brasil em relação ao biocombustível. Na Alemanha, estão sendo investidos mais de 2 milhões de toneladas, mas as atenções da Alemanha e do mundo pairam sobre o Brasil, afinal estamos na frente no que tange à potencialidades do biodiesel.

O 1° Congresso Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis é uma realização da Embrapa Meio Norte, Codevasf( Companhia de Desenvolvimento dos Vales de São Francisco), Sebrae( Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas), Banco do Nordeste em parceria com os governos do Maranhão e Tocantins.

Fonte:

Nenhum comentário: