quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

O uso de óleo vegetal diretamente nos motores a diesel


O uso de óleo vegetal diretamente nos motores do ciclo diesel é perfeitamente possível, apesar de pouco recomendado devido à produção de substâncias cancerígenas e de provocar uma redução na vida útil dos motores devido ao acumulo de goma.

Mas querendo usar é possível, basta passar no supermercado e comprar o óleo vegetal mais barato na prateleira e verter dentro do tanque de combustível dos veículos com motor do ciclo diesel na proporção de 50% de óleo diesel e 50% de óleo vegetal, ou 20% por 80% chegando até mesmo a usar, no caso de viagens longas, 100% de óleo vegetal. Mas, se deixarem o carro só com óleo à porta de casa depois de voltar do trabalho, correm o risco de não ir trabalhar no dia seguinte. Observamos um aumento na temperatura do motor, por isso não o levem a extremos.

Já existem motores plenamente adaptados, que podem ser instalados em qualquer automóvel e que podem consumir apenas óleos vegetais. Tratam-se dos motores Elsbett(também conhecidos como “Motores Elko”), que são uma versão do motor a Diesel convencional adaptado para funcionar com óleo vegetal.

A tecnologia foi desenvolvida na antiga União Soviética e, no Ocidente, no Brasil, onde uma empresa local, a “Grupo Garavello” investiu no projeto, mas sem sucesso. Atualmente, a Elsbett AGn alemã, desenvolveu um motor, com relativo sucesso nesta época de aumento explosivo do preço do Petróleo, adaptado para suportar vários combustíveis, o chamado “motor multicombustíveis”.

A empresa opera desde a década de oitenta, comercializando o seu motor Elko, de invenção do seu fundador, o engenheiro Ludwig Elsbett, o qual, nas suas próprias palavras “é um motor de ciclo diesel semi-adiabático otimizado para funcionar com quase todos os tipos de combustíveis, sem alterações.”.

Existem, hoje, em toda a Europa, mais de 20 mil veículos transformados e usando quase exclusivamente óleos vegetais comuns (sobretudo Óleo de Colza) abastecidos “em casa” ou através de uma rede de caminhões com reservatórios de mil litros.

Em termos de custos (veja aqui), por exemplo, um upgrade a motores TDI da Volkswagen (Audi, Skoda, Seat, Volvo, etc) ou a um motor dTu da Renault ficaria em 1.700 euros + IVA, um valor que desce para 1.300 euros se for escolhido o kit de conversão da Greasecar.

O uso massivo de óleos vegetais é uma opção muito séria e antiga, de fato, o próprio inventor do motor Diesel, o engenheiro alemão Rudolf Diesel concebeu o seu motor para funcionar apenas a óleo de amendoim, e isto em 1870.

Ver também:
Óleo Vegetal como Combustível
Fonte: Blog Cocktail Tecnológico

Holandeses investem em biodiesel no país

A Vital Planet, pequena empresa de origem holandesa com apenas um ano de operações, quer entrar com vigor no mercado brasileiro de biocombustíveis e se prepara para iniciar testes de produção em duas semanas. Como matérias-primas, a companhia usará 90% de soja e 5% de álcool anidro, que são misturados por enzimas biocatalizadoras para produzir biodiesel. A novata é controlada pela Vital Foundation, com sede na Holanda, que tem como meta reinvestir todo o lucro em projetos nas áreas onde atua.

Como trunfo, a empresa tem o uso exclusivo de uma nova tecnologia para fabricação de biodiesel patenteada pelo Instituto Fraunhofer, um dos principais institutos de pesquisa da Europa, e que tem 90% de suas pesquisas financiadas pelo governo da Alemanha.

A tecnologia permite a produção de biodiesel a partir de qualquer oleaginosa sem necessidade de calor ou pressão e sem catalisadores químicos, tudo dentro do reator. O processo também não produz glicerina, indesejável no processo. Rafael Geraets, presidente do comitê supervisor da Vital Planet e entusiasta da tecnologia, explica que mesmo sem a utilização de produtos químicos, caldeiras ou secadores, e sem resíduos, o processo resulta em biocombustível a preços competitivos. "E como a planta é flexível e pode ser transportada de um local para outro, as máquinas podem ser adaptadas para produzir pequenos ou grandes volumes, instaladas perto das grandes bases das distribuidoras ou perto da produção", afirma ele.

A empresa se prepara para iniciar os testes para a produção de 25 mil litros de biocombustível por dia (750 mil litros por mês) em uma planta piloto instalada em Campos dos Goytacazes, no interior do Estado do Rio. Serão investidos R$ 13 milhões na planta e em uma unidade para a construção dos equipamentos. Esse trabalho, a cargo da Vital Industries, também será em Campos. Quase metade desse valor será financiado pelo Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), que usa parte da receita obtida pelo município com royalties sobre a produção de petróleo e gás na bacia de Campos.

A fase de testes para adequação das plantas à portaria 240/2003, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), deve começar em duas semanas. Só depois disso, e dos laudos da Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente) e do monitoramento pela ANP, é que a empresa espera obter autorização para comercializar a produção em escala industrial, o que deve ocorrer em maio ou junho.

Para fortalecer sua estratégia, a Vital Planet contratou Sergio Presgrave, ex-Ale, para o cargo de diretor executivo. Presgrave antecipa que já negocia com uma grande distribuidora de combustíveis a venda da primeira produção. Presgrave não revela o nome da companhia, mas diz que ela está entre as maiores associadas do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom).

O plano, segundo o holandês Rudolf Peelen, presidente do Vital Planet, é ter sete plantas com a tecnologia do Instituto Fraunhofer até o fim do ano. Mas não é só. Peelen conta que a empresa já analisa fazer uma oferta pública de ações, o que já foi objeto de uma reunião sua com o ABN-Amro Bank, em São Paulo, na semana passada.

As estimativas são de que o mercado brasileiro de biocombustíveis vai absorver até 1,9 bilhão de litros em 2008 e 2009. Tanto Peelen quanto Geraets dizem que o grupo "está preparado" para suprir até 500 milhões de litros desse total. No ano passado, foram produzidos no país 54 milhões de litros de biodiesel puro entre janeiro e novembro, segundo a ANP. A Vital concorrerá com empresas que já produzem, como Agropalma e Brasil Ecodiesel.

Os executivos da Vital Planet dizem que encontrar um supridor ainda é um dos gargalos do setor. A empresa busca parceiros, como esmagadores de pequeno porte, para fazer negócios. Em São Paulo, por exemplo, surgiu uma proposta inusitada: um usineiro com planos de dobrar a área plantada e ampliar sua frota de 600 para 1.200 veículos propôs uma parceria para construção de uma usina de biodiesel exclusiva para o abastecimento de sua frota. "Ele quer usar 100% de biodiesel como combustível e nos pediu para fazer uma proposta de preço. Não é usual e estamos fazendo os cálculos para fazer nossa oferta", diz Peelen.

A Fundação Vital Planet foi criada com recursos de 15 investidores "pessoa-física" na Suíça. Segundo Peelen, eles não visam lucro, mas aportes em projetos ambientalmente sustentáveis. A escolha do Brasil para os testes-piloto da nova tecnologia, conforme ele, explica-se pela produção de oleaginosas e porque o país pode suprir 60% do consumo mundial de biodiesel.

Fonte:

MDA estimula o plantio de mamona para o biodiesel

O Ministério do Desenvolvimento Agrário firmou convênio com a Cooperativa Agropecuária Mista dos Pequenos Agricultores da Região de Ribeira do Pombal (Cooparp), localizada em Ribeira do Pombal (BA), para estimular o plantio de mamona na região.

Segundo informou o ministério, serão liberados R$ 222,2 mil para compra de sementes e outros insumos. A meta é beneficiar 1,2 mil agricultores familiares de 16 municípios do nordeste baiano. A expectativa do governo é alcançar uma área de 3 mil hectares de mamona, com produtividade média de 1 tonelada por hectare. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Bahia já responde por 81% da área plantada de mamona no país, ocupando 169,7 mil hectares. A produção no Estado é estimada em 118,8 mil toneladas.
Fonte:
da Agência de Notícia UDOP

Grupos extrangeiros investirão US 310 milhões em biodiesel no Brasil

Até o momento, cinco grupos já anunciaram investimentos, num aporte total de US$ 310 milhões. Outros cinco grupos confirmaram ao Valor que prospectam negócios no Brasil.

O anúncio mais recente foi feito pelo grupo espanhol CIE Automotive, mais conhecido por sua atuação no mercado global de autopeças. No Brasil, a empresa mantém sete fábricas de autopeças. A empresa, em parceria com a brasileira Enercom, fundou a Naturoil e investiu US$ 40 milhões na construção de uma usina em São Paulo, que terá capacidade para produzir 200 milhões de litros de biodiesel por ano a partir de soja e deverá entrar em operação em 2008. O grupo informou, por meio de sua assessoria, que investirá em outros quatro projetos com biocombustíveis no país ao longo dos próximos meses.

Atualmente, a CIE Automotive é a maior produtora de biodiesel da Europa, com uma usina na Espanha, uma na Itália e outros três projetos. Juntas, produzirão 550 milhões de litros por ano a partir de 2008 no Velho Continente.

Um fundo de origem britânica, que prefere não ter seu nome revelado, também planeja investir US$ 200 milhões em nove usinas de biodiesel no país. As negociações vem sendo intermediadas pela consultoria MB do Brasil. O fundo já investiu US$ 35 milhões em duas usinas no Mato Grosso do Sul - em Santa Rita do Pardo e Glória de Dourados, que começam a operar em fevereiro.

Juntas, elas têm capacidade para produzir 400 mil litros de biodiesel por dia. Eduardo Herling, diretor da MB do Brasil, afirma que outras duas usinas financiadas com recursos do fundo entrarão em operação em abril.

Além dos novos projetos, somam-se aos aportes os anúncios já divulgados da francesa Dagris e da americana ADM. A Dagris fará investimento de EUR$ 30 milhões (US$ 38,7 milhões) em uma planta em Salvador (BA), com capacidade para produzir 250 milhões de litros de biodiesel por ano, a partir de caroço de algodão.

A ADM também anunciou em julho do ano passado um investimento de US$ 35 milhões na construção de uma usina em Rondonópolis (MT), que terá capacidade para processar 180 milhões de litros de biodiesel por ano.

Outros cinco grupos confirmaram o interesse em investir em projetos com biodiesel no Brasil ainda neste ano. O fundo de investimentos inglês Climate Change Capital - considerado o maior fundo privado do mundo dedicado a negócios com crédito de carbono, com uma carteira de cerca de US$ 1 bilhão - analisa projetos de investimento com biodiesel no Brasil, vinculados a programas de geração de créditos de carbono. "Já temos investimentos na China e agora começaremos a explorar os mercados da Índia e do Brasil", afirma Josh Green, diretor para mercados de carbono do fundo.

O grupo coreano Kaizen, que divulgou recentemente um aporte de R$ 710 milhões em indústrias de soja no Mato Grosso do Sul, também estuda a implantação de usinas de biodiesel no país nos próximos três anos.

Segundo fontes ligadas ao setor, o grupo português Metacortex e a suíça Nueva também estudam fazer investimentos no Brasil em usinas de biodiesel e de álcool.

De acordo com Ricardo Gomide, coordenador geral de combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, existem atualmente no Brasil 65 projetos de usinas de biodiesel, sendo que 19 já estão em operação e em situação regularizada junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Existem outras 22 prontas e em processo de regularização. O restante encontra-se em fase de estudos ou de construção. Juntos, os investimentos nesses projetos superam US$ 2 bilhões.

Conforme o ministério, as 19 usinas que já operam produzem 664 milhões de litros por ano e as outras 22 em processo de autorização têm capacidade para 1,137 bilhão de litros por ano. Ao todo, os 65 projetos somam uma capacidade de 3,038 bilhões de litros e a expectativa é que todos entrem em operação até o início de 2008. A maior concentração de projetos está em São Paulo, com 18 projetos. Em seguida está o Mato Grosso, com oito usinas, e Goiás, com seis unidades.

Fonte:
da Agência de Notícia UDOP

Petrobras já tem 3.867 postos com Biodiesel


Exatos 259 dias depois de ter lançado a campanha do Biodiesel, em 17 de maio de 2006, a Petrobras Distribuidora já comercializa o produto em nada menos que 3.867 postos de sua rede, localizados em cerca de 1.200 municípios de todos os estados brasileiros. Até julho deste ano, todos os 6.800 postos ativos da Petrobras no país deverão oferecer o novo combustível, adicionado na proporção de 2% ao diesel comum.

O biodiesel também já é fornecido para 2.525 grandes consumidores, entre transportadoras de carga e passageiros, indústrias, TRR's, frotas de governo das três esferas (federal, estadual e municipal) termelétricas e ferrovias. Atualmente, a Petrobras Distribuidora recebe, armazena e distribui o biodiesel por intermédio de 48 bases e terminais localizados em todo país. Até dezembro , o número de instalações estarão aptas a movimentar o produto deve chegar a 64. Nos últimos dois anos foram investidos cerca de R$ 20 milhões para adequar a estrutura logística e operacional ao novo combustível.

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Maracaju receberá R$ 400 milhões para produção de biodiesel

O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), assina hoje, durante sua visita a Showtec, em Maracaju, termo de acordo para a instalação de uma usina de esmagamento e industrialização de biodiesel, no município.

O investimento previsto é de R$ 400 milhões, que será feito pelo grupo Caramuru, Petrobras e Brasil Invest. Tem capacidade de produção estimada em 110 milhões de litros ano, devendo gerar 400 empregos diretos e outros 1,2 mil indiretos.

O projeto prevê, também, que a matéria prima necessária para a produção da indústria, soja, girassol, cânola, pinhão manso, entre outras oleaginosas para o esmagamento, além de etanol, metanol e o sebo, virá via sistema de integração indústria-produtores.

O modelo pretende atrair a produção regional em um raio de 150 quilômetros, partindo de Maracaju. A área de ação irá impactar os produtores no municípios de Sidrolândia, Campo Grande, Jardim, Guia Lopes, Ponta Porã, Dourados, Rio Brilhante, entre outros. Também sendo prevista a integração da produção dos assentamentos da região, respeitando o conceito do “combustível social”.

A implantação do Projeto está divida em duas etapas , Na primeira, 100% da produção será destinada ao mercado interno e na segunda, 70% será exportada, ficando o restante no mercado do país. O prazo para sua implantação tem início em março de 2007 e a previsão de início de produção é para outubro de 2008.


Fonte: TV Morena

Rentabilidade com biodiesel é 20% maior que o óleo de soja

Abiove estima que rentabilidade com o combustível pode ser 20% maior que a do óleo de soja. As indústrias de óleo vegetal do Brasil pretendem redirecionar a produção voltada para exportação e investir no biodiesel. A rentabilidade do combustível é 20% maior que a do óleo de soja. As empresas estão na expectativa de que o governo conceda isenção e incentivos tributários para que possam direcionar o volume de exportação desse produto para a fabricação de biodiesel.

Desde 2003, as vendas externas do óleo estão praticamente estacionadas. A competição acirrada do mercado internacional, sobretudo do óleo argentino, vem sugando os ânimos do setor. Estima-se que as indústrias argentinas coloquem o produto no navio a um custo menor que o de processamento da indústria brasileira. "Além disso, grandes importadores de óleo, como a China, hoje compram grãos do Brasil para processar em seu país, pois fortaleceram suas indústrias", diz Carlo Lovatelli, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Óleo Vegetais (Abiove).
Além da concorrência externa, outro fator de perda de rentabilidade do óleo nacional está no desequilíbrio tributário gerado pela exportação do produto. A operação externa impossibilita a recuperação do crédito tributário do imposto interestadual, de 12%.

O fato é que, este ano, as exportações de óleo de soja do Brasil serão reduzidas em 19%, saindo das 2,3 milhões de toneladas registradas em 2006 para 1,85 milhão de toneladas. O volume é um pouco maior que o verificado nos anos de menor venda externa, como em 2001, quando o setor exportou 1,6 milhão de toneladas.

A estimativa da Abiove é de que, em 2007, pelos menos 250 mil toneladas sejam destinadas para produção de biodiesel, segundo Lovatelli. Volumes maiores vão depender de novos investimentos, estes condicionados à "regras mais claras", de acordo com Lovatelli. Ele se refere, basicamente, à desoneração tributária de impostos federais. "O ideal é que se faça como na Europa, onde foram concedidos esses estímulos para alavancar o setor e, agora, eles estão sendo retirados gradativamente", diz.

Para pleitear tão generoso estímulo, o setor argumenta que somente a soja tem capacidade, neste momento, de atender a demanda de mistura de biodiesel ao diesel, determinada pelo governo. De acordo com o presidente da Abiove, a indústria nacional de óleos vegetais está há anos com 30% de ociosidade no uso de sua capacidade instalada. Se fosse 100% utilizada, esse processamento seria suficiente para atender sozinho a mistura de 2%, determinada pelo governo até 2008 (1 milhão de litros). "Sem contar novos investimentos que viriam a ser feitos, com a plena utilização dessa capacidade", garante Lovatelli. E, o aceno do presidente Lula, em Davos, de tentar antecipar a mistura de 5% de 2013 para 2010, vai reduzir o prazo para que se encontre matéria-prima substituta à soja no atendimento do volume demandado pelo B-8, que será de 2,2 bilhões de litros.

Mas, mesmo com essa antecipação, o governo não prevê conceder incentivo ao uso do soja como matéria-prima para biodiesel, segundo José Nilton de Souza Vieira, diretor-substituto do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura (Mapa). "Para deslocar o óleo de soja para o biodiesel, teríamos que, não só conceder desoneração, mas também dar subsídios, o que é contra a proposta do programa", completa. Segundo ele, cerca de R$ 36 milhões serão destinados em 2007 para pesquisas na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agroenergia.

Espera-se que em até dois anos essas pesquisas gerem informações confiáveis para o cultivo em larga escala do pinhão manso.

Fonte:

O Biodiesel no Ceará precisara comprar oleaginosas de fora do Estado

A usina de biodiesel inaugurada hoje em Crateús irá precisar comprar oleaginosas de fora do Estado para atender a demanda. É o que afirma o presidente da Brasil Ecodiesel, Nelson Silveira. "A intenção é que a mamona e o pião manso respondam por 60% da matéria-prima no final do ano. Hoje, respondem por 30%", afirma.

Segundo Silveira, não há mamona suficiente porque os leilões de venda de biodiesel feitos no ano passado e não havia um programa agrícola voltado para essa cultura. "Os contratos só foram assinados em setembro. Você só pode disparar uma programa (de cultivo da mamona) quando há venda certa. Se hoje não há mamona suficiente no Ceará, isso vai acontecer este ano e em 2008, quando o biodiesel será obrigatório", afirma.

Segundo Silveira, para que haja produção suficiente para atender à demanda é preciso haver um trabalho de reestruturação do programa agrícola e oferecer assistência técnica aos agricultores. "Nós mesmos da Brasil Ecodiesel fizemos, em 2006, 250 mil visitas de assistência técnica no Nordeste", diz. Silveira acredita que a entrada em operação da unidade de Crateús irá estimular a produção da mamona. "O cultivo de oleaginosas emprega, no Nordeste, 45 mil famílias. No Ceará são seis mil famílias. Para o ano de 2007, queremos chegar a mais de 100 mil famílias no Nordeste e acredito que tenhamos de 15 mil a 20 mil famílias envolvidas no Ceará", afirma. (MT)

Programa de Monitoramento da Qualidade do Biodiesel da ANP

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), dentro de seu do Biodiesel na Bahia, esta disponibilizando sete cromatógrafos para laboratórios contratados em seis universidades. Um dos equipamentos passa integrar os recursos técnicos do Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas - CPT, unidade laboratorial própria da ANP localizada no Distrito Federal. Os outros seis irão para laboratórios em universidades de São Paulo (Unesp), Rio Grande do Sul (UFRGS), Bahia (Unifacs), Rio Grande do Norte (UFRN), Mato Grosso (UFMT) e Piauí (UFPI).

O cromatógrafo torna possível a realização de análises quantitativas, que indicam se está correta a proporção de biodiesel adicionado ao óleo diesel; e qualitativas, que permitem a identificação da origem do biodiesel por meio de marcador químico que, obrigatoriamente, os produtores misturam ao combustível.

Cartaxo recolhe óleo de restaurantes para fazer Biodiesel

O presidente da Câmara do Cartaxo, Portugal, reuniu-se quinta-feira com proprietários de restaurantes do concelho para os sensibilizar para a acção de recolha de óleos alimentares nos estabelecimentos do concelho.

Uma empresa do Oeste já está a fazer a experiência em alguns restaurantes, sem encargos para os estabelecimentos da cidade, com o objectivo de produzir biodiesel.

A reunião entre o edil do Cartaxo e os proprietários de restaurantes teve também em vista perspectivar a realização das I Jornadas Gastronómicas do concelho, que a autarquia quer realizar em Março.

Fonte: O Mirante

MDA aposta na mamona baiana para biodiesel

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) assinou convênio com a Cooperativa Agropecuária Mista dos Pequenos Agricultores da Região de Ribeira do Pombal (Cooparp), situada no município de Ribeira do Pombal (Nordeste baiano). Essa ação está vinculada ao Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), do governo federal.

A intenção é beneficiar 1,2 mil agricultores familiares com a implantação de tecnologias para o manejo sustentável da mamona como, por exemplo, o melhoramento de sementes, a curva de nível, os insumos naturais, a rotação de cultura e a adubação verde, entre outras.

No total, serão investidos R$ 222,2 mil. O extrato desse acordo foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 26 de janeiro. A iniciativa pretende atingir uma área aproximada de 3 mil hectares, com produtividade média estimada de mil quilos de mamona por hectare, em 16 municípios baianos. O compromisso também prioriza a difusão de conhecimentos básicos de assistência técnica, gestão do crédito e cooperativismo para possibilitar a organização da produção da mamona no estado.

Outra atividade importante será a capacitação de 60 agentes de desenvolvimento na cadeia produtiva da mamona, com ênfase na política de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Eles participarão de cursos com carga horária de 40 horas. O convênio tem ainda como metas o aumento da área de atuação da agricultura familiar no Estado, a melhoria na qualidade dos serviços de assistência técnica prestados às famílias e propiciar mais condições de acesso ao crédito pelos agricultores familiares.

A mamona é uma planta oleaginosa, sendo utilizada como matéria-prima para a fabricação do biodiesel. Além disso, ela se adapta ao cultivo na região do semi-árido, o que ajuda na inclusão social de agricultores familiares. O convênio vai atuar em Ribeira do Pombal e em mais 15 municípios da região Nordeste: Abaré, Adustina, Banzaê, Biritinga, Cipó, Euclides da Cunha, Fátima, Itapicuru, Monte Santo, Nova Soure, Olindina, Paripiranga, Ribeira do Amparo, Tucano e Uauá.

Fonte: Informe Sergipe

Bahia dá isenção de ICMS para produtor de biodiesel

A produção de biodiesel da Indústria Brasileira de Resinas Ltda (IBR), prevista inicialmente para 20 mil metros cúbicos anuais, será ampliada para 100 mil metros cúbicos anuais a partir da parceria recém formada com americana Comanche Energia S/A. Representantes das duas empresas reuniram-se hoje (30) com o governador Jaques Wagner e com o secretário do Planejamento, Ronald Lobato, para discutir os detalhes da ampliação.

O empreendimento, segundo Lobato, não envolve recursos públicos e a participação do Governo do Estado se dá pela isenção do ICMS. Outro ponto positivo, analisou o secretário, é o envolvimento de várias secretarias, principalmente as de Indústria e Comércio, Agricultura e Desenvolvimento Social. “Esse é o típico projeto de interesse do governo Wagner”, apontou.

A Bahia é um dos maiores produtores brasileiros de algodão, soja e dendê, e o maior nacional de mamona, com potencial enorme para girassol e pinhão-manso, plantas que são a matéria-prima para o biodiesel. A Bahia possui também ampla área para ampliação de cultivares e um programa consistente voltado para o desenvolvimento do combustível, o que está atraindo diversas empresas do segmento para produção em escala industrial.

Fonte: Informe Sergipe

Selo Combustível Social do Biodiesel: realidade ou mentira

"O biodiesel gera emprego, gera renda, gera desenvolvimento. E o nosso programa poderia ser um exemplo a ser financiado pelos países ricos aos países pobres africanos e aos países da América Central."
A frase acima foi dita pelo presidente Lula no Fórum Econômico Mundial.

Como mostramos na matéria anterior, a Brasil Ecodiesel irá produzir biodiesel no Ceará sem ter matéria prima suficiente para atender a sua demanda de produção.

A principio pode parecer apenas mais uma jogada audaciosa da empresa que domina, hoje, o mercado interno de produção de biodiesel, produzindo cerca de 54 % do biodiesel autorizado pela ANP, no Brasil.

Mas por traz disso podemos estar assistindo apenas um jogo de cena para ludibriar o selo combustível social do governo federal.

Oras, produzir biodiesel no Ceará com soja transportada do Piauí, quando a empresa já tem uma unidade pronta no estado. Como justificar isso, simples, o estado do Piauí já atingiu o nível de saturação para permitir a aquisição do selo combustível. Até ai tudo bem, o Ceará torna-se atrativo. Mas devemos lembrar que para fazer jus ao selo combustível social na região nordeste, o produtor deve ter 50% da sua produção de matéria-prima oriunda da agricultura familiar de mamona ou palma.

Como podemos observar na matéria anterior, o estado do Ceará não tem produção suficiente para abastecer a usina experimental, quanto mais a unidade de produção de biodiesel em escala industrial a ser inaugurada amanhã no estado.

Não consigo imaginar que uma empresa como a Brasil Ecodiesel se valha de tal ardil para ludibriar o fisco brasileiro e garantir preços nos leilões da ANP de forma a lhe garantir a maior parcela do mercado. Mas, isso não significa que não esteja acontecendo, porém a função de fiscalização da boa utilização do selo combustível social não é minha e sim do MDA e da Receita Federal, esta ultima que, pelo menos conosco reles mortais, costuma não perdoar mede a dentada. Como a empresa é grande deve ser mais difícil de morder, não sei.


Fontes: Diario do Nordeste 1
Diario do Nordeste 2

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Rondônia entra de vez na era do Biodiesel

O governo do Estado prepara técnicos e mão de obra especializada para implantar o programa de desenvolvimento do Biodiesel em Rondônia. A informação é do Chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Joarez Jardim, (o Jorjão do Oxigênio) que falou da importância social e econômica desse programa para o desenvolvimento da região. “O Biodiesel além de ser uma alternativa de energia limpa, é um grande programa social para o pequeno produtor rural. Propicia boas condições de vida no campo, freio racional da migração campo cidade, preservação do ecosistema e independência dos combustíveis fósseis não renováveis para o Brasil”, explica Joarez Jardim.

O secretário da Agricultura em exercício, Aníbal de Jesus, já está contatando pequenos, médios e grandes produtores rurais, para iniciar ainda este ano o plantio de cinco pontos diferentes de produção de mudas de pinhão manso, mamona, dendê e outras plantas oleaginosas, para ser distribuído aos pequenos e micro produtores rurais, que serão contemplados com essa nova atividade agrícola.

Já o superintendente do Banco da Amazonia, Wilson Evaristo, vai além e afirma que o governo federal dispõe de cerca de R$ 2 bilhões para a implementação do programa do Biodiessel no país, e que a Petrobrás, já está inclusive realizando leilões do produto ao custo de R$ 1,76 o litro.

Fonte: Rondonoticias

Biodiesel põe o mercado com as "barbas de molho"

As margens de lucro dos biocombustíveis são muito mais voláteis do que as do petróleo bruto e os riscos do setor também são mais difíceis de serem gerenciados, disse nesta terça-feira Kiru Rajasingam, do banco de investimentos Goldman Sachs.

Rajasingam, diretor-executivo da área de renda fixa, moedas e commodities, observou que as margens para fabricar etanol a partir do milho nos Estados Unidos (EUA) caíram durante os últimos meses.

"A volatilidade dessas margens é astronômica. É uma volatilidade muito maior do que você poderia esperar para uma refinaria de petróleo bruto", disse ele numa conferência organizada pela Euromoney.

Os preços do etanol caíram recentemente, acompanhando o declínio no mercado de petróleo bruto. Porém, os preços da matéria-prima do combustível, o milho, continuam firmes, acrescentando pressão às margens.

"As margens do biocombustível... não são como as do petróleo bruto, elas podem ser negativas e se tornarem mais negativas. (O petróleo bruto) é um negócio muito menos arriscado para participar", informou.

Rajasingam destacou que, caso as margens do petróleo bruto caiam, o mercado pode se ajustar com a queda dos preços da matéria-prima.

Já a matéria-prima utilizada para a produção de biocombustível é procurada também pelo setor de ração, no caso dos grãos, de forma que os preços não precisam ser reduzidos se as margens se tornarem negativas.

Os biocombustíveis, atualmente fabricados a partir de grãos, cana-de-açúcar e óleos vegetais, podem substituir os combustíveis fósseis e são uma alternativa para promover a redução de emissões de gases do efeito estufa, apontados como um dos fatores que contribuem para o aquecimento global.

"Os desafios para construir uma estrutura de gerenciamento (para os biocombustíveis) são vários", concluiu Rajasingam.

Ele ressaltou que, para o biodiesel, é difícil proteger os custos em parte devido às diferentes matérias-primas utilizadas na produção, como óleo de soja, de colza e de palma.

Ele também observou que diferentes políticas tarifárias, mesmo dentro da União Européia, também tornam mais difícil o "hedge" da commodity.

Fonte: Reuters do Brasil

ANP apresnta programa de Qualidade de Biodiesel na Bahia

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Universidade Salvador (Unifacs) realizaram segunda-feira, em Salvador, a apresentação do Programa de Monitoramento da Qualidade do Biodiesel na Bahia. Durante o evento, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, fez a entrega de um cromatógrafo ao laboratório da Unifacs, responsável pela realização do Programa de Monitoramento da Qualidade no Estado.

O cromatógrafo torna possível a realização de análises quantitativas, que indicam se está correta a proporção de biodiesel adicionado ao óleo diesel; e qualitativas, que permitem a identificação da origem do biodiesel por meio de marcador químico que, obrigatoriamente, os produtores misturam ao combustível.

Ao todo, sete cromatógrafos estão sendo entregues pela ANP a laboratórios contratados em seis universidades. Um dos equipamentos passa integrar os recursos técnicos do Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas - CPT, unidade laboratorial própria da ANP localizada no Distrito Federal. Os outros seis irão para laboratórios em universidades de São Paulo (Unesp), Rio Grande do Sul (UFRGS), Bahia (Unifacs), Rio Grande do Norte (UFRN), Mato Grosso (UFMT) e Piauí (UFPI).

Fonte: Agência Safras

Lula lança novo desafio para o Biodiesel brasileiro

O governo federal corre contra o tempo para que se cumpra a antecipação da mistura de 5% de biodiesel ao diesel (B%), anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Davos (Suíça) na sexta-feira. A obrigatoriedade da mistura foi antecipada de 2013 para 2010, sendo que a partir de 2008 - quando será obrigatória a mistura de 2% - a adição de 5% pode ser adotada de forma facultativa.

De acordo com Ricardo Gomide, coordenador geral de combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) elabora uma resolução para oficializar a decisão da presidência. "A lei 11.097/05, que regula o uso de biodiesel, permite essa flexibilidade, sem a necessidade de publicar uma nova lei para antecipar a mistura", afirma.

Como ocorre hoje, as empresas que decidirem adotar o B5 antes de 2010 devem solicitar autorização junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O mesmo procedimento deve ser adotado para qualquer mistura de biodiesel superior a 2%. "Ainda não foram concluídos os testes com fabricantes de motores para garantir a adequação dos motores ao B5", observa Gomide. As indústrias de motores, de autopeças e de veículos estudam a adaptação de seus produtos ao B5, sob coordenação do Ministério de Ciência e Tecnologia.

O coordenador acrescenta que existe grande interesse do governo em expandir o consumo do biodiesel no país. "A capacidade produtiva está em alta expansão no país, o que deu segurança ao governo para antecipar a mistura", acrescenta Gomide.
Fonte: Diário News

Biodiesel no Ceará pode não levar à inclusão social

Interlocutores da cadeia produtiva do biodiesel avaliam que o novo empreendimento põe o Ceará na rota de produção do óleo vegetal, mas não assegura os benefícios de inclusão social preconizados pelo governo Federal no Programa Nacional de Biodiesel.

Produtores locais temem que o programa beneficie apenas grandes produtores de soja do Sudeste, de Mato Grosso e do Maranhão e que a recuperação da cultura da mamona no Estado não deslanche.

Para o engenheiro agrônomo do Programa de Biodiesel de Tauá, Francisco Marcelino, o agricultor cearense ainda não está convencido de que plantar mamona, mesmo que consorciada com outras culturas, como feijão, é um bom negócio.

O presidente da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Ceará (Fetraece), José Wilson, avalia que sem incentivos creditícios, sem assistência técnica suficiente e sem política de preço mínimo que o remunere dignamente, o agricultor dificilmente irá apostar novamente no programa.

Sustentabilidade

Sem garantias da sustentabilidade do programa, acrescenta, o agricultor preferiu continuar apostando nas culturas de grãos -milho e feijão - como forma de subsistência familiar. ´O Estado se preparou industrialmente, mas não aparelhou o agricultor para revitalizar a cultura´, critica José Wilson.

Combustível ecologicamente correto, o biodiesel é uma das apostas do Governo Federal. O Ministério de Minas e Energia anunciou que a produção desse biocombustível deve crescer de 850 milhões de litros para 3,3 bilhões em 2010, com investimentos de R$ 1,19 bi. (CE)

Fonte: Diário do Nordeste

Este é o Brasil do biodiesel: primeiro a fabrica, depois a materia-prima

A usina da Brasil Ecodiesel no Ceará mostra claramente os problemas que podemos e devemos enfrentar para a produção de biodiesel no país.

O estado do Ceará não conseguiu produzir materia-prima - mamona, girassol e pinhão manso - suficiente para atender a demanda de uma usina usina experimental e já inaugura, amanhã, a primeira unidade de produção de biodiesel em escala industrial no estado. No ano passado, a produção de mamona no Ceará amargou retração de 55,01%, registrando 4.393 toneladas colhidas, ante as 9.765 produzidas em 2005. Pode ser uma ousadia cara.

A nova usina, de propriedade da empresa Brasil Ecodiesel, será inaugurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Crateús (a 354 km de Fortaleza), no sertão central.

´Para participar de um programa de biodiesel, o Ceará precisa plantar, pelo menos, 300 mil hectares de mamona, e não tem 30 mil hectares´, advertiu o diretor administrativo da TecBio, José Neiva. A TecBio é uma empresa que detém tecnologia para a fabricação de usina de biodiesel.

Sem entrar na discussão política que envolve o modelo de produção agrícola do Estado, ele afirma que ainda falta muito para o Ceará participar do mercado de biodiesel, a partir da cultura da mamona. Segundo ele, faltam assistência técnica, logística de escoamento da produção e melhoria na genética das sementes para elevar a produtividade. ´A viabilidade do programa da mamona depende de uma política de preços diferenciada, que remunere tanto o produtor, quanto o industrial´, defende Neiva.

Com capacidade instalada para produção de 360 milhões de litros /ano, a usina de processamento da Brasil Ecodiesel está funcionando em caráter experimental. Sem mamona, a unidade está operando com soja, oriunda do Estado vizinho do Piauí. A usina experimental de produção de óleo de mamona de Tauá, inaugurada em junho de 2006, pelo ministro da Integração Regional, Pedro Brito, ainda não operou um único dia.

Obs: 55,01 por cento foi a queda na produção de mamona no Estado. Foram colhidas 4.393 toneladas em 2006.

domingo, 28 de janeiro de 2007

Especificações do Biodiesel - B100

Devemos entender como biodiesel – B100 – combustível composto de alquilésteres de ácidos graxos de cadeia longa, derivados de óleos vegetais ou de gorduras animais conforme a especificação contida no Regulamento Técnico nº 4/2004, parte integrante da resolução Nº 42, de 24.11.2004.

Fonte ANP

Especificações da mistura óleo diesel / biodiesel - B2

Este Regulamento Técnico aplica-se ao óleo diesel e a Mistura óleo diesel/biodiesel – B2, para uso rodoviário, comercializados em todo o território nacional e estabelece suas especificações.

Fonte: ANP

Para você dizer que sabe tudo sobre Biodiesel

O que é biodiesel? Aqui você fica sabendo o que é o produto Biodiesel.

Quais são as motivações para o uso de biodiesel? Porque defender o uso do biodiesel

O que é necessário para produzir e comercializar o Biodiesel? As exigências legais para você se tornar um produtor de biodiesel e puder comercializar o seu produto.

Como tem sido usado? Saiba como tem sido usado o biodiesel no mundo

Qual a documentação necessária para o pedido de autorização? Quais são os documentos necessários para conseguir a autorização para virar produtor de biodiesel.

O que é Selo Combustível Social?

Marco Regulatório/Leis do biodiesel Toda a legislação sobre biodiesel.

O que é o Programa Nacional de Biodiesel?

Quais os maiores produtores mundiais de biodiesel?

Quanto o Brasil pode economizar em divisas com o biodiesel?

Do Autor do Blog

sábado, 27 de janeiro de 2007

Petrobras tem meta deprodução 855 milhões de litros anuais de biodiesel em 2011

A Petrobras está implantando três usinas na área de biodiesel, além de um projeto piloto em desenvolvimento no Rio Grande do Norte e das parcerias em negociação.

As três plantas industriais de biodiesel serão implementadas na região do semi-árido, nas cidades de Montes Claros (MG), Candeias (BA) e Quixadá (CE). O objetivo da estatal é chegar a 2011 com oferta de 855 milhões de litros anuais de biodiesel.

"Em função da evolução do mercado, eventualmente essa meta poderá ser antecipada", estimou Queiroz. A legislação relativa à adição de 5% do biodiesel ao óleo diesel estabelece que essa adição ocorrerá em 2013. O gerente lembrou, no entanto, que se a cotação do petróleo continuar subindo no mercado internacional, elevando também os preços dos derivados, e os óleos vegetais apresentarem queda como tendência, “é possível antecipar a meta de adição".

Queiroz avaliou a possibilidade, inclusive, de que “muitos consumidores passem a usar maior porcentagem de biodiesel, como efeito de manifestar seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, ou mesmo por uma questão econômica, se os preços estiverem convidativos". No entanto, ressalvou, se o preço do petróleo cair e o dos óleos vegetais subir, o cronograma original será mantido.

Ele revelou que existe a possibilidade de a estatal se associar a usinas existentes, com o objetivo de aumentar a oferta nacional de energia elétrica produzida a partir de biomassa. E que outra possibilidade seria a Petrobras colaborar com a implantação de novas unidades, "a fim de lastrear a oferta de álcool em contratos de longo prazo, para o suprimento do mercado internacional – seriam usinas que produziriam, basicamente, etanol para exportação e energia elétrica para o mercado local”.

A construção de alcooldutos faz parte desse planejamento, informou Queiroz. Ele explicou que cerca de 60% do álcool são produzidos em São Paulo e o restante em dois estados do Nordeste. Quando o produto é transportado por navios, a Petrobras dispõe de terminais que operam com álcool, mas é necessário aumentar a capacidade de transporte até os portos e a estocagem, destacou. Esses alcooldutos, segundo o gerente, "estão sendo tocados pela Transpetro, a subsidiária na área de transportes".
Fonte:

ANP apresenta o Programa de Monitoramento da Qualidade do Biodiesel na Bahia

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Universidade Salvador (Unifacs) informaram que vão realizar na próxima segunda-feira, em Salvador, a apresentação do Programa de Monitoramento da Qualidade do Biodiesel na Bahia.

Durante o evento, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, fará a entrega de um cromatógrafo ao laboratório da Unifacs, responsável pela realização do Programa de Monitoramento da Qualidade no Estado. O cromatógrafo torna possível a realização de análises quantitativas, que indicam se está correta a proporção de biodiesel adicionado ao óleo diesel; e qualitativas, que permitem a identificação da origem do biodiesel por meio de marcador químico que, obrigatoriamente, os produtores misturam ao combustível.

Ao todo, sete cromatógrafos estão sendo entregues pela ANP a laboratórios contratados em seis universidades. Um dos equipamentos passa integrar os recursos técnicos do Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas - CPT, unidade laboratorial própria da ANP localizada no Distrito Federal. Os outros seis irão para laboratórios em universidades de São Paulo (Unesp), Rio Grande do Sul (UFRGS), Bahia (Unifacs), Rio Grande do Norte (UFRN), Mato Grosso (UFMT) e Piauí (UFPI).
Fonte:

Anunciada a antecipação do aumento da mistura de biodiesel no diesel (B5)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou em Davos (Suíça), onde participa do Fórum Econômico Mundial, que o Brasil irá antecipar de 2013 para 2010 a obrigatoriedade da mistura de 5% de biodiesel ao diesel, e sugeriu que as montadoras comecem a trabalhar em projetos de automóveis movidos totalmente a biodiesel.

A antecipação vinha sendo discutida no governo e atende à reivindicação dos produtores, porque aumenta a demanda por biodiesel, dando mais segurança aos investimentos que estão sendo feitos.

'O biodiesel gera emprego, gera renda, gera desenvolvimento, e o nosso programa poderia ser um exemplo a ser financiado pelos países ricos aos países africanos e aos países da América Central', afirmou o presidente.

Com a obrigatoriedade da mistura em 2%, o mercado de biodiesel está estimado em 1 bilhão de litros por ano. A partir da mistura obrigatória em 5%, esse mercado deve crescer para algo entre 2,4 bilhões e 2,7 bilhões de litros por ano.
Fonte:

Belém do Pará tem biodiesel da Shell


A Shell Brasil começa hoje a distribuir e a comercializar biodiesel em Belém (PA). Segundo informou hoje sua assessoria de imprensa, o produto será oferecido em mais de 40 postos da rede Shell e de 27 consumidores diretos (business-to-business) atendidos por essa base.

Até o fim 2007, de acordo com a companhia, os investimentos no País ficarão em torno de R$ 10 milhões, para a adequação das bases de abastecimento que irão receber o biodiesel.

"A iniciativa faz parte da política da companhia de investir em fontes renováveis de energia e em contribuir para o desenvolvimento energético sustentável do Brasil", afirma Alessandra Aragão, consultora de Marketing do Mercado Comercial da Shell Brasil.

A empresa informa que, apesar da adição de biodiesel ao diesel seja obrigatória no mercado somente a partir de 2008, a companhia já comercializa o B2 em 135 postos de cinco Estados brasileiros (Pernambuco, Bahia, Maranhão, Tocantins e Pará) e para 111 clientes comerciais. A Shell começou a disponibilizar o biodiesel no mercado em 22 de setembro na Base de Suape (PE).

A previsão da empresa é de que durante este ano as demais bases da região Centro-Sul serão contempladas com a comercialização de B2.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Biodiesel em Cuiabá

Duas indústrias de biodiesel se instalarão este ano no município de Cuiabá. A chegada da Cooperbio e do Grupo Serra a Capital do Estado, de acordo com o secretário municipal de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo , João Vieira, pode representar a transformação do município num grande centro de produção de biodiesel, cuja matéria-prima será soja, caroço de algodão e pinhão manso.

As duas indústrias serão instaladas no Distrito Industrial de Cuiabá e devem gerar até 50 empregos, além de ocupar pelo menos 400 famílias que serão fomentadas pela Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo a produzir pinhão manso no Cinturão Verde do Pedra 90, na região de Fromosa e do Aguaçú (Guia). Para que isso seja possível, a Diretoria de Agricultura já está se conveniando à Empaer e Embrapa, em busca do melhor clone da planta a ser produzida em solo cuiabano.

João Vieira informa que serão necessários apenas 4 mil hectares de terra para produzir pinhão suficiente para ocupar 20% da capacidade esmagadora dessas indústrias. “Vamos provocar uma revolução no campo, gerando renda à população rural e fazendo com que possamos, através do Crédito Fundiário e parceria com o Banco do Brasil, levar famílias da periferia de Cuiabá para o campo e que tenham interesse em participar do projeto”, analisa o secretário.
Fonte: Diário de Cuiabá

Americanos reconhecem o efeito estufa


Uma das maiores resistências à perseguição da redução do efeito estufa em todo o mundo começa a ser quebrada com ‘nova posição’ assumida pelo presidente dos Estados Unidos da América, George W. Bush, ao anunciar nesta semana, ante o Congresso dos EUA, a meta de reduzir o consumo de gasolina, naquele país, em 20% nos próximos dez anos, além de indicar que o etanol (álcool etílico) seja responsável por 75% da redução proposta como objetivo.

No plano apresentado pelo presidente norte-americano e chamado de “Vinte em Dez” está especificado que a utilização de combustíveis renováveis deve atingir a cifra de 132,5 bilhões de litros em 2017. Esta determinação expande em 366,55% a atual produção de etanol nos Estados Unidos que devem dispor, em 2007, de 28,4 bilhões de litros de etanol.

A biodiversidade brasileira, uma das maiores do mundo, oferece alternativas variadas de espécimes nativos que podem ser aproveitados para a produção de biodiesel, entre estes podemos citar o girassol, o pinhão manso, a mamona, o amendoim, palma (babaçu, dendê), a soja e o algodão.

A produção de energia limpa tende a ter maior demanda em todo o mundo em função dos efeitos negativos proporcionados pela queima dos combustíveis fósseis em relação às mudanças climáticas que já estão ocorrendo em todo o globo. Neste contexto, como o Brasil detém a maior e mais variada fonte de energia limpa, que seria o biodiesel, no longo prazo poderemos manter o segundo lugar ante os Estados Unidos, ou mesmo ser o primeiro no ranking, se considerarmos tanto a produção de etanol quanto a do biodiesel.

O uso do biodiesel leva o país a se integrar às normas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto a fim de diminuir a emissão dos gases formadores do efeito estufa.
Sem toxicidade e biodegradável, o biodiesel não produz fumaça e é inodoro. Sua produção em alta escala tem ainda o efeito econômico de reduzir a importação de combustíveis fósseis, pois ainda o compramos no exterior apesar da auto-suficiência propalada pelo governo neste setor e que teria sido alcançada pela estatal brasileira de petróleo no ano passado.

Uma outra conseqüência benéfica é o incentivo ao produtor rural para ampliar o plantio de oleaginosas. Neste particular, os ambientalistas enxergam outro problema que seria a ocupação de grandes áreas por monoculturas voltadas para fabricação de combustíveis em prejuízo dos alimentos, algo que já existe hoje e deve se intensificar no futuro até pelas exigências inerentes ao esgotamento das reservas de combustíveis fósseis planeta afora.

Com isto é reforçada a necessidade de produção deste tipo de energia limpa. O Brasil consome cerca de 43 bilhões de litros de óleo diesel por ano, enquanto a produção de biodiesel esbarra em marca inferior a 1 bilhão de litros/ano. Este fato explicita o potencial existente no país para ser explorado.

O Programa Nacional do Biodiesel tem disponível para aplicar em 2007 recursos da ordem de R$ 369 milhões voltados para agricultura familiar e deve beneficiar cerca de 205 mil pequenos produtores cuja produção já está atrelada a contratos com usinas produtoras de energia limpa.

Fonte:

Portugal consede isenção de impostos para cinco produtors de biocombustíveis

O Governo já deu luz verde à atribuição de isenção de imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) a cinco produtores de biocombustível. Fonte ligada ao processo revelou que os fabricantes que beneficiaram desta isenção foram a Biomart, do grupo Martifer, a Torrejana, a Tagol (Nutrinveste), a Biovegetal (grupo SCG) e a Iberol (grupo Nutasa). Estas unidades vão receber isenção para a produção de 175 mil toneladas de biodiesel, que representam 3,5% do gasóleo consumido no mercado nacional.

O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou ontem no Parlamento a duplicação da meta nacional de incorporação de biocombustível, que passa de 5,75% do consumo nacional para 10% até 2010. Segundo José Sócrates, o alcance desta meta representa uma redução nas emissões de CO2 da ordem de um milhão de toneladas por ano. O pacote agora adjudicado absorveu cerca de 85% de um total de 205 mil toneladas com direito a isenção que estão para distribuir. Fonte ligada ao processo disse ainda que os pedidos ascenderam a mais de 475 mil toneladas, no entanto, só foram considerados elegíveis pouco mais de metade - cerca de 245 mil toneladas.

Das 175 mil toneladas beneficiadas com a isenção, apenas cerca de cinco milhões de litros tiveram origem na produção agrícola nacional. As restantes 170 mil toneladas tiveram origem em unidades fabris nacionais de extracção e esterificação.

A isenção do imposto sobre os biocombustíveis é uma medida que pode incentivar a produção não só de biocombustíveis como também a produção agrícola nacional para este fim. Para já, está previsto o arranque de sete novas unidades de produção de biodiesel de grande dimensão, três delas a instalar em Sines, e que representam no global um investimento de 320 milhões de euros. Se todas estas unidades entrarem em funcionamento será possível satisfazer as necessidades do mercado nacional em 2010. A Galp decidiu antecipar a aplicação da lei que obriga à incorporação de 5,75% de biodiesel no gasóleo até 2010. Mas até agora só consegue incorporar 3%. Isto porque a produção não nacional não é suficiente para satisfazer a procura.

Fonte: Diário de Notícias - Lisboa

Cocoal poderá ter biodiesel

Empresários de Cerejeiras e Vilhena dos segmentos de biodiesel e frigorífico visitaram Cacoal para conhecer o potencial do município e, ao mesmo tempo, estudar a viabilidade da implantação destes empreendimentos na cidade.

Os empresários pretendem o mais breve possível, instalar uma usina de biodiesel, usando como matéria prima a gordura animal. Subentende-se que Cacoal é a cidade apropriada para a instalação desta usina para atender a demanda do estado, devido sua localidade e a riqueza na pecuária. Depois de instalada e em pleno funcionamento, a empresa absorverá mais de 100 empregos diretos.
Fonte: RondoNotícias

2,3 milhões de toneladas de gás carbônica deixarão de ser emitidos com o uso do biodiesel no Brasil

Os técnicos da Petrobras dizem que a disponibilidade prevista no Brasil de biodiesel é de 855 mil metros cúbicos anuais, o que permitirá evitar emissões de gás carbônico na atmosfera da ordem de 2,3 milhões de toneladas por ano.
Fonte:

Ações de biodiesel sobe na bolsa de NY


O mercado de ações reage ao discurso do "Estado da União" do presidente George W. Bush, no qual ele pediu ao Congresso poderes para adotar medidas para baixar o consumo de gasolina, a fim de reduzir a dependência do petróleo. As ações de companhias associadas a produção de etanol, biodiesel e energia renovável ganharam impulso do discurso mais cedo, mas à tarde inverteram a direção, pressionadas por uma liquidação: Verasun Energy Corp caiu 3,67%, Pacific Ethanol despencou 7,18%, Xethanol Corp cedeu 7,82% e Archer Daniels Midland perdeu 3,00%.
Fonte: Diário da Manhã

Cultura da mamona e pinhão-manso para o biodiesel no MS


A Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção e do Turismo (Seprotur) do MS anunciou hoje um projeto voltado para produção de óleo vegetal a partir da cultura da mamona e pinhão manso. A proposta visa otimizar a agricultura familiar no Estado por meio de cooperativas e associações de produtores. Caso viabilizado, o projeto atenderia 20 mil famílias gerando em torno de 240 mil empregos.

Embora ainda prematuro, o modelo proposto seria desenvolvido por parcerias ou consórcio formado pela iniciativa privada, com possível participação de entidades governamentais. O diferencial, neste caso, estaria na agregação do ganho através da produção e comercialização direta do óleo, e não do biodiesel. Conforme detalha o pré-projeto apresentado pelo agrônomo, o empreendimento prevê uma área aproximada de 200 mil hectares onde ao final de três anos projeta-se uma produção anual em torno de 116,2 mil toneladas de óleo.
Fonte: Agora MS

Desoneração tributaria pode benificiar o biodiesel

A desoneração dos tributos pode trazer vantagens para Mato Grosso do Sul, principalmente para Dourados, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. Segundo o economista Carlos Alberto Vitoratti, em entrevista ao douradosnews, a medida pode viabilizar as exportações de produtos primários como soja, carne bovina e de aves. “Além disso, há uma lista de 64 produtos que terão redução nos tributos”, disse.

Vitoratti falou também que a desoneração pode beneficiar a construção civil deixando os incrementos como cimento e ferro mais baratos, pode incentivar a indústria do biodiesel e do álcool e, através de medidas complementares a serem anunciadas por medidas provisórias e decretos, o governo pode reduzir a carga tributária de vários produtos de consumo como perfumes, calçados e roupas.

Apesar das vantagens, o economista criticou o governo federal por não ter previsto a desoneração do setor de combustível, com a redução de tributos estaduais, e ainda os gestores municipal e estadual que não se prepararam para o PAC, não apresentando projetos com visão de conjunto para investimentos públicos direto em infra-estrutura tanto para Dourados quanto para Mato Grosso do Sul.
Fonte: Rádio Grande FM

Biodiesel representa oportunidade de desenvolvimento para America Latina

Os especialistas que participam do Fórum Econômico Mundial (FEM), em Davos, disseram hoje que a América Latina é a região do mundo mais bem preparada para produzir biocombustíveis (alcool, biodiesel, etc..) e melhorar seu crescimento econômico nos próximos anos, graças a seu perfil demográfico.

As oportunidades que oferecem o aquecimento global e o aumento da demanda por energias alternativas, assim como os prognósticos de crescimento equilibrado da mão-de-obra na região - frente à superpopulação da Ásia e ao envelhecimento da Europa -, foram temas debatidos no encontro.

Os países latino-americanos "têm enormes vantagens comparativas" nestas áreas, disse o presidente do Instituto Ethos, o brasileiro Ricardo Young.

Young afirmou que a região "conta com boas terras agrícolas e poderia duplicar a produção das matérias-primas utilizadas para gerar biocombustíveis sem destruir as florestas nem esgotar seus recursos". O brasileiro lembrou que o biodiesel, por exemplo, está cada vez mais bem cotado nos mercados internacionais.

Quanto à vantagem demográfica da América Latina, Young disse que a região "tem uma distribuição adequada da população em seu território, não enfrenta problemas de superpopulação como a Ásia, nem de envelhecimento como muitos países industrializados, particularmente na Europa".
Fonte:

Aviação brasileira vai usar biodiesel


A Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) vai votar projeto de lei do senador Osmar Dias (PDT-PR) que estimula a utilização de combustíveis de origem vegetal, como álcool e biodiesel, na aviação brasileira. O projeto (PLS 416/05) altera o Código Brasileiro de Aeronáutica e, se for aprovado na CI, ainda será submetido a votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde receberá decisão terminativa.

Pelo PLS 416/05, poderão ser operadas, em caráter excepcional e sem prévia homologação da autoridade aeronáutica, aeronaves com matrícula brasileira, convertidas para a utilização de álcool combustível ou biodiesel em oficinas credenciadas pela autoridade aeronáutica. Essa conversão de aeronaves atenderá a padrões e procedimentos estabelecidos pela autoridade aeronáutica e, segundo o projeto, tais aeronaves não poderão ser exportadas, operadas fora do território nacional ou exploradas em serviços de transporte comercial de passageiros.

O objetivo dessa proposta é o de permitir maior utilização do álcool combustível e do biodiesel, que são abundantes no país, na aviação comercial, em especial na aviação agrícola. A alta dos preços do petróleo tem aumentado os custos de operação das aeronaves agrícolas e a proposta, além de reduzir os custos nesse setor, tem a vantagem de reduzir a emissão de gases causadores do efeito-estufa.

Fonte:

Assembleia do MT apressia o PIPG para biodiesel

Dentre as matérias que estão aptas a serem votadas com parecer favorável da Comissão, consta a que cria o programa de incentivo à produção de grãos para a produção do Biodiesel e ainda, o projeto que destina a área da Lagoa Paiaguás e seu entorno, no Centro Político Administrativo do Estado, em Cuiabá, para a implantação do Centro Estadual de Difusão Ambiental e de Cidadania.

Fonte:

SPFW põe biodiesel no mundo da moda

Enquanto a moda francesa tem como marca registrada o luxo e a italiana o primoroso design, a moda brasileira tem ainda uma identidade a construir. Paulo Borges, diretor artístico da São Paulo Fashion Week (SPFW), acredita que essa identidade já está nascendo. Para ele, o Brasil entrará no mapa fashion mundial como o país em que a moda é desenvolvida de maneira sustentável, principalmente por meio da pesquisa de novas matérias-primas e da criatividade.

O Brasil poderá dizer que aqui a moda é desenvolvida de maneira sustentável, até o combustível usado no gerador de energia da SPFW será o biodiesel.

Fonte:

ANP marca a data do quinto leilão público de Biodiesel

Será no dia 13 de fevereiro, na modalidade pregão eletrônico, com a oferta de 100 milhões de litros do produto.

Nos quatro primeiros leilões, realizados em 2005 e 2006, foram vendidos 840 milhões de litros.
Fonte:

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Mutum quer biodiesel


Com o objetivo de levantar estudos para a implantação de uma usina de biodiesel, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Nova Mutum, Francisco de Moraes Filho, juntamente com empresários locais, visitam hoje a primeira usina integrada de biodiesel, álcool e açúcar de Mato Grosso, localizada em Barra do Bugres.

“O objetivo também é encontrar na região opção de renda para a pequena propriedade”, explicou o secretário, através da assessoria. A idéia está sendo alavancada por uma empresa de Nova Mutum que pretende utilizar a produção do biodiesel através do pinhão manso. A planta é desconhecida pela maioria da população mato-grossense, o pinhão manso concentra em seus frutos até 40% de óleo.
Fonte:

Bush aposta em biodiesel


Bush ao falar de suas medidas para diminuir a dependência das importações de petróleo.

"Esta dependência nos torna mais vulneráveis a regimes hostis e aos terroristas", disse Bush. "É vital diversificar a oferta de energia dos Estados Unidos e a forma de fazer isso é através da tecnologia", acrescentou.

Bush propôs reduzir o consumo de gasolina em 20% até 2016, com a meta de usar 35 bilhões de galões (132 bilhões de litros) de combustíveis alternativos, como etanol, biodiesel e hidrogênio.

Fonte:

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Créditos de Carbono usando biodiesel

O Clássicos de Competição, que acontece entre 25 e 28 de janeiro no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos (SP), e integra o calendário de comemorações do aniversário da cidade de São Paulo (SP), vai adquirir créditos de carbono como forma de amenizar o impacto ambiental gerado por sua realização. Segundo a organização, o evento deve gerar cerca de 30 mil toneladas de gás carbônico, mesmo com o fato de que a maior parte dos veículos presentes vai ficar estática.

Os créditos de carbono são certificados que autorizam o "direito" de poluir. Trata-se de um mecanismo criado com o Protocolo de Kyoto, tratado que estipula que os países desenvolvidos devem reduzir em 5,2% a emissão de poluentes entre 2008 e 2012, tendo como base o ano de 1990. Para compensar a redução, o documento autoriza a compra do direito de poluir por meio de projetos ambientais desenvolvidos em países em desenvolvimento, com o objetivo de absorver o excedente de gás carbônico e demais substâncias tóxicas despejadas no ambiente.

Enquanto os países desenvolvem projetos ambientais, as empresas têm o direito de comprar os créditos de carbono. O princípio é simples: um hectare de floresta de eucalipto, por exemplo, absorve 12 toneladas de gás carbônico por ano. Esta espécie de seqüestro de poluentes pelo meio ambiente gera os créditos de carbono, dando às companhias o direito de comprá-los e, assim, adquirir o direito de poluir mais, mas teoricamente gerando um impacto ambiental nulo.

Um exemplo vem do olho diesel: uma tonelada do combustível trocada por biodiesel gera 3,5 toneladas de crédito. O Clássicos de Competição trará exposição de modelos que fizeram histórias nas pistas nacionais, presença de grandes pilotos de nosso automobilismo, corridas, entre outras atrações. Os ingressos já estão à venda e mais informações podem ser adquiridas por meio do site www.classicosdecompeticao.com.br.
Fonte: Carsale

Produção de biodiesel na Bahia é tema de encontro

Representantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Recôncavo (UFRB), da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) das secretarias de Agricultura e Ciência e Tecnologia reuniram-se ontem (22), na Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia para discutir a elaboração da estratégia de produção de matéria-prima para produção de biodiesel. O Governo do Estado vê no setor uma estratégia para garantir mais renda e qualidade de vida aos pequenos agricultores baianos.

A reunião foi coordenada pelo superintendente de Agricultura Familiar da Seagri, Ailton Florêncio. Na pauta, foram tratadas questões como o ponto de vista dos agentes na cadeia produtiva do biodiesel (produtores, empresas, estado), a produção (áreas envolvidas, oleaginosas, zoneamento, financiamento), pesquisa e participação das universidades no projeto.

"Já há significativa demanda de empresas interessadas em produzir biodiesel no estado. Por isso, precisamos avançar nos pontos relativos ao setor no estado, desde a organização da produção, através da agricultura familiar, até a pesquisa da eficácia do resultado do produto final", explicou Florêncio. A proposta do governo estadual é trabalhar através da articulação entre as secretarias, governo federal e organismos privados para que a atividade cresça na Bahia promovendo a inserção sócio-econômica dos agricultores familiares, especialmente do semi-árido.

Segundo representante da UFRB, Franceli Silva, a universidade já tem em andamento dois estudos sobre biodiesel para agricultura familiar. Ela contou que, até maio, será criado um grupo de pesquisa para agricultura familiar e agrobiologia. "Atualmente, através do Programa Volta à Terra, a UFRB já trabalha com 33 famílias de agricultores da região", disse a pesquisadora. As informações são da assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia.
Fonte:

Biodiesel é roubado em Matão


Uma quadrilha roubou dois caminhões que transportavam 89 mil litros do biodiesel na Rodovia Washington Luís, em Matão, na noite de segunda-feira (22).

Os caminhões, um 45 mil litros e outro com 44 mil litros de biodiesel, haviam sido carregados em Paulínia. Um tinha como destino a cidade Aragarça (GO), enquanto que outro ia para Primavera do Leste (MT).

Os motoristas foram rendidos e abandonados na Rodovia Cunha Bueno, em Jaboticabal, a cerca de 80 quilômetros do local do roubo. Um dos motoristas estava com a mulher e o filho de dois anos. Ninguém ficou ferido.

Os bandidos fugiram com os caminhões, e ninguém foi preso ainda.
Fonte: EPTV.com

Biodiesel, opinião divergente


O Jorge Garcez em sua coluna semanal do Jornal do Commercio de Manaus faz algumas ponderações sobre o biodiesel de forma quase insana, para não dizer patética.

O biodiesel não é visto de forma unânime, muita menos majoritária, como substituto dos combustíveis fosseis, ele tem sido visto mais como uma forma transitória de substituição até a solução definitiva que passará pela fusão a frio, pelo hidrogênio, entre outras muitas que já estão sendo pesquisadas.

Quanto às questões ambientais, tirando de foco toda a visão de bobos desavisados que o Jorge quer passar, os ambientalistas não tem comprado a idéia de revolução verde do biodiesel de forma assim tão abobalhada como ele quer passar. Sabem que o biodiesel representa uma menor emissão de poluentes na atmosfera sim, mas não perdem a visão de quão desastroso pode ser uma política de ocupação da terra para a produção de combustíveis, vejamos o caso do açúcar e do Pró-Alcool. Por isso o que temos visto é a apresentação de propostas de substituição de áreas devastadas da Amazônia por plantio de oleaginosas regionais para a produção de biodiesel, como é o caso da Palma (Elaeis guineensis).

A condição para atendimento da demanda mundial de biodiesel posta da forma que é colocada parece realmente desastrosa, mas dói ouvir alguém falar de agricultura regionalizada e não globalizada como ela o é hoje em dia. A Inglaterra não teria área suficiente para garantir o abastecimento de biodiesel, com certeza, como não tem para o de petróleo, de soja, de café, de dendê e de muitas outras coisas, mas, nem por isso, o inglês deixa de tomar seu cafezinho com creme do leite das suas vacas alimentadas com soja brasileira, ou americana, ou russa, ou....

Concordo quando ele diz que caberia ampliar as discussões públicas e políticas sobre as verdades e mentiras que acercam a questão do biodiesel e outros biocombustíveis, de modo que não se ampliem às fronteiras de destruição do pouco que resta de áreas destinadas à produção de alimentos, só não concordo com as premissas colocadas para levantar essa discussão. Temos que resolver o problema da alimentação mundial, temos, mas para isso não podemos fazer como a avestruz que enterra a cabeça na terra quando esta diante de um novo desafio que a amedronta. Devemos aparecer com solução e não criticas negativas, mesmo sabendo que falar mal do que esta sendo feito é sempre mais fácil do que fazer algo melhor.

A coluna do geólogo e consultor ambiental Jorge Garcez jorge.garcez@internext.com.br, é publicada às terças-feiras no Jornal do Commercio-Manaus, sob sua coordenação.

Biodiesel é uma das prioridade do governo federal

Varias medidas de consolidação de um modelo de geração de energia elétrica a partir de fontes limpas e renováveis, vem sendo tomadas no Brasil. “Vislumbramos uma possível guinada de descarbonização da matriz elétrica”, afirmou o ministro Rondeau.

Juntamente com as hidroeletricas, outra aposta brasileira é na área de biocombustíveis. O país pretende ampliar a produção de etanol de 16,8 bilhões de litros/ ano para 23,3 bilhões em 2010, a partir de investimentos da ordem de R$ 12,11 bilhões. A produção de biodiesel deve crescer de 850 milhões de litros para 3,3 bilhões em 2010, co investimentos de R$ 1,19 bilhão.
Fonte:

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Falta plano estrategico para o biodiesel no Brasil


Especialistas afirmam que, ao ir com muita sede ao pote do combustível verde, os produtores brasileiros e o governo poderão ver muitas oportunidades serem perdidas, por falta de um plano estratégico.

Todos os caminhos do biodiesel brasileiro, hoje, levam à UE (União Européia). Ao mesmo tempo em que é grande o potencial do produto nacional de entrar em um mercado importante, barreiras econômicas, ambientais e logísticas poderão impedir que esse fluxo tenha início.

"O Brasil ainda não exporta biodiesel, apesar de estar perto disso. Há uma série de barreiras externas que não podem ser desprezadas neste momento", disse à Folha o consultor em energia Roberto Kishinami.

A UE já anunciou sua opção pelo biodiesel. No documento "Visão para 2030", lançado no ano passado, fica claro que o objetivo do grupo europeu é chegar daqui a 23 anos com um quarto de seu sistema de transporte funcionando com combustíveis não-fósseis. Na semana passada, o bloco anunciou uma meta de redução de 20% nas suas emissões de gases de efeito estufa --novamente, com auxílio dos biocombusíveis.

"A Alemanha já definiu uma posição de restrição à importação de biocombustíveis que não comprovem cumprir com preocupações socioambientais", avisa o consultor.

Isso significa que óleo nenhum será comprado de lavouras onde existirem trabalho infantil ou escravo, onde houver desmatamento e uso excessivo de pesticidas, além do plantio das polêmicas sementes geneticamente modificadas.

Segundo Kishinami, a posição alemã já foi submetida aos dirigentes da UE, que deverá adotar a prática. "Essas questões são certamente ampliadas pelo lobby dos agricultores europeus, que não querem concorrência com o Brasil ou qualquer outro país competitivo".

O próprio presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Silvio Crestana, está ciente dessas dificuldades. Segundo ele, lá fora, existem hoje duas críticas principais ao país.

"A primeira é sobre a falta de garantia de um fornecimento regular. A segunda é sobre a certificação." Para o presidente da Embrapa, ligada ao Ministério da Agricultura, está na hora de o Brasil se preocupar com a questão da "acreditação". "Quem estiver fora dos padrões terá feito o investimento e não conseguirá vender depois", afirma.

O próprio Crestana compara a construção do projeto do biodiesel brasileiro a uma casa. "Nós, muitas vezes, começamos a obra pelo telhado. Não podemos esquecer a produção de biomassa", lembra o dirigente público.

Dentro dessa falta de planejamento nacional, Weber Amaral, diretor do Pólo Nacional de Biocombustíveis, órgão também criado pelo Governo Federal que funciona no campus da USP (Universidade de São Paulo) em Piracicaba, prefere fincar bem os pés na terra.

"Antes de mais nada é bom dizer que os biocombustíveis não são a solução de todos os nossos problemas. Em escala mundial, eles vão responder por, no máximo, 20% da demanda energética. Nunca haverá uma participação maior do que essa", disse.

Para Amaral, faltam planos estratégicos que identifiquem os principais gargalos para o mercado dos biocombustíveis de uma forma geral. "O Brasil não tem, por exemplo, uma padronização do álcool que é exportado hoje", lembra.

Em 2006, foram mandados para o exterior 3 bilhões de litros de etanol. A maior parte dessa produção foi descarregada nos Estados Unidos. O biodiesel, no curto prazo, não deve pesar muito nas exportações.
Fonte:

Produção de biodiesel no brasil cresce geometricamente: 1,6 bilões em 2007 e 2,5 bilhões de litros em 2008


O mercado brasileiro de biodiesel terá crescimento geométrico de produção este ano e em 2008, saltando dos 770 milhões de litros em 2005 para 2,5 bilhões de litros no ano que vem. A previsão é de estudo da consultoria Frost & Sullivan, que realizou amplo estudo sobre o setor. Para 2007 a estimativa é de que a produção seja de aproximadamente 1,6 bilhão de litros.

De acordo com o estudo, o volume continuará crescer até 2012, mas em ritmo moderado, somando cerca de 3 bilhões de litros dentro de cinco anos.

“O Brasil apresenta vantagens competitivas importantes no biodiesel”, garante Victoria Verdier , analista de pesquisa da Frost & Sullivan. “O País tem ainda muitas áreas disponíveis e deve produzir 85 milhões de toneladas de soja até 2011. Além disso, tem posição de liderança global na pecuária, outro fator importante já que o biodiesel pode ser produzido também a partir de sebo bovino”.

Pelos cálculos da consultoria, essa vantagem é importante porque o sebo tem custo 30% menor que o da soja.

Na avaliação de Victoria, também existem obstáculos para o crescimento do biodiesel no País, entre os quais a baixa produtividade das oleaginosas e elevada dependência da soja. Há, ainda, inexistência de demanda para uso de biodiesel por carros.
Uma visão abrangente do mercado, no entanto, mostra que o cenário é muito promissor para o produto no País, o que tem incentivado a implantação de projetos voltados para o biodiesel em número crescente.

De acordo com o levantamento da Frost & Sullivan, já existem sete unidades produzindo biodiesel no Brasil e há outras 16 em construção, além de 20 projetos a serem analisados. A estimativa é que entre 2008 e 2010 haverá pelo menos 57 plantas trabalhando na produção de biodiesel. “Serão unidades de médio e grande porte, com produção aproximada de 400 milhões de litros”, prevê Victoria Verdier.

Os usuários finais do produto serão caminhões e ônibus e poderá haver utilização também para trens, aviões e navios. O biodiesel poderá também ser fonte de energia residencial e industrial.

Atualmente, o biodiesel é vendido nas redes de postos da Petrobras e da Ale.

Fonte:

Biodiesel feito por craqueamento térmico


O craqueamento térmico ou pirólise é a conversão de uma substância em
outra por meio do uso de calor, isto é, pelo aquecimento da substância, na
ausência de ar ou oxigênio, a temperaturas superiores a 450 graus centígrados.
Em algumas situações, esse processo é auxiliado por um catalisador para a
quebra das ligações químicas, de modo a gerar moléculas menores (Weisz et
al., 1979).

Diferentemente de mistura direta, gorduras podem ser objeto de pirólise para
a produção de compostos de menores cadeias. A pirólise de gorduras tem sido
investigada há mais de 100 anos, especialmente em países com pequenas reservas
de petróleo. Catalisadores típicos para serem empregados na pirólise são o óxido
de silício – SiO2 e o óxido de alumínio – Al2O3.

O equipamento para pirólise ou craqueamento térmico é caro. Contudo, os
produtos finais são similares quimicamente ao óleo diesel. A remoção do oxigênio
do processo reduz os benefícios de ser um combustível oxigenado, diminuindo suas vantagens ambientais e geralmente produzindo um combustível mais
próximo da gasolina que do diesel.

Pesquisadores da Universidade de Brasília – UnB estão desenvolvendo uma
unidade de craqueamento térmico que converte o óleo vegetal de dendê, por
exemplo, em um combustível com características semelhantes ao óleo diesel.

O estudo, financiado pela Embrapa, tem com objetivo construir um equipamento
de baixo custo que ofereça ao pequeno agricultor e cooperativas rurais, situados
em regiões afastadas dos centros produtores e distribuidores de combustíveis
derivados do petróleo, a capacidade de gerar seu próprio combustível.

Esclareça-se, contudo, que, pela nomenclatura internacional, o combustível
produzido pelo craqueamento térmico não é considerado biodiesel, apesar de
ser um biocombustível semelhante ao óleo diesel.

Fonte: Biodiesel e Inclusão Social

Uso de óleos vegetais no lugar do biodiesel


Historicamente, o uso direto de óleos vegetais como combustível foi
rapidamente superado pelo uso de óleo diesel derivado de petróleo por fatores
tanto econômicos quanto técnicos. Os aspectos ambientais, que hoje privilegiam
os combustíveis renováveis, como o óleo vegetal, não foram considerados
importantes.

Dessa forma, os motores diesel foram projetados e são fabricados, de acordo
com rígidas especificações, para uso do óleo diesel de petróleo. Esses motores
são sensíveis às gomas que se formam durante a combustão do óleo vegetal e
que se depositam nas paredes do motor.

Para superar esse problema, processos de esterificação são utilizados para
que se produza ésteres de óleo vegetal, denominados biodiesel, que têm
propriedades físicas similares ao óleo diesel de petróleo, além de apresentarem
maior lubricidade.

Outra desvantagem do óleo vegetal e de gordura animal em relação ao
biodiesel é o fato de eles serem muito mais viscosos. Assim, eles têm que ser
aquecidos para que haja uma adequada atomização pelos injetores. Se isso não
ocorrer, não haverá uma boa queima, formando depósitos nos injetores e nos
cilindros, ocasionando um mau desempenho, mais emissões e menor vida útil
do motor.

Para motores diesel de injeção indireta, com câmara auxiliar, o óleo deve
ser pré-aquecido até 70-80 graus centígrados. Pesquisas mostram que motores
diesel de injeção direta exigem temperaturas muito mais altas para uma
atomização eficiente, exigindo-se sistemas com dois tanques. Dessa forma, um
pequeno tanque adicional, contendo óleo diesel ou biodiesel, é necessário para
a partida. Quando o motor atinge a temperatura de funcionamento, uma válvula
solenóide é aberta para succionar o óleo vegetal.

Depreende-se, então, que há duas opções para se usar biocombustíveis em
motores diesel: fazer o biodiesel e usá-lo, sem necessidade de modificar o motor,
ou modificar o motor para uso direto do óleo vegetal, sem necessidade de
processar o óleo vegetal.

O fato é que, em todo o mundo (Estados Unidos, Canadá, França,
Austrália etc.), a opção tem sido pelo uso do biodiesel. Mesmo na Alemanha,
onde a empresa Elsbett fornece kits de conversão de motores diesel de injeção
direta para uso de óleos vegetais como combustível, o biodiesel é o principal
substituto renovável do óleo diesel derivado de petróleo. Se existem 5.000
motores modificados na Alemanha para uso direto de óleo vegetal, existem
mais de 100.000 carros rodando com biodiesel na Alemanha, Suécia e Holanda.
Fonte: Biodiesel e Inclusão Social

sábado, 20 de janeiro de 2007

Multinacionais devem concentrar produção de biodiesel no Brasil


O economista Luiz Antonio Prado, doutor em Meio Ambiente, tem expectativas pouco otimistas em relação às vantagens da produção de biocombustíveis para os pequenos produtores agrícolas. A atividade, alertou, pode gerar maior concentração de riquezas, desabastecimento e o conseqüente aumento nos preços dos alimentos – tudo isso, agravado pela pouca geração de empregos.

“Minha expectativa é muito desfavorável. Eu prevejo um novo Programa Nacional do Álcool (ProÁlcool), quando também se prometia a criação de empregos. No final, o resultado foi uma grande concentração de propriedades, a expulsão e o êxodo do pequeno produtor rural – forçado a vender suas terras e a migrar para os grandes centros urbanos –, com o conseqüente adensamento das favelas e periferias. Vejo o país vendendo terra para os estrangeiros produzirem o biocombustível que será exportado por eles”, disse.

Segundo o economista, grupos espanhóis, italianos, portugueses e americanos já vêm se instalando, principalmente na região Nordeste do país, onde encontram terras baratas e financiamento público para desenvolver seus projetos. Ele lembrou que, a exemplo da soja – cuja produção, garantiu, já está sob controle de poucos grupos estrangeiros –, empresas multinacionais querem garantir sua fatia no mercado de combustíveis limpos.

Para lucrar, previu, essas empresas adotarão a monocultura em grandes áreas. E se esse for o modelo há um grande risco de faltarem alimentos no futuro: “No mínimo, os produtos alimentícios, sobretudo os perecíveis, ficariam mais caros, pois teriam de ser transportados por maiores distâncias”. Prado lembrou que na Malásia, maior exportador mundial de biodiesel, já existem comitês internacionais "tentando evitar que a monocultura gere uma crise que expulse os pequenos produtores do campo”.

Por isso, defendeu que o Brasil priorize a criação de pequenas associações de produtores, o que na opinião do especialista não vem ocorrendo. “Tenho viajado por tradicionais áreas produtoras de mamona no Nordeste e ali não vi perspectiva de formação de cooperativas”, alertou.

E citou como exemplo a cidade cearense de Itatira, em um região produtora de mamona: "Os agricultores passaram a vender sua produção para uma empresa estrangeira pelo preço mínimo estabelecido pelo governo. Este valor, na última década, sempre esteve 20% abaixo do preço de mercado. Há poucas exceções, principalmente no Sul do país, onde têm surgido algumas cooperativas".

Na opinião do economista, o governo deveria financiar a implantação de pequenas usinas regionais, descentralizadas. “Isso tem uma vantagem econômica. O país hoje não calcula qual é o custo de transporte da matéria-prima, pagando para levar de lá para cá não só o óleo, mas todos os resíduos que podem servir de ração”, apontou.

Ele sugeriu que o Brasil pense primeiro em seu próprio abastecimento: “Não há nenhum país desenvolvido que não esteja pensando primeiro na auto-suficiência energética. E são raros os casos de países que aceitam estas megaproduções. Na Alemanha, maior produtor de óleos vegetais para consumo próprio, o modelo prioriza as usinas descentralizadas e regionais”.

Fonte: