domingo, 4 de novembro de 2007

Biovasf volta a operar até março, diz grupo português

A produção de combustível a partir de óleos vegetais – biodiesel – tem tudo para trazer um novo ânimo ao desenvolvimento econômico do sertão do São Francisco. Adquirida há cerca de um mês pelo grupo português HLC Enviromental Holdings, a Biodiesel do Vale do São Francisco (Biovasf), antiga fábrica da Indústria Nordestina de Óleos Vegetais (Inove) - localizada em Petrolina (PE) e que estava arrendada à Caramuru Alimentos Inove, vai começar a operar no primeiro trimestre do próximo ano, onde vai produzir para exportação o óleo de mamona, soja e do pinhão-manso que será misturado ao diesel na Europa.

A expectativa é de que, a partir de junho ou julho do mesmo ano, já comece as atividades de produção do óleo vegetal com investimentos na ordem de R$ 80 milhões. A fábrica, atualmente sob o comando do grupo Caramuru, era de propriedade do falecido empresário Paulo de Souza Coelho (pai do prefeito Fernando Bezerra Coelho).

Um dos motivos que levou os portugueses a se instalarem em Petrolina foi o fato de encontrarem aqui uma logística ideal para seus objetivos. Após assumir a Inove, uma das primeiras tarefas que a companhia fará é reativar a unidade de esmagamento de vegetais, na qual pretende produzir pelo menos 60 mil toneladas/ano de óleo, que vão se somar às 200 mil toneladas/ano que o grupo produz na sede em Portugal. “Temos todas as condições de duplicar ou triplicar essa capacidade”, revelou o presidente da Biovasf no Brasil, Marcos Nascimento.

No entanto, a meta da Biovasf é trabalhar em curto prazo com uma espécie chamada pinhão manso (Jatropha Curcas L.), que ainda está sendo estudada por pesquisadores da Embrapa/CPATSA. Enquanto a mamona produz entre 500 a 800 quilos por safra, o pião manso chega a seis toneladas. Além disso, por ser uma árvore, não precisa ser plantado novamente como a mamona. “Encontramos nesta região todas as características adequadas para o cultivo do pinhão manso”, explica o presidente do HLC, Horácio Carvalho.

ESTÍMULO – Depois de cuidarem das reformas na Inove, o grupo português pretende iniciar as negociações com os agricultores familiares, que poderão inclusive ter facilidades para conseguir empréstimos junto a instituições financeiras para arcar parte dos custeios com a produção.

Segundo o prefeito Fernando Bezerra Coelho, a unidade será uma das mais importantes produtoras de óleos vegetais do Nordeste, devendo beneficiar significativamente a agricultura familiar no município. Ele revelou que os agricultores terão de cinco a dez hectares ociosos para se dedicarem ao cultivo da mamona. “Eles poderão negociar contratos com a Biovasf e assim aumentarem sua renda”, ponderou.


Fonte JC OnLine

Um comentário:

Anônimo disse...

A Biovasf é uma empresa de fachada que usa as instalações da antiga INOVE para conseguir de forma ilegal emprestimo bancário para seus acionistas.