quinta-feira, 8 de novembro de 2007

SLC Agrícola produzirá biodiesel no MT

A SLC Agrícola prepara-se para dar os primeiros passos no setor de biocombustíveis. Em janeiro de 2008, começa a operar em Cuiabá a cooperativa Cooperbio, formada pelos produtores de algodão do Mato Grosso.

A empresa gaúcha, controlada pelo grupo SLC, tem participação minoritária no empreendimento, projetado para produzir 100 milhões de litros de biodiesel por ano a partir do caroço de algodão e da soja, informou Laurence Gomes, diretor financeiro e de relações com investidores.

Conforme o executivo, a parte do biodiesel que caberá à SLC será utilizada para reduzir custos com combustíveis utilizados nas suas fazendas e também servirá como experiência na produção do insumo. "Vamos entrar no mercado de biocombustíveis", confirmou o presidente do grupo, Eduardo Logemann. De acordo com ele, o mais provável é que as operações próprias no setor iniciem pelo etanol de cana-de-açúcar, mas ainda não há datas fixadas para isto.

A SLC Agrícola já faz plantações experimentais de cana em áreas de 20 a 50 hectares em cinco fazendas nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Maranhão, mas o início da produção de etanol levaria cerca de três anos após a tomada de decisão devido ao tempo necessário para a formação das lavouras e a construção da usina, explicou Logemann. "Dificilmente isto ocorreria antes de quatro ou cinco anos".

A empresa tem hoje nove propriedades com 166 mil hectares em cinco Estados - a Bahia é o quinto - onde são cultivados algodão, soja, milho e café. Na safra 2006/07, a área plantada (incluindo terras arrendadas) somou 117 mil hectares e a produção total, 433,9 mil toneladas, ante 354 mil toneladas no ciclo anterior. A previsão de área cultivada total é de 168 mil hectares em 2007/08, de 193 mil hectares em 2008/09 e de 223 mil hectares em 2009/10. O algodão é o principal produto, com participação de mais de 50%.

Em junho, a SLC Agrícola abriu o capital com uma oferta pública inicial primária e secundária de ações que garantiu o ingresso líquido de R$ 296 milhões em novos recursos para financiar os planos de expansão. Até o fim do ano a empresa espera ainda ter aprovada uma operação de US$ 40 milhões com a International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, destinada ao alongamento do perfil do endividamento e ao reforço do capital de giro.

Nos nove primeiros meses do ano a companhia apurou receita líquida consolidada de R$ 179,4 milhões, com alta de 23,9% sobre igual período de 2006. O lucro líquido somou R$ 8 milhões e reverteu o prejuízo de R$ 4,6 milhões apurado de janeiro a setembro do ano passado. O grupo SLC, que controla ainda as empresas Ferramentas Gerais (distribuidora de máquinas e ferramentas industriais, que responde por quase 50% da receita total do conglomerado) e a SLC Alimentos prevê receita de R$ 1,4 bilhão em 2007, ante R$ 1,186 bilhão no ano passado.

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